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  • Relato de Sara Didelet, uma das capturadas pela PSP sobre a manifestação de 14 de Nov.
    Iniciado por Iris
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panito
Cada pessoa pensa e tem a opinião que quiser acerca dos mais variados temas, inclusive o poder das autoridades, mas também devem ter consciência de que quando necessitam a quem é que recorrem.
Se formos pela ordem de pensamento que manifestar é bater e partir tudo então ai concerteza que em próximas vezes irá ser igual ou pior.

Citação de: panito em 23 novembro, 2012, 14:07
Cada pessoa pensa e tem a opinião que quiser acerca dos mais variados temas, inclusive o poder das autoridades, mas também devem ter consciência de que quando necessitam a quem é que recorrem.
Se formos pela ordem de pensamento que manifestar é bater e partir tudo então ai concerteza que em próximas vezes irá ser igual ou pior.


O problema é esse.

As manifs tornaram-se motivos para gente de má fé ter as suas diarreias de caracter para fazerem porcaria, sabendo que têm outras pessoas como escudo. Esses "mauzões" que não passam de uns mariconços é que se aproveitam da situação, e cada vez vai ser pior.

E acho que organizar manifs torna-se irrelevante. Porque tens a "maior manifestação de Portugueses nos ultimos anos", e depois no dia seguinte agem como se nada tivesse acontecido, tanto da parte do Governo, como do próprio povo. E temos aqueles que vão para as manifs para postarem depois as fotos no Facebook. Aparentemente a manifestação de direitos passou a ser reconhecido como ponto de encontro de redes sociais... ::)

Neste momento o que temos a fazer é nada. Paralizar o país. Fazer como os camionistas fizeram, que basicamente meteram um travão na economia do pais. Quando se mexe no bolso de quem governa, e das megas corporações que os apoia, então ai eles ficam com medinho e decidem reagir e ceder as exigencias dos manifestantes. Pena que o povo Português não use isso a favor deles, pois se eles querem cortar, nós somos os primeiros a cortar. Cortar na produção. Deixa-los as aranhas. Mostrar ao Governo que eles precisam de nós para pagar as dividas deles, e não que somos obrigados a pagar dividas de caluteiros bancarios, ou de presidentes economistas que sabem que certas instituições bancarias servem para lavar dinheiro, e mesmo assim olham para o lado pois estão a facturar dai também.

Se eles querem pagar dividas, apertem o cinto DELES, e folguem o nosso, pois o povo Português já não aguenta tanto jogo de cintura.
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

panito
Completamente  de acordo!
Agora bom bom bom, era cortarem os salários deles conforme cortam o meu e de quase todos os portugueses.
Cortarem nas pensões quando sabem já que quando acabarem o mandato vão para a reforma com 10mil ou mais por MÊS???Quando há pessoas com 200 euros de reforma????E mais têm de viver com essa miséria?....

Paralizar o país não levaria a lado nenhum. Só iria prejudicar! O governo cedia ás exigências de quem necessita, tipo militares, forças policiais, camionistas, etc. Mas e o resto? E aqueles que nem tem um emprego? E os reformados que já não servem para trabalhar e por isso o estado até considera que pagar lhes uma reforma é um luxo?
E a história de que "eles que cortem nos ordenados deles", "eles que vivam um mês com o ordenado minimo para ver o que custa".  Há anos que se repetem as mesmas frases mas a revolta verbal, de nada serve.
A banca não tem qualquer compadecimento de quem tem necessidades. As pessoas não tem dinheiro para pagar os créditos habitação, são despejados, não se importam que fiquem a viver na rua, eles querem lucros dê lá por onde der e quem atrapalha é eliminado.
Paralizações, custam dinheiro aos trabalhadores que perdem dias de salário e o mais provável é que sejam em vão, porque o estado só vai ceder aos grupos que "dão jeito".
"só se desilude, quem se ilude"

Citação de: Magda_Costa em 24 novembro, 2012, 04:26
Paralizações, custam dinheiro aos trabalhadores que perdem dias de salário e o mais provável é que sejam em vão, porque o estado só vai ceder aos grupos que "dão jeito".

E esse grupos "dão jeito" trabalham por eles mesmos?! Detêm recursos internos ilimitados?! Não. Precisam de funcionarios. Funcionarios esses que se não trabalharem, eles não produzem, e ao não produzirem, deixam de ter dinheiro. Se continuarem com a mentalidade do "vamos trabalhar mais apesar de receber menos" isto vai continuar. Depois olha, temos pessoas a cometer suicidio, manifestações cada vez mais violentas, vandalismo, aumento da criminalidade, etc.

Tens a noção que as greves são basicamente paralizações, não tens?! E sabes porque nunca dão em nada?! Eu explico-te Magda_Costa, porque são planeadas e bastante curtas, pelo que o maior impacto a registar nunca é nos grupos "dão jeito", mas sim nos funcionarios que perdem um dia EM VÃO. Não passa de uma tactica para nos fazer convencer que realmente fazer greves é so mais uma maneira de o trabalhador perder rendimentos para nada. O Governo é cheio destas manipulações e teatros, e a malta cai.

Uma paralização prolongada tem um efeito destrutivo nessas mesmos grupos "dão jeito", pois deixam de receber a coisa com que unica e exclusivamente se preocupam: números. Como é obvio, estes irão reagir de modo a salvaguardar os seus interesses e serão bem mais flexiveis para com os cidadãos, pois sem os cidadãos, os trabalhadores, os mecanismos que rodam as roldanas das suas maquinas capitalistas deixam de rodar, o que lhes é importante.

Mais uma vez relembro a paralização dos Camionistas. Lembras-te o que eles queriam?! Queriam descontos no gasóleo e nas portagens de modo a continuarem a exercer a sua função. Qual foi a resposta do Governo na altura?! SCUTS e aumento do Gasóleo em 2%. Sabes como responderam os Camionistas, recordas-te?! Paralizaram os seus serviços. Não houve transportes de mercadorias e bens durante 5 dias uteis praticamente. Isso gerou um prejuizo de milhões de euros aos Grupos na altura, pelo que foram forçados a reagir e a discutir maneiras de sederem ao "resgate".

Os grupos "dão jeito", como por exemplo o grupo Jerónimo Martins, extremamente dependentes dos serviços de transportes de mercadorias, até se borraram de medo, e foram logo os primeiros a defenderem a causa dos Camionistas. Sabes bem que a Jerónimo Martins é um grupo com bastante influencia no Governo, teve a sua palavra considerada nesta matéria, pelo que foi dado aos camionistas o que eles queriam, basicamente. Muita gente foi afectada no processo, sim, mas acabaram por colher os seus frutos. Questiono-me, porque o povo Português se desvaloriza tanto e não vê este exemplo como uma luz de inspiração?!

Agora antes que invoques a CP para contra-argumentar, vou ja te dizer o seguinte: as greves que eles fazem são mera fachada de oportunismo por parte dos mesmos. Estes fazem greves em Feriados, Fins de Semana Prolongados, etc, não porque querem defender os seus interesses, mas porque ganham mais dinheiro ao faze-lo. Os sindicatos pagam-lhes os dias, dão regalias, e oferecem protecções legais que os torna praticamente intocaveis, tal como acontece com os pilotos da TAP, os Maquinistas da CP, entre outros funcionarios, sabem que mais tarde ou mais cedo a CP vai ser privatizada pois só gera prejuizo. Eles com isto só vão sacando mais e mais dinheiro, dinheiro que vem de onde?! Nós. Sim vamos trabalhar ainda mais, e receber ainda menos, para que eles façam menos, e ganhem mais por isso. É mais um esquema de calutajem montado. Ah e aproveito para referir que os Executivos da CP renovaram a frota de viaturas para carros de luxo topo de gama de marcas alemãs (que surpreza), e adivinha quem é que vai pagar isso, novamente... ::) Uma empresa publica que só tem gerado divida devido a um sistema de "rendimentos" que mais parece ter sido planeado pelo Duarte Lima, ainda ter o estado a renovar frotas de viaturas para esses mesmos caluteiros, a mim deixa-me um bocado transtornado.

Mas compreendo o teu ponto de vista. És mais uma vitima da "Politica do Medo", que se não abdicares dos teus deveres para reidivicar os teus direitos, irás arcar com as consequencias dos teus actos no futuro. Transmitem a ideia de que o povo são meros números facilmente substituíveis e que se esticam a corda, são despedidos. Só que esqueces-te de uma coisa. É anti-constitucional qualquer funcionário ser púnido profissionalmente por fazer uma greve. A paralização do País é basicamente uma greve prolongada com efeitos a considerar no Governo.

Pensa assim: Somos nós que geramos receita ao Governo para estes pagarem as suas dividas com a FMI, Defice, Dívida Publica, etc. Se não produzirmos, eles simplesmente deixam de ter essa mesma receita. Vão fazer o que?! Empregar alguem no teu lugar?! Boa, mas e se essa pessoa também estiver parada?! Vamos mandar vir malta do estrangeiro?! Boa. Vamos gastar mais dinheiro mandar vir malta do exterior que, sabendo que o país estava num estado completamente fragilizado, iria exigir mais deles. Como é que os nossos queridos Politicos iam mostrar a cara a Merkel se não tinham recursos para gerar resultados?! Na Alemanha, que é o centro económico da Europa, as greves sã assim: Paralizações. E olha como eles estão?! E não só os Alemães, mas tambem os Suecos, os Filandeses, os Noruegueses, etc. Estes quando se manifestam, atacam onde doí mais, que é nos bolsos dos Credores, Empresários e Governantes. Mostram que são elementos cruciais, e nao meros números, pelo que são assim respeitados pelos seus respectivos Governos.

Mas claro, o Português, apesar de ter anos e anos de conquistas, adopta sempre a postura de derrotista e sacrifica-se pelos interesses de outros que se estão a marimbar para o que acreditas, e que só querem é encher o bolso a nossa pala. Já sei que me vais responder "Ah mas os Povos Nordicos são diferentes, porque tiveram sorte, e bla bla bla..." lol. A mim custa-me querer como é que um Pais que não foi afectado pela II Guerra Mundial, como foi a Alemanha, Inglaterra, Suiça, França, etc, andaram sempre no limear da pobreza, e nunca recuperaram da ditadura Salazarista, tal como muitos outros países recuperaram dos seus regimes. Sempre estiveram ali, a jeito de serem explorados, porque "tem que ser", porque "tenho um emprego a manter", porque "não podem abdicar de certas coisas".

Não estás a compreender o que se é pretendido com as paralizações. É para lembrar ao Governo que é graças a nós, povo, que eles têm trabalho. Eles apesar de saberem que andamos descontentes com as suas politicas, tem o povo como recurso garantido, pois tem sempre aquela massa disposta a vender a sua dignidade a custo de uns trocos, pois sabem que estes estão refens de rendimentos reduzidos. Ou não achas que é para isso que servem os congelamentos de reformas, redução de ordenados, redução de postos de trabalho?! São as redeas dos necessitados, aquele recurso númerico que está sempre disponivel, que se mata para receber pouco em vez de nada. Se tu Magda_Costa estás disposta a continuar a ser explorada por este regime capitalista que inverte a ideologia do Robin Hood, então continua. Trabalha cada vez mais, para receberes cada vez menos, mas depois quando te aperceberes que os teus esforços crescentes, e custos decrescentes, funcionam como uma ampulheta, e deixares de ter areia no recipiente para só ter "nada", então ai é tarde demais.

O que me faz mais confusão é que as pessoas que são mais activistas acabam por ser as que são menos afectadas pela crise, e sabem ver a injustiça nisto tudo. Quer dizer, as pessoas que são mais afectadas pela crise e vem cada vez mais os seus direitos ser cada vez menos, ficam quietas, a espera que alguem se manifeste por elas, lute por elas, grite por elas as palavras de ordem que elas deveriam estar a gritar, não. Ficam inertes e agem como se nada fosse, somente para depois se andarem a queixar nas sombras de que andam muito mal, mas fazem alguma coisa a respeito?! Não. Há outros a lutarem por elas. Problemas é que mais de metade das pessoas pensa assim.
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

Citação de: Sharkuel em 24 novembro, 2012, 13:58
O que me faz mais confusão é que as pessoas que são mais activistas acabam por ser as que são menos afectadas pela crise, e sabem ver a injustiça nisto tudo. Quer dizer, as pessoas que são mais afectadas pela crise e vem cada vez mais os seus direitos ser cada vez menos, ficam quietas, a espera que alguém se manifeste por elas, lute por elas, grite por elas as palavras de ordem que elas deveriam estar a gritar, não. Ficam inertes e agem como se nada fosse, somente para depois se andarem a queixar nas sombras de que andam muito mal, mas fazem alguma coisa a respeito?! Não. Há outros a lutarem por elas. Problemas é que mais de metade das pessoas pensa assim.

Pois, eu também já andei em manifestações e em actividade sindical, numa altura em que ainda havia esperanças de que o país não chegasse a esta situação. Mas nessa altura, na altura em que ainda não era moda organizarem se as manifestações via redes sociais, quem andava em manifestações era criticado, eram considerados mandriões que não queriam trabalhar e arranjavam pretextos para andar em manifestações para se baldarem ao trabalho. Então a função pública era ( e ainda é) logo "crucificada". Para dar um exemplo, quando se falava numa hipótese viável do corte dos subsídios da função pública, e falando agora no meu caso, fui gozada....fui acusada de ser pessimista, que tal coisa seria impensável. O que era impensável na altura, tornou se uma realidade. O pessoal do sector privado, logo aplaudiu estas medidas porque a ideia que se passa é a de que todos os fp ganham acima de 1000euros, trabalham quando lhes apetece e para muitos também eram (e ainda são) a causa da crise.
Só quando toca também ao pessoal do privado, é que se começam a convocar estas mega manifestações.
Eu não faço greve, porque me faz falta o dinheiro ao final do mês, tenho dividas para pagar e não tenho intenções de atrasar esses pagamentos e levar penalizações e acho que qualquer pessoa que ganhe mal, tem a mesma atitude que eu, por muito solidária que esteja com os motivos da greve.
E também não estou a ver que tipo de paralisação  poderão os reformados fazer de maneira a fazer valer os seus direitos e cortes nas reformas. E muito menos os desempregados, esses então nem tem onde descontar, sempre rendiam "uns trocos" ao estado.
"só se desilude, quem se ilude"