Esquizofrenia: patologia clínica ou fenomeno paranormal?

Tomo a liberdade de abrir aqui um debate, que tive há tempos com amigos:

Temos um amigo a quem foi diagnosticada esquizofrenia. A namorada dele é extremamente sensitiva, com alguma "bagagem"  da coisa. A outra nossa amiga, é psicológica.

Criou-se a seguinte "discussão" : onde fica a fronteira entre esquizofrenia como patologia clinica ou obra de espíritos obcessores?

Uma não aceita a patologia clinica. A outra não aceita nada sobrenatural. Eu acho que é 50/50.

E vocês?

onde fica a fronteira entre esquizofrenia como patologia clinica ou obra de espíritos obcessores?

Não há qualquer fronteira pois são coisas distintas. Esquizofrenia é patologia do foro clínico. Obras de espíritos obcessores é do foro paranormal.

Como a ciência médica não aceita (por ora) o paranormal trata todos por igual.

Expliquei-me mal.
O que queria perguntar era: de todos os casos diagnosticados de esquizofrenia, quantos serão realmente uma patologia clínica?

Os dois, em princípio.

A espizofrenia é uma doenca muito estudada. Das mais estudadas na área da psique. E que por isso tem tratamentos muito eficazes. Por isso acho que a doença e completamente do foro clínico... Agora se me disserem os portadores desta doença estão mais susceptíveis de sofrer, clarividênciar fenómenos paranormais... Não direi que não.

Num passado recente muitos dos que apresentavam os primeiros sintomas de receptores de manifestações paranormais ("alucinações" visuais, auditivas, discurso incompreensível, palavras ou línguas desconhecias, etc.), ao serem presentes à medicina mental era-lhes invariavelmente diagnosticada esquizofrenia. Actualmente, não será muito diferente.

Ainda hoje, quando a medicina não encontra explicação para a queixa do doente após toda uma bateria de exames inconclusivos atira com ele para psiquiatria...

Hestia, antes de mais obrigada pela partilha do seu tópico.

Acho muito interessante este tipo de debate, mas creio que não podemos colocar todos os "casos" no mesmo saco. A tendência neste tipo de discussões é sempre polarizar para aquilo em que acreditamos ou estudamos. Mas creio que não há pior tendência do que essa. A esquizofrenia é uma doença com contornos muito pouco conhecidos e com grande especulação à sua volta. Freud, nos seus diversos casos de intervenção, tratava através da hipnose pessoas que eram diagnosticadas com histeria e com esquizofrenia, sendo que os sintomas apresentados são muito idênticos àqueles que caraterizam comportamentos da presença de espíritos obsessores. Aquilo que nós acreditamos hoje pode muito bem ser colocado de parte amanhã, quando se descobrem novas coisas, certo? É isto que confere a reversibilidade da própria ciência, que deve ser dinâmica, flexível e constantemente construída. A questão dos diagnósticos errados, espontâneos e intuitivos já se encontra muito divulgada e é só pesquisar o que se diz sobre a própria psiquiatria em si. Veja, por exemplo este vídeo:

https://portugalparanormal.com/index.php/topic,37338.0.html

Todos sabemos também (muitas vezes através dos filmes) que a Psiquiatria (que é tida como ciência) nasceu a partir de grandes atrocidades que se faziam (e ainda fazem) a seres humanos. Veja o caso dos choques elétricos ou das lobotomias (remoção de áreas centrais e outras vias frontais do cérebro) para "acalmar" os comportamentos dos supostos doentes. Quem já trabalhou em hospitais psiquiátricos e tem alguma noção sobre a espiritualidade, rapidamente se apercebe que há uma linha muito ténue entre o que é verdadeiramente (se é que existe) uma doença mental e os comportamentos decorrentes de espíritos obsessores. Por isso, é muito natural que, se o sujeito procura uma resposta médica ou científica que lhe seja dada uma resposta na mesma linha. Se procurar ajuda espiritual, certamente que terá uma resposta nesta mesma linha, correto? O que é certo também é que há muitas situações em que a esquizofrenia é diagnosticada e as intervenções médicas aportam nenhuma ou pouca ajuda. E há situações em que esquizofrénicos são tratados espiritualmente e que nem por isso os sintomas desaparecem. Ora isto significa que cada caso é um caso e todos deveriam ser analisados (na minha perspetiva) a todos os níveis: físicos, emocionais, psicológicos e espirituais, tal como o conceito de saúde da OMS prevê. Mas isto ainda é uma utopia nos dias de hoje, pois a ciência defende-se e demarca-se e a espiritualidade é completamente desacreditada.

A semana passada, estava eu a falar com um psiquiatra amigo e ele diz-me segurando um papel na mão: "enquanto existirem publicidades enganosas como esta, as pessoas irão continuar a ser enganadas a torto e a direito e nós iremos continuar a ser os salvadores deles". O papel tinha sido colocado no vidro do carro e era de um "vidente" que dizia tratar todos os problemas nomeadamente depressão, ansiedade, esquizofrenia, ataques de pânico, unhas encravadas, queda de cabelo.... e afins

É neste registo que ainda nos mantemos.... tudo no mesmo "saco".

Bem-haja!

Tens que ver que hoje em dia a psiquiatria, ou a psicologia clínica, trabalham mais no campo físico, logo só avaliam o individuo pelo seu estado clínico e comportamental.
Não é um diagnóstico fácil, pois há muitas doenças que afetam o comportamento das pessoas e que não são se forro neurológico.
Se a medicina não encontra resposta ao problema, então, já devemos considerar o espiritual.

Hestia, antes de mais obrigada pela partilha do seu tópico.

Acho muito interessante este tipo de debate, mas creio que não podemos colocar todos os "casos" no mesmo saco. A tendência neste tipo de discussões é sempre polarizar para aquilo em que acreditamos ou estudamos. Mas creio que não há pior tendência do que essa. A esquizofrenia é uma doença com contornos muito pouco conhecidos e com grande especulação à sua volta. Freud, nos seus diversos casos de intervenção, tratava através da hipnose pessoas que eram diagnosticadas com histeria e com esquizofrenia, sendo que os sintomas apresentados são muito idênticos àqueles que caraterizam comportamentos da presença de espíritos obsessores. Aquilo que nós acreditamos hoje pode muito bem ser colocado de parte amanhã, quando se descobrem novas coisas, certo? É isto que confere a reversibilidade da própria ciência, que deve ser dinâmica, flexível e constantemente construída. A questão dos diagnósticos errados, espontâneos e intuitivos já se encontra muito divulgada e é só pesquisar o que se diz sobre a própria psiquiatria em si. Veja, por exemplo este vídeo:

https://portugalparanormal.com/index.php/topic,37338.0.html

Todos sabemos também (muitas vezes através dos filmes) que a Psiquiatria (que é tida como ciência) nasceu a partir de grandes atrocidades que se faziam (e ainda fazem) a seres humanos. Veja o caso dos choques elétricos ou das lobotomias (remoção de áreas centrais e outras vias frontais do cérebro) para "acalmar" os comportamentos dos supostos doentes. Quem já trabalhou em hospitais psiquiátricos e tem alguma noção sobre a espiritualidade, rapidamente se apercebe que há uma linha muito ténue entre o que é verdadeiramente (se é que existe) uma doença mental e os comportamentos decorrentes de espíritos obsessores. Por isso, é muito natural que, se o sujeito procura uma resposta médica ou científica que lhe seja dada uma resposta na mesma linha. Se procurar ajuda espiritual, certamente que terá uma resposta nesta mesma linha, correto? O que é certo também é que há muitas situações em que a esquizofrenia é diagnosticada e as intervenções médicas aportam nenhuma ou pouca ajuda. E há situações em que esquizofrénicos são tratados espiritualmente e que nem por isso os sintomas desaparecem. Ora isto significa que cada caso é um caso e todos deveriam ser analisados (na minha perspetiva) a todos os níveis: físicos, emocionais, psicológicos e espirituais, tal como o conceito de saúde da OMS prevê. Mas isto ainda é uma utopia nos dias de hoje, pois a ciência defende-se e demarca-se e a espiritualidade é completamente desacreditada.

A semana passada, estava eu a falar com um psiquiatra amigo e ele diz-me segurando um papel na mão: "enquanto existirem publicidades enganosas como esta, as pessoas irão continuar a ser enganadas a torto e a direito e nós iremos continuar a ser os salvadores deles". O papel tinha sido colocado no vidro do carro e era de um "vidente" que dizia tratar todos os problemas nomeadamente depressão, ansiedade, esquizofrenia, ataques de pânico, unhas encravadas, queda de cabelo.... e afins

É neste registo que ainda nos mantemos.... tudo no mesmo "saco".

Bem-haja!

Subscrevo inteiramente.. Como já disse em muitos tópicos a que separar o trigo do joio. Porque uma área pouco explorada como a espiritualidade dá aso a muita divagação e diz que disse. Os pensamentos e conhecimentos têm de ser mais alicerçados e não se pode meter mitos e boatos nas fundações. Temos o papel importante no fórum de tentar escrutinar, dentro das nossas limitações, o que vai havendo de novo.

Concordo convosco. Daí eu dizer que acho que é 50/50.

Há patologias clínicas e há obsessões.

Bem hajam pelas respostas!

Não sendo de nenhuma das áreas deixo também a minha opinião. Tal como outros defendo que seja diferente em cada caso e isso mesmo em pessoas com o mesmo diagnóstico, o que me parece dificultar ainda mais a coisa.
Conheço três casos de esquizofrenia, sendo dois deles familiares entre si. Um anda sempre que parece um vegetal, de tão medicado, pelo que não posso adiantar muito. Dos outros dois um tem maior propensão a ter uma "recaída" em publico ou, mesmo que comece em casa, acaba por sair à rua assim. O outro tem-nas sempre em casa, tanto que só fiquei a saber quando o irmão, um dos meus melhores amigos, contou um episódio porque o assustou demasiado. A maior semelhança é a mania da perseguição, mas enquanto o primeiro vê uma ameaça em todas as pessoas, o segundo só o vê nos que lhe são íntimos.
Mas analisando melhor, o segundo, que nada cuida de si mesmo, mesmo sabendo a influência que isso tem não deixa de consumir álcool e drogas leves. Por isso tem episódios desses com maior frequência. Mas ambos só os têm quando por algum motivo falham a medicação.
Ora eu sempre vi as pessoas aqui comentarem que se apercebem de ser algo do foro espiritual porque a medicação não resulta. Nestes casos a medicação claramente é adequada, pois só na sua falta os sintomas se mostram. Dá para entender que seja algo que não do foro clínico? A mim não me parece.. Mas é só opinião

Ajudem o doente por todos os meios...clínicos e espirituais. Não é tanto o porquê, embora seja importante reflectir e ter espírito "investigador". Mas se ele conseguir ter uma vida estável, sentir-se bem e ir fazendo as suas coisas já é muito tendo ele uma doença dessas.
Tudo de bom.

Belo paradigma: Esquizofrenia - Médiunidade.

Está claro bem que a esquizofrenia é um perturbação mental grave associada frequentemente à psicose (perda de contacto com a realidade) e a características como as alucinações e delírios. Podendo a mesma ter ainda sub-divisões dependendo do quadro clínico (ex: esquizofrenia paranoide; esquizofrenia catatónica etc)
A etiologia da esquizofrenia ainda é desconhecida. Podendo dever-se a factores genéticos, factores intrínsecos (como traumas)  etc.... Contudo a única coisa que se sabe é que os anti-psicóticos como risperidona, ziprasidona etc... funcionam! Estes  interferem com neurotransmissores no cérebro humano, criando assim uma espécie de bloqueio.

Contudo na minha opinião, acredito que alguns casos são diagnosticados como esquizofrenia, mas que na realidade sofrem de opressão espiritual!

Dou o exemplo de pessoas / que realizam trabalhos espirituais / espiritas que na sua grande maioria sofrem de perturbações dissociavas.


Esta forma sou da opinião que alguns casos de esquizofrenia devem ser avaliados não só clinicamente mas também espiritualmente se tiverem antecedentes de opressão espiritual.


Desta forma a minha classificação é de 20 / 80.

Ainda hoje, quando a medicina não encontra explicação para a queixa do doente após toda uma bateria de exames inconclusivos atira com ele para psiquiatria...

A psiquiatra é uma especialidade da medicina.

(...)  a psicologia clínica, trabalham mais no campo físico, logo só avaliam o individuo pelo seu estado clínico e comportamental.

Olá, brunojge. Podes fundamentar, por favor, a tua observação relativamente à psicologia clínica? Obrigada.

A psiquiatra é uma especialidade da medicina.

Sério?

Ok, vou reescrever a frase...

Ainda hoje, quando a medicina não encontra explicação para a queixa do doente após toda uma bateria de exames inconclusivos atira com ele para a especialidade psiquiatria...

Melhor assim?