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  • Pode ter sido assim que a mediunidade começou a existir
    Iniciado por F.Leite
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#60
Gostei de ler, faz sentido.

#61
Roavk Lifem

    Você apagou o que tinha escrito antes, de qualquer forma dou a minha opinião.

    É possível parar as manifestações mediúnicas. É um facto e prova disso são os trabalhos ditos de fechar a morada que numa grande percentagem dão resultados duradouros.  A alucinose poderá estar dentro desse campo psicológico e ser passível de reverter.

    O que é que normalmente motiva uma alucinação? Para o sabermos temos que observar os relatos de quem as vivenciou e um caso típico é o das miragens. Um individuo está no deserto já quase a desfalecer e vê um oásis ou algo do género onde terá água e sombra. Não são espíritos que proporcionam essa alucinação na forma de miragem ainda mais nítida do que se fosse vista na realidade. É o próprio cérebro que cria essa imagem com uma única finalidade, a de levar a consciência a não desistir e assim forçar o corpo a avançar mais uns metros. É a luta pela sobrevivência a que o nosso subconsciente nos impele.

    O nosso cérebro tem portanto meios de criar imagens tanto ou mais reais que a própria realidade e sendo o subconsciente o controlador do cérebro pode fazer-nos ver, sentir ou ouvir tudo o que entender necessário para a nossa sobrevivência. Contudo não o faz a toda a hora. Normalmente é necessário que aconteça algo que despolete a necessidade de isso acontecer. Algo que diga ao subconsciente que é necessário que naquele momento aconteça.

    O "fechar a morada" não é mais que gravar no subconsciente uma ordem que lhe diz (ao subconsciente) que não consegue ou que está impedido de ligar as sinapses que permitem que essas alucinações visuais, auditivas ou outras aconteçam. Conseguindo gravar essa ordem, o subconsciente passará a acreditar que não lhe é mais possível fazê-lo e as manifestações deixam de acontecer. Da mesma forma que nós em consciência não conseguimos fazer algo que acreditamos não conseguir fazer.

    Da mesma forma se consegue fazer o oposto. Através da meditação impulsionada por uma forte força de vontade é possível levar o subconsciente a obedecer à nossa vontade de ver, ouvir e sentir o que entendemos como sobrenatural. Conseguindo lá gravar essa ordem ele irá mostrar o que possa existir e se não existir ele ira inventar a partir das memorias acumuladas ao longo dos anos. Para o subconsciente é fácil, basta que nos lembremos que é ele que gera os sonhos e todos nós sonhamos, embora muitos não se apercebam que sonham.

#62
Citação de: F.Leite em 18 julho, 2019, 00:40

    O nosso cérebro tem portanto meios de criar imagens tanto ou mais reais que a própria realidade



Tudo dito em 17 palavras.
Como uma pedra na água, como um pássaro no céu, Como uma criança para o seu pai, tu nunca perguntas "porquê", apenas segues a corrente até morreres.

MrB
Citação de: F.Leite em 17 julho, 2019, 19:18
Eu sei que dizer agora coisas diferentes das que dizia antes é contradizer-me e que posso ser criticado por isso, mas não posso é ser hipócrita e continuar a louvar espíritos e deuses se a imagem que deles tenho agora é totalmente diferente da que antes tinha. Procuro é que entendam o meu ponto de vista e por isso tento ser minucioso nas explicações e justificações que dou para o que escrevo.

Tenho grandes afinidades com o Espiritismo e por isso estou com relativa à vontade para dizer que a mudança, perante factos novos não é contradição. Contradição é quando perante os mesmos factos a opinião/concepção diverge.

Gosto os teus textos. Falas que há momentos em que o Espiritismo não consegue manter a harmonia e/ou equilibrio. Podes aprofundar este ponto, gostaria de perceber melhor ao que te referes.

Citação de: MrB em 18 julho, 2019, 20:05
Falas que há momentos em que o Espiritismo não consegue manter a harmonia e/ou equilibrio. Podes aprofundar este ponto, gostaria de perceber melhor ao que te referes.

     Vou tentar explicar.

    Uma águia voa no céu. A sua visão apurada permite-lhe ver um coelho saltitando por entre o relvado lá bem em baixo na terra. Ela lança-se em voo picado e em poucos segundos o coelho é presa e alimento da águia.

     Vamos supor que a águia tem em si mesma um espírito que, tal como nós, encarnou para evoluir. Será possível que consiga evoluir se as condições impostas forem as mesmas que para nós? Sebe muito bem que não! O instinto caçador da águia obriga-a a matar para comer. Obriga-a a expulsar do seu território quem pretenda partilhar o seu alimento. Por matar e por falta de amor ao próximo jamais evoluirá no aspecto moral e isso porque a natureza criou a águia com essas características necessárias para a sua sobrevivência.

     Todos os animais apresentam características idênticas que os impelem a lutar e a opor-se aos outros para assim sobreviverem. E o homem não é excepção.

     As condições que são impostas com vista à evolução espiritual não estão de acordo com as características que a mentalidade humana apresenta. As características que nos foram programadas na mente e que nos definem como espécie humana são as mesmas que regem os outros animais a sobreviverem e embora possamos ser seres inteligentes é impossível deixar-mo-nos de reger por essas características.

     E é interessante, pois quando observamos a espécie humana conseguimos distinguir vários tipos de "características mentais" que definem o comportamento natural das pessoas. Aquelas coisas que a pessoa não precisou de aprender por lhe serem natas, mas que simplesmente aperfeiçoou graças à sua inteligência e outras vezes por falta dela.

     Existem indivíduos que são belicistas por natureza. O amor ao próximo não consta do seu cardápio. Tudo tentam resolver pela força e pela intimidação. E é interessante porque nesses algo há que desperta nos restantes um sentimento de medo ou algo do género. Como se tivessem nascido para serem guerreiros nos tempos em que a sobrevivência era uma luta constante contra os outros animais e contra as forças da natureza.

     Existem também indivíduos com uma capacidade nata de influenciar os outros. Exibem uma postura e uma forma de falar que levam os outros a acreditar neles e a segui-los como se tivessem em si mesmos a capacidade de chegar à mente dos outros e os hipnotizar. São os lideres da política, das religiões e dos antigos exércitos. Como se a natureza se tivesse preocupado em criar seres capazes de serem chefes por saber que os restantes precisam de quem os oriente e comande.

     Existem também indivíduos que parece que nasceram para serem mandados. Indivíduos que embora resmunguem e protestem, mais não fazem que obedecer ao que lhes mandam fazer. Como se tivessem nascido sem a coragem e a auto-confiança necessária para por si mesmos se arriscarem na vida.

     São características humanas que estão programadas no ADN de cada um e essas características de uma forma inconsciente actuam no momento de tomar decisões, de actuar na vida.

     Como pode um individuo amar o próximo se num momento em que se sente ofendido o seu intimo o "obriga" a partir para a ofensa física?

     Como pode um individuo não reagir se sente a sua família ameaçada e o seu instinto o instiga a proteger a família?

     A forma de reagir está no ADN de cada um e é diferente de individuo para individuo. Através da educação e da experiência é possível moldar as reacções mas nos momentos cruciais da nossa vida será sempre esse instinto nato a prevalecer e não é porque a pessoa o queira fazer em consciência, mas sim porque o seu subconsciente o impele a agir dessa forma.

     Quem aqui nunca fez algo que extrapolou a sua vontade e que depois se questionou: "Onde é que eu estava com a cabeça?". A cabeça estava lá, bem em cima dos ombros, não conseguiu foi a consciência opor-se às ordens que inconscientemente lhe comandam o corpo para preservar a sobrevivência.

     Se temos um corpo, criado para agir e responder de uma forma especifica aos desafios da vida, qual a lógica de lhe por um espírito com normas diferentes a comandá-lo, se nos momentos críticos é o cérebro e o que lá está programado que decidem como reagir?

     Este é um dos pontos em que eu entendo não existir equilíbrio, pois as normas espíritas exigem do corpo e mente humanas o que este não pode executar por estar condicionado (ter sido criado) para lutar pela sobrevivência.

     Mas é somente um de muitos outros que a meu ver são controversos.