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  • Casa de Santa Cruz, Vila-Meã, Amarante
    Iniciado por Niklaus Grimaldi
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Identificação

Designação: Casa de Santa Cruz
Outras Designações: Casa da Viscondessa
Categoria / Tipologia: Arquitectura Civil / Casa

Localização

Coordenadas: 41.250242, -8.18797
Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Ataíde
Endereço / Local: Ataíde

Protecção

Situação Actual: Não Classificado

Descrições

Nota Histórico-Artística

A casa da Viscondessa, o nome pelo qual é conhecida é de porte senhorial e tem brasão nas paredes. O seu projecto é da autoria do famoso arquitecto portuense, Marques da Silva, tendo sido inaugurada no início do século XVIII. O senhor que mandou construir a casa era filho de uma senhora que pertencia a uma família da casa da Botica, onde existia uma farmácia. Apenas com 16 anos viajou para o Brasil. Um dia, adoeceu e, como forma de cura, foi para o Sul do Brasil, para ser tratado pelos Índios. Quando ficou bom, resolveu aperfeiçoar os medicamentos que o curaram e construiu uma fábrica de produtos farmacêuticos tendo ganho muito dinheiro. Ainda no Brasil, casou com uma jovem, da qual teve seis filhos. Mais tarde, ficou viúvo e resolveu vir para Portugal. Já em terra natal de sua mãe, conheceu uma senhora irmã do Dr. Trocato que era médico em Vila Meã. Apaixonaram-se e casaram na Igreja de Ataíde. O casal foi viver para o Porto, numa casa muito grande em Santa Catarina. Viajavam várias vezes para o Brasil, onde mantinham o seu negócio industrial de produtos farmacêuticos e também os seus filhos do primeiro casamento. Por ser um senhor muito famoso e generoso, o Rei D. Manuel II deu-lhe o título de fidalgo cavaleiro e, passado algum tempo, o título de Visconde. Ele e a família vinham várias vezes passar férias a casa do sogro, dono da casa do Marmoiral. Certo dia, pediu ao sogro para aumentar a casa mas este não lhe deu autorização, no entanto, cedeu-lhe um terreno para que pudesse construir a sua própria casa. Foi então edificada a casa de Santa Cruz, mais conhecida pela casa da Viscondessa, porque a sua esposa também era assim chamada. Nenhum dos seus descendentes directos quis ficar com a casa. Foi o neto da senhora Viscondessa, o Engenheiro Afonso, também dono da casa do Marmoiral, quem tomou posse da mesma para não ser vendida a pessoas que não pertencessem à família. Actualmente, ela encontra-se desabitada e muito degradada precisando de obras.

Muitas pessoas entravam lá devido a ter um externato por perto (Externato de Vila-Meã) e relatavam ouvir barulhos por toda a casa e embora fossem ver o que era, nunca ninguém viu nada. Eu próprio já estive no primeiro andar e ouvi no terceiro andar portas a bater e barulhos como coisas a cair no soalho. Há rumores de que chegaram a morrer lá membros da família dona da casa embora que a história da casa não relate esses pormenores pois com os rumores de estar assombrada, haveriam poucos interessados em comprar o património e restaurá-lo.












                                                                                                                    Comprimentos: Niklaus Grimaldi
"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do Deus do céu. Isto quer dizer, que tenho meu Deus dentro de mim" - Eça de Queirós

#1
Mal empregue a casa estar assim!! As portas a bater pode ser de já estarem velhas e das correntes de ar. Não estou a duvidar atenção, estou só a supor.

#2
Concordo com a sua suposição também sobre as correntes de ar, mas tanto as portas como soalho são de madeira. E a madeira é um material que incha, ou seja, ao fechá-las, eu tenho que usar muita força mesmo pois elas "pegam" no chão. E no dia que ouvi isso, nem uma brisa se sentia sequer.

E ainda restariam os passos que se ouviam perfeitamente no soalho por cima da minha cabeça, e as coisas que se ouviam a cair.
"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do Deus do céu. Isto quer dizer, que tenho meu Deus dentro de mim" - Eça de Queirós

olha, é então um bom local para investigar... >:D

Eu conheço aquela casa como as palmas das minhas mãos.

Quem quer que seja que vá lá investigar, eu quero participar. Chamem-me pf. Eu quero participar.
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pena o porto ficar longe para mim :( senão também ia

São 38 km's realmente. Embora que talvez valesse a pena a viagem. ;)
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Ligeia
Aqui fica mais um ângulo desta bela casa que, em 2011, viu o seu soalho a ser devorado pelas chamas graças à idiotice de uns quantos marginais que por lá andavam:

(foto da autoria de maar3amt)

Quanto aos rumores de terem morrido familiares da proprietária na casa creio que seja natural, uma vez que no século XIX era usual os óbitos decorreram em casa e não nas unidades de saúde como hoje é mais frequente  ;)
Niklaus Grimaldi, não colocaste a hipótese de serem animais (roedores, pássaros, gatos, etc) a fazerem os barulhos?

#10
Sublinho o que disse inicialmente: É mesmo linda a casa :)

Animais, desse género dão passos com o som de passos humanos?
Acho que não.

Batem portas que mesmo eu tenho dificuldade em bate-las?
Acho que não.

Quanto ao fogo, esqueci-me de o mencionar mas posso assegurar que o fogo devorou muito pouco da casa. Quase nada mesmo.

Sim a casa tem uma arquitectura lindíssima, e quem entra fica mais espantado ainda.
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olha não consegues fotografar o interior da casa?

#13
Posso fazer melhor ainda. Foi lá gravada uma curta metragem.

Ponham no youtube: O dia santificado smallspace.

Irão conseguir ver o interior da casa quase por completo.

E pra quem se lembra da série da SIC: Triângulo J, é este o local das gravações.
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