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  • Seria um lobisomem II
    Iniciado por Arph
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Depois dos meus postes: "Os cavaleiros fantasmas" e "Seria um lobisomem?", vou aqui colocar mais um episódio que se passou na minha família e a que eu assisti em parte, como contarei, e cuja manifestação se atribui na minha zona a uma actividade lobisomem.
Chamo a atenção para o facto de já ter expresso o que na minha zona as pessoas entendem por lobisomem, em especial num comentário a esse meu post "Seria um lobisomem?"

Eis os factos.

Tinha eu cinco anos, e vivia com os meus pais numa praia do litoral centro. Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias.
Numa madrugada de Inverno, cerca das 2 h da manhã, estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha, que era a divisão da casa que tinha porta de acesso directamente para a rua.
Eu estava a dormir ferrado no meu quarto quando acordo com um grito forte da minha mãe a chamar pelo meu pai. Lembro-me do meu pai se levantar e ir ao seu encontro enquanto gritava "Quem é?". A casa era pequena e aquilo foi uma confusão. A minha mãe estava no chão da cozinha, desmaiada, e o meu pai a levantá-la e a tentar reanimá-la. A porta da rua estava aberta. Pouco depois veio a si e contou o seguinte: Que enquanto esperava na cozinha que o leite aquecesse, ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos, e quando perguntou "Quem é?" a porta abriu-se e um vento quente inundou a cozinha, sufocando-a, altura em que gritou pelo meu pai.
O meu pai lembra-se de ter ouvido bater à porta, de facto. Pois tudo tinha acontecido nesse exacto momento.
Lembro-me que a cozinha estava quente, com o ar demasiado quente como em nenhuma outra divisão da casa... e a porta da rua estava aberta e fazia um frio de rachar.
O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu.
A minha mãe também diz que não viu ninguém. Só o baterem à porta, ela responder e esta abrir-se e entrar um ar quente e sufocante, e de ter gritado ao meu pai.
Eu testemunhei o grito da minha mãe; o meu pai a levantar-se e a perguntar "Quem é?" (pois ouviu baterem à porta); a minha mãe desmaiada no chão; a porta aberta e o ar muito quente na cozinha, mesmo com a porta aberta e muito frio na rua.
As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem.

Apenas conto situações vivenciadas por mim, ou por pessoas que me merecem credibilidade.
Cada um tem o direito de duvidar, criticar ou questionar. Porém, apesar de tudo, os factos foram aqueles.

Bom relato.

Lá pela minha aldeia, não se contavam muito histórias de lobisomens. Era mais de almas penadas e bruxas, como aquela que fez cansar os bois do meu bisavô para ele não poder fazer um determinado serviço. Já relatei essa história nos "serões de mortos" em "Criatividade e Talento".

Conta-se dessa mulher, a quem chamavam "Luísa da Estrada" e que tem descendência viva, que um dia, um indivíduo lá da terra, a encontrou nua quando, de madrugada, se dirigiu a uma propriedade rural. Ela ter-lhe-á dito, "desculpe sr João António", mas passou a minha hora....
Templa - Membro nº 708

panito
Citação de: Arph em 11 setembro, 2010, 18:21
Depois dos meus postes: "Os cavaleiros fantasmas" e "Seria um lobisomem?", vou aqui colocar mais um episódio que se passou na minha família e a que eu assisti em parte, como contarei, e cuja manifestação se atribui na minha zona a uma actividade lobisomem.
Chamo a atenção para o facto de já ter expresso o que na minha zona as pessoas entendem por lobisomem, em especial num comentário a esse meu post "Seria um lobisomem?"

Eis os factos.

Tinha eu cinco anos, e vivia com os meus pais numa praia do litoral centro. Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias.
Numa madrugada de Inverno, cerca das 2 h da manhã, estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha, que era a divisão da casa que tinha porta de acesso directamente para a rua.
Eu estava a dormir ferrado no meu quarto quando acordo com um grito forte da minha mãe a chamar pelo meu pai. Lembro-me do meu pai se levantar e ir ao seu encontro enquanto gritava "Quem é?". A casa era pequena e aquilo foi uma confusão. A minha mãe estava no chão da cozinha, desmaiada, e o meu pai a levantá-la e a tentar reanimá-la. A porta da rua estava aberta. Pouco depois veio a si e contou o seguinte: Que enquanto esperava na cozinha que o leite aquecesse, ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos, e quando perguntou "Quem é?" a porta abriu-se e um vento quente inundou a cozinha, sufocando-a, altura em que gritou pelo meu pai.
O meu pai lembra-se de ter ouvido bater à porta, de facto. Pois tudo tinha acontecido nesse exacto momento.
Lembro-me que a cozinha estava quente, com o ar demasiado quente como em nenhuma outra divisão da casa... e a porta da rua estava aberta e fazia um frio de rachar.
O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu.
A minha mãe também diz que não viu ninguém. Só o baterem à porta, ela responder e esta abrir-se e entrar um ar quente e sufocante, e de ter gritado ao meu pai.
Eu testemunhei o grito da minha mãe; o meu pai a levantar-se e a perguntar "Quem é?" (pois ouviu baterem à porta); a minha mãe desmaiada no chão; a porta aberta e o ar muito quente na cozinha, mesmo com a porta aberta e muito frio na rua.
As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem.

Apenas conto situações vivenciadas por mim, ou por pessoas que me merecem credibilidade.
Cada um tem o direito de duvidar, criticar ou questionar. Porém, apesar de tudo, os factos foram aqueles.



Bom relato A acerca so teu amigo nunca mais falaste com ele acerca do pai? =P fikei curioso confesso

Que coisa estranha!!
E essas "pessoas mais velhas" não justificaram os seus palpites? essa "partida" é costume dos lobisomens?!
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

Sim, Filipa84, parece que sim.
Os lobisomens, no meio rural, como já tive ocasião de explicar, não se subsumem ao que se denomina licantropia. São seres de poderes extraordinários, do sexo masculino, com capacidade de domínio sobre os elementos ar, terra, fogo e água. Agem sobre a matéria e, eventualmente, o espaço e o tempo. Por isso mesmo, qualquer manifestação anómala que ocorresse no meio rural, com características de sobrenatural, era atribuído genericamente a "almas penadas", bruxas ou lobisomens. Sendo que aquela em concreto, de baterem à porta de madrugada e quem respondesse sofria com algum tipo de reacção, se atribuía ao dito Lobisomem.
Coisas estranhas, que também fazem parte da nossa vida.

#5
Histórias que encerram muito das raízes e mitos das diversas regiões do nosso país. Não é por acaso que, em quase todas as aldeias, existe um espaço a que chamam "Terreiro das Bruxas".

Perseus
#6
Citação de: Arph em 11 setembro, 2010, 18:21
Depois dos meus postes: "Os cavaleiros fantasmas" e "Seria um lobisomem?", vou aqui colocar mais um episódio que se passou na minha família e a que eu assisti em parte, como contarei, e cuja manifestação se atribui na minha zona a uma actividade lobisomem.
Chamo a atenção para o facto de já ter expresso o que na minha zona as pessoas entendem por lobisomem, em especial num comentário a esse meu post "Seria um lobisomem?"

Eis os factos.

Tinha eu cinco anos, e vivia com os meus pais numa praia do litoral centro. Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias.
Numa madrugada de Inverno, cerca das 2 h da manhã, estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha, que era a divisão da casa que tinha porta de acesso directamente para a rua.
Eu estava a dormir ferrado no meu quarto quando acordo com um grito forte da minha mãe a chamar pelo meu pai. Lembro-me do meu pai se levantar e ir ao seu encontro enquanto gritava "Quem é?". A casa era pequena e aquilo foi uma confusão. A minha mãe estava no chão da cozinha, desmaiada, e o meu pai a levantá-la e a tentar reanimá-la. A porta da rua estava aberta. Pouco depois veio a si e contou o seguinte: Que enquanto esperava na cozinha que o leite aquecesse, ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos, e quando perguntou "Quem é?" a porta abriu-se e um vento quente inundou a cozinha, sufocando-a, altura em que gritou pelo meu pai.
O meu pai lembra-se de ter ouvido bater à porta, de facto. Pois tudo tinha acontecido nesse exacto momento.
Lembro-me que a cozinha estava quente, com o ar demasiado quente como em nenhuma outra divisão da casa... e a porta da rua estava aberta e fazia um frio de rachar.
O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu.
A minha mãe também diz que não viu ninguém. Só o baterem à porta, ela responder e esta abrir-se e entrar um ar quente e sufocante, e de ter gritado ao meu pai.
Eu testemunhei o grito da minha mãe; o meu pai a levantar-se e a perguntar "Quem é?" (pois ouviu baterem à porta); a minha mãe desmaiada no chão; a porta aberta e o ar muito quente na cozinha, mesmo com a porta aberta e muito frio na rua.
As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem.

Apenas conto situações vivenciadas por mim, ou por pessoas que me merecem credibilidade.
Cada um tem o direito de duvidar, criticar ou questionar. Porém, apesar de tudo, os factos foram aqueles.




Tenho algumas dúvidas a questionar:

"Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias."
Em que zona se encontra essa praia?



"estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha"  - O seu irmão nasceu na cozinha, nessa noite?

"ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos" - Segundo o que li sobre demonologia, o bater 3 vezes em "algo" significa uma ofensa demoníaca à "santíssima trindade" (Pai, Filho e Espírito Santo).

"O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu." - Não seria melhor ter comunicado às autoridades, esse facto?

"As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem." - Se ninguém viu nada, nem sabem do que se trata, como podem alegar que é um "lobisomem"?

Citação de: Perseus em 08 novembro, 2013, 12:38


Tenho algumas dúvidas a questionar:

"Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias."
Em que zona se encontra essa praia?



"estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha"  - O seu irmão nasceu na cozinha, nessa noite?

"ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos" - Segundo o que li sobre demonologia, o bater 3 vezes em "algo" significa uma ofensa demoníaca à "santíssima trindade" (Pai, Filho e Espírito Santo).

"O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu." - Não seria melhor ter comunicado às autoridades, esse facto?

"As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem." - Se ninguém viu nada, nem sabem do que se trata, como podem alegar que é um "lobisomem"?


Perseus, lê com atenção o relato do Arph antes de questionares. Claro que o irmão não nasceu na cozinha, a mãe estava a preparar um biberão de leite na cozinha para o irmãozinho dele que ainda era recém-nascido. Quanto ao pai chamar as autoridades... para quê? Para se queixar que lhe bateram à porta de madrugada?

Citação de: Perseus em 08 novembro, 2013, 12:38


Tenho algumas dúvidas a questionar:

"Há cerca de 35 anos era uma praia isolada, quase sem vias de comunicação. Poucas famílias."
Em que zona se encontra essa praia?

R: Situa-se a zona Centro, entre o Cabo Mondego, a Sul, e Aveiro, a Norte. Por questões que se prendem com a privacidade do autor deste artigo, não refiro, concretamente, o nome da localidade. Só por isso (e que, para mim, é muito) me tenho escusado a colocar o nomes das localidades que, mesmo de modo indirecto, levem à minha pessoa. São critérios pessoais, e sobre os quais não discuto.


"estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite para o meu irmão recém-nascido na cozinha"  - O seu irmão nasceu na cozinha, nessa noite?

R: É uma interpretação literal possível, de facto, embora do contexto se possa retirar outra mais plausível. De todo o modo, sendo pertinente a sua interpretação, aqui deixo, insofismavelmente, a exacta:

"Numa madrugada de Inverno, cerca das 2 h da manhã, estava a minha mãe levantada para preparar um biberão de leite na cozinha, para o meu irmão recém-nascido, que era a divisão da casa que tinha porta de acesso directamente para a rua."

"ouviu baterem na porta 3 vezes com os nós dos dedos" - Segundo o que li sobre demonologia, o bater 3 vezes em "algo" significa uma ofensa demoníaca à "santíssima trindade" (Pai, Filho e Espírito Santo).

"O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu." - Não seria melhor ter comunicado às autoridades, esse facto?

R: Bem... poder, poder, podia. Mas teria que andar muitos quilómetros, e àquela hora, com a minha mãe praticamente inanimada no chão, com um recém nascido, e um filho de 5 anos, não era boa ideia. Repare que aquele mundo de há 40 anos atrás nada tem que ver com o actual. Nem telefone havia. E mesmo que o quisesse contactar as autoridades, de dia, não fazia sentido, na época. É preciso fazer-se um viagem ao passado e representar o que era aquele tempo, para o compreender. É um erro crasso querê-lo ver com os olhos do mundo de hoje.

"As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem." - Se ninguém viu nada, nem sabem do que se trata, como podem alegar que é um "lobisomem"?


R: Aproveitando as palavras da minha resposta anterior, para que compreenda a actitude das "pessoas mais velhas" face ao ocorrido, ter-se-á que fazer uma viagem ainda mais atrás no tempo: até ao tempo delas (80 a 90 anos atrás, ou mais). Então, estamos perante um mundo de muita ignorância e extrema superstição, em que os caminhos e as localidades rurais (onde se concentravam, e concentram, esses, digamos, fenómenos) eram escuridão, pois não havia iluminação pública; os lares eram iluminados pelas lareiras, lamparinas e candeias de azeite e candeeiros a petróleo, que emprestavam aos respectivos ambientes uma dimensão de imaginário muito mais próxima do mundo fantasmagórico/mitológico do que, propriamente, do mundo real. Era neste mundo "sobrenatural", em que a coragem existia paredes meias com o medo, que as pessoas tinham as suas experiências e as classificavam de acordo com os valores e vivências da época... e pela carga cultural dos seus avoengos, naturalmente. Daí que, pelos dados dessa experiência secular, passada de pais para filhos, tinham como certo que tal manifestação ocorrida naquele meu lar se encontrava enquadrada nos cânones da actuação específica do Lobisomem.

Perseus
"O meu pai ainda saiu com uma faca na mão, mas nada viu." - Não seria melhor ter comunicado às autoridades, esse facto?

"R: Bem... poder, poder, podia. Mas teria que andar muitos quilómetros, e àquela hora, com a minha mãe praticamente inanimada no chão, com um recém nascido, e um filho de 5 anos, não era boa ideia. Repare que aquele mundo de há 40 anos atrás nada tem que ver com o actual. Nem telefone havia. E mesmo que o quisesse contactar as autoridades, de dia, não fazia sentido, na época. É preciso fazer-se um viagem ao passado e representar o que era aquele tempo, para o compreender. É um erro crasso querê-lo ver com os olhos do mundo de hoje."

- Não digo ir na própria hora ter com as autoridades, poderia procurar ajuda algum vizinho com telefone ou deslocar-se pela manhã às autoridades para terem conhecimento do caso.
Mas tendo em conta que vivem / viviam numa praia, sabes dizer se existia areia quando esse suposto "vente quente" entrou pela porta?

"As pessoas mais velhas, quando a notícia se espalhou, foram unânimes em dizer que isso tinha sido obra dum lobisomem." - Se ninguém viu nada, nem sabem do que se trata, como podem alegar que é um "lobisomem"?

"R: Aproveitando as palavras da minha resposta anterior, para que compreenda a actitude das "pessoas mais velhas" face ao ocorrido, ter-se-á que fazer uma viagem ainda mais atrás no tempo: até ao tempo delas (80 a 90 anos atrás, ou mais). Então, estamos perante um mundo de muita ignorância e extrema superstição, em que os caminhos e as localidades rurais (onde se concentravam, e concentram, esses, digamos, fenómenos) eram escuridão, pois não havia iluminação pública; os lares eram iluminados pelas lareiras, lamparinas e candeias de azeite e candeeiros a petróleo, que emprestavam aos respectivos ambientes uma dimensão de imaginário muito mais próxima do mundo fantasmagórico/mitológico do que, propriamente, do mundo real. Era neste mundo "sobrenatural", em que a coragem existia paredes meias com o medo, que as pessoas tinham as suas experiências e as classificavam de acordo com os valores e vivências da época... e pela carga cultural dos seus avoengos, naturalmente. Daí que, pelos dados dessa experiência secular, passada de pais para filhos, tinham como certo que tal manifestação ocorrida naquele meu lar se encontrava enquadrada nos cânones da actuação específica do Lobisomem."

- Não incluíram a hipótese de ser uma raposa ou um lobo comum? Esses animais podem andar em grupo ou individualmente, por diversas regiões do país, à procura de alimento... Esses animais têm comportamentos semelhantes aos "cães" que temos por casa... (Batem à porta com as patas para entrarem em casa) muitos inclusive, se lhes dão confiança, entram em casa sem permissão da pessoa.
Também tenho conhecimento de pessoas em zonas mais rurais, que afirmam que o "gato preto" quando anda na rua à noite, é a morte. eheh

- Não incluíram a hipótese de ser uma raposa ou um lobo comum? Esses animais podem andar em grupo ou individualmente, por diversas regiões do país, à procura de alimento... Esses animais têm comportamentos semelhantes aos "cães" que temos por casa... (Batem à porta com as patas para entrarem em casa) muitos inclusive, se lhes dão confiança, entram em casa sem permissão da pessoa.

Sim, agora que falas nisso é bem possível que tivesse sido um lobo (há muitos nessa zona) ou uma raposa a baterem à porta. Falta de lembrança.

Perseus
Citação de: Marlene em 08 novembro, 2013, 13:33
Perseus, lê com atenção o relato do Arph antes de questionares. Claro que o irmão não nasceu na cozinha, a mãe estava a preparar um biberão de leite na cozinha para o irmãozinho dele que ainda era recém-nascido. Quanto ao pai chamar as autoridades... para quê? Para se queixar que lhe bateram à porta de madrugada?

Cara Marlene, eu li com atenção todas as palavras. Contudo uma frase se não for bem explicada, ou, estiver mal pontuada, pode ter diversos significados. Nessa situação, pode levar qualquer pessoa a ficar na sua dúvida....
Se verificaste o texto com atenção, tal como eu, certamente saberás que também entraram em casa, deixando a mãe do "usuário", "supostamente" inconsciente. Logo, creio que seja necessária uma investigação e não ignorar os factos...
Há coisas que não se resolvem apenas com "magia" ou conversas ditas na "terceira ou quarta pessoa".

Citação de: Perseus em 08 novembro, 2013, 15:13
Cara Marlene, eu li com atenção todas as palavras. Contudo uma frase se não for bem explicada, ou, estiver mal pontuada, pode ter diversos significados. Nessa situação, pode levar qualquer pessoa a ficar na sua dúvida....
Se verificaste o texto com atenção, tal como eu, certamente saberás que também entraram em casa, deixando a mãe do "usuário", "supostamente" inconsciente. Logo, creio que seja necessária uma investigação e não ignorar os factos...
Há coisas que não se resolvem apenas com "magia" ou conversas ditas na "terceira ou quarta pessoa".


Perseus, não querendo dar continuidade a discussões estéreis, mas, atento o que disse sobre a frase referente à cozinha e ao meu irmão recém-nascido, e não se tratando este Fórum de local de provas de Português, fiquei intrigado pela sua insistência neste particular.
E já agora, se quiser, evidentemente, explique qual a pertinência, para efeitos desta história, do facto do meu irmão ter ou não ter nascido na cozinha?  É que fiquei mesmo intrigado, e outras pessoas também estarão, decerto.

Boa tarde

Acredito mais que se tenha tratado de uma visita de um demónio do fogo - Djinn
Não posso por links, mas aconselho uma breve pesquisa. Os Djinn são seres espirituais que se subdividem pelos elementos água, terra, ar e fogo.
O porquê de ele ter aparecido e sugado a consciência da sua mãe deixando um rasto de calor só vocês podem averiguar. Talvez, sem querer, ela o tenha invocado.
Os poucos relatos que conheço de terem invocado Djinns as pessoas acabaram desmaiadas. É dificil uma pessoa invocar uma entidade "sem querer" porque geralmente são feitos rituais rigorosos e muito especificos.
A simbologia do Djinn do fogo inclui:
- A cor vermelha = fogo
- Areia = deserto
- O risco em forma de C = Significa o Crescente, a lua crescente
- A vela = elemento fogo
- O carvão = ação do fogo
Talvez a sua mãe tenha interagido com algumas destas coisas, sem intenção??
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

Olá, Filipa84, boa tarde.
Quanto aos Djinn, ou jinn, da tradição muçulmana, estou, de alguma forma, bem familiarizado com o assunto, tanto mais que tenho amigos religiosos muçulmanos, e temos falado abertamente sobre assuntos de metafísica onde, essa temática, pode ser abarcada. Para eles, além da acepção de espírito inspirador, também tem o significado de demónio. Eles relataram-me que no deserto, quando eram crianças (viveram lá em crianças), era natural verem pequenas luzes vermelhas sobrevoarem as aldeias, e diziam ser os jinn (ou, djiin): os demónios. Conotavam-nos, normalmente, com o mal.
Bem, não sei de que forma, mesmo involuntária, a minha mãe poderia ter invocado uma figura (ente) que desconhecia existir. Sendo mulher católica, devota, era mais o "credo" que trazia na boca do que, propriamente, o nome dum ser dessa natureza. E sendo certo que ela desconhecesse o nome de jinn, e embora sempre tivesse a sua correspondência, na tradição cristã, ao demónio (nas suas várias acepções), não estaria a ver tal mulher a agir de modo a invocar uma entidade que lhe era absolutamente repugnante.

Vejo, porém e com agrado, que alguém com erudição se embrenhe por estes campos  ;)