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  • Salvar uma vida ou seguir a religião?
    Iniciado por Puca
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Puca
Sim Cristabella, naturalmente que será assim. Mas sabendo, tendo uma declaração assinada em como não quer receber transfusões, quais seriam as consequências para o médico?

Excelentes questões, Puca e Cristabella. :)

#17
Eu entendo a posição do médico mas também entendo a do doente. Se tem uma declaração escrita e na altura ele não está consciente para o confirmar devem fazê-lo.

Por exemplo se eu tiver uma doença fatal e o meu coração começar a falhar, não quero ser reanimada. Já o disse ao meu marido mas sei que terei de o deixar por escrito.

Puca
Imagine Maria, que na sequência de um acidente de imediato lhe fazem uma reanimação, ninguém tem acesso a documentos, conversas, nada. É feito no momento, ninguém sabe se tem alguma doença fatal, o objectivo é apenas pôr o seu coração a bater novamente. O que faria?

#19
Citação de: Puca em 21 maio, 2015, 14:24
Imagine Maria, que na sequência de um acidente de imediato lhe fazem uma reanimação, ninguém tem acesso a documentos, conversas, nada. É feito no momento, ninguém sabe se tem alguma doença fatal, o objectivo é apenas pôr o seu coração a bater novamente. O que faria?

Não faria nada porque as pessoas não adivinham. Se me reanimassem e eu sobrevivesse, melhor. Refiro-me  a estar em coma ou com cancro numa cama de hospital. Nesse caso não quero ser reanimada.

Citação de: simplesmentemaria em 21 maio, 2015, 14:37
Não faria nada porque as pessoas não adivinham. Se me reanimassem e eu sobrevivese melhor. Refiro-me  a estar em coma ou com cancro numa cama de hospital. Nesse caso não quero ser reanimada.

Penso que a simplesmentemaria se refere a recusar medidas extraordinárias em caso de entrar num estado irreversível. Assinar Ordem de Não Reanimação (é assim que chamam na série, aqui não sei o nome técnico correcto).

#21
Citação de: cepticooucrente em 21 maio, 2015, 14:39
Penso que a simplesmentemaria se refere a recusar medidas extraordinárias em caso de entrar num estado irreversível. Assinar Ordem de Não Reanimação (é assim que chamam na série, aqui não sei o nome técnico correcto).

Exactamente, é isso mesmo. Só iria estar a prolongar o sofrimento dos que me rodeiam e o meu próprio pois não me conseguiria libertar do corpo.

Olá Puca,

Comecei a ler o teu tópico e rapidamente surgiu na minha mente o juramento, que depois muito bem partilhaste aqui connosco. No entanto, apesar do julgamento ser um ato pessoal realizado por todos os médicos, temos as regras e diretrizes institucionais... que nem sempre vão ao encontro do juramento, pois há interesses colaterais, como em qualquer campo da vida!

Naturalmente que a opção seria pela vida do sujeito. Depois virá o bom senso do médico e as suas crenças para lidar com a situação... como tudo na vida.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Puca em 21 maio, 2015, 12:59
Sim Cristabella, naturalmente que será assim. Mas sabendo, tendo uma declaração assinada em como não quer receber transfusões, quais seriam as consequências para o médico?
Para lhe ser sincera, cada caso é um caso.
E para mim dependeria da situação. São questões de dever ético e moral. No meu caso, se for uma criança ou um jovem, podem por os papeis que quiserem a frente. Bom mas no caso de um adulto ir contra a vontade do doente é considerado anti-ético e sim pode acartar responsabilidades ao ponto de perder o direito a exercer. Mas este é o extremo. Antes disto "muita água corre na fonte". Se é que me fiz entender :)
"A Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser Primitivo Celeste"

Puca
Simplesmentemaria, compreendo a sua posição, numa situação de não retorno seria apenas prolongar o sofrimento. Mas neste caso especifico nos pratos da balança estão uma vida normal ou a morte imediata.

Faty, o que não faz sentido na minha prespectiva, é existir um juramento para depois ser quebrado por regras institucionais. As coisas deviam bater certo umas com as outras. :)

#25
Citação de: Puca em 21 maio, 2015, 14:51
Simplesmentemaria, compreendo a sua posição, numa situação de não retorno seria apenas prolongar o sofrimento. Mas neste caso especifico nos pratos da balança estão uma vida normal ou a morte imediata.

Faty, o que não faz sentido na minha prespectiva, é existir um juramento para depois ser quebrado por regras institucionais. As coisas deviam bater certo umas com as outras. :)

Puca, compreendo perfeitamente mas também tem a ver com as crenças dos médicos, daí muitos se recusarem a fazer abortos.

Citação de: Puca em 21 maio, 2015, 14:51
Faty, o que não faz sentido na minha prespectiva, é existir um juramento para depois ser quebrado por regras institucionais. As coisas deviam bater certo umas com as outras. :)

Pois é... tínhamos aqui pano para mangas... a dualidade dos juramentos e das nossas crenças enquanto profissionais!! :(
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: simplesmentemaria em 21 maio, 2015, 14:55
Puca, compreendo perfeitamente mas também tem a ver com as crenças dos médicos, daí muitos se recusarem a fazer abortos.
Nem mais. Era mesmo o que estava a pensar.
"A Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser Primitivo Celeste"

Puca
Surgiu-me ainda outra questão em relação a este assunto. Certamente que também haverão médicos que seguem esta religião. Será que eles se recusam a efectuar transfusões aos seus doentes? Se o fazem não estão também eles a ir contra a sua crença? Têm legitimidade para deixar alguém morrer por não seguirem esse procedimento?

Citação de: Puca em 21 maio, 2015, 15:49
Surgiu-me ainda outra questão em relação a este assunto. Certamente que também haverão médicos que seguem esta religião. Será que eles se recusam a efectuar transfusões aos seus doentes? Se o fazem não estão também eles a ir contra a sua crença? Têm legitimidade para deixar alguém morrer por não seguirem esse procedimento?

Eu penso, ou melhor quero crer, que não se recusam a fazê-lo a terceiros. Quanto muito fazem-no a eles próprios ou a filhos porventura, isto se seguirem a religião "à risca".