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  • Espiritismo e Infidelidade
    Iniciado por Faty Lee
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Espiritismo e Infidelidade

Quando um homem e uma mulher decidem casar ou viver juntos, assumem um compromisso mútuo de cultivar a fidelidade por toda a vida, mas nem sempre este compromisso é cumprido.

Há um maior número de infidelidade por parte dos homens do que por parte das mulheres. A percentagem de homens infiéis é bem maior do que a dos homens fiéis.

Em muitas situações, a infidelidade não aporta grandes problemas, mas em alguns, provoca situações dramáticas, não somente em relação à mulher, mas também ao homem com repercussões no resto da sua vida. A vítima da infidelidade, seja homem ou mulher, fica seriamente lesada na sua sensibilidade. Algumas pessoas desestruturam-se totalmente, outras deprimem profundamente ou desequilibram completamente. O causador da infidelidade contrai um débito perante a justiça divina.  As consequências do ato infeliz, muitas vezes, estendem-se às existências futuras, porquanto não se rompe impunemente um compromisso afetivo.

Por mais que tente, o infiel não consegue evitar mudanças no relacionamento conjugal, em virtude de sentir a consciência culpada.Como pode um homem que teve relacionamento íntimo com uma amante ser terno com a esposa, como se lhe fosse totalmente fiel? Da mesma forma, como pode a mulher ser carinhosa com o marido, após ferir a própria consciência num ato de infidelidade?

Fonte: Grupo de Estudo Allan Kardec!



Será que as consequências para uma pessoa infiel serão sempre catastróficas e com grande alcance no tempo?

E quando a relação já não está a funcionar? Não é legítimo que ambos os parceiros possam encontrar alguém para os fazer feliz?

E os seres das sociedades poligâmicas, estarão eles completamente condenados segundo os desígnios divinos?

Será a infidelidade algo assim tão grave numa relação?

E você, qual é a sua opinião?
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Sinceramente, nao sei.... mas ao meu ver, cada caso é um caso.

O facto é que nao condeno a infidelidade em certos casos.
Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos.
Paulo Coelho

Se cada caso é um caso... será que a infidelidade em determinados casos é condenável e em outros não o é?
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#3
Citação de: flor123 em 25 fevereiro, 2015, 13:11
Sinceramente, nao sei.... mas ao meu ver, cada caso é um caso.

O facto é que nao condeno a infidelidade em certos casos.

Concordo com a flor123, cada caso é um caso, apesar de não deixar de ser traição.

A maioria desses casos acontecem pelo desejo "animalesco" do ser humano na obtenção do prazer e isso sim, pode ser condenável.

Quando um casamento já está desestruturado e o afeto e carinho passam a uma amizade, não condeno a situação, apesar de não considerar a mesma como sendo a mais correta.

Mas cada caso é um caso, todos nós temos as nossas falhas...
Se um rema e outro cruza os braços ou rema para outro lado... mais vale abandonar o barco e seguir sozinho.

Se a questão é assim tão relativa, então não deveria de haver consequências, certo?

Imaginem uma mulher que está numa relação em que as coisas não são nada funcionais... às páginas tantas aparece-lhe uma pessoa em sua vida, os dois envolvem-se... ela continua com um sentimento de culpa terrível, ou seja, o peso do pecado... as consequências estão a ser aportadas por ela mesmo certo? Porque é legítimo que ela seja feliz... mas ao condenar-se e ao considerar a sua atitude como pecado, não está a permitir-se a si mesma ser feliz...
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Puca
A meus olhos vejo a infidelidade como o desfazer de um compromisso de fidelidade, logo quando esse compromisso não existe, como no caso de sociedades poligâmicas ou em comum acordo do casal, este conceito deixa de ser aplicável.

Quando existe a quebra deste compromisso acaba a confiança, o respeito pelo outro, a cumplicidade que deveria existir no casal, logo vai haver consequências karmicas além dos possíveis efeitos a curto prazo. Se a relação não é funcional, antes de consumar a infidelidade o correcto seria terminar a relação.

:)

#6
Concordo plenamente, teoricamente falando. Mas na prática nem sempre isso é possível por diversos motivos.

Puca, por aquilo que depreendi, quando a relação terminou, apesar de ainda estarem juntos e existir uma situação de infidelidade esta poderá não ter consequências cármicas, é isso? Ou tem sempre mesmo que o compromisso afetivo cesse?
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Puca
Na minha opinião sim, Faty. Acabar a relação é terminar com o compromisso de fidelidade.

Claro que a minha opinião é muito generalista e cada caso tem as suas particularidade, mas muito resumidamente quando não há compromisso não há infidelidade. No caso da religião católica em que o compromisso é para a vida, haverá sempre esse não cumprimento, logo haverá sempre Karma. Agora qual é a bitola de Deus para fazer o seu julgamento, não sei, mas estou inclinada para a liberdade de cada um de não assumir compromissos eternos.

Questão interessante.. Partindo do principio que Deus é justo, não terá 2 pesos e 2 medidas. Acho que há pecado quando existe o acordo de fidelidade, quando a traição provoca sofrimento. É a minha opinião mas dá o que pensar :D

Acho que é um excelente tópico , primeiro que tudo.


Considero, pessoalmente, que o compromisso de duas pessoas é também um compromisso de amor
O amor é quebrado é por falta de valores de um ou outro Ser.

Quem trai é porque não ama realmente o/a companheira de vida... Acredito que quando o amor existe verdadeiramente , tras com ele uma pura amizade, uma confiança plena, uma verdade que ajude o casal a viver.

Agora uma coisa é certa..... o amor anda junto da dor , basta alimentar um dos dois.


A verdade doi, mas liberta

Citação de: landa em 25 fevereiro, 2015, 13:47
Questão interessante.. Partindo do principio que Deus é justo, não terá 2 pesos e 2 medidas. Acho que há pecado quando existe o acordo de fidelidade, quando a traição provoca sofrimento. É a minha opinião mas dá o que pensar :D

Acho que é precisamente aqui que reside o primeiro ponto de reflexão. Num casal em que um deles comete infidelidade, mesmo que o "compromisso" já tenho sido assumido por uma das partes como acabado, o sofrimento estará sempre presente no outro parceiro? E quando há sofrimento em alguma das partes, a relação causa-efeito terá que estar sempre presente, não acha?

Vou dar-lhe dois casos concretos:

- uma senhora, casada, com filhos entende que a sua relação com o marido não é funcional. Por mais que conversem, não atam nem desatam, porque ele continua a ter a sua posição na relação. Ela já não aguenta mais e mesmo não procurando... surge uma pessoa em sua vida, uma pessoa do passado dela, com quem nunca tivera uma relação, mas muita proximidade. Ela considera que não deve "trair" o marido, pois apesar de tudo o peso do pecado está ainda presente, mas por outro lado, ela quer ser feliz, quer ter um ânimo em sua vida! Será que a infidelidade dela, mesmo com o não conhecimento do marido, será um pecado assim tão grande? Ou quererá Deus que ela continue a assumir o compromisso emocional que fez com o marido, apenas porque ele é assim e como o compromisso foi feito, terá que ser cumprido para toda a vida? Se assim for, onde está a felicidade desta senhora?

- Um homem casado, com filhos sente que a sua relação não possui um estímulo positivo. É sempre a mesma coisa, não há diálogo, não há conversas, apenas as coisas banais do dia-a-dia. Entretanto, obviamente que as coisas em termos sexuais começam a esfriar... será que as suas fantasias com outras mulheres que conhece não são equiparadas a uma infidelidade perante o compromisso emocional que estabeleceu com a sua esposa?

Quais os critérios de diferenciação e seus pesos em cada um destes casos? :-\
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Membro nr. 34334

Citação de: KALKI em 25 fevereiro, 2015, 13:59
Quem trai é porque não ama realmente o/a companheira de vida... Acredito que quando o amor existe verdadeiramente , tras com ele uma pura amizade, uma confiança plena, uma verdade que ajude o casal a viver.

Agora uma coisa é certa..... o amor anda junto da dor , basta alimentar um dos dois.

Concordo com as palavras do Kalki, mas considero que mesmo que a relação acabe, existe sempre a necessidade do afeto, do carinho, por vezes um simples toque.

E quando esse simples toque falta, o que fazemos? Ou nos privamos dele e ficamos a remoer essa situação para o resto da vida, ou temos esse toque e nos condenamos para o resto da vida?

Eu já tive na posição de traído e de traidor. Fui traído por prazer e luxúria e traí por falta de carinho, de afeto, necessitava daquele toque.

Condenei-me por ter sido traído e por trair, sofri muito com isso, mas aprendi comigo mesmo e consegui perdoar mais facilmente quem me traíu do que me perdoei a mim, por isso entreguei nas mãos de Deus, pois só ele um dia me poderá julgar.
Se um rema e outro cruza os braços ou rema para outro lado... mais vale abandonar o barco e seguir sozinho.

Oh VodGas mas é ai que eu quero chegar. Achas que nos devemos "condenar" porque não estamos bem com aquela pessoa e por isso privarmo-nos de ser feliz?? Achas que Deus, na sua justiça, nos condenará por isso... ou seremos nós próprios que temos que colocar as coisas no devido lugar?

Deus não nos julgará, seremos nós próprios. Se não somos felizes, achas que Ele estará feliz? Sem dúvida que aqui nem se coloca a hipótese de não haver respeito pelo outro, pois ai estaremos já num registo completamente diferente.

Porque razão o nosso peso de culpa é tão grande, quando apenas procuramos ser felizes? Não é isso legítimo para todos os seres que pretendem "fugir" do sofrimento? Certamente que acabamos por causar sofrimento no outro!!!

Que dilema, bolas!
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Membro nr. 34334

sofiagov
Será que as consequências para uma pessoa infiel serão sempre catastróficas e com grande alcance no tempo?

Muita escolha demasiada oferta...banalização fortuita...se assumiu um compromisso e depois já não sente-se confortável na sua relação é motivo de "pular a cerca" ou será desistência demasiado rápida de apostar mais forte na relação ... ::)
no tempo a quantidade leva um pouco à solidão...

E quando a relação já não está a funcionar? Não é legítimo que ambos os parceiros possam encontrar alguém para os fazer feliz?

Acho e concordo que sim sem duvida...se ambos não são felizes .
Pior é quando um gosta o outro deixa de gostar... :-\
As relações são cada vez mais "fast-food" (comida rápida) , fica-se cheio momentaneamente.
A traição/infidelidade não é só uma quebra de carácter para consigo próprio como para com o outro que partilha esse mesmo compromisso.
Falta de diálogo que foi substituído pela Tv, computador, stress...e tudo o mais como desculpa a uma relação "melhorada" também diariamente...por isso se chama relação a dois um compromisso a ser batalhado, trabalhado e não adormecer pelo meio só porque se conquistou e pronto, depois um dos dois irá procurar o que não tem em casa digo eu...
a falta de carinho, de atenção é uma forma de procurar fora.

E os seres das sociedades poligâmicas, estarão eles completamente condenados segundo os desígnios divinos?

Cada vez mais a monogamia vai desaparecendo  :-\... mas se estão condenados segundo os desígnios divinos, ...não sei concretamente...é uma forma que alguns seres humanos viver, a forma de estarem e agirem no seu mundo e dos que assim prevalecem, se todos os intervenientes aceitam e não fazem mal a ninguém porque vão ser condenados?

...sinceramente não é a minha forma e nem sequer a consigo visualizar como sendo uma forma de eu estar...mas para quem a pratica...enfim como em tudo são opções.

Será a infidelidade algo assim tão grave numa relação?

Para mim...sim sem dúvida e ponto.
Um vidro partido depois de colado não tem a mesma força, por mais que se perdoe ...hum! não sei seria algo que ficava sempre ali ...mas isto sou eu porque me conheço e sei como funciono, agora, há aqueles que perdoam e conseguem...acho maravilhoso ...


Sofia, concordo contigo em alguns pontos... em outros não. Acho que depende da forma como a "infidelidade" é vivenciada interiormente pela pessoa... muitas vezes são os próprios infiéis que mais se condenam a si mesmos e por isso, eles sejam as principais vítimas!

Colocando de parte a infidelidade como traço de personalidade... vamos falar de duas pessoas que sempre se amaram... e que chegou ao fim. Não para ambos, pois se fosse para ambos seria bem mais fácil e o dilema não seria tão grande... imagina que é apenas de uma das partes... ficar e ser infeliz... ficar ou tentar ser feliz (sim, porque a pessoa em questão não tem possibilidade de sair da relação. Isso é impensável!).
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