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  • Frases & Pensamentos
    Iniciado por Templa
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Ora aqui está uma grande verdade... ;)

A humildade verdadeira tem de vir da essência do ser.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

O ego arruina a humildade, sim.
Mas esta lição também toca um ponto importante:
'falsa humildade', aquela humildade exagerada também acaba por pecar na verdade ou, a ser sentida, acaba por anular o Ser, que se anula a si próprio.

"O desapego não é mental. Não é mental. Não é que nós temos de adotar algum tipo de sanyasa (penitência) ou temos de ir para os Himalaias, não temos de abandonar nossas famílias e tudo mais. Mas o desapego está dentro de si mesmo. Quando esse desapego começa a atuar, o primeiro sinal é que nós nos tornamos alegres. Nos tornamos felizes."



S.S. Shri Mataji Nirmala Devi, Sidney, Austrália, 26.02.1995



Realmente o primeiro passo para todos os passos na nossa vida começa sempre dentro de cada um.
A verdade doi, mas liberta

O mais difícil é ter essa consciência, nem será tanto fazê-lo. Ter consciência de que tudo é efémero em nossas vidas e que nada é permanente é uma abertura muito grande de consciência... o primeiro passo para se trabalhar o desapego.

Muito bom!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

O primeiro e o mais difícil... e que nem sempre se consegue...
Muito bom!

Quanto mais o Ser está em Paz, mais desapegado fica das coisas exteriores.
E o desapego traz felicidade interior e genuína.

Sei que muitos budistas no final da vida, abandonam tudo o que têm e vivem uma vida de mendigos porque assim desapegam-se mais facilmente do mundo material. Não vejo qual a utilidade desse gesto. Será que pedir esmolas, passar frio, fome, sede, ter apenas uma muda de roupa faz assim tão bem? Não sou apologista do luxo, ou de riquezas mas não seria o oposto a melhor solução?, ou seja, se eu tenho comida, um tecto para ficar protegida das intempéries, roupa para vestir e as minhas contas em dia, sobra-me mais tempo para dedicar à minha evolução espiritual através da meditação, mantras, orações, e tudo o que for necessário porque já não tenho de me preocupar com essas coisas. 

Anascorpion compreendo o que diz. Mas é uma ilusão, sabe porquê? Porque a azáfama da nossa vida não nos deixa tempo para nada.

E, na verdade, os budistas trabalham o desapego desde que nascem :) Alguns, vivem a vida primeiro e depois tratam disso, é certo... mas o mais comum é encontrá-los logo no percurso do desapego... é mais difícil pensar que quando for mais velha terá tudo organizado e ai pensará na sua evolução espiritual... pois poderá não haver amanhã :)

O problema não reside no desapego material, pois este é consequência de um grande apego ao Ego. Este último é que é o verdadeiro desapego! Uma vida, nem sempre chega para o trabalhar!

Posso sugerir-lhe a leitura de um livre simples, pequeno e delicioso?
Não sei se já o leu, mas fica aqui a dica: O Monge que vendeu o seu Ferrari :)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Realmente não tinha pensado nisso. Como ninguém sabe quando vai morrer, o desapego tem de ser feito desde cedo. O problema é que todos nós temos apego a algo ou alguém. Temos apego aos nossos pais, aos nossos filhos, aos nossos irmãos, à nossa casa e até ao nosso país.
Por exemplo: se uma mulher com filhos desapegar-se deles, deixará de amá-los? Porque o apego está também relacionado com o amor. Não nos apegamos àquilo que não gostamos, certo?
Pergunto-me até que ponto devemos desapegar-nos?

Obrigada pela sugestão de leitura. Vou procurar esse livro :)

#520
O desapego não tem a ver com o deixar de amar .... o Amar verdadeiramente é ter a capacidade de libertar e confiar.


Se formos a ver bem ... os "nossos " filhos não são nossos... São de Deus em primeiro lugar e a nossa missão é educar, transmitir bons valores para que cresçam livres, amando-os.



A verdade doi, mas liberta

Citação de: KALKI em 10 abril, 2015, 14:51
O desapego não tem a ver com o deixar de amar .... o Amar verdadeiramente é ter a capacidade de libertar e confiar.


Se formos a ver bem ... os "nossos " filhos não são nossos... São de Deus em primeiro lugar e a nossa missão é educar, transmitir bons valores para que cresçam livres, amando-os.


Está certo.
Pronto, sou muito apegada. Não às coisas mas às pessoas. Preciso exercitar a monja budista que há em mim!

anscorpion o apego é uma ilusão. Os seus filhos só o são nesta vida; assim como os seus pais, os seus amigos e por ai fora, compreende?

Amar não é ter apego. Amar é você ser livre e por isso,  poder amar todos os seres independentemente do apego que lhes tenha. O apego seria a necessidade existencial de você se sentir você mesma, mas isso não existe no mundo espiritual, porque somos todos Um e todos estamos ligados de alguma forma. Já reparou que há pessoas que se dão "melhor" com membros fora da sua família do que com a própria família?

Essa questão do apego é muito pertinente. Como deve imaginar eu amo muito os meus filhos, certo? Mas amo-os não somente como meus filhos, mas como dois seres humanos que respeito e sinto-me grata por me terem escolhido como mãe, compreende isto?

Quando o meu filho mais velho nasceu, senti-me deprimida porque eu nunca fui como as outras mães que conhecia. Nunca disse ou senti "que ele fosse meu"... nunca consegui sentir isso e comecei a pensar que o erro seria meu... por qualquer razão. Falei com uma colega, pois atrapalhava-me não ser como as outras mães, mas porque razão é que eu não sinto que o meu filho seja mesmo meu? E ela disse-me uma coisa que me marcou e me ajudou a ultrapassar esse sentimento: Tu és livre e amar é ser livre. É isso que importa, por isso continua livre e a amá-lo da forma como tu sabes fazer. Isto fez um sentido tremendo dentro de mim, como se eu precisasse de aliviar a minha mágoa, pelo facto de sentir "apego" ao meu filho, compreende?

A confusão de conceitos pode dever-se ao facto do "apego" ser um conceito clínico da psicologia muito divulgado e que significa "laços emocionais" ou em inglês "attachment". Este é um conceito meramente emocional e está muito aquém daquilo que se pretende dizer.

Não sei se a minha explicação foi suficientemente clara :(
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Sim, entendi.
Provavelmente as pessoas mais apegadas ao mundo material são mais propensas ao apego. Aquelas que já conseguiram ter um certo distanciamento, lidam com o apego de outra forma.
Claro que nada, nesta vida é realmente nosso mas agimos como se fosse. Um filho, embora nasça de nós, não é nosso. Ao contrário do que muita gente diz, um filho não é uma parte de nós. Um filho é um ser independente, com vontade própria. ;)

Às vezes, tudo o que precisamos é de fechar os olhos no fim de um dia longo e agitado e perceber que ao nosso lado existe um outro mundo em forma de pessoa para nos reconfortar e reorientar. Alguém que caminhe ao nosso lado mesmo que o tempo ou a distância nos levem para outro lugar. Uma bússola, mas de carne e osso, tal como nós. Um norte, mas que seja muito mais do que uma simples direcção. Um abrigo, mas que mais do que sensação de proteção física, que proteja a nossa alma das inconsistências do mundo que insistem em deixar-nos de rastos.
Portanto, escolhe alguém que escolha ficar contigo mesmo que o caminho nem sempre seja fácil ou nem sempre seja o caminho que era esperado ou que foi idealizado. Escolhe alguém cujos olhos sustentam o mundo quando te olham. Alguém capaz de dividir o peso do mundo contigo.
Fica ao lado de alguém que não liga para os teus dias de má disposição, nem para os teus dias em que até o teu cabelo parece estar contra ti. Escolhe aquela pessoa que resistiu a todas as intrigas do mundo juntamente contigo, aquela pessoa que te abraçou com força quando tu te sentiste perdido e que te puxou para cima em todas as vezes que tu caíste, por tua culpa ou não, e que reergueu todo o vosso amor mesmo naqueles momentos em que tu duvidaste que ele sequer ainda existia.
No mundo, o que não falta é gente que não sabe se deve ir ou ficar, que não sabe se vale a pena arriscar ou se deve desistir. Entre tanta gente indecisa, cobarde e preguiçosa, que ao mais pequeno sinal de problemas resolve fazer as malas e partir para outra, dá valor a quem fica de livre e espontânea vontade. Dá valor a quem decide, com livre arbítrio, e sob todas as condições e circunstâncias, que tu és a melhor opção. Dá valor a quem, perante uma fase menos boa, ache que vale a pena ser paciente e esperar porque está certo que melhores dias ao teu lado virão. E na maioria das vezes eles virão mesmo. Muitas vezes com cheirinho de um pequeno-almoço entregue na cama, ou de um telefonema simpático pela manhã.
Toda a gente tem dias de dúvida, de questionamento, de medo, de preocupação, de tristeza. E, dependendo da pessoa e da fase da vida, estes dias podem durar semanas ou até mesmo meses. Mas é precisamente nesses momentos, quando o barco parece tremer e a opção de saltar fora parece tentadora, que se deve procurar forças para manter o navio em movimento.
Não desistas de alguém que nunca desistiu de ti. O que nós mais precisamos na nossa vida é de gente que fica quando o resto do mundo se foi embora. Temos de ser a excepção, numa sociedade onde as pessoas preferem sair pela porta a fora em vez de que respirar fundo e esperar que a tempestade passe. Pois ela passa, e o que fica depois disso é o amor e a cumplicidade de quem nos conhece por inteiro, com as nossas imperfeições e defeitos, e não somente a nossa melhor versão. Porque parecer perfeito aos olhos de uma pessoa qualquer é fácil, o difícil é encontrar alguém capaz de se manter abraçado a nós com a mesma firmeza de sempre, mesmo quando não conseguimos ser fortes a toda a hora e as nossas imperfeições sobem à flor da pele.
Às vezes não é preciso uma única palavra sequer. Há pessoas que não precisam dizer nada para nos mostrarem que não desistiram de nós. Há pessoas que não precisam dizer nada para dissiparem quaisquer dúvidas de que se mantêm do nosso lado mais firmes do que nunca. E essas pessoas valem muito a pena.


fonte: jafoste.net