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  • Autoconhecimento e mudança interior
    Iniciado por AndreiaLi
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AndreiaLi
Lições de auto-conhecimento e mudança interior


Tomei conhecimento de um site fabuloso que contem algumas lições sobre Autoconhecimento. Nesse sentido, achei pertinente coloca-las aqui no forum, e partilha-las com vocês visto que são uma ferramenta muito boa, para quem pretende atingir evolução da sua espiritualidade. Como tal, todos os dias irei aqui postar três lições do curso (visto que são várias) até ao final do mesmo. Espero que apreciem tanto como eu  :) nao sei é se estou a postar no local mais correcto do forum, mas se for necessário por favor movam este tópico.

Introdução

Antes de iniciarmos o curso propriamente dito gostaríamos primeiramente de dar a você nossas boas vindas e dizer algumas palavras sobre este curso.

Se você se interessou por fazer este curso sem dúvida alguma é porque algo dentro de você, de alguma forma, está lhe dizendo que você precisa mudar, que precisa conhecer algo novo que o leve a conhecer uma nova e surpreendente realidade.
Exagero? Pode ter certeza que não caro amigo ou amiga.
Existe de fato uma outra realidade que lhe mostrará um sentido totalmente novo para a vida, por certo muito diferente deste que aprendemos a conhecer e aceitar desde cedo, de apenas nascer, crescer, lutar para sobreviver, reproduzir-se, envelhecer e morrer.

Como poderá ver, no decorrer do curso serão abordados temas que a primeira vista parecerão um pouco estranhos. Isso é perfeitamente compreensível, especialmente quando consideramos o fato de que não fomos educados para esse tipo de conhecimento e que, muitas vezes, fomos ensinados justamente para aceitar o oposto disso.

Você poderá comprovar por si mesmo tudo o que é ensinado neste curso. Muitas pessoas fizeram e continuam a fazer isso, pois o que aprenderá será para toda sua vida.
Porém é necessário praticar com continuidade o que será ensinado. Não espere conseguir comprovar algo e obter resultados acomodando-se em apenas ler textos e acumular informações.

Também gostaríamos de enfatizar que não temos a intenção de convencer ninguém de nada, mas de simplesmente disponibilizar informações para os que estão realmente interessados em obtê-las.

Dito isso, fazemos votos de que você aprecie e aproveite ao máximo este breve curso, que nada mais é que uma porta de entrada para esta nova realidade, mas que necessariamente precisa ser transposta.

Lição nº 1 - O que morre em nós e o que não morre

Somos muito mais do que apenas podemos ver e tocar fisicamente.
A anatomia do ser humano vai muito além da parte física, fato que não era ignorado pelas antigas e sábias formas de medicina egípcias, chinesas, indianas entre outras.

Para a perfeita compreensão dos temas tratados no curso, iremos falar um pouco sobre os corpos ou veículos que formam o conjunto do ser humano, assim como o que anima ou dá vida a esses veículos.

O gráfico abaixo nos mostra precisamente isso:



Corpo físico é nosso corpo de carne e osso e é o veículo com o qual nos expressamos no mundo físico. Esse corpo está sujeito ao tempo, isto é, se deteriora com o passar do tempo e portanto chega o dia em que cessam suas funções biológicas e o metabolismo.
É a morte desse veículo.

Corpo vital é a parte tetradimensional do corpo físico, ou seja, é um correspondente intimamente ligado ao corpo físico que porém não é visível ao olho humano. O corpo vital também é conhecido como aura, corpo etérico ou ainda, no oriente, lingan sarira.
É esse corpo que dá vitalidade e calor ao corpo físico e, quando começa a se deteriorar (pois também está sujeito ao tempo) o corpo físico seguramente irá pelo mesmo caminho.
Quando da morte do corpo físico o corpo vital também se desintegra.

Corpo astral é o veículo com o qual nos expressamos no mundo astral ou mundo dos sonhos.
Este veículo não está sujeito ao tempo, não morre e nem se desintegra quando ocorre a morte física.
Este corpo é ligado ao corpo físico pelo cordão de prata, também chamado de fio da vida ou ainda Antakarana. É um fio de energia que somente é rompido no momento da morte física.
Com o corpo astral podemos actuar conscientemente fora do corpo físico e visitar os diversos lugares do mundo astral ou mesmo do físico. É o que se conhece por desdobramento astral, projeção astral, sonho lúcido, etc., o que, aliás, será tratado com detalhes no decorrer deste curso.

Corpo mental é o veículo com o qual nos expressamos no mundo mental, que também se encontra na quinta dimensão, por isso assim como o corpo astral não morre nem se desintegra quando ocorre a morte física. O corpo mental está relacionado aos nossos pensamentos e funcionalismos cerebrais.

Acima citamos os veículos ou corpos que possuímos.
Abaixo veremos o que anima esses veículos, o que realmente somos internamente.

Essência, consciência ou alma é de fato o que temos de mais nobre. É uma parte divina que se expressa nas diferentes dimensões através dos veículos acima citados. No oriente a Essência é também conhecida por Budhata.
É o que realmente somos, mas infelizmente está demasiada adormecida e aprisionada em nossos muitos defeitos psicológicos (que também podemos chamar de eus) e dificilmente consegue se expressar.
A essência é imortal.
Em uma criança recém-nascida a Essência se expressa livre dos defeitos psicológicos, o que torna essas crianças belas, inocentes e adoráveis.
Infelizmente, com o passar dos anos, a Essência volta a ser aprisionada nos eus, e aquela beleza espontânea vai se acabando.
Quando dizemos que a Essência volta a ser aprisionada, nos referimos ao fato de que quando nascemos estamos na verdade vindo de uma existência anterior, na qual a Essência já estava aprisionada pelos defeitos psicológicos.
Veremos isso com mais profundidade nas lições seguintes.

Ego é o conjunto de todos os nossos defeitos psicológicos, também chamados de eus ou detalhes do ego.
Apesar de ser de natureza inumana também é o que somos.
Como a Essência aprisionada dificilmente se expressa, quem atua em nós quase na totalidade do tempo é o ego.
No gráfico anterior vimos que temos:

    * 3% de Essência livre (porém adormecida)
    * 97% de Essência aprisionada nos diferentes eus


Os eus são como muitas pessoas vivendo dentro de nós, cada qual com suas vontades, opiniões, desejos, pensamentos, etc. Cada uma dessas "pessoas" luta pela supremacia, para ser o comandante da máquina humana.
Seria como se a máquina humana fosse um navio tripulado por muitas pessoas, as quais estão constantemente lutando entre si para ser o comandante e pilotar o navio.

O ego é pluralizado, é o conjunto de muitíssimos eus ou defeitos psicológicos que foram criados e são alimentados por nós mesmos.
O ego não morre quando ocorre a morte do corpo físico, segue vivendo na quinta dimensão. Quando a essência retorna em um novo corpo físico o ego torna a se reincorporar neste novo organismo e continua mantendo a essência adormecida e aprisionada.

Não há nada de divino ou superior no ego. Sem sombra de dúvida o ego é a causa de nossos sofrimentos, inconsciência e limitações.
Felizmente o ego pode ser eliminado de nós e por nós mesmos, de forma voluntária e consciente.

Lição nº 2 : Projecção astral

Nesta lição vamos começar a conhecer e entender um fenômeno que é algo natural do ser humano e que ocorre conosco sempre que adormecemos.
Trata-se da projeção ou desdobramento astral, que também é conhecido como viagem astral ou ainda sonho lúcido.
A despeito de a pessoa aceitar isso ou não, ter consciência disso ou não, o fato é que esse fenômeno tem nos acompanhado desde que nascemos.
O motivo de estudarmos esse tema é o fato de que podemos desenvolver a capacidade de ter controle sobre a projeção astral.

E qual a vantagem de se ter controle sobre a projecção astral?
Como vimos na lição anterior, nós possuímos um corpo astral e esse corpo é o veículo utilizado para a nossa manifestação no mundo astral.
Isso significa que se tivermos controle sobre a projecção astral poderemos actuar conscientemente no mundo astral, um mundo totalmente novo, onde o tempo não existe, e que guarda muitos segredos sobre nós mesmos, sobre o destino, sobre os mistérios da vida e da morte, do Universo e de toda a criação.
Podemos também dizer que tudo o que existe no físico existe também no astral, mas nem tudo que existe no astral existe no físico.

Para começar veremos como e porque ocorre o processo da projecção astral inconsciente.
Todo ser humano necessariamente precisa dormir para que o organismo descanse e seja revitalizado para recuperar as energias gastas nas actividades normais do dia a dia.
Por esse motivo é impossível uma pessoa permanecer muito tempo sem dormir. O corpo físico precisa ser revitalizado para que continue a funcionar.

Um exemplo muito comum disso é o caso de pessoas que, pela necessidade inadiável de revitalização do corpo físico, adormecem ao volante de um veículo sofrendo e causando graves acidentes.

O corpo vital é o responsável pela revitalização do corpo físico. Mas para que o corpo vital desempenhe sua função é necessário haver a separação ou desdobramento do corpo astral.
Assim, ao adormecermos, literalmente saímos do corpo físico "vestidos" com o corpo astral.

O problema é que por estarmos com a consciência adormecida, não nos damos conta deste processo, e por isso para nós tudo se passa como nada se passasse.
Quando retornamos ao corpo físico e acordamos, depois de ter decorrido o tempo suficiente para o organismo ser revitalizado, normalmente recordamos apenas de fragmentos de sonhos.
Evidentemente que a clareza e a intensidade com que as recordações são trazidas do mundo astral podem variar muito de pessoa para pessoa.
Algumas conseguem recordar de muitos detalhes e outras podem simplesmente acordar sem lembrar de absolutamente nada.

Nesta lição vimos uma introdução sobre o fenómeno da projecção astral.
Na próxima lição sobre este tema iremos nos aprofundar um pouco mais e aprenderemos como conseguir experiências astrais conscientes, ter consciência de que estamos no mundo astral e ter controle sobre nosso sonho, o que sem dúvida aumenta enormemente nossas possibilidades.

Lição nº 3 :Os sete centros da máquina humana

Nesta lição veremos algo sobre os sete centros que controlam a máquina humana.
Este tema é simples porém importantíssimo, e compreendê-lo é fundamental para entender os temas que virão e, principalmente, para colocar em prática as técnicas de auto-conhecimento e mudança interior.

É bom também ter em conta que este tema não tem relação alguma com os sete chacras principais do ser humano, pois os chacras são algo totalmente distinto dos centros que tratamos nesta lição.

Nosso corpo possui determinados centros de controle que são responsáveis por exercer determinadas funções físicas e psicológicas.
São sete os centros que controlam a máquina humana, sendo dois centros superiores e cinco inferiores.

Os dois centros superiores, que são o emocional superior e o mental superior, estão como "desconectados" do ser humano comum e corrente, fato devido à nossa condição psicológica e espiritual tão limitada.
O ser humano tem espantosas possibilidades de desenvolvimento interior, a ponto de conseguir ter uma ordem perfeita dentro de si, com todos os cinco centros perfeitamente equilibrados e harmoniosamente "conectados" aos outros dois centros superiores.
Uma criatura assim tem total domínio sobre si mesma, é senhor de seus processos psicológicos e de suas emoções.

Os cinco centros inferiores todos os seres humanos os possuem, pois são indispensáveis à nossa existência.
Cada centro trabalha com o tipo de energia que lhe corresponde e o uso excessivo, que na verdade podemos chamar de abuso, de qualquer um dos centros esgota uma pessoa, podendo mesmo levá-la a um colapso de suas funções, o que modernamente é chamado de stress.

Estes centros são os seguintes:

    * Centro intelectual: localizado no cérebro este centro trabalha com a energia mental, e é responsável pelos processos do raciocínio e do pensar. Quando uma pessoa, por exemplo, está estudando ou raciocinando para resolver um problema, está utilizando energia do centro intelectual.

    * Centro motor: localizado na parte superior da coluna vertebral (base do crânio), este centro controla os movimentos que fazemos. Por isso uma lesão na coluna pode comprometer seriamente o controle dos movimentos do corpo.

    * Centro emocional: é um único centro de controle que porém é formado por dois pontos que se localizam um no coração e outro no plexo solar (região do umbigo), e este centro trabalha com a energia emocional.
      Talvez você já tenha percebido que diante de certos acontecimentos em nossa vida, às vezes sentimos uma sensação esquisita no coração ou um certo "frio na barriga".
      Repare que essas sensações são perceptíveis justamente nos pontos que formam o centro emocional.

    * Centro instintivo: este centro está localizado na base da coluna vertebral, e controla os instintos naturais do ser humano como o instinto de sobrevivência, instinto materno, instinto sexual, etc.

    * Centro sexual: localizado nos órgãos sexuais trabalha com a energia sexual, que é a energia mais poderosa de todas.

Infelizmente devido aos nossos já conhecidos defeitos psicológicos, também chamados de ego, estes centros não trabalham correctamente, o que causa o mau funcionamento físico e psicológico da máquina humana.
Isso como consequência traz enfermidades de todo tipo.
O ego actua nestes centros a cada instante, abusando da energia destes centros, desgastando e controlando a máquina humana.

O mais incrível de tudo é que ninguém sequer suspeita do que está ocorrendo em si mesmo, em seu próprio mundo interior, físico e psicológico. Apenas sofre as consequências sem saber as causas.
Mas a partir de agora isso começa a mudar.

Como podemos comprovar a actuação dos defeitos psicológicos em nós?
Existe em nós um sentido que está atrofiado pelo desuso. Trata se da Auto-observação.
Com esse sentido podemos perceber a actuação dos defeitos psicológicos em cada centro e, percebendo isto, podemos eliminá-los através do que chamamos morte psicológica, também conhecida como morte mística ou ainda morrer psicológico.

Os temas da Auto-observação e da Morte psicológica serão explicados em detalhes nas próximas lições do curso, e são imprescindíveis para o auto-conhecimento e a mudança interior.


fonte: Divina ciência.

Muito interessante. Obrigado por partilhares

''A tradição é a personalidade dos imbecis"

"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

AndreiaLi
Obrigada. Estou imersa neste *curso* e pensei que fossem aprecia-lo tambem

Acredita, vou aproveitá-lo bem.  :)
Obrigada, fico à espera dos capitulos seguintes.  :-*
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin


AndreiaLi
Lição nº 4 - O sentido da Auto-observação

Nesta lição aprenderemos sobre um precioso sentido que todos possuímos, mas que infelizmente, pelo seu total desconhecimento e consequente desuso, está atrofiado.
Felizmente, conforme vamos voltando a usar este sentido, este vai novamente se desenvolvendo e é como se fossemos abrindo gradualmente uma janela em nós mesmos, a qual por muito tempo permaneceu fechada e agora permite que um pouco de luz entre e ilumine nosso mundo interior, e dessa forma vamos conseguindo enxergar pouco a pouco tudo o que ali existe.

Conforme mais exercitamos este sentido mais a janela se abre e consequentemente mais luz entra, e assim vamos enxergando cada vez mais e mais coisas que até então estavam ocultas e que nem remotamente suspeitávamos que existiam.
Esse sentido é chamado de auto-observação e compreender este tema é básico e fundamental.
Não é possível nos conhecermos a fundo sem utilizar o sentido da auto-observação.

Mas afinal, o que vamos observar em nós?
Através da auto-observação iremos ver e sentir o que se passa nos centros da máquina humana, nos cinco centros inferiores que estudamos na lição anterior.
E como veremos nesta lição, nestes centros a todo instante algo está ocorrendo, e na maioria das vezes sem nosso conhecimento e muito menos consentimento.

E como fazer a auto-observação?
Não há uma técnica para se fazer a auto-observação.
Simplesmente, conhecendo quais são os centros da máquina humana (intelectual – motor – emocional – instintivo – sexual), passamos a observá-los, ou seja, dirigimos nossa atenção para estes centros a fim de percebermos quais sentimentos e pensamentos estão se manifestando ali.
Para isso não é necessário parar de fazer o que estamos fazendo, seja em casa, no trabalho ou em qualquer lugar que se esteja.
Praticando a auto-observação você verá que este sentido nos permite ver e sentir extraordinariamente o que se passa dentro de nós e, ao mesmo tempo, ter total atenção no mundo exterior e ao que estamos fazendo.
Na verdade, como a prática lhe mostrará, se consegue ter muito mais atenção e concentração no que estamos fazendo quando estamos em auto-observação.

Agora que já estamos com nossa atenção dirigida para nossos centros, devemos observar o que está ocorrendo ali, sejam pensamentos ou sentimentos.
Conforme vimos na lição anterior, os defeitos psicológicos atuam nos centros da máquina humana, nutrindo-se da energia destes centros e causando muitos malefícios físicos e psicológicos.
Quando dizemos atuam, isso significa que provocam, dependendo do centro e da natureza do defeito psicológico, certos tipos de pensamentos, sentimentos, etc., às vezes incrivelmente amargos e dolorosos o suficiente para causar um profundo sofrimento.

A título de exemplo, relacionamos abaixo o que podemos observar de mais comum em cada um dos cinco centros da máquina humana:

    * Centro Intelectual: pensamentos mórbidos e negativos, para com você mesmo e para com as outras pessoas, como a ira, a luxúria, a inveja, a cobiça, a desonestidade, a traição, o roubo, a maledicência, etc.
      Devemos também observar como os pensamentos mudam rapidamente. Pensamos a maior parte do tempo nas coisas que fizemos ou que vamos fazer, no que vimos na televisão, o que deveríamos ter falado ou vamos dizer a fulano, enfim uma sucessão de pensamentos sem controle e normalmente ligados ao passado ou ao futuro.
      Toda essa confusão de pensamentos e imagens mentais são também causadas pelos defeitos psicológicos e podem desgastar muito uma pessoa.

   * Centro Motor: basicamente neste centro o que podemos observar são movimentos feitos mecanicamente, de forma automática, sem ter atenção sobre eles.
      Um exemplo clássico é quando dirigimos um carro e ao mesmo tempo estamos pensando em várias outras coisas e, no entanto, continuamos a trocar as marchas, acelerar, frear, etc., tudo feito de forma automática.
      Agora podemos nos perguntar: Por que uma pessoa ultrapassa um sinal vermelho sem se dar conta e provoca um acidente?
      Por que uma pessoa atravessa a rua sem perceber que um carro está vindo em sua direção e é atropelada?
      Essas coisas só acontecem porque as pessoas não estão conscientes de seus movimentos, de seu centro motor. Precisamos nos esforçar por fazer os movimentos com atenção.

    * Centro emocional: emoções negativas de todo o tipo como o ódio (ainda que sutilmente disfarçado), a inveja, o medo (não importa do que seja), a angústia, a ansiedade, a impaciência, o apego a coisas e pessoas, preocupações, sentimentos exagerados, etc.
      Um mesmo defeito psicológico pode atuar, por exemplo, primeiro no centro emocional, depois no centro intelectual e em seguida no centro motor. Por exemplo, quando alguém diz algo que não gostamos.
      Ficamos bravos (centro emocional) e logo pensamos em reagir ou ficamos pensando em muitas coisas que deveríamos ter falado, feito, etc. (centro intelectual).
      Podemos ficar mais identificados ainda com a situação e fazer gestos ou mesmo brigar.
      Observe neste exemplo que toda a máquina humana foi controlada pelo ego como se fosse uma marionete, passando a controlar primeiramente o centro emocional, depois o intelectual e por fim o centro motor.
      Se estivermos em auto-observação veremos que isso acontece a todo o momento.

    * Centro Instintivo: neste centro o que observamos é o exagero ou abuso de certos instintos naturais.
      Vejamos por exemplo o instinto materno, que faz com que naturalmente uma mãe zele pela sobrevivência de seu filho. O abuso deste instinto seria expresso na forma de uma super-proteção por parte da mãe, fazendo com que ela cuide e se preocupe exageradamente com seu filho, mesmo quando este já possui idade suficiente para cuidar de si mesmo.
      Mais comum é o abuso do instinto de sobrevivência, que entre outras coisas, nos diz que devemos nos alimentar para sobreviver.
      Neste caso os defeitos psicológicos atuam fazendo com que a pessoa se alimente em demasia, comendo muito mais do que necessita para sobreviver. É o conhecido defeito da gula.

    * Centro sexual: abuso das energias sexuais. A energia criadora do sexo é infinitamente a mais poderosa que possuímos e que o ego gasta bestamente vendo filmes, cenas, anúncios, explicita ou implicitamente pornográficos ou imorais, pensamentos mórbidos, conversas desonestas, etc.
      O abuso das energias sexuais leva, cedo ou tarde, à impotência sexual.

No começo conseguimos nos auto-observar muito pouco, talvez algumas vezes por dia apenas. Isso varia de pessoa para pessoa, depende do quanto está atrofiado este precioso sentido.
Porém, com a prática, esse tempo de auto-observação vai gradualmente aumentando e passamos a nos autoconhecer cada vez mais, jogando mais luz em nosso interior e vendo como realmente somos interiormente.

E quando estamos em auto-observação e percebemos a atuação de algum defeito psicológico, o que fazer para que este seja eliminado?
No decorrer do curso aprenderemos, como já mencionado na lição anterior, a técnica do morrer psicológico, através da qual podemos eliminar cada defeito psicológico que conseguimos perceber atuando em nós.
Por isso desde já pratique muito a auto-observação, exercite e desenvolva este sentido porque dele dependerá sua mudança interior.




Lição nº 5 - Relaxamento


Nesta lição vamos aprender a importância de fazermos o relaxamento do corpo, os benefícios que isso trará e sua importância para a prática das técnicas de projeção astral e de meditação, que serão vistas nas próximas lições do curso.

Estudos no campo da psicologia revelaram que uma pessoa que pratica regularmente alguma técnica de relaxamento tem uma possibilidade muito grande de evitar doenças causadas pelo stress, de poder lidar melhor com a ansiedade, de ter um melhor relacionamento interpessoal, etc.

Quando praticamos o relaxamento nosso objectivo é "esquecermos" de nosso corpo, isto é, deixá-lo tão relaxado e sem tensões de tal forma que seria como se ele não estivesse ali, como se naquele momento não tivéssemos corpo físico. Além dos benefícios para a saúde que já vimos, o relaxamento será a primeira etapa das técnicas que aprenderemos para a projeção astral e para a meditação.

Por isso desde já comece a praticar a técnica de relaxamento que daremos a seguir para ir se acostumando.
Se possível pratique pelo menos uma vez ao dia no horário que achar mais conveniente.
Quanto mais praticar melhor.

A técnica que aprenderemos para fazer o relaxamento é muito simples e ao mesmo tempo muito eficiente, e a chamamos de "Técnica da luz azul".
Para praticá-la usaremos nossa concentração e imaginação combinadas, da forma como é descrito abaixo:

    * Primeiramente devemos nos deitar em uma posição confortável o suficiente para não precisarmos nos mexer mais, escolhendo um lugar silencioso, tranqüilo e bem arejado. O quarto de dormir normalmente é o ideal.

    * Agora fechamos os olhos, nos concentramos e vamos imaginar, ou seja, visualizar com a mente, todo nosso corpo que está deitado, da melhor forma que conseguirmos, dos pés à cabeça.

    * Depois disso vamos começar a imaginar uma luz azul celeste preenchendo nosso corpo, começando pelos dedos dos pés, preenchendo todo o pé, o tornozelo, as panturrilhas e assim por diante até o topo da cabeça.
      Não imagine apenas essa luz apenas revestindo seu corpo, mas sim imagine que ela preenche seu corpo como se ele fosse oco.
    * Faça a etapa anterior sem pressa e imaginando da melhor forma possível todo esse processo, sentindo o relaxamento de cada músculo por onde passa a luz azul.

    * Ao final da prática o corpo deverá estar totalmente tomado pela luz azul, assim como também totalmente relaxado. Se achar necessário repita todas as etapas novamente.

Pode ser que você tenha alguma dificuldade em se concentrar e em manter a imagem na mente. Isso é reflexo de nossa falta de concentração.
Não se preocupe, pois com a prática isso irá melhorando. Além disso, no curso teremos uma lição que tratará exclusivamente do tema da concentração e como desenvolvê-la.


Lição nº 6 O morrer psicológico


Nas lições anteriores já aprendemos sobre nossa constituição interior e sobre os defeitos psicológicos, e também como estes atuam nos centros da máquina humana.
Aprendemos também que podemos ver e sentir estes defeitos agindo através do sentido da auto-observação.

Nesta lição aprenderemos o principal tema de todo o curso, pois corresponde à etapa principal para todas as pessoas que realmente querem mudar interiormente, que desejam transformar a si mesmas em pessoas melhores, eliminando de seu interior os elementos psicológicos indesejáveis que são os responsáveis pelas nossas limitações, inconsciência e sofrimentos.
Este tema é o morrer psicológico, também conhecido como morte psicológica ou ainda morte mística.

Vamos agora fazer uma rápida recordação de alguns pontos já estudados e que são fundamentais para a compreensão deste tema.
Vejamos abaixo o gráfico que mostra nossa constituição interior:



O que é importante sabermos claramente para esta lição são os conceitos de ego e de Essência.
Então vejamos:

O ego.

O ego é a soma de nossos muitos defeitos psicológicos que vivem em nosso mundo interior, que foram criados e continuam a ser alimentados inconscientemente por nós mesmos.
Esses defeitos se nutrem das energias dos centros da máquina humana. Cada um desses defeitos é chamado também de eu ou detalhe do ego.
O ego é realmente a causa de nossos sofrimentos, inconsciência, erros, vícios, medos, fraquezas ,etc.

No antigo Egipto o ego era conhecido como os demónios vermelhos de Seth.
No Bhagavad-Gita o ego é simbolizado como os "parentes" com os quais Arjuna, iluminado directamente pelo Sr. Krishna, deveria travar terríveis batalhas.
Na mitologia o ego é, entre outros simbolismos, representado pela Medusa, causadora de todo tipo de sofrimento aos homens e que é decapitada pela espada de Perseu.

Na Bíblia podemos reconhecer o ego na passagem na qual o divino mestre Jesus pergunta ao demônio que possuía o infeliz geraseno qual era o seu nome, sendo que este lhe responde: "Meu nome é Legião, porque somos muitos." (Marcos - 5,1-20).
Também dentro do cristianismo podemos encontrar o ego representado nos chamados sete pecados capitais relacionados por Tomás de Aquino: luxúria, ira, inveja, cobiça, gula, preguiça e orgulho.

Enquanto mantermos em nosso interior essa natureza inumana, seremos criaturas limitadas, inconscientes, sofredoras e vítimas das circunstâncias.
Se os seres humanos não carregassem dentro de si o ego, o mundo seria um verdadeiro paraíso.

A Essência.

Nossa consciência é uma partícula divina, que podemos também chamá-la de Essência.
Conforme escreveu Victor Hugo:
"Escuta tua consciência antes de agir, porque a consciência é Deus presente no homem".

A Essência é o que de mais nobre levamos dentro e é imortal.
Conforme vamos eliminando os detalhes do ego vamos fortalecendo essa consciência ou alma, já que cada eu mantêm aprisionada uma fracção de nossa Essência.
Considere cada eu como uma garrafa que mantêm um pouco de nossa consciência aprisionada. Quebrando a garrafa retorna a nós aquela parcela de consciência que estava aprisionada.

Assim é como vamos realmente mudando interiormente, substituindo pouco a pouco nossos muitos defeitos psicológicos por nobres e belas virtudes.

A Mãe Divina

Há também em nós uma outra partícula divina a qual chamamos de Mãe Divina. Nas antigas culturas ela sempre foi conhecida e venerada.
A casta Diana grega, a Isis egípcia, a Tonantzin asteca, a Shakti hindu, a Stella Maris dos alquimistas medievais, a Maria - Nossa Senhora dos cristãos, etc, são os outros nomes atribuídos à Mãe Divina dentro dos simbolismos de cada cultura e época.
Assim como nossa mãe física, ela zela por seu filho ou filha e é individual. Cada ser humano tem a sua.

Devemos sempre pedir seu auxílio, seu conforto e sua proteção.
Ela nunca abandona o filho suplicante, desde que este tenha uma conduta reta. Sua missão principal em nós é justamente a eliminação do ego, de cada defeito psicológico que conseguimos perceber através da auto-observação.
Com a ajuda dela é que vamos morrendo psicologicamente, eliminando os defeitos psicológicos.

A Morte Psicológica

O trabalho da morte psicológica é antiquíssimo e sempre foi ensinado à humanidade pelos vários Mestres ou Avataras que vieram para instruí-la, mostrando-lhe os meios para acabar com seus próprios sofrimentos e limitações.
Jesus Cristo (o mais exaltado de todos), Buda, Quetzalcoatl (O Cristo asteca), Hermes Trismegisto no Egito, Krishina entre outros.

Cada um ensinou a mesma doutrina, porém adaptada ao seu tempo, com seus próprios termos e símbolos.
Infelizmente quando o Mestre parte, os homens, manipulados por seus próprios egos, começam a distorcer a doutrina e pouco a pouco o principal se perde ou é oculto da humanidade.

Prática

Primeiramente é fundamental estar em auto-observação, prestando atenção em nossas emoções, sentimentos, pensamentos, etc.
Quando percebermos a atuação de um defeito psicológico em algum dos centros da máquina humana, pedimos mentalmente a nossa Mãe Divina para que ela elimine esse defeito, que o desintegre.
O detalhe é então imediatamente eliminado e resgatamos a parcela de consciência que ele aprisionava.
É realmente muito simples.

Cada pessoa faz a petição como achar melhor, de coração, porém de forma enérgica, como quando um filho pede algo urgente a sua mãe. A mãe então atende prontamente.
Cada um tem suas próprias palavras, mas um exemplo é:

"Mãe minha, elimine esse defeito, desintegre-o!".

Se um mesmo tipo de defeito insiste em atuar seguidamente tornamos a pedir por sua eliminação.
Isso pode ocorrer quando um defeito é muito forte, quando foi muito "alimentado" através do tempo.
Contudo, utilizando a técnica da morte psicológica toda vez que o defeito atuar, este irá perdendo sua força até finalmente morrer.

Para uma melhor compreensão, façamos uma comparação entre o ego e uma árvore.
Uma árvore se desenvolve e se mantém viva e forte retirando do solo os nutrientes necessários para sua sobrevivência, e para isso depende totalmente de suas raízes, já que estas são a parte da árvore que efetivamente retira do solo os nutrientes.

Agora consideremos o ego como uma árvore que depende totalmente dos pequenos detalhes ou eus (que podemos comparar às raízes da árvore), já que são estes que retiram a energia suficiente dos centros da máquina humana e assim mantém o ego vivo.
Se cortarmos as raízes do ego (que são os defeitos psicológicos) através da morte psicológica, conseqüentemente o ego irá gradualmente perdendo sua força, se desnutrindo e morrendo, tal qual ocorreria com uma árvore se cortássemos suas raízes.

O contrário também pode ocorrer, ou seja, se permitimos que os detalhes atuem todo o tempo nos centros da máquina humana, o ego irá se tornando cada vez mais forte e desenvolvido. Isso é o que infelizmente tem ocorrido até o momento conosco.

No decorrer do curso vamos conhecer também novas facetas dos defeitos psicológicos, e entender porque muitas vezes temos certas atitudes e comportamentos que na verdade somente nos prejudicam.
De qualquer forma o meio para eliminação de qualquer defeito psicológico é e será sempre a morte psicológica, por isso não deixe de colocar em prática o que aprendemos nesta lição.

muito bom ;D
tem mais coisas para colocar ??? ???
''A tradição é a personalidade dos imbecis"

AndreiaLi


AndreiaLi
Lição nº 7 - Projecção astral II – a técnica do saltinho

Na lição n° 2 vimos o que é o fenomeno da projecção astral, falamos um pouco sobre os sonhos e sobre o mundo astral.
Continuando nosso estudo sobre projecção astral, aprenderemos nesta lição uma técnica para despertar a consciência no mundo astral, isto é, quando estivermos dormindo e sonhando, despertarmos do sonho e nos darmos conta que estamos no mundo astral e, a partir disso, fazer nossas primeiras experiências conscientes em astral.

A técnica que aprenderemos é a técnica do saltinho, uma forma simples e eficiente para despertar a consciência no astral.
Isso de despertar consciência já estando em astral é chamado por muitos de sonho lúcido.
Alguns consideram projecção astral apenas quando alguém sai em astral do corpo físico conscientemente, o que inclusive aprenderemos também neste curso.
Para nós, no entanto, isso não faz nenhuma diferença, pois o que importa é estar consciente no astral, não importando se saiu consciente do corpo ou se despertou consciência quando já se estava em astral.

A técnica do saltinho é na verdade uma disciplina que incorporamos em nosso dia a dia.
E essa disciplina é a seguinte:

Em nosso dia a dia devemos estar atentos a tudo que nos cerca, pessoas, objectos, lugares, etc. No mundo astral existem muitas coisas e fenómenos que não existem no mundo físico como objectos que voam, seres estranhos, criaturas desconhecidas e uma infinidade de outras coisas.
Então em nosso dia a dia quando vermos algo que nos pareça um pouco estranho ou diferente (uma pessoa com roupa extravagante, uma construção diferente, um objecto incomum ou fora do lugar, enfim qualquer coisa ou situação que seja um pouco diferente) devemos nos questionar "Estou no mundo físico ou no astral agora?", e então dar um pequeno salto com a intenção de flutuar.
Se não flutuar é óbvio que estará no físico, mas se flutuar significa que até aquele momento você estava sonhando e que agora está consciente no mundo astral.

Quanto mais vezes fizer isto durante o dia melhor, pois será mais fácil de despertar no astral.
Se acostumar a essa disciplina aqui no mundo físico quando ver no astral alguma das muitas coisas estranhas que lá existem fará a mesma coisa, isto é, irá se questionar, dar um saltinho e flutuar, e então se dará conta de que está no astral.

O ideal é sempre dar o saltinho, mas podem ocorrer situações em que isto não seja possível, por exemplo no local de trabalho, perto de outras pessoas, etc.
Nestas situações, após vermos algo que achamos um pouco estranho e nos questionarmos se estamos no físico ou no astral, podemos fazer uma outra coisa ao invés de dar o saltinho: puxar um dedo da mão com a intenção de esticá-lo.
Isto também funciona porque quando puxarmos o dedo no astral ele realmente esticará como se fosse de borracha e então nos daremos conta de que estamos no astral.

O ponto mais importante sobre esta técnica é fazê-la realmente duvidando se estamos no físico ou no astral, até porque só teremos certeza disso quando darmos o saltinho ou puxarmos o dedo.
Afinal, quem garante que agora mesmo você não está apenas sonhando que está lendo este texto??
Se não der o saltinho ou puxar o dedo para comprovar pode ser que você acorde daqui a pouco e se lamente por não ter usado a técnica para despertar no astral.

E quando despertarmos no astral, o que faremos ou para onde iremos?
É claro que temos um objetivo definido para praticarmos estas técnicas de projeção astral: descobrir o que está oculto sobre nós mesmos e sobre muitos outros mistérios.
No entanto ainda estamos "aprendendo a andar" neste assunto de projeção astral e por hora faremos apenas algumas experiências. Estando consciente em astral você pode experimentar saltar muito alto ou mesmo tentar voar. Pode também tentar atravessar paredes e ver o que acontece.
Veremos em outras lições do curso um objectivo muito mais importante para a projecção astral do que as experiências acima sugeridas.

Abaixo transcrevemos um trecho do livro "Sim há inferno, sim há diabo, sim há carma", que ilustra bem o tema desta lição:

"Uma noite de tantas, entrava pelas portas de uma maravilhosa mansão.
Silente, atravessei um formoso jardim até chegar a uma fastuosa sala. Movido por um impulso interior, passei um pouco mais além e penetrei ousadamente num escritório de advogado.
Ante o bufete achei sentada uma dama de regular estatura, cabeça cana, rosto pálido, lábio delgado e nariz romano. Era aquela senhora de aparência respeitável e mediana estatura. Seu corpo não era muito delgado, porém, tampouco demasiado gordo. Seu olhar mais parecia melancólico e sereno.

Com voz doce e agradável, a dama me convidou para sentar ante a escrivaninha.
Em tais instantes, algo insólito acontece: Vejo, sobre a escrivaninha, duas borboletas de vidro que tinham vida própria, moviam suas asas, respiravam, olhavam, etc., etc., etc. O caso, por certo, parecia-me demasiado exótico e raro. Duas borboletas de vidro e com vida própria?
Acostumado como estava a dividir a atenção em três partes, primeiro: não me esqueci de mim mesmo; segundo: não me identifiquei com aquelas borboletas de vidro; terceiro: observei cuidadosamente o lugar.

Ao contemplar tais animais de vidro, disse a mim mesmo:
Isto não pode ser um fenómeno do mundo físico, porque na região tridimensional de Euclides jamais conheci borboletas de vidro com vida própria. Inquestionavelmente, isto pode ser um fenómeno do mundo astral.
Olhei logo ao meu redor e me fiz as seguintes perguntas:
Por que estou neste lugar? Por que vim aqui? Que estou fazendo aqui?

Dirigindo-me logo à dama, falei-lhe da seguinte forma:
Senhora, permita-me a senhora sair um momento ao jardim que logo regressarei.
A dama assentiu com um movimento de cabeça e eu abandonei, por um instante, aquele escritório.

Já fora, no jardim, dei um saltinho alongado com a intenção de flutuar no ambiente circundante. Grande foi meu assombro quando verifiquei, por mim mesmo, que realmente me achava fora do corpo físico. Então compreendi que estava em astral.
Em tais momentos me recordei de que fazia longo tempo, várias horas que havia abandonado meu corpo físico e que este, inquestionavelmente, se achava agora repousando em seu leito.

Feita a singular comprovação, regressei ao escritório, onde a dama me aguardava.
Então quis convencê-la de que estava fora do corpo físico:
Senhora, disse-lhe. A senhora e eu estamos fora do corpo físico. Quero que recorde que faz umas quantas horas se deitou fora do seu corpo físico, pois sabido é que, quando o corpo dorme, a Consciência, a Essência, desafortunadamente metida entre o ego, anda fora do veículo corpóreo.

Ditas todas estas palavras, a dama me olhou com olhos de sonâmbula, não me entendeu. Eu compreendi que aquela senhora tinha a Consciência adormecida... Não querendo insistir mais, despedi-me dela e abandonei o lugar.

Depois me dirigi para a Califórnia, com o propósito de realizar certas investigações importantes."

Despertar a consciência no astral é uma experiência nova e muito gratificante, da mesma forma que é para uma criança dar os seus primeiros passos.
Porém, da mesma forma que uma criança que dá os primeiros passos não aprende a correr de um dia para o outro, também nossas primeiras experiências no mundo astral em geral são bem curtas e acabamos retornando ao corpo físico involuntariamente e muito antes do que gostaríamos.

Uma dúvida comum é como fazer para permanecer todo o tempo que se queira em astral e também voltar ao corpo físico no momento em que desejar. A verdade é que isso só se consegue com muita prática.
De qualquer forma, tal qual quando sonhamos (lembre-se que o sonho é simplesmente é uma projecção astral inconsciente), o corpo astral sempre retorna ao corpo físico quando este estiver revitalizado.

Para ter cada vez mais e melhores experiências astrais é fundamental:

    * Praticar muitas vezes a técnica do saltinho durante o dia.

    * Praticar muito, muito mesmo a auto-observação e a morte psicológica, pois assim se vai resgatando cada vez mais consciência para acturar em astral com maior lucidez.
      Além disso, quanto mais tempo se fica em auto-observação no físico também ficará mais tempo consciente no astral, pois estar consciente é estar em auto-observação.

    * Estando em astral procurar segurar (ou se segurar em) algum objecto que encontrar ali, pois enquanto estiver segurando algum objecto do astral não se retorna ao corpo físico. Quando quiser retornar solte o objecto.


Lição nº 8 -Conduta gregária


Nesta lição veremos uma das facetas do ego que, se não estamos atentos, nos induz a ter um comportamento e atitudes que nos levam a cometer erros e até prejudicar outras pessoas e a nós mesmos.
Esse comportamento é chamado de conduta gregária, e está bem explicado no trecho abaixo retirado do livro "A Revolução da Dialéctica". Vejamos:

"Conduta gregária é a tendência que tem a máquina humana de estar misturada com as outras sem distinção e sem controle de espécie algum. Vejamos o que se faz quando se está em grupo ou entre a multidão.
Estou seguro de que bem poucas pessoas se atreveriam a sair na rua e jogar pedras contra alguém.
No entanto, em grupo o fazem. Alguém pode infiltrar-se numa manifestação pública e ficar exaltado por causa do entusiasmo.
Terminará jogando pedras junto com a multidão ainda que depois venha a se perguntar porque o fez.

O ser humano comporta-se de forma diferente quando em grupo e faz coisas que nunca faria sozinho. A que se deve isso?
Deve-se às impressões negativas às quais abriu as portas. Assim, termina fazendo o que jamais faria sozinho.

Quando alguém abre as portas às impressões negativas, não só altera a ordem do centro emocional, que está no coração, como ainda o torna negativo.
Quando alguém abre suas portas, por exemplo, às emoções negativas de uma pessoa que vem cheia de ira, porque alguém lhe causou algum dano, termina aliando-se a essa pessoa contra o causador do dano e se encherá de raiva também sem ter nada que ver com o assunto.

Suponhamos que alguém abra as portas às impressões negativas de um embriagado e termina aceitando um copo de bebida.
Em seguida, aceita dois, três... dez. Em conclusão, fica embriagado também.

Suponhamos que alguém abra as portas às impressões negativas de uma pessoa do sexo oposto. Provavelmente, acabará fornicando e cometendo todo tipo de delitos.

Se abrirmos as portas às impressões negativas de um drogado, quem sabe terminemos também fumando maconha ou consumindo algum tipo de entorpecente.
Como conclusão, virá o fracasso.

Assim é como os seres humanos contagiam-se uns aos outros dentro de ambientes negativos.
Os ladrões tornam as outras pessoas ladras. Os homicidas sempre contagiam alguém.
Os viciados contagiam os outros e multiplicam-se os drogados, os ladrões, os agiotas, os homicidas, etc.
Por que?
Porque cometem o erro de abrir sempre as portas às emoções negativas. Isso não está certo. Selecionemos nossas emoções.

Se alguém nos trouxer emoções positivas de luz, de beleza, de harmonia, de alegria, de perfeição, de amor abramos a elas as portas do nosso coração.
Porém, se alguém nos trouxer emoções negativas de ódio, de violência, de ciúmes, de drogas, de álcool, de fornicação ou de adultério, por que iremos lhe abrir as portas do nosso coração?
Fechemo-las! Cerremos as portas às emoções negativas!

Quando alguém reflecte sobre a conduta gregária, pode perfeitamente modificá-la e fazer de sua vida algo melhor."

Como visto no trecho acima, o ser humano tem dentro de si a tendência a ter uma conduta gregária.
Isso se deve a nossa inconsciência e mecanicidade, que nos faz aceitar certas coisas automaticamente, sem analisá-las e nem refletir sobre as consequências que podem ter.

Pessoas de boa índole acabam cometendo graves erros em virtude de ter aceitado, ainda que inconscientemente, as sugestões e emoções negativas procedentes de outra pessoa ou grupo de pessoas.

Vejamos alguns exemplos comuns de conduta gregária:

    * Quando uma pessoa vem a nós e começa a falar maldades sobre outra pessoa. Se não estamos atentos começamos a falar mal desta pessoa também, ainda que até aquele momento não tivéssemos nada contra ela ou talvez nem a conheçamos.

    * O caso de uma pessoa que vive em um ambiente onde existem muitos criminosos, e essa pessoa permanece nesse ambiente abrindo as portas a todas as sugestões e emoções negativas e acaba também se tornando uma criminosa.
      As inúmeras cadeias que existem nos mostram exactamente isso, pois servem mais como uma escola para criminosos do que como centros de reabilitação.

    * Outro caso comum é o comportamento de muitas torcidas em campos de futebol, onde em grupos, se envolvem em todo tipo de atitude negativa, como atos de violência, consumo de drogas, vandalismos, etc.

    * Os meios de comunicação, em especial a televisão, em muito contribui para motivar a conduta gregária, pois em várias ocasiões promove através de programas, filmes e novelas a distorção dos valores morais, banalizando comportamentos antes considerados abomináveis, como a violência, o adultério, a desonestidade, o crime, etc.

Por isso precisamos estar muito atentos a todo tipo de emoção e sugestão que nos trazem.
Não aceite nada sem antes analisar se isto contribuirá com algo positivo e moral em sua vida.



Lição nº 9 O nível do Ser

"Qual é o objectivo real de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê?
Isto é algo que devemos elucidar com claridade meridiana; isto é algo que devemos sopesar, analisar, julgar serenamente.

Vivemos, no mundo, com que objectivo? Sofremos o indizível para quê?
Lutamos para conseguir isso que se chama pão, agasalho e abrigo e, depois de tudo, o quê?
Em que ficam todos os nossos esforços?
Viver por viver, trabalhar para viver e logo morrer é, acaso, algo maravilhoso?
Em verdade, amigos, faz-se necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.

Há duas linhas na vida: a uma delas poderíamos chamar horizontal, a outra, vertical.
Elas formam uma cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo mais adiante, nem um segundo mais atrás.
Necessitamos objectivar um pouco estas duas linhas.

A horizontal começa com o nascimento e termina com a morte; ante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro, tudo o que nasce deve morrer.
Na horizontal está todo o processo do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e logo morrer.
Na horizontal estão os vãos prazeres da vida: licores, fornicações, adultérios, etc.

Na horizontal está a luta pelo pão de cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do sol.
Na horizontal estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc. Nada maravilhoso pode nos oferecer a linha horizontal.

Mas, existe outra linha totalmente diferente; quero referir-me, de forma enfática, à vertical. Esta vertical é interessante.
Nela encontramos os distintos níveis do Ser; nela estão os poderes transcendentais e transcendentes do Íntimo; nesta vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc.
Com as forças da vertical nós podemos influir decididamente sobre os aspectos horizontais da vida prática; podemos mudar, totalmente, nosso próprio destino, fazer de nossa vida algo diferente, algo distinto e passarmos a ser algo totalmente distinto do que fomos, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência.

A vertical é, pois, maravilhosa, revolucionária por natureza; porém, necessita-se ter um pouco de inquietudes.
Antes de tudo, pergunto-me e pergunto a todos:
Estamos, acaso, contentes com o que somos? Quem de vocês sente-se feliz, no sentido mais completo da palavra?"

Acima foi transcrito o prólogo do livro "Tratado de Psicologia Revolucionária", com o propósito de compreendermos o tema desta lição - o nível do Ser.

Como vimos no texto acima, na vida existem duas linhas (ou dois aspectos da vida) que se cruzam continuamente, sendo que uma delas, a horizontal, representa o tempo de duração de nossa existência contido entre o nosso nascimento e a morte.

Evidentemente que entre o nascer e o morrer estão todos os acontecimentos e fatos do cotidiano que ocorreram e que estão por acontecer em nossa vida.
Realmente não há nada muito interessante ou certo relacionado com a linha horizontal, sendo que a única certeza que podemos ter em relação a esta linha é que ela tem um início e um fim.

Já a outra linha, a vertical, nos oferece infinitas possibilidades, pois é a linha onde estão os níveis do Ser.
Na linha vertical estão as virtudes, a mudança interior, a sabedoria, os poderes e as faculdades do Ser, e é totalmente independente da linha horizontal.
Podemos comparar a linha vertical a uma escada, na qual os degraus mais elevados correspondem a níveis do Ser mais elevados também. E, analogamente, os degraus mais baixos correspondem aos níveis do Ser mais inferiores.

Na vida as pessoas estão em variados níveis do Ser, e as pessoas com o mesmo nível do Ser tendem a se atraírem por afinidade e relacionarem entre si.
Por isso que uma pessoa abstémia não tem afinidades com um grupo de bêbados; ou uma mulher honrada não vive em meio a prostitutas, ou um homem honesto não tem amigos criminosos.

Outro fato importante relacionado aos níveis do Ser, é que se uma pessoa melhora seu nível do Ser conseqüentemente irá se relacionar com pessoas mais decentes do que as que se relacionava anteriormente.
Isso se deve ao fato de que as afinidades mudam quando muda o nível do Ser, e essa pessoa que mudou seu nível do Ser irá perdendo as afinidades que tinha com seu antigo círculo de relacionamentos, e agora sentirá afinidades com pessoas que estejam no mesmo nível do Ser em que se encontra.

Se queremos gerar novas condições em nossa existência, se queremos provocar uma mudança em nossa vida, temos que necessariamente mudar nosso nível do Ser.
Do contrário continuaremos a ser apenas vítimas das circunstâncias e dos acontecimentos que nos esperam na linha horizontal.
Por mais incrível que isto pareça, sem mudar nosso nível do Ser, não podemos manipular em nada o curso de nossa existência, os fatos simplesmente nos sucedem de acordo com as leis mecânicas da natureza, as quais estão relacionadas à linha horizontal.

Depois de tudo o que foi explicado sobre os níveis do Ser, ainda resta uma questão fundamental:
Como fazer para elevar nosso nível do Ser?
Através da morte psicológica, da eliminação dos defeitos psicológicos.
Quanto mais defeitos eliminamos mais elevado será o nosso nível do Ser, e assim mais intensas serão as mudanças que provocaremos também em nossa existência.

Aqui fica claro então o grande dilema filosófico: "Ser ou não Ser, eis a questão."
O que queremos fazer de nós e de nossa vida? Vamos mudar nosso nível do Ser ou não?

Por difícil que possa ser tomar uma decisão, existem somente duas alternativas: Ser ou não Ser.
Diante de cada situação pergunte a si mesmo:
Farei isto dessa forma ou de uma forma que eleve meu nível do Ser?
Darei poderes ao ego ou fortalecerei a Essência?

Lembre-se que essas pequenas decisões são justamente as que fazem toda a diferença.

AndreiaLi
Lição nº 10 -O terrível defeito da ira

O objectivo desta lição é colocar ênfase em um tipo de defeito psicológico muito comum, que é fácil de ser percebido actuando nos centros da máquina humana e que, no entanto, é um dos maiores causadores de sofrimentos e problemas psicológicos, físicos e sociais.

Vejamos o seguinte trecho retirado do livro "A Revolução da Dialética":

"A ira aniquila a capacidade de pensar e de resolver os problemas que a originam. Obviamente, a ira é uma emoção negativa. O enfrentamento de duas emoções negativas de ira não consegue paz nem compreensão criadora.

Inquestionavelmente, sempre que projetamos a ira a outro ser humano, produz-se a derrubada de nossa própria imagem e isto nunca é conveniente no mundo das inter-relações.
Os diversos processos da ira conduzem o ser humano para horríveis fracassos sociais, econômicos e psicológicos.
É claro que a saúde também é afetada pela ira. Existem certos néscios que se aproveitam da ira, já que esta lhes dá um certo ar de superioridade. Nestes casos a ira combina-se com o orgulho.
A ira também costuma se combinar com a presunção e até com a auto-suficiência. A bondade é uma força muito mais esmagadora que a ira.

Uma discussão colérica é tão somente uma excitação carente de convicção.
Ao enfrentarmos a ira, devemos resolver-nos, devemos decidir-nos, pelo tipo de emoção que mais nos convém.
A bondade e a compreensão resultam melhores que a ira. Bondade e compreensão são emoções permanentes, posto que podem vencer a ira.
Quem se deixa controlar pela ira destrói sua própria imagem. O homem que tem um completo autocontrole, sempre estará no cimo.

A frustração, o medo, a dúvida e a culpa originam os processos da ira. Frustração, medo, duvida e culpabilidade produz a ira.
Quem se libertar destas quatro emoções negativas dominará o mundo. Aceitar paixões negativas é algo que vai contra o auto-respeito.

A ira pertence aos loucos. Não serve porque leva à violência.
O fim da ira é levar-nos à violência e esta produz mais violência."

Esteja especialmente atento a este defeito, pois ele se manifesta muitas vezes e de várias formas, e seus efeitos são extremamente negativos.
O meio para eliminá-lo é o mesmo que para qualquer defeito psicológico: auto-observação e morte psicológica.

Nada justifica ficarmos nervosos, bravos, com ódio, etc., seja por qual motivo for.
Embora não seja o comum, o normal seria encarar com serenidade qualquer fato ou evento, seja este desagradável ou até mesmo desastroso.

Conforme vamos eliminando o defeito da ira vai surgindo em nós, na mesma proporção, a virtude da serenidade.
Conforme vamos eliminado o defeito do ódio, irá surgindo em nós a virtude do amor.

O defeito da ira alimenta-se de muitos detalhes e se manifesta em várias situações.
Algumas situações comuns nas quais se manifesta o defeito da ira são:

    * Discussões em casa ou no trabalho, ainda que de forma subtil.

    * Situações desagradáveis e inevitáveis. Acidentes de qualquer natureza, como quebrar um objeto estimado.

    * Fatos que geram frustração, como quando se está esperando por algo que não acontece.

O defeito da ira pode, sozinho, desgraçar por completo a vida de uma pessoa.
Mais ainda, pode desgraçar também a vida de todos ao seu redor, como infelizmente ocorre, por exemplo, nos tristes casos de violência doméstica.
Não permita de forma alguma que esse defeito influencie a sua vida.

Lição nº 11 A concentração – como desenvolvê-la

Nesta lição aprenderemos sobre a importância da concentração, como desenvolvê-la e como isso nos ajudará em neste curso e até mesmo em nossa vida quotidiana.

No curso algumas técnicas para serem executadas necessitam de concentração e imaginação.
São os casos das técnicas de relaxamento, meditação e projeção astral.
Ter capacidade de concentração é essencial para colher resultados nas práticas que estamos aprendendo no curso.

Mas afinal, o que é exactamente concentração?
Concentração é a capacidade de ter em mente apenas um único pensamento, é ter a atenção voltada para um único ponto.
Estamos concentrados quando temos em mente apenas um único objectivo, ou uma única imagem mental.
Se por exemplo, estamos tentando imaginar algo e em nossa mente está passando uma sucessão de pensamentos, vozes e imagens, então não estamos concentrados em nada.

E como fazer para desenvolver a concentração?
Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, ou seja, adoptar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para treinar a concentração.
Dessa forma, quando fazermos uma prática seja ela de relaxamento, meditação ou projecção astral, será muito fácil nos concentrarmos porque em nosso dia a dia nos acostumamos a fazer tudo com concentração.
Além disso, ter o hábito de fazer tudo com concentração também nos ajudará no desempenho das tarefas do quotidiano, seja em casa, no trabalho, etc.

Disciplina

A seguir veremos algumas dicas simples, as quais se implantadas em nosso dia a dia, nos ajudarão a desenvolver a capacidade de concentração:

    * Primeiramente deve estar bem claro que só podemos fazer uma coisa de cada vez, e quando estivermos fazendo uma actividade devemos ter toda nossa atenção voltada somente a ela.
      Isso pode parecer óbvio, mas o mais comum é que uma pessoa faça uma determinada actividade e esteja pensando na próxima que precisará fazer depois.

    * Dedique o tempo que for necessário para concluir uma determinada actividade que esteja fazendo e, somente após concluí-la, passe para uma próxima actividade, e assim sucessivamente até terminar o seu dia.

    * Faça seus movimentos com concentração. Estamos muito acostumados a fazer as actividades de forma mecânica, isto é, fazendo determinados movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que não tem relação alguma com o que estamos fazendo.
      Situações muitos comuns onde isto ocorre é quando estamos tomando banho, escovando os dentes, dirigindo o carro, etc.

    * É claro que quando tentarmos nos concentrar em algo nossa mente tentará desviar para outros pensamentos, já que nunca foi submetida a uma disciplina. Quando isto ocorrer devemos trazer nossa atenção imediatamente para onde estávamos concentrados, tantas vezes quanto seja necessário.

    * Se os pensamentos estão insistindo demais em atrapalhar a concentração podemos também lhes aplicar a morte psicológica, pois cada pensamento destes é um eu, um defeito psicológico e, portanto podem ser eliminados.

Seguindo essa disciplina você conseguirá seguramente desenvolver bastante sua capacidade de concentração.
Mas não se esqueça que só conseguirá resultados com prática e continuidade.


Lição nº 12 A tagarelice interior e a canção psicológica


Nesta lição veremos como se manifestam mais duas facetas do ego em nós, as quais na maioria das vezes podem passar como um comportamento normal do ser humano, mas que na verdade são mais duas formas do ego se nutrir de nossa energia e manter-se vivo, além de serem extremamente prejudiciais em vários aspectos de nossa vida.

A tagarelice interior.

A chamada tagarelice interior, como o nome já sugere, é a sucessão de conversas, falas, actos, etc., que ocorrem em nosso mundo interior na forma de pensamentos quando alguém nos faz ou fala algo que não gostamos.
Neste caso, ainda que não digamos nada verbalmente, em nosso interior estamos falando coisas horríveis a esta pessoa, maldizendo-a, humilhando-a, etc., etc.

Por exemplo:
Suponhamos que trabalhamos em uma empresa e que, fazendo uma tarefa qualquer, cometemos um determinado erro. Então nosso patrão nos chama a sua sala e nos repreende educadamente pelo erro.
Isso já pode ser o suficiente para em nosso interior estarmos esfolando vivo a esse homem, humilhando-o e dizendo-lhe horrores, ainda que ao ouvir sua repreensão, exteriormente, apenas nos desculpamos pelo erro e saímos calmamente de sua sala.

E por que isso ocorre?
Porque, devido ao ego, nossa vida emocional se fundamenta na auto-simpatia. Isso significa que só simpatizamos connosco mesmo, com nosso querido ego; e sentimos antipatia e até ódio daqueles que não simpatizam com nós.
O maior problema é que esta tagarelice interior causa muito sofrimento e desgaste psicológico a pessoa que fica nesta condição, pois lhe tira muita energia e acompanha-a todo o tempo.
Além disso, pode trazer problemas na esfera dos relacionamentos sociais também. Uma pessoa que alimenta essa tagarelice interior é como uma bomba que um dia pode explodir.
São conhecidos vários casos de pessoas que eram aparentemente calmas e caladas e, da noite para o dia, foram capazes de cometer terríveis actos de violência.

Então o que fazer em relação a isto?
Ora, já vimos que a tagarelice interior se deve à auto-simpatia, que nada mais é do que um defeito psicológico. Logo a única solução realmente efectiva para resolver isto é aplicar a morte psicológica.
Então quando sentirmos aquele sentimento desagradável que ocorre quando alguém diz ou faz algo que não gostamos, devemos imediatamente aplicar a morte psicológica.
Também devemos aplicar a morte psicológica quando surgirem em nossa mente os pensamentos de ódio, de dizer ou fazer algo a uma pessoa com a qual não simpatizamos.

Além disso, devemos também adoptar uma nova atitude mental em relação a isto.
Necessitamos aprender a ver do ponto de vista alheio, assim como saber nos colocar no lugar das outras pessoas.

No exemplo que foi dado, analisando o caso do ponto de vista do patrão, ele agiu correctamente pois sua função é justamente coordenar os trabalhos na sua empresa.
Além disso, se nos colocarmos em seu lugar provavelmente faríamos a mesma coisa, uma vez que o patrão assim como nós, tem suas responsabilidades e precisa cumpri-las também.

A canção psicológica.

A canção psicológica é semelhante à tagarelice interior, pois também se processa na forma de diálogos e falas em nosso mundo psicológico, e também nos causa sofrimento e desgaste.
Mas a canção psicológica tem outros fundamentos que a originam, e frequentemente é manifestada exteriormente (verbalmente).

A canção psicológica está relacionada a nossa auto-consideração, que se dá especialmente quando nos identificamos conosco mesmo.
Autoconsideração significa sentir piedade de si mesmo, é pensar que sempre nos portamos bem com todas as pessoas e estas não reconhecem isso, não nos dão o valor que achamos que temos, são ingratas, não retribuem os favores que fizemos, que nos devem algo, etc., etc.
Em resumo: no fundo nos consideramos ótimas pessoas que, de alguma forma, somos sempre vítimas das injustiças e maldades das demais pessoas e da sociedade.

Uma forma também muito comum de autoconsideração é se preocupar com o que as outras pessoas podem pensar de nós; talvez pensem que não somos pessoas honradas, sinceras, corretas, justas, etc.

Normalmente uma pessoa que esteja identificada consigo mesma, identificada com sua auto consideração, tende a exteriorizar isto que está sentindo.
Então é quando surgem aquelas pessoas que sempre repetem as mesmas conversas (a mesma canção psicológica), nas quais revivem fatos passados onde julga que foi injustiçada por outras pessoas, que fez muitos favores a fulano e este não lhe deu o devido valor, que trabalhou muito em seu emprego e seu patrão não lhe paga o que realmente merece, que ajudou muito a beltrano e só recebeu ingratidão, etc.

Este tipo de pessoa repete sempre a mesma canção psicológica toda vez que encontra alguém disposto a ouvi-la e, no seu entender, de compreendê-la.
Com uma pessoa assim é praticamente impossível conversar, pois sempre o diálogo retorna ao mesmo ponto, ao mesmo assunto.

Se uma pessoa vive constantemente sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, nada poderá crescer em seu interior.
Essas pessoas sentem normalmente uma grande tristeza interior, uma sensação de monotonia, um profundo aborrecimento, cansaço íntimo e frustração.
É uma situação muito triste.

Porém, assim como a auto-simpatia, a auto consideração também é um defeito psicológico que pode e deve ser eliminado através da morte psicológica.
Por isso esteja atento a sentimentos, pensamentos e comportamentos semelhantes ao que vimos sobre a canção psicológica e a tagarelice interior.

AndreiaLi
Lição nº 13 O despertar da consciência

Nesta lição falaremos sobre o despertar da consciência, o qual juntamente com os temas do auto-conhecimento e da mudança interior, vem a ser um dos tópicos principais do curso.
Vamos estudar inicialmente os seguintes textos de Samael Aun Weor:

Toda a humanidade vive em um sono profundo.

"Todo ser humano pode chegar à experiência da realidade. Todo ser humano tem direito às grandes vivências do espírito, a conhecer os reinos e nações das regiões moleculares e electrónicas.
Todo aspirante tem direito a estudar aos pés do Mestre, a entrar pelas portas esplêndidas dos Templos de Mistérios Maiores, a conversar com os brilhantes filhos da aurora do Maha-Manvantara da criação face a face.
Contudo, tem-se que começar por despertar a consciência.

É impossível estar despertos nos Mundos Superiores se aqui neste mundo celular, físico, material, o aspirante está dormido. Quem quiser despertar a consciência nos mundos internos, deve despertar aqui e agora, neste mundo denso.
Se o aspirante não despertou consciência aqui neste mundo físico, muito menos nos mundos superiores.
Quem desperta consciência aqui e agora, desperta em todas as partes. Quem desperta consciência aqui neste mundo físico, de fato e por direito próprio, fica desperto nos Mundos Superiores.

O primeiro que se necessita para despertar consciência é saber que se está dormido.
Isso de compreender que se está dormido é algo muito difícil, porque normalmente todas as gentes estão absolutamente convencidas de que estão despertas.
Quando um homem compreende que está dormido, inicia então o processo do auto-despertar.

Estamos dizendo algo que ninguém aceita. Se a qualquer homem intelectual se lhe dissesse que está dormido, podeis estar seguro de que poderia ofender-se.
As gentes estão plenamente convencidas de que estão despertas.
As gentes trabalham dormidas, sonhando... manejam carros dormidas, sonhando... casam-se dormidas, vivem dormidas, sonhando... e não obstante, estão totalmente convencidas de que estão despertas.

Quem quiser despertar consciência aqui e agora, deve começar por compreender os três fatores subconscientes chamados: identificação, fascinação e sonho.
Todo tipo de identificação produz fascinação e sonho.

Nós vamos andando por uma rua, de repente se encontra com as turbas que vão protestar por algo ante o palácio do senhor Presidente.
Se não está em estado de alerta (auto-observação) identifica-se com o desfile, mescla-se com as multidões, fascina-se e a seguir vem o sonho: grita, lança pedras, faz coisas que em outras circunstâncias não faria, nem por um milhão de dólares.

Olvidar-se de si mesmo é um erro de incalculáveis consequências. Identificar-se com algo é o cúmulo da estupidez porque o resultado vem a ser a fascinação e o sonho.
É impossível que alguém possa despertar consciência se se deixa fascinar, se cai no sonho."

Já vimos em lições anteriores que nossa constituição psicológica de um modo geral é:

    * 3% de Essência livre, porém adormecida.

    * 97% de Essência adormecida aprisionada nos defeitos psicológicos.

Isto significa que não temos absolutamente nada de consciência desperta, que vivemos adormecidos todo o tempo.
Mas podemos indagar:
Como posso estar adormecido se agora estou lendo este texto, se posso operar o computador, fazer os afazeres domésticos, etc?

Primeiramente precisamos entender as grandes diferenças entre consciência desperta e adormecida.
A primeira grande diferença é que uma pessoa desperta é autoconsciente, isto é, percebe todos seus processos internos. Isso significa que ela permanece em auto-observação continuamente, que não se identifica com as coisas e fatos externos.

Obs: "Identificar-se" no contexto do curso significa não estar em auto-observação. Quando uma pessoa não está em auto-observação necessariamente ela está identificada com algo, seja externo (objeto, fato, etc.) ou interno (pensamentos ou emoções).

Quando uma pessoa desperta consciência, ela desperta aqui no mundo físico e também nas outras dimensões da natureza, como por exemplo no mundo astral.
Por isso uma pessoa de consciência desperta não necessita praticar técnicas para se projetar em astral, ela naturalmente se projeta no momento que desejar, percebe como ocorre todo o processo do desdobramento astral e tem total controle sobre si mesma em qualquer dimensão que esteja.

Uma pessoa de consciência desperta consegue recordar sem esforço as suas existências anteriores, assim como conhecer também seu próprio destino, ter percepções e faculdades extraordinárias e ainda muito mais.

E uma pessoa de consciência adormecida, o que lhe ocorre?
Vamos fazer uma analogia em relação ao que vimos nos parágrafos acima.
Uma pessoa de consciência adormecida não é autoconsciente, isto significa que não consegue ou tem dificuldades em permanecer em auto-observação.
Uma pessoa que não despertou do sono da consciência está adormecida aqui e em todas as dimensões da natureza.
Temos o exemplo da projeção astral, que necessitamos utilizar certas técnicas para conseguirmos estar conscientes no mundo astral, onde na maior parte do tempo estamos adormecidos, simplesmente sonhando.
E se estamos adormecidos e sonhando no mundo astral é porque estamos adormecidos e sonhando aqui no mundo físico também, ou seja, não temos as percepções que uma pessoa desperta tem.

Por isso não é à toa que cometemos muitos erros, já que agimos, tomamos decisões, etc. com a consciência adormecida.
Quanto mais adormecida esteja a consciência, mais passíveis de cometer erros estamos.
Quanto mais adormecida esteja a humanidade em geral, mais veremos actos de violência, guerras, barbáries, etc.
Se os seres humanos tivessem pelo menos um pouco de consciência desperta as guerras seriam totalmente impossíveis.

Na verdade só a prática pode realmente nos mostrar e fazer entender essas diferenças.
Também é importante ter em conta que a natureza não dá saltos, e que o processo do despertar da consciência é lento e gradual como o crescer de uma árvore, e requer esforço contínuo para isso.

E como fazer para despertar a consciência?
Praticando o que aprendemos até agora, especialmente a auto-observação e a morte psicológica, e também o que iremos aprender na próxima lição: a meditação.

A morte psicológica e a meditação são os meios definitivos para o despertar da consciência.


Lição nº 14 A Meditação

Nesta lição aprenderemos, de uma forma bem simples e objetiva, como praticar a meditação e quais os enormes benefícios que podemos ter praticando-a regularmente.

Na lição anterior vimos algo sobre o que é o despertar da consciência, e as grandes diferenças que existem entre ter a consciência desperta e adormecida.
Vimos também que os meios efectivos para o despertar da consciência são a prática da morte psicológica e da meditação.
Aqui está então o principal objectivo de praticarmos a meditação: despertar nossa consciência, o que por si só nos faz pessoas totalmente diferentes do que somos, com diferentes capacidades, objetivos e percepções.

A prática da meditação remonta a tempos antiquíssimos e está representada em todas as grandes religiões do mundo como o budismo, hinduísmo, cristianismo, sufismo, judaísmo, taoísmo, etc.
Também a moderna Psicologia tem estudado e atestado que são muitos os benefícios advindos da prática da meditação.
A prática da meditação

Primeiramente devemos escolher um local silencioso, arejado e limpo. O quarto de dormir é o ideal.
Depois devemos nos acomodar em uma posição confortável, na qual seja possível permanecer por um bom tempo sem se mover.
Pode-se se sentar com as pernas cruzadas ao estilo oriental ou deitar-se com a barriga para cima, as pernas esticadas e os pés unidos.
Após isso deve-se fazer o relaxamento de todo o corpo, e para isso usaremos a técnica que já vimos nas primeiras lições deste curso.

Feito isso, iremos utilizar o método descrito abaixo e passar a praticar a meditação propriamente dita.
Ao praticar a meditação entenda que seu único objetivo deve ser silenciar a mente, parar com sua agitação e com a sucessão de pensamentos que normalmente ocorre.
Quando se consegue alcançar o silêncio absoluto da mente, ou seja, a ausência total de pensamentos, é que experimentamos o Vazio Iluminador, o êxtase místico, a liberdade da alma.
Quanto mais se pratica a meditação mais a mente vai se aquietando, e mais perto estaremos de alcançar o Vazio Iluminador.

Não se preocupe em saber como deve ser o Vazio Iluminador ou qualquer coisa do tipo. Concentre-se apenas na técnica de meditação que você estiver fazendo.
Seu objetivo deve ser apenas silenciar a mente, nada mais. O demais virá por acréscimo.

A mente é como um animal selvagem que precisa ser domado para obedecer.
Inclusive isto é simbolizado na passagem bíblica na qual o grande mestre Jesus entra em Jerusalém montado sobre o asno, o burrico.
Se quisermos entrar na Jerusalém celestial, nas dimensões superiores da natureza, devemos montar, domar e controlar o asno, ou seja, a mente.

Os Koans

Um koan é uma frase enigmática que tem como objectivo propor um problema à mente que ela não consegue resolver.
Dessa forma fazemos com que a mente se canse procurando uma resposta que ela não pode encontrar, uma vez que a resposta para um koan está além da mente, em um nível superior.
Conforme a mente vai se cansando ela vai também se aquietando até ficar em completo silêncio.

Esse é o objetivo do koan: silenciar a mente e ao mesmo tempo atrair levemente o sono.
Quando adormecemos, mesmo que por um breve instante, com a mente em silêncio, é que vivemos a experiência mística.
Pode-se escolher um dos seguintes koans para praticar a meditação:

"Quem é aquele que está só no meio de dez mil coisas?"
"Se tudo se reduz à unidade, a que se reduz a unidade?"

Também podemos usar um outro koan, nos concentrando e imaginado a seguinte situação:
Existe um profundo abismo e na beira deste uma grande árvore está plantada. Essa árvore possui um longo galho que cresceu de tal forma que sua ponta se projectou vários metros sobre o abismo.
Agora imaginamos que na ponta deste galho está amarrada uma corda e na outra ponta da corda está você, com as mãos e pés firmemente amarrados de forma que é impossível soltá-los, e apenas se segurando à corda com os dentes.
Então pergunte à mente:

"Como faço para sair vivo desta situação sem nenhuma ajuda?"

Então o que fazemos é lançar qualquer uma dessas perguntas à mente e ordenar que responda.
Depois de lançar o koan para a mente responder deve-se concentrar esperando a sua resposta, como se estivesse olhando dentro da mente à espera da resposta que ela está obrigada a trazer.
Dessa forma, mantemos a mente "pressionada" a trazer a resposta até ela ir se cansando e ficando em silêncio.

A mente é claro, tenderá a não obedecer, a trazer respostas erradas (pois ela não conhece a resposta para um koan) ou desviar para outros pensamentos.
Por isso deve-se insistir para que ela obedeça e traga a resposta para o koan.

Se a mente insiste em desviar para outros pensamentos seja imperativo com ela dizendo mentalmente: Fora! Não é isso que estou procurando!
Em seguida volta a se concentrar esperando a resposta.

Lembre-se: qualquer resposta trazida pela mente estará errada, pois ela jamais pode conhecer algo que está além dos afetos e da mente.

Cada pessoa deve praticar a meditação (ou qualquer outra prática) respeitando seus limites, ou seja, começar praticando por pouco tempo e, gradativamente, ir aumentando o tempo da prática.
Se forçar a concentração por longo tempo logo de início, pode ser que ocorram dores de cabeça ou mesmo tontura.

É importante que se pratique essas técnicas com continuidade, preferencialmente todos os dias, pois é dessa forma que se obtém resultados.

Lição nº 15 Drogas e alcoolismo – eliminação radical do vício

Nesta lição vamos aprender sobre os perigos e os danos ocultos que fazem o consumo de álcool e de substâncias entorpecentes.
Também veremos que qualquer tipo de vício pode ser curado radicalmente. Quando dizemos curar radicalmente estamos nos referindo a eliminar as causas psicológicas do vício, o que é muito diferente de apenas, como normalmente ocorre, reprimir o vício, o que deixa a pessoa vulnerável a recaídas.

O vício.

Qualquer tipo de vício é devido aos nossos defeitos psicológicos, nossos eus.
Esses eus se mantêm vivos e alimentam-se cada vez que cedemos ao vício, seja fumando um cigarro, ingerindo álcool ou utilizando algum outro tipo de entorpecente ou substância alucinógena.
Embora não seja especificamente tratado aqui, outros vícios como o jogo, a prostituição, o fumo, etc., têm a mesma causa, efeito e solução.

O mais grave é que sempre que é alimentado o ego vai ficando mais forte e com isso tem maior poder de controle sobre o viciado, agindo em sua psique e sobre seu organismo, obrigando essa pobre pessoa a voltar a cair no vício e assim tornar a alimentar esse defeito.

É fácil concluir que isso vai se tornando uma "bola de neve", um problema que inicialmente era pequeno se transforma em algo totalmente sem controle.
Por esse motivo é que as pessoas tornam-se viciadas apenas experimentando poucas quantidades no inicio, pois crêem que podem largar o vício tão logo queiram.
Isso é um grande erro, pois mesmo com essas pequenas quantidades o defeito psicológico já é criado e alimentado e, muito lentamente, vai se robustecendo e evolvendo sua vítima até que tenha o controle sobre essa pessoa.
Quando a pessoa se dá conta do problema o vício já está muito forte.

O álcool.

O vício do álcool traz terríveis conseqüências para o viciado. Além dos conhecidos malefícios que vão desde cirrose à alucinação e loucura, o álcool também é desastroso para a parte espiritual, pois possui o poder de reviver os defeitos psicológicos que já foram eliminados através da morte psicológica.
O mais perigoso é que o álcool é tratado como algo sociável, sempre presente em reuniões, festas, comemorações e até mesmo dentro dos lares, sem distinção de classe social ou cultural. Por toda parte se infiltra muito sutilmente o vício do álcool.

Com isso vemos a cada ano as pesquisas indicarem que a idade média para a ingestão da primeira dose de bebida alcoólica pelos jovens é cada vez menor.
A seguir transcrevemos alguns trechos do livro O Mistério do Áureo Florescer:

"Resulta palmário e manifesto que o álcool tende a eliminar a capacidade de pensar independentemente, já que estimula, fatalmente, a fantasia, e de julgar serenamente, assim como debilita, espantosamente, o sentido ético e a liberdade individual.
Os ditadores de todos os tempos, os tiranos não ignoram que é mais fácil governar e escravizar um povo de beberrões que um povo de abstêmios.
É igualmente sabido que, em estado de embriaguez, pode-se fazer aceitar a uma pessoa qualquer sugestão e cumprir atos contra seu decoro e sentido moral. É demasiado notória a influência do álcool sobre os crimes, para que haja necessidade de insistir nisso".

As drogas.

O problema das drogas é outro flagelo que atinge a humanidade, sobretudo a juventude.
Foram investidas gigantescas somas, mas nem os governos e nem a ciência conseguem encontrar uma solução para o problema que a cada dia torna-se mais grave e atinge a todas as classes.
Somente como aprenderemos nesta lição é que se poderá resolver esse problema de forma radical e definitiva.
O problema do vício é interno e psicológico e deve ser combatido nesse terreno.
Os efeitos da droga são tão devastadores como o do álcool, porém seus estragos são sentidos bem mais cedo.

Como se livrar radicalmente do vício?

Felizmente dentro do ser humano existe um poder latente capaz de extirpar de seu interior qualquer tipo de vício.
Como você já deve estar imaginando, se o vício é devido aos defeitos psicológicos o meio para eliminá-lo é a morte psicológica.

Além da dependência psicológica que o vício acarreta, um outro problema para eliminar esses vícios de drogas, álcool, fumo, etc. é a dependência química, pois o organismo do viciado ficou condicionado a trabalhar com estas substâncias.
Por isso na maioria das vezes não é possível deixar o vício imediatamente, e nestes casos o mais indicado é combinar o trabalho da morte psicológica com a redução gradual da substância do qual se é dependente.

Vejamos abaixo um exemplo que pode ser utilizado na prática:
Suponhamos que determinada pessoa esteja habituada a ingerir por dia não menos que 20 copos de bebida alcoólica.
Esta pessoa deveria se disciplinar para, durante uma semana, ingerir no máximo 19 copos de bebida por dia, e toda vez que esta pessoa sentir vontade ou sequer pensar em beber além disso, ela aplicará a morte psicológica nestes defeitos.
Na semana seguinte a pessoa passará a ingerir no máximo 18 copos de bebida por dia e, novamente, toda vez que esta pessoa sentir vontade de beber além disso aplicará a morte psicológica.
E assim continuará, semana após semana, até quando não esteja consumindo nenhuma quantidade de bebida alcoólica.
Seguindo essa disciplina a pessoa não só irá deixar de beber, como também não mais sentirá nenhuma vontade de fazê-lo.

O que se necessita é que a pessoa realmente queira mudar e passe a se dedicar a isso imediatamente e continuamente.
Dessa forma seguramente se livrará do vício, por mais forte que este seja.

OLá, AndreiaLi

tenho uma duvida... e quem não tem esse tipo de vicios, o que pode fazer para complementar a pratica para a morte psicologica? ou com outro tipo de vicios, por exemplo, excesso de tv - deixa de ver tv em absoluto?
bjs  :-*
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin