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  • Autoconhecimento e mudança interior
    Iniciado por AndreiaLi
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AndreiaLi
Nao, a ideia nao é suprimir em absoluto, mas sim chegar a um ponto de equilibrio pois tudo o que é em demasia é mau.

AndreiaLi
lição 16 Os sofismas de distracção

Nesta lição aprenderemos que muitas vezes temos um comportamento equivocado e que acreditamos (ou queremos acreditar) estarmos agindo de forma correta.
A esse tipo de auto-engano damos o nome de sofismas, e que devido a nossa inconsciência, acabam por nos prejudicar ou mesmo impedir nosso trabalho de despertar da consciência, assim como podem também fazer com que prejudiquemos outras pessoas ao nosso redor.

O texto abaixo, retirado do livro "A Revolução da Dialética", nos explica muito bem o que são os sofismas de distração:

"Sofismas são os falsos raciocínios que induzem ao erro e que são gerados pelo Ego nos 49 níveis do subconsciente.
O subconsciente é o sepulcro do passado sobre o qual arde a fátua chama do pensamento e onde são gerados os sofismas de distração que levam o animal intelectual à fascinação e por fim ao sonho da consciência.

Aquilo que está guardado no sepulcro é podridão e ossos de mortos. Porém, a louça sepulcral é muito bonita e sobre ela arde fatalmente a chama do intelecto.
Se quisermos dissolver o eu, teremos que destapar o sepulcro do subconsciente e exumar todos os ossos e a podridão do passado.
Muito bonito é o sepulcro por fora, porém por dentro é imundo e abominável. Precisamos nos tornar coveiros.

Insultar a outrem, ferí-lo em seus sentimentos, humilhá-lo, é coisa fácil quando se trata - dizem - de corrigí-lo para o seu próprio bem. Assim pensam os iracundos, aqueles que julgando não odiar, odeiam sem saber que odeiam.

Muitas são as pessoas que lutam na vida para serem ricas.
Trabalham, economizam e se esmeram em tudo, porém a mola secreta de todas as suas ações é a inveja secreta, que elas desconhecem, que não sai à superfície e que permanece escondida no sepulcro do subconsciente.
É difícil achar na vida alguém que não inveje a bonita casa, o flamejante automóvel, a inteligência do líder, o belo traje, a boa posição social, a grande fortuna, etc.
Quase sempre os melhores esforços dos cidadãos têm como mola secreta a inveja.

Muitas são as pessoas que gozam de um bom apetite e condenam a gula, porém comem sempre muito além do normal.
Muitas são as pessoas que vigiam exageradamente o cônjuge, porém condenam os ciúmes.

Muitos são os estudantes de certas escolas pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas que condenam as coisas deste mundo e não trabalham em nada porque tudo é vaidade, porém são tão zelosos de suas virtudes que jamais aceitam que alguém os qualifique de preguiçosos.

Muitos são os que odeiam a lisonja e o elogio, mas não vêem inconveniente algum em humilhar com sua modéstia o pobre poeta que lhes dedicou um verso com o único propósito de conseguir uma moeda para comprar um pão.

Muitos são os juízes que sabem cumprir com seu dever, mas também são muitos os juízes que com a virtude do dever têm assassinado os outros.
Foram numerosas as cabeças que caíram na guilhotina da revolução francesa.
Os verdugos cumprem sempre com seu dever. Já são milhões as vítimas inocentes dos verdugos e nenhum deles se sente culpado; todos cumprem com seu dever.
As prisões estão cheias de inocentes, mas os juízes não se sentem culpados porque estão cumprindo com seu dever.

O pai ou a mãe de família, cheio de ira, açoitam e batem com paus em seus pequenos filhos e não sentem remorsos porque - dizem - estão cumprindo com seu dever; aceitariam tudo menos que se os qualificassem de cruéis.

Só com a mente quieta e silenciosa, submergidos em profunda meditação, conseguiremos extrair do sepulcro do subconsciente toda a podridão secreta que carrega. Não é nada agradável ver a negra sepultura com todos seus ossos e podridão do passado.
Não digamos meu eu tem inveja, ódio, ira, ciúmes, luxúria, etc. Melhor é não nos dividirmos. Melhor é dizer; eu tenho inveja, ódio, ciúmes, ira, luxúria, etc.

Quando estudamos os livros sagrados da Índia, nos entusiasmamos pensando no Supremo Brahatman e na união do Atman com o Brahatman.
Porém, realmente, enquanto existir um eu psicológico com seus sofismas de distração, não conseguiremos a sorte de nos unirmos com o Espírito Universal da Vida.
Morto o eu, o Espírito Universal da Vida estará em nós como a chama na lâmpada."

Como visto acima, os sofismas de distracção são gerados pelos nossos defeitos psicológicos, pelo ego, com a finalidade de manter nossa consciência adormecida, e assim continuar vivo e forte, alimentando-se de nossos erros.
Realmente o ego sabe que quando uma pessoa começa a se autoconhecer, a tomar consciência de que é uma marionete na mão dos defeitos psicológicos, ele é ferido mortalmente, pois é o principio do fim de seu reinado.

Por isso você pode ter a mais absoluta certeza de que o ego fará todo o esforço possível para tentar iludir esta pessoa, usará tudo o que estiver a seu alcance para desviá-la do caminho do despertar da consciência e assim mantê-la fascinada e ocupada com as coisas passageiras da existência quotidiana.

Liçao nº 17 Projecção astral III – mantras e concentração

Nesta lição voltamos novamente a estudar o tema da projeção astral, e nesta oportunidade aprenderemos novas técnicas nas quais utilizaremos os recursos que nos oferecem os mantras e também a concentração em um objecto.
As técnicas que estudaremos agora requerem do praticante uma boa capacidade de concentração, por isso é muito importante que você já esteja se disciplinando e treinando a concentração, usando, por exemplo, o que aprendemos na lição sobre concentração.
Caso ainda não esteja fazendo isso, você provavelmente terá maior dificuldade em usar as técnicas desta lição.
Porém nunca é tarde para começar a se disciplinar.

Mantras.

Um mantra (do sânscrito Man (mente) e Tra (alavanca)) é um conjunto de sons que podemos pronunciar (vogais, sílabas ou palavras) verbalmente ou mentalmente e que, por terem uma determinada vibração, produzem um efeito desejado.
Os mantras a seguir têm como efeito a projecção astral:

    * FARAON
    * LARAS
    * TAIRÊRÊRÊRÊ
    * EGIPTO


Clicando nos nomes acima pode-se baixar os arquivos de áudio com os sons destes mantras, para que sejam ouvidos de forma a aprender sua correta pronúncia.
Ouça os mantrans quantas vezes achar necessário e procure imitá-los da melhor forma possível.

Para se fazer esta prática devemos nos deitar em uma posição confortável, fazer o relaxamento do corpo e depois então começamos a pronunciar os mantras com muita concentração, sem pensar em mais nada.

Pode-se fazer os mantras algumas vezes verbalmente e depois passar a fazê-los mentalmente, repetindo o mantra indefinidamente até atrair o sono levemente e sair em astral.
Concentre-se apenas em pronunciar esse mantra, sinta-se submerso no som deste mantra. Quando surgir algum pensamento simplesmente não lhe dê atenção e torne a se concentrar na pronúncia do mantra.
É muito importante não fazer desta prática apenas uma repetição mecânica dos mantras, pois assim não se conseguirá nenhum resultado.

Veja que nesta técnica (e também na outra que aprenderemos nesta lição) o objetivo é muito diferente da técnica do saltinho.
Nas técnicas desta lição o objectivo não é adormecer inconsciente e depois despertar no astral, mas agora o objectivo é provocar e acompanhar conscientemente o processo da projeção astral, perceber o corpo astral saindo do corpo físico.
Por isso que são muito interessantes estas novas técnicas que estamos aprendendo agora, pois o praticante pode, após desdobrar-se, comprovar muito mais coisas.
Pode, por exemplo, ver seu corpo físico que ficou deitado na cama, flutuar em seu quarto, atravessar as paredes de sua casa, e muitas outras coisas que cada um poderá ver por si mesmo, e isso é o que mais importa.

Como agora vamos acompanhar o processo da projecção astral, é normal percebermos alguns sintomas que ocorrem durante o desdobramento, como um "formigamento" generalizado, o corpo físico paralisado e uma forte vibração ou ruído.
Tudo isso é perfeitamente natural e quando perceber esses sintomas apenas continue com os mantras até que saia do corpo físico.

Concentração no coração.

Uma outra prática extremamente eficiente que é utilizada para sair em astral é a concentração no coração.
Os passos preliminares são os mesmos da técnica anterior, ou seja, deitar em uma posição confortável e deixar o corpo bem relaxado.
Após isso o praticante deverá se concentrar e imaginar seu próprio coração.
Procure realmente ver seu coração, como ele bate, como é externamente, sua cor, textura, etc.
Não se preocupe se você não sabe como é um coração detalhadamente, simplesmente imagine da forma que você acha que é.
Com a prática você realmente verá o aspecto real deste órgão ("o sábio que imagina vê").

Após visualizar bem o coração externamente, penetre com a imaginação dentro de seu coração e passe a ver como ele é e funciona internamente (da forma que você imagina que seja).
Quando estiver satisfeito com a investigação interna de seu coração aprofunde mais a concentração e visualize as células dele. Após concentre-se mais ainda e veja apenas uma célula. Imagine até o interior do núcleo da célula.
Faça essa concentração sem pressa e da melhor forma possível. Procure adormecer fazendo essa concentração.

Usando esta técnica sentiremos os mesmos sintomas vistos na técnica dos mantras. Aqui também você deverá ignorar estes sintomas e continuar com a concentração até sair em astral.

Dicas importantes.

    * É imprescindível praticar as técnicas com concentração para se ter resultados. Se isto está sendo um problema para você, recomendamos rever a lição 11 e aplicá-la no seu dia a dia. Não se preocupe, pois com a prática isto se resolve.

    * É fundamental praticar bastante durante o dia a auto-observação e a morte psicológica, pois assim, além de todos os outros benefícios, se consegue ter cada vez mais lucidez nas experiências astrais.

    * Todas as técnicas descritas nesta lição levam o praticante a se projetar em astral, porém a técnica de concentração no coração é mais objectiva, o que significa que se consegue resultados melhores e mais rapidamente.
      Recomendamos dar atenção especial a esta técnica.

    * É sabido que praticar durante a madrugada, após já ter dormido algumas horas, é mais fácil de se conseguir o desdobramento astral, porque além do corpo físico estar mais descansado (o que refletirá em um sono mais leve) a atmosfera na madrugada é também mais tranquila e silenciosa. Isso, entretanto, não significa que não se possa praticar durante o dia, caso você tenha tempo disponível e um local silencioso para isso.

    * Escolha a técnica que mais lhe agradar (mantra ou concentração no coração) e pratique com regularidade. Evite ficar trocando de técnica constantemente, pois desta forma não se chega a lugar algum.

    * Não conte suas experiência astrais para outras pessoas (nem mesmo sonhos), pois as experiências que temos nos são dadas em confiança como recompensa por nossos esforços no sentido de evoluir espiritualmente.
      Isso funciona da mesma forma como quando contamos um segredo a uma pessoa: se essa pessoa revela esse segredo aos outros provavelmente não voltaremos a lhe confiar mais nada, não é mesmo?

Pode estar seguro que ao fazer estas práticas, seguindo as recomendações dadas, terá os resultados desejados.
Muitas pessoas, usando as técnicas acima descritas, puderam e continuam a experimentar por si mesmas a realidade e os benefícios do desdobramento astral.
Tudo o que se necessita é boa vontade, prática e continuidade.

Na próxima e última lição sobre projecção astral, veremos como podemos ir a determinados lugares em astral, e aprenderemos a buscar a autêntica sabedoria em um lugar muito especial.


Lição nº 18 - Vidas passadas e acontecimentos presentes


Nesta lição estudaremos duas leis mecânicas da natureza as quais todos estamos submetidos, e que são responsáveis por passarmos várias existências sucessivas repetindo os mesmos fatos, as mesmas ações, reencontrando as mesmas pessoas, etc.
Essas leis estão directamente relacionadas com os fatos de nossas existências passadas e da presente.
São as leis de Retorno e Recorrência.

Abaixo veremos um capítulo do livro "Tratado de Psicologia Revolucionária" que nos explica muito bem como funcionam estas duas leis e o que precisamos fazer para transcendê-las:

"Um homem é o que é sua vida; se um homem não modifica nada dentro de si mesmo, se não transforma radicalmente sua vida, se não trabalha sobre si mesmo, está perdendo seu tempo miseravelmente.
A morte é o regresso ao próprio começo de sua vida, com a possibilidade de repeti-la novamente.
Muito se disse na literatura pseudo-esotérica e pseudo-ocultista sobre o tema das vidas sucessivas; melhor é que nos ocupemos das existências sucessivas.

A vida de cada um de nós, com todos os seus tempos, é sempre a mesma, repetindo-se de existência em existência, através dos inumeráveis séculos. Inquestionavelmente, continuamos na semente de nossos descendentes, isto é algo que já está demonstrado.
A vida de cada um de nós, em particular, é um filme vivo que ao morrer levamos para a eternidade.
Cada um de nós leva seu filme e torna a trazê-lo para projetá-lo outra vez na tela de uma nova existência.

A repetição de dramas, comédias e tragédias é um axioma fundamental da Lei de Recorrência. Em cada nova existência se repetem sempre as mesmas circunstâncias. Os atores de tais cenas, sempre repetidas, são essa gente que vive em nosso interior, os "Eus".
Se desintegramos esses actores, esses eus que originam as sempre repetidas cenas de nossa vida, então a repetição de tais circunstâncias se faria algo mais que impossível.

Obviamente, sem atores não pode haver cenas; isto é algo irrebatível, irrefutável. Assim é como podemos libertar-nos das Leis de Retorno e Recorrência, assim podemos fazer-nos livres de verdade.
Obviamente, cada um dos personagens (eus) que em nosso interior levamos repete, de existência em existência, seu mesmo papel.
Se o desintegramos, se o ator morre, o papel termina.

Refletindo seriamente sobre a Lei de Recorrência, ou repetição das cenas em cada Retorno, descobrimos, por auto-observação íntima, os mecanismos secretos desta questão.
Se na existência passada, na idade de vinte e cinco anos, tivemos uma aventura amorosa, é indubitável que o eu de tal compromisso buscará a mulher de seus sonhos aos vinte e cinco anos da nova existência.
Se a dama em questão só tinha então quinze anos, o "eu" de tal aventura buscará seu amado na mesma idade na nova existência.
Resulta claro compreender que os dois "eus", tanto o dele como o dela, buscam-se telepaticamente e se reencontram novamente, para repetir a mesma aventura da existência passada.

Dois inimigos que lutaram até a morte na passada existência se encontrarão outra vez na nova existência, para repetir sua tragédia na idade correspondente.
Se duas pessoas tiveram uma disputa por bens de raiz, na idade de quarenta anos na existência passada, na mesma idade se buscarão telepaticamente na nova existência, para repetir o mesmo.

Dentro de cada um de nós vivem muitas pessoas cheias de compromissos. Isso é irrefutável. Um ladrão leva em seu interior um covil de ladrões, com diversos compromissos delituosos.
O assassino leva dentro de si mesmo um clube de assassinos e o luxurioso porta, em sua psique, uma "casa de encontros".
O grave de tudo isso é que o intelecto ignora a existência de tais pessoas ou eus dentro de si mesmo e de tais compromissos que fatalmente vão se cumprindo.

Todos esses compromissos dos eus que moram dentro de nós acontecem sob a nossa razão.
São fatos que ignoramos; coisas que nos sucedem; acontecimentos que se processam no subconsciente e inconsciente.
Com justa razão nos foi dito que tudo nos acontece, como quando chove ou quando troveja.
Realmente temos a ilusão de fazer, mas nada fazemos, nos acontece. Isto é fatal, mecânico.
Nossa personalidade é tão só um instrumento de diferentes pessoas (eus), mediante a qual cada uma dessas pessoas (eus) cumpre seus compromissos.

Por baixo da nossa capacidade cognitiva sucedem muitas coisas e desgraçadamente ignoramos o que se passa por baixo de nossa pobre razão.
Cremo-nos sábios, quando em verdade nem sequer sabemos que não sabemos. Somos míseros troncos arrastados pelas embravecidas ondas do mar da existência.

Sair desta desgraça, desta inconsciência, do estado tão lamentável em que nos encontramos, só é possível morrendo em nós mesmos..."

já percebi, isto é muito interessante.  :)
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

AndreiaLi
Lição nº 19 A escravidão psicológica

Vamos começar esta lição estudando o seguinte texto, retirado do livro "A Revolução da Dialética":

"A escravidão psicológica destrói a convivência. Depender psicologicamente de alguém é escravidão.
Se nossa maneira de pensar, sentir e obrar depende da maneira de pensar, sentir e obrar daquelas pessoas que convivem connosco, então estamos escravizados.

Constantemente, recebemos cartas de muita gente desejosa de dissolver o eu, porém queixam-se da mulher, dos filhos, do irmão, da família, do marido, do patrão, etc. Essas pessoas exigem condições para dissolver o eu.
Querem comodidades para aniquilar o Ego, reclamam magnífica conduta daqueles que com eles convivem.
O mais gracioso de tudo isto é que essas pobres pessoas buscam as mais variadas evasivas: querem fugir, abandonar o lar, o trabalho, etc. - dizem que - para se realizarem a fundo.

Pobre gente... seus adorados tormentos são seus amos. Naturalmente, essas pessoas não aprenderam a ser livres, sua conduta depende da conduta alheia.

Se quisermos seguir a senda da castidade e aspiramos a que primeiro a mulher seja casta, então estamos fracassados.
Se queremos deixar de ser bêbados, porem nos afligimos quando nos oferecem o copo, por causa daquilo que dirão ou porque a recusa possa incomodar nossos amigos, então jamais deixaremos de ser bêbados.
Se queremos deixar de ser coléricos, irascíveis, iracundos, furiosos, porém como primeira condição exigimos que aqueles que convivem conosco sejam amáveis e serenos e que nada façam que nos irrite, estamos bem fracassados, sim, porque eles não são santos e a qualquer momento acabarão com as nossas boas intenções.

Se queremos dissolver o eu, precisamos ser livres.
Quem depender da conduta alheia não poderá dissolver o eu.
Temos de ter nossa própria conduta e não depender de ninguém.

Nossos pensamentos, sentimentos e ações devem fluir independentemente de dentro para fora.
As piores dificuldades nos oferecem as melhores oportunidades.

No passado, existiram sábios rodeados de todo tipo de comodidade; sem dificuldades de espécie alguma.
Esses sábios querendo aniquilar o eu, tiveram de criar situações difíceis para si mesmos.
Nas situações difíceis, temos oportunidades formidáveis para estudar nossos impulsos internos e externos, nossos pensamentos, sentimentos, acções, nossas reacções, volições, etc.

A convivência é um espelho de corpo inteiro onde nos podemos ver tal como somos e não como aparentemente somos.
A convivência é uma maravilha. Se estivermos bem atentos, poderemos descobrir a cada instante nossos defeitos mais secretos. Eles afloram, saltam fora, quando menos esperamos.

Conhecemos muitas pessoas que diziam: Eu não tenho mais ira... e à menor provocação trovejavam e faiscavam.
Outros dizem: Eu não sinto mais ciúmes - porém basta um sorriso do cônjuge a qualquer vizinho ou vizinha para os seus rostos se tornarem verdes de ciúmes.
As pessoas protestam contra as dificuldades que a convivência lhes oferece. Não querem se dar conta de que essas dificuldades, precisamente elas, estão lhe brindando todas as oportunidades necessárias para a dissolução do eu.
A convivência é uma escola formidável. O livro dessa escola tem muitos tomos, o livro dessa escola é o eu.

Necessitamos ser livres de verdade se é que realmente queremos dissolver o eu. Não é livre quem depende da conduta alheia.
Só aquele que se faz livre de verdade sabe o que é o amor. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.
Se somos escravos do pensar, do sentir e do fazer dos demais, nunca saberemos o que é o amor.
O amor nasce em nós quando acabamos com a escravidão psicológica.
Temos de compreender profundamente e em todos os terrenos da mente esse complicado mecanismo da escravidão psicológica.

Existem muitas formas de escravidão psicológica. É necessário estudar-se todas elas se é que realmente queremos dissolver o eu.
Existe escravidão psicológica não só no interno como também no externo. Existe a escravidão íntima, a secreta, a oculta, da qual não suspeitamos sequer remotamente.
O escravo pensa que ama quando na verdade só está temendo. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.

A mulher que teme a seu marido pensa que o adora quando na verdade só o está temendo.
O marido que teme a sua mulher pensa que a ama quando na realidade o que acontece é que a teme.
Pode ser que tema que se vá com outro, que seu carácter se torne azedo, que o recuse sexualmente, etc.
O trabalhador que teme ao patrão pensa que o ama, que o respeita, que vela por seus interesses, etc.
Nenhum escravo psicológico sabe o que é amor; a escravidão psicológica é incompatível com o amor.

Existem duas espécies de conduta: a primeira é a que vem de fora para dentro e a segunda é a que sai de dentro para fora.
A primeira é o resultado da escravidão psicológica e se origina por reação. Nos pegam e pegamos, nos insultam e respondemos com grosserias.
O segundo tipo de conduta é melhor, é o tipo de conduta daquele que já não é escravo, daquele que nada mais tem que ver com o pensar, o sentir e o fazer dos demais.
Tal tipo de conduta é independente, é conduta recta e justa.
Se nos pegam, respondemos abençoando. Se nos insultam, guardamos silêncio.
Se querem nos embriagar, não bebemos ainda que nossos amigos se aborreçam, etc.

Agora, nossos leitores compreenderão porque a liberdade psicológica traz isso que se chama amor."

Este texto nos fala sobre algumas dificuldades que nós mesmos colocamos em nosso caminho, e que são um sério obstáculo para a mudança interior:

    * Ter um comportamento que depende da vontade dos outros e não de nossos próprios princípios.
      Ora, se queremos mudar temos que seguir nossos princípios, fazer o que achamos ser o correto.
      Porém é muito comum que algumas pessoas que vivem ao nosso redor e que não estão interessadas em mudar a si mesmas, incomodem-se quando nós deixamos de ser o que éramos, querem que não mudemos também, que continuemos a ser os mesmos de antes, que voltemos a fazer as mesmas coisas.
      A nós, como sempre, nos resta escolher entre as duas conhecidas opções: Ser ou não Ser?

    * Fugir das situações difíceis que ocorrem em nossa vida, e que são importantes para o autoconhecimento e a mudança interior.
      Este provavelmente seja um dos maiores obstáculos para a mudança interior.
      Evidentemente ninguém gosta de passar por situações desagradáveis, no entanto são nestas situações em que descobrimos nossos maiores defeitos, os defeitos que precisamos eliminar com maior urgência para elevarmos nosso nível do Ser.

Se nos habituamos a fugir das situações difíceis seremos sempre escravos psicológicos, e não poderemos provocar em nós mesmos uma verdadeira mudança.
Ante as situações desagradáveis teremos que escolher entre enfrentar a nós mesmos ou simplesmente fugir de nós mesmos.
Mais uma vez existem apenas duas opções: Ser ou não Ser.

Por isso escreveu Nietzsche: "O pior inimigo que você poderá encontrar será sempre você mesmo".

Lição nº 20 - Evolução e involução

Nesta lição estudaremos as leis de evolução e involução, que são mais duas leis mecânicas da natureza as quais estamos submetidos. Podemos notar a acção desta lei nos seres humanos observando desde que nasce a criança, seu crescimento, desenvolvimento, velhice e morte.

Se observarmos em outros seres, veremos que ocorre a mesma coisa, por exemplo, com as plantas.
Após um ciclo evolutivo sempre sucede um ciclo involutivo. Essa é a lei.
Porém, como veremos nas linhas abaixo, podemos transcender essas leis mecânicas da natureza com o trabalho do despertar da consciência.
Antes porém, para uma melhor compreensão, aprenderemos alguns novos conceitos sobre as dimensões da natureza e sobre de onde viemos.

O Absoluto.

É de onde emana toda a criação, mundos, seres, leis da natureza que abrangem os 4 reinos :mineral, vegetal, animal e humano.
Essas leis regulam os processos evolutivos e involutivos da criação nos planetas.
Toda a criação, mundos, galáxias, etc., provém do que chamamos Absoluto.
Não é fácil de se compreender algo tão vasto e além da mente humana, mas por hora é suficiente entender o Absoluto como o ponto de origem e retorno de toda a criação, algo que está além do bem e do mal e onde reina a legítima felicidade e harmonia divinas.

As dimensões.

Do Absoluto originam as várias dimensões ou regiões da natureza. Estas dimensões são mundos paralelos que se penetram e compenetram sem se confundirem, cada qual com sua próprias leis.
As dimensões são em número de 7.
Os exemplos de dimensões mais próximos da nossa realidade (talvez seria melhor dizer "capacidade de percepção") são a terceira dimensão, na qual existe o nosso mundo físico, e a quinta dimensão na qual existe o mundo astral, que já tanto falamos neste curso.

O Real Ser.

As Mônadas saem do Absoluto para terem consciência das dimensões e de sua própria felicidade.
A isto chamamos de Auto Realização Íntima do Ser. Mônada é o mesmo que Ser, Real Ser ou Pai.
Cada um de nós tem seu próprio Real Ser ou Pai, que é o nosso Deus ou Mestre individual e é o que realmente somos.

"Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará."
Jesus Cristo (Mateus – 6,6).

O Real Ser envia através das dimensões sua Essência ou alma para que ela faça o trabalho que lhe corresponde, o trabalho da Auto Realização Íntima do Ser.
Já vimos que nós somos a Essência, somos uma das partes divinas de nosso Real Ser.
Nossa Mãe Divina é outro desdobramento ou parte de nosso Real Ser.
Nosso Real Ser nos impulsiona para que cheguemos a obter o conhecimento necessário para a Auto Realização, para fazer o nosso trabalho, para buscar algo superior.

Por isso que há algo que não vemos e nem entendemos direito, mas simplesmente temos uma vontade quase irresistível de buscar algo superior.
É o Real Ser de cada um que impulsiona sua Essência a trabalhar, a buscar esse conhecimento.

O problema é que nos esquecemos disso porque estamos com a consciência muito adormecida e fascinados pelas coisas passageiras e ilusórias deste mundo, e não fazemos a vontade de nosso Pai.
O resultado é que criamos e alimentamos o ego, e este por sua vez nos afasta do Pai cada vez mais.
O resultado é dor, ignorância, miséria e sofrimento. Ao contrário quando fazemos a vontade do Pai tudo caminha harmoniosamente.

O ciclo evolutivo.

Toda Essência que chega ao mundo físico começa sua evolução pelo reino mineral. Todo mineral, rocha, cristal, etc, é o corpo físico de um elemental.
Essência e elemental são basicamente sinônimos, mas utilizamos o termo Essência para a alma que está no reino humano e elemental para a alma que esta nos outros reinos (mineral, vegetal e animal).
Esse elemental é instruído por seres superiores cuja função é encaminhar esses elementais sabiamente através dos reinos no seu processo de evolução. Esses seres são chamados de Devas da natureza.

Quando chegam ao reino humano os elementais, que passaremos a chamar de Essência, novamente necessitam de instrutores para seguir evoluindo no caminho da Auto Realização.
Os instrutores são agora chamados de Avataras, autênticos Mestres de sabedoria que já fizeram ou estão bastante avançados no trabalho da Auto Realização, por isso são os únicos que nos podem instruir.
Através dos tempos podemos citar grandes avataras como Jesus Cristo, Krishina, Buda, Quetzalcoatl, Hermes Trismegisto, Pitágoras, entre outros.

Estes avataras vieram ao mundo físico para ensinar a doutrina da Auto Realização. Muitas pessoas aceitaram. Muito mais ainda nada quiseram fazer por si mesmos.
Quando um mestre parte a doutrina original é pouco a pouco adulterada pelos homens e o conhecimento se perde. Por isso em cada época foi (e é) necessário a vinda de um avatara para instruir a humanidade.

A todas as pessoas são concedidas 108 existências para que façam seu trabalho. Isto está simbolizado nas 108 contas do colar do Buda.
Se nessas 108 existências não nos auto-realizamos, entramos no processo de involução.
Então passamos a fazer o caminho inverso. Entramos pelo reino animal e vamos involuindo até o reino mineral.

O ciclo involutivo.

Este processo é necessário para que o ego que criamos e alimentamos seja dissolvido nas infra-dimensões da natureza. É um processo extremamente lento e doloroso.

Quanto mais forte está o ego da pessoa mais tempo levará para ser desintegrado.
As infra-dimensões estão relatadas de forma simbólica no livro "A Divina Comédia" de Dante Alighieri. É o que conhecemos por inferno, palavra que por sua vez vêm do latim infernus, que significa inferior.
Ao terminar a involução no reino mineral o ego é desintegrado. Esta é a segunda morte citada na Bíblia.
Os Devas examinam o elemental para que possam colocá-lo novamente no processo evolutivo que se iniciará, como já vimos, pelo reino mineral e chegará ao humano.
Com isso a Roda do Samsara completou uma volta, ou seja, ocorreu um ciclo evolutivo-involutivo.

Mais 108 existências terá a Essência para que faça seu trabalho de Auto Realização.
Porém a Roda do Samsara gira 3000 vezes para cada Essência. Após o último giro todas as portas estarão fechadas.
O Real Ser então recolherá sua essência que retornará sem conseguir a Auto Realização, fracassado, para o Absoluto.

Concluímos então que temos 108 X 3000= 324000 existências para fazer nosso trabalho.
O problema é que somos muito antigos, passamos muitas vezes pelos processos involutivos e evolutivos, e não sabemos quantas existências nos restam.

Felizmente podemos desintegrar o ego aqui e agora e escapar do processo involutivo.
É para isso que existe o trabalho do morrer psicológico, base para a Auto Realização Íntima do Ser, e que vimos em detalhes neste curso.
A escolha é de cada um.
Desintegramos o ego voluntariamente e seguimos em direcção ao Pai e a sabedoria, ou então entramos no processo involutivo até a segunda morte. Mais uma vez temos que escolher: Ser ou não Ser?


lição nº 21 -  Os Três Factores de Revolução da Consciência

Até a lição 19 temos aprendido que nosso objectivo principal era nos autoconhecer e, através da morte psicológica, elevar nosso nível do Ser e despertar a consciência, provocando assim uma grande mudança em nós mesmos.
Já na lição anterior, que foi sobre Evolução e involução, aprendemos coisas mais avançadas, como as dimensões da natureza, o nosso Real Ser e sobre o objectivo de vivermos neste mundo, ou seja, a Auto Realização Íntima do Ser.

Dizemos isso para esclarecer que tudo que aprendemos até agora sobre o morrer psicológico e elevar o nível do Ser vêm a ser justamente um dos Três Factores de Revolução da Consciência, que é o tema desta lição.
O termo "revolução da consciência" significa uma mudança radical da consciência provocada por nós mesmos, através de um trabalho e esforço conscientes.

Os Três Factores de Revolução da Consciência.

Para se fazer a Auto Realização Íntima do Ser é fundamental se trabalhar equilibradamente com os seguintes três factores:

1 – O Morrer ou morte dos defeitos psicológicos.

É a chamada morte mística ou psicológica, que estudamos detalhadamente no decorrer do curso.
Convém deixar claro que este factor Morrer não têm nenhuma relação com a morte física ou com o morrer do corpo físico. É algo exclusivamente psicológico e interior.

2 - O Nascer.

Corresponde à sábia manipulação da incrivelmente poderosa energia sexual criadora, conhecida e estudada, de forma velada, entre os povos grego, egípcio, chinês, caldeu, indiano, tibetano, persa, etc.
Alguns termos que se referem ao Nascer são Pedra Filosofal, Alquimia (transmutação do chumbo da personalidade no ouro do Espírito), Magia Sexual, Supra-sexo, etc. Este é um tema mais avançado que não é abordado no curso.

Nos limitaremos a deixar para reflexão uma advertência do grande mestre Jesus Cristo:
"Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus."
João 3:5.

3 - Sacrifício pela humanidade.

A palavra sacrifício é a junção das palavras sacro (sagrado) e ofício. Logo significa um trabalho superior ou mesmo divino.
O terceiro fator de revolução da consciência é a entrega dos conhecimentos necessários para se fazer a revolução da consciência, ou seja, dos Três Fatores de Revolução da Consciência, a todas as pessoas que queiram conhecê-lo, sem distinção ou discriminação de qualquer espécie, sem exigir ou mesmo esperar nada em troca.

Disso temos vários exemplos em toda a história. Temos o exemplo de vários Mestres ou Avataras que entregaram esse conhecimento aos povos de suas épocas através de pregações, escritos, livros, escolas que fundaram, etc. sem jamais exigir algo em troca.
Cobrar por algo que é universal, que é um legado divino a todos os seres humanos, é um absurdo para o qual não existe justificativa.

Existem várias formas de se sacrificar pela humanidade:

    * Ensinando esse conhecimento às pessoas com as quais convivemos diariamente e que se interessem pelo assunto, porém nunca se esquecendo que devemos sempre respeitar o livre arbítrio de todos.

    * Recebendo e praticando esses ensinamentos, pois assim, naturalmente, servimos de exemplo para os demais.

    * Indicando às pessoas interessadas onde obter esse conhecimento, por exemplo através deste site, distribuindo aos interessados o material do curso que está disponível para download.

Também podemos concluir que o contrário de sacrificar-se pela humanidade é sacrificar a humanidade.
Por isso nunca devemos:

    * Jamais, em hipótese alguma, cobrar ou mesmo esperar algo em troca pela entrega desse conhecimento.

    * Receber esse conhecimento e não praticá-lo. Isso inevitavelmente, ainda que tentemos disfarçar, em algum momento será descoberto na forma de más acções e exemplos e isso somente ajudará a desencorajar as pessoas a praticar esses ensinamentos.

    * Ocultar as fontes onde sabemos que as pessoas podem obter esse conhecimento.

    * Ingerir, oferecer ou comercializar bebidas alcoólicas e muito menos substâncias alucinógenas e entorpecentes. Já vimos os malefícios que isso causa.

AndreiaLi
Lição nº 22 -  As leis de Carma e Darma

Nesta lição aprenderemos sobre duas leis superiores, e é muito importante entender como essas leis funcionam para que possamos saber o que fazer para conduzir nossas vidas em harmonia com as forças superiores.

Qualquer ato seja este bom ou mal, tem a sua conseqüência. Se praticarmos o bem a consequência será boa para nós, se temos uma má conduta as consequências serão ruins.
Não existe efeito sem causa e nem causa sem efeito.
E para julgar nossas acções existem seres de consciência totalmente desperta, que são os responsáveis para levar a cabo este trabalho. Estes seres constituem o Tribunal da Justiça Divina, cuja função é pesar nossas boas e más ações e aplicar de forma justa a sentença, a consequência de nossas acções.

O Tribunal da Justiça Divina.

Esse Tribunal é formado pelo regente Anúbis e seus 42 juízes.
Nas pirâmides do Egipto foram encontradas várias ilustrações do Tribunal da Justiça Divina.
Nestas ilustrações o regente Anúbis é representado por um homem com a cabeça de chacal e os 42 juízes são simbolizados por diversos animais. Anúbis, na tradição egípcia, é o juiz que pesa o coração dos mortos e aplica a pena correspondente.

A Lei Divina tem como base a justiça e a misericórdia. A justiça sem misericórdia é tirania. A misericórdia sem justiça é tolerância, complacência com o erro.
Se ao pesar nossas acções em uma balança, o prato das boas acções estiver mais pesado o resultado será um Darma, que é uma recompensa pelas boas obras que fazemos.
O Darma (do sânscrito Dharma) significa também realidade ou ainda virtude.
Se ocorrer o contrário, se o prato das más acções estiver mais pesado, o resultado será um Carma para nós, ou seja sofrimento, dor, adversidades, etc.
A palavra de origem sânscrita Karma significa acção. Podemos entendê-la como lei de acção e consequência.

Os tipos de Carma.

Existem vários tipos de Carma:

Individual
: quando é aplicado especificamente a uma pessoa. Por exemplo, no caso de uma doença.
(é importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento ruim é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso próprio sofrimento. Ex: uma pessoa que atravessa uma rua sem a devida atenção e é atropelada).

Familiar: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. Por exemplo, no caso de se ter um membro da família que é viciado em drogas. Isto traz sofrimento para todos ao redor.

Regional: quando é aplicado em determinada região. Temos como exemplo as secas, enchentes ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares e regiões.

Nacional: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.

Mundial: quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais e, atualmente, vemos a imensa degradação e a progressiva escassez dos recursos naturais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, ameaças de epidemias, etc.
Neste momento não poderíamos deixar de alertar que estão ocorrendo grandes transformações em nosso mundo.

Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e ser penalizados.

Kamaduro: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.


Karmasaya
: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério.
Nas escrituras sagradas está escrito que "todo pecado será perdoado, menos os pecados contra o Espírito Santo", e esse pecado é o adultério. Mas o que é considerado adultério perante a Justiça Divina?

Perante a Lei Divina quando duas pessoas se unem sexualmente elas estão casadas nos mundos internos (independente de serem casadas pelas leis físicas).
Portanto se a pessoa tem mais de um/a parceiro sexual em um determinado espaço de tempo (menos de um ano), essa pessoa comete adultério e lança Carma sobre suas costas.

Mais ainda, quando duas pessoas se unem sexualmente, por estarem internamente casadas, seus Carmas se somam e tornam-se comum as duas pessoas.
E se uma dessas duas pessoas tiver outra relação sexual com uma terceira pessoa, essa última terá o Carma das três pessoas.
Sabendo disso podemos então fazer uma idéia de como é grave a situação cármica de toda a humanidade.

Os negócios

Como foi dito acima as bases da Lei Divina são a justiça e a misericórdia. Isso significa que, por mais duro que seja nosso carma, podemos pagá-lo com boas obras e então não necessitaremos sofrer.

"Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior."

"Faze boas obras para que pagues tuas dívidas. Ao leão da lei se combate com a balança."

"Quem tem com que pagar, paga e sai bem em seus negócios; quem não tem com que pagar, pagará com dor."

Se no prato da balança cósmica colocamos as boas obras e no outro as más, é evidente que o Carma dependerá de qual prato estará mais pesado. Todos somos grandes devedores, seja devido aos nossos atos desta ou de passadas existências.
Por isso é urgente que mudemos nossa conduta diária.

Ao invés de protestarmos por estarmos em dificuldades, devemos sim procurar ajudar aos demais.
Ao invés de protestarmos por estarmos doentes, devemos dar medicamentos aos que não podem comprá-los, levar ao médico os que não podem ir, etc.
Ao invés de reclamarmos das pessoas que nos caluniam, devemos aprender a ver o ponto de visto alheio e abandonar de uma vez a calúnia, as intrigas, as reclamações, etc.

Nosso carma pode ser perdoado se eliminarmos a causa de nossos erros, de nossa ira, de nossa inveja, de nosso orgulho, etc.
A causa de nossos erros e, por conseguinte, de nosso sofrimento é o ego, nosso defeitos psicológicos..
O mundo seria um paraíso se as pessoas eliminassem de si mesma essas abominações inumanas.
Não é possível ter uma conduta reta se somos manipulados pelos defeitos psicológicos.

Conforme vamos eliminando nossos próprios defeitos o carma referente a tal ou qual defeito vai sendo perdoado. Isto é a misericórdia.

Nunca devemos protestar contra nossa situação cármica, pois isso só vem a agravá-la.
O Carma é um remédio que nos aplicam para que vejamos nossos maiores defeitos e que normalmente são a causa de nosso sofrimento.


Lição nº 23 Projecção -  astral IV - buscando o conhecimento objectivo

No decorrer do curso aprendemos várias técnicas de projeção astral, porém até o momento nosso objectivo tem sido apenas conseguir sair ou estar em astral conscientes, e assim comprovar por nós mesmos que existem outras dimensões, que temos um corpo astral, etc.
São realmente muito importantes essas comprovações, porque assim não dependemos mais de simplesmente acreditar se algo é verdadeiro ou não. Comprovando nós sabemos por experiência directa que é real.

Nesta lição veremos que existe um objetivo muito mais definido e importante para a projecção astral, que é buscar no mundo astral a autêntica sabedoria, a qual nos possibilitará continuar nosso desenvolvimento em direcção ao autoconhecimento e à evolução espiritual, nos revelando muitos mistérios acerca de nós mesmos, das diferentes dimensões da natureza e de toda a criação.
Essa sabedoria não tem limite, é infinita, e não pode ser encontrada em livros. Tudo o que os grandes Avataras ensinaram publicamente à humanidade foi justamente o que fazer para conseguir essa sabedoria.
Também o que temos aprendido neste curso são os passos fundamentais, os meios para iniciar um caminho sério de autoconhecimento e evolução espiritual.

Mas afinal, onde está a autêntica sabedoria? E quem nos pode ensiná-la?
No mundo astral (e somente no mundo astral) existem Templos de Sabedoria. Nestes templos seres de consciência desperta, seres que trabalham com os Três Fatores de Revolução da Consciência, Iniciados de diversos graus, oficiam e conduzem seus próprios trabalhos de evolução espiritual, e isso inclui também auxiliar da melhor forma possível a humanidade, ou seja, instruir e ensinar as pessoas que estão em busca da verdadeira sabedoria e da evolução espiritual.
Se você chegou até esta lição provavelmente você também é uma destas pessoas.

E como chegar a um Templo de Sabedoria?
Aqui é onde entra e é fundamental tudo o que aprendemos no curso.
Se esses templos de sabedoria existem apenas no mundo astral, evidentemente que o primeiro passo é estar ou sair em astral conscientemente. Já sabemos que para isso utilizamos as técnicas de projecção astral.
Aqui não importa se saímos do corpo conscientes com as técnicas de mantrans e concentração, ou se despertamos a consciência já estando no astral com a técnica do saltinho.
O que realmente importa é estar consciente no mundo astral.

Passada essa primeira etapa, agora temos que nos deslocar até um Templo de Sabedoria.
Mas como, se não sabemos sequer onde estamos ou que direção tomar?
O que fazemos então é pedir ao nosso Real Ser, ao nosso Pai que está em secreto, assim que nos dermos conta de que estamos conscientes em astral, para que Ele nos leve até um Templo de Sabedoria.
Faça simplesmente isso e Ele o levará.

Pelo que foi exposto até aqui, aparentemente basta saber sair em astral para ir a um Templo de Sabedoria.
Na verdade não.
É preciso também mostrar que realmente estamos muito interessados e determinados para isso.
Entenda que isso não é um jogo para curiosos. Estamos tratando de algo muito sério.
Por isso o aspirante terá que demonstrar com fatos que está determinado a receber os ensinamentos directamente dos Mestres.
Isso requer trabalhar sério na eliminação dos defeitos psicológicos e persistência na projecção astral.
O que aprendemos neste curso, se levado à prática, é suficiente para conseguirmos chegar a um Templo de Sabedoria.
Apenas precisamos escolher o que queremos: Ser ou não Ser?

É comum, no início, que o aspirante peça ao seu Real Ser que o leve a um templo, e simplesmente nada aconteça.
Pode ser que ocorra de ser levado a um outro local que, porém, não existe nenhum templo.
Pode ser que seja levado até a um templo e realmente chegue lá, mas não encontre a porta de entrada, ou pode ser que esta porta esteja fechada.

Todas essas experiências indicam que ainda não é a hora, que precisamos trabalhar mais para podermos ter o mérito de entrar em um Templo de Sabedoria.
Contudo, estas experiências já indicam um bom progresso neste trabalho.

Bom trabalho e boas experiências.


considerações finais

Infelizmente são poucas as pessoas que se interessam pelos temas tratados neste curso.
O motivo disso é na verdade bem simples: a grande maioria das pessoas só quer mudar se for de uma forma cómoda, que não lhes custe nenhum trabalho, e certamente não é essa a proposta desse curso, até porque não é possível conseguir uma mudança de verdade, radical, se não for com muita disciplina e trabalho interior.
As pessoas em geral sempre irão optar por percorrer o caminho mais fácil, o qual não conduz a lugar nenhum.
Raras são as pessoas que se atreverão a ir pelo caminho mais difícil, a nadar contra a correnteza para atingir o objectivo da mudança interior, do despertar da consciência e da Auto-realização Íntima do Ser, que são as inestimáveis recompensas de todo este trabalho

Por isso gostaríamos de dar a você os nossos parabéns por ter chegado ao final deste curso de autoconhecimento. Só por esse motivo você pode se considerar uma pessoa diferente das demais.

"Mas e agora? É só isso? Como dar continuidade a estes estudos?"
Essas são perguntas comuns que recebemos de algumas pessoas que terminaram todas as lições do curso.
Terminado o curso, o primeiro objetivo de toda pessoa que queira realmente avançar mais nestes estudos deve ser praticar intensamente o que foi aprendido nas lições do curso, muito especialmente a morte psicológica e a projecção astral. Deve-se tornar um "especialista" nestas práticas.

O segundo objectivo deve ser ir em astral a um Templo de Sabedoria, conforme ensinado na lição anterior, para receber, assim como outras pessoas, os ensinamentos mais avançados directamente dos verdadeiros Mestres que lá oficiam.
Só com o que foi aprendido neste curso é perfeitamente possível conseguir isso.
Não há necessidade de mais teorias ou cursos. Agora é hora de aprender de verdade, algo que só a prática pode proporcionar.

É preciso ter paciência e perseverança, pois não é muito fácil nadar contra a correnteza (especialmente quando se está começando a aprender a nadar).
Mas se você chegou até aqui não há dúvidas de que pode ir mais longe. Apenas nunca deixe de nadar.

Muito cuidado para não se acomodar em apenas acumular teorias lendo textos e livros. Infelizmente esse é o erro de muitas pessoas que, por deixarem a prática de lado, acabam sendo levadas pela correnteza.

Bem, agora é com você. Mas tenha certeza de que nunca estará só neste caminho.
Nunca se esqueça de sua Mãe Divina e de seu Pai que está em secreto. Sempre peça sua ajuda quando precisar.
Além disso, muitos "olhos celestes" estão zelando e até mesmo torcendo por você. Não os decepcione.