Casa da Quinta de Cedofeita - Adaúfe, Braga

Mas então conheces a senhora em causa, o que é óptimo, pois é mais fácil falar com ela tendo alguém conhecido.

Tenta perguntar ao teu pai ou a pessoas que também a conheçam, se sabem onde é a morada actual da senhora, para se perceber melhor a história da casa.

Abraço

A todos os interessados:
Eu sou de adaúfe e já ouvi algumas lendas acerca desta quinta, mas, para mim não passam disso mesmo: lendas.
Por cá diz-se que existe em Cedofeita um tesouro escondido, enterrado algures no jardim, sob uma das várias cameleiras lá existentes e que só pode ser localizada seguindo pistas contidas no livro de S. Cipriano. Lá permanece uma Moura encantada que o protege, aparecendo e amaldiçoando a quem o tente desenterrar. Como vêem a história vai sofrendo modificações na boca de quem vai contando... e contam-se outras histórias...
Esta é uma quinta brasonada, outrora pertencente a famílias nobiliárquicas, e foi vendida a um armador que tinha uma frota pesqueira em Matosinhos (os antepassados do marido da Sra. referida aqui no fórum, a tal "cobra" que é natural de Adaúfe) e que por sua vez a vendeu há uns anos atrás ao dono da Bragaparques.
Tem um palacete imponente, lindo e todo degradado, tem um jardim com recantos lindíssimos (o tal onde está o tesouro). Como se pode ver no Google Earth, tem uma grande extensão de terreno, que abrange uma área que vai da estrada nacional até ao parque industrial das Sete Fontes. É cercada por um grande muro, e, pelo seu interior, por uma avenida privada em calçada portuguesa que começa na entrada, sendo esta ornamentada com um brasão de armas em pedra, até à casa, prolongando-se até uma saída pedonal no seu extremo em Sete Fontes.
Esta foi em tempos muito importante para a produção agrícola de Adaúfe, uma vez que era cultivada, e também na extracção de volfrâmio na era da II Guerra Mundial. Daí dizerem que tem muitas minas ao redor.
Sempre tive muita curiosidade em conhecê-la, até pelas descrições que me eram feitas e histórias que me eram contadas e, por isso, no ano passado muni-me de uma máquina fotográfica e fui até lá.
posso dizer-vos que a única presença que senti foi a da pessoa que me acompanhava e o medo que senti foi de que a casa ruísse por cima de mim. 
Aqui vão umas fotos do palacete.

excelentes fotos .. casa fantastica

Relativamente às questões sobrenaturais... eh pá... eu não sou muito crente, mas respeito.
Posso-vos dizer que andei por lá duas vezes, inclusive na adega, e nem pensei em nada disso. O meu maior medo era que ruísse por cima de mim, tal é a degradação em que aquilo se encontra. Há compartimentos do 1º andar que já ruíram e uma casa daquele calibre, abandonada e a cair e cheia de vegetação onde podem habitar bichos (cobras e afins) é, de facto, assustador!!
Tenho mais fotos, no interior da casa, no jardim, na entrada das minas, etc.
Logo que tenha um tempinho vou postar.

Muito obrigado pela grande ajuda dada relativamente à história da casa, mas ainda tenho uma questão para si.

Nunca ouviu relatos da casa ser assombrada? Já que conhece tão bem a história e a casa, deve ter ouvido algumas histórias.

Mais logo darei uma resposta ao seu post, mas fotos, nós temos em nosso poder mais de 150 fotos da casa e dos terrenos adjacentes. mas postar aqui tudo é uma grande aventura lol

Cumprimentos

Olá Viraventos, boa noite.
Sim, contam-se inúmeras historias desse género, de mouras encantadas, maldições, mulheres que aparecem, etc., mas, para mim, não passam disso mesmo.
Há dois ou três anos atrás andei a fazer um levantamento sobre esta quinta para fazer um trabalho sobre urbanismo. Fiz pesquisas, mas não se encontra quase nada, o que sei é o que ouço de uma ou outra pessoa e o que a minha mãe conta de ter ouvido ao meu avô.
Sei de uma forma superficial algumas histórias acerca da família nobre, e também acerca da família do armador de Matosinhos que era sogro da tal senhora. De facto, pelos vistos todos os habitantes daquela casa tanto de uma família como da outra, eram esquisitos, anti-sociais mesmo. Ainda hoje a Sra. e filha andam por aí, mas não socializam com ninguém.
Relativamente às minhas fotos, como eu olho para elas e não vejo nada, era para ver se alguém com mais sensibilidade consegue ver o que eu não vi, nem senti.
Vou juntar e organizar toda a informação que conseguir e direi algo depois. Ok?
Um bom fim de semana para todos.

Só hoje consegui ir á casa e tirar estas duas fotos pois é dificil lá entrar! Tem um portão enorme fechado como se pode ver na primeira foto!





Cumps

O que vou expor é baseado em pesquisas que fiz para o meu trabalho sobre urbanismo e em relatos do meu avô paterno, que praticamente não conheci.
Conforme já havia dito, esta quinta tem séculos, pertenceu a famílias nobiliárquicas. A última linhagem de "fidalgos" (como eram por cá apelidados) que viveram naquela casa, foram três irmãos: um homem e duas mulheres, todos solteiros e por isso não deixaram descendência.
Iam à missa à igreja paroquial de charrete, tinham caseiros e diversos trabalhadores na quinta, permitiam que as pessoas fossem à quinta (os portões estavam sempre abertos), mas não se relacionavam de perto com o povo. Inclusive, uma das irmãs, quando alguém ia à quinta e ela estivesse átrio, no pátio ou na sacada, fugia para se esconder. O meu avô, que teria hoje, muito mais de 100 anos se fosse vivo, era, para a época, um homem instruído, tinha a 4ª classe e era uma espécie de faz tudo, fazia parte da Junta de Freguesia, da Casa do Povo, etc., e era também uma espécie de enfermeiro, por isso, ia a Cedofeita aplicar injecções ao fidalgo, pelo que havia uma relação algo próxima e privou com este Senhor (para terem noção, ele teria entre 20 e 30 anos e o fidalgo seria bem mais velho). Os irmãos (fidalgos) tinham uma doença cardíaca, da qual morreram e, inclusive, um dia estavam o fidalgo (aparentemente bem de saúde), o meu avô e mais alguém, sentados na varanda a conversar, quando o primeiro se levantou normalmente para ir à casa de banho e, como demorava a voltar, os outros foram verificar o porquê da demora e depararam com ele morto. Este é um dos episódios, entre vários outros que, pelos visto, o meu avô contava.
Com a morte do ultimo dos irmãos e uma vez que não havia descendência, herdaram a quinta uns parentes afastados, que a venderam ao armador de Matosinhos. Este fez obras de recuperação na casa e vieram viver para Adaúfe.
O que vou contar a seguir tem certamente muitos mais pormenores, muitos que desconheço, e outros que, embora se falem por cá, não vou publicar porque são do fórum pessoal da senhora e não seria correcto da minha parte fazê-lo, por isso vou abreviar: O único filho deste armador viria a casar com uma empregada, natural de Adaúfe, e tiveram duas filhas.
O homem era apelidado por cá como "o tolo de Cedofeita", porque volta e meia andava aos tiros de caçadeira para afugentar as pessoas que lhe invadiam a quinta. Mas, apesar disso, já ninguém o respeitava e invadiam a quinta para roubar fruta, lenha e no caso da "canalha", apenas para o provocar, estragavam fruta, partiam vidros das casas dos caseiros...enfim, era uma rebaldaria. Os meus irmãos levavam uns bons tabefes quando algo semelhante chegava aos ouvidos da minha mãe.
Eles e quase todas as crianças que viviam perto da quinta, iam brincar para lá. Talvez porque tinha todas as condições para aventuras, devido aos esconderijos na mata adjacente, às minas e às casas dos caseiros, à data já devolutas e em ruínas, que se dizia estarem assombradas. Eu própria, apesar da diferença de idades, também lá andei, embora menos, e me lembro da tentação de entrar na casa do caseiro a ver se aparecia algum fantasma de alguma princesa, era um fascínio, um misto de medo e curiosidade pelo desconhecido, era a atracção pela aventura. Nunca vi nada. Hoje acho que estas historias eram precisamente para tentar afastar as pessoas e/ou as crianças de lá.
Mais tarde o homem morreu, e posteriormente a viúva viveu maritalmente com um homem que também viria a morrer, penso que de enfarte ou morte súbita. Mais tarde foi-lhe conhecido um outro namorado que também morreu naturalmente. Isto para tentar explicar a "morte de três maridos" mencionada algures aqui no fórum.
Vi também uma menção a cartuchos no chão, o que é natural, porque os caçadores desportivos daqui da zona vão para lá caçar, eu própria quando lá fui, vi uma pessoa (viva) .
Relativamente ao solo húmido é natural porque a quinta sempre teve água suficiente para o cultivo. Esta fica numa cota abaixo das Sete Fontes, que como devem saber, tem um grande manancial de água.
Eu não estou aqui, nem quero, tentar provar a inexistência de nada, pelo contrário, o meu relato é sentido de ajudar... e apesar de não ser crente em fantasmas, este assunto, e particularmente esta história, suscita-me alguma impressão e muita curiosidade.
A minha experiência nas duas vezes que lá fui, neste aspecto é nula.
Não senti nada, não vi nada! Apenas fiquei deliciada com a imponência da casa, que não conhecia, e impressionada com o seu estado de degradação e obviamente com medo que caísse. Claro que a minha atenção na altura estava apenas virada para a arquitectura, estado de conservação da casa e tentar associar aquele ambiente ao passado, porque tenho um fascínio por monumentos.
Se de facto a casa é assombra, então eu e a minha sobrinha que me acompanhou corremos um grande perigo.
Desculpem o tamanho do texto, mas espero que seja esclarecedor. Se surgirem mais duvidas e eu puder ajudar disponham.

esta dá-me arrepios na espinha! brrrr


e esta também!

Nestas fotos nota-se claramente que estamos perante um foco de luz que entra para o interior da casa quiçá através de um buraco no telhado... Está presente em todas as fotos tiradas nesta zona da casa.

Consoante o movimento, o foco de luz projetada move-se, está claro, daí o "espreitar" que alguns users falaram...

Atente-se na seguinte imagem:



Explicação encontrada penso eu

Olá boa tarde a todos

Há 3 semanas mais ou menos aventurei-me, eu e o meu marido, e fomos à descoberta...
Foi um filme engraçado     na estrada principal tem uma bomba de gasolina que tem um cafezito e nós como não sabíamos perguntamos onde era... lá nos explicaram... dissemos que era para um trabalho da universidade   e perguntamos se já tinham ouvido falar de alguma história de casa assombrada e algo desse género... todos contaram as histórias que já aqui tinha lido..

Disseram também que aquilo tinha sido comprado pela empresa "Rodrigues & Névoa" donos também da Mercedes em Braga...

Lá fomos nós os dois todos entusiasmados e ao chegar lá tinha mesmo o portão fechado com um cadeado como refere o André... mas é novo por isso acho que fui investigar tardiamente porque pelo aspecto tem mesmo pouco tempo...

Estávamos a tentar descobrir maneira e forma de lá entrar e apareceu uma senhora com um filho para apanhar castanhas ( na entrada tem montes e montes de ouriços e castanhas) e para cuscar   e nós aproveitamos para perguntar se sabia de alguma história porque ela tinha nos dito que morava nas casas em frente à entrada...
Ela disse que desde pequena que ouvia falar nessas histórias (ela tinha mais de 50 anos)... a única história que ela contou e que não tinha lido aqui foi que, à noite se podiam ouvir cavalos a cavalgar e de vez em quando que eles apareciam...

Como o portão estava fechado perguntamos por onde podíamos entrar para tirar fotografias para a universidade   e a senhora mandou-nos ir pela calçada romana... Aconselho a ir de jipe ou até mesmo a pé.... ou então um carro com pneus novinhos porque se não está tramada.... ela disse que havia outra entrada...
Não tínhamos grande tempo e só vimos onde era a entrada que ela falou (não dá de carro e fica afastada da casa muito)... não tinha era noção de como aquele terreno era enooooorrrrmmmmeeeeeeee...

Irei lá com mais tempo... depois conto-vos como foi.... porque uma coisa é ver as fotos da casa, mas ao vivo e digo porque vi ,porque consegui espreitar aquela casa mete muitoooooo medoooooooooooo...

Bjinhos a todos e até qualquer dia


Mensagem alterada devido à reincidência de erros ortográficos.Por favor utilize o verificador ortográfico que o Fórum dispõe.Consultar Regras Gerais do Fórum, alínea 24. Obrigado.

Obrigado por partilhares a aventura

Existe uma outra entrada que nós encontramos, mas preferimos não revelar, porque estamos sempre a invadir propriedade privada quando vamos à quinta.

Mas de todas as histórias relatadas e da excelente informação dada pela Ana Lita, guardamos as conclusões para nós e uma futura visita à mesma casa com material adequado para darmos todas as evidências a todos os interessados.

Quanto ás fotos analisadas pelo membro pvl:  caro amigo nessa divisão o único ponto de luz é mesmo o que vem da sala, estivemos lá dentro da divisão e nada se viu.

Só mesmo lá dentro da casa é que temos a percepção da enormidade do terreno, e do ambiente que a rodeia.


Engraçado que muito antes destas informações que obtivemos de alguns membros acerca da história da casa, o nosso caro membro Flávio já nos tinha dado muita boa informação só de olhar para as fotos, inclusive dos tiros de caçadeira e da enorme tragédia que lá houve, como nos explicou em parte a Ana lita quando disse que o terreno era frequentado por caçadores.

Por tudo isso achamos que a energia da casa e dos seus habitantes não é boa para qualquer pessoa que lá queira ir, e lembrem-se que os habitantes de lá podem começar a chatear-se por haver muito movimento em torno da casa e por algumas pessoas quererem simplesmente vandalizar a casa.

Obrigado e cumprimentos a todos

Existe uma outra entrada que nós encontramos, mas preferimos não revelar, porque estamos sempre a invadir propriedade privada quando vamos à quinta.

Mas de todas as histórias relatadas e da excelente informação dada pela Ana Lita, guardamos as conclusões para nós e uma futura visita à mesma casa com material adequado para darmos todas as evidências a todos os interessados.

Quanto ás fotos analisadas pelo membro pvl:  caro amigo nessa divisão o único ponto de luz é mesmo o que vem da sala, estivemos lá dentro da divisão e nada se viu.

Só mesmo lá dentro da casa é que temos a percepção da enormidade do terreno, e do ambiente que a rodeia.


Engraçado que muito antes destas informações que obtivemos de alguns membros acerca da história da casa, o nosso caro membro Flávio já nos tinha dado muita boa informação só de olhar para as fotos, inclusive dos tiros de caçadeira e da enorme tragédia que lá houve, como nos explicou em parte a Ana lita quando disse que o terreno era frequentado por caçadores.

Por tudo isso achamos que a energia da casa e dos seus habitantes não é boa para qualquer pessoa que lá queira ir, e lembrem-se que os habitantes de lá podem começar a chatear-se por haver muito movimento em torno da casa e por algumas pessoas quererem simplesmente vandalizar a casa.

Obrigado e cumprimentos a todos

Quando fores à casa diz, porque eu também alinho.

Boas Pessoal.
Sou de Adaúfe, o meu avô diz já ter trabalhado na quinta, nos campos. Na altura dele acho que o dono era um senhor que trabalhava com algo a ver com pesca, sei de ouvir o meu avô a falar de peixe.
Mas acho, não tenho certeza de o ter ouvido falar de um outro dono, não sei se foi antes ou após o "pescador", tinha algo a ver com o Exercito, não sei se era Coronel ou algo assim.
Eu vou-me informar depois posto aqui.
O Brasão está na entrada principal junto à estrada principal em frente à Padaria.
Eu e um colega entramos dentro dessa casa, e acreditem, foi um pouco assustador, estive na parte da cozinha, ao lado tem um corredor para um salão fui lá, depois fui ao sótão, custou um pouco a subir, medo. Mas o que custou mais foi descer à cave pois era muito escuro.
Estávamos para vir embora e ao sair da cozinha e ouvimos uns barulhos, e toca a ir embora o mais rápido....

Achei muito interessante esta historia   ,também sou de Braga, um dia destes vou passar com uns amigos nessa casa para tirar umas fotos e se vir alguma coisa interessante posto aqui!