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  • Descriminação... Góticos
    Iniciado por Margarida
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O Petplay é um fetiche, se há muitos que o vivem 24/7 ? não há mas é um fetiche comum dentro da comunidade BDSM, que os há e muitos em Portugal como há góticos, como há pessoas que andam em cemitérios há noite a caçar fantasmas, como há gente que só faz em posição missionário e como pasmem-se há gente que não o faz de todo...

"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

chacalnegro
Não deveria estar a promover o off-topic  ;), mas ponho a questão de outra maneira: por que motivo se quer ser gótico (ou assumir uma faceta identitária de um grupo)?

Citação de: chacalnegro em 09 abril, 2012, 09:29
Não deveria estar a promover o off-topic  ;), mas ponho a questão de outra maneira: por que motivo se quer ser gótico (ou assumir uma faceta identitária de um grupo)?

O ser humano é um ser social, que tem a necessidade de estar inserido num grupo. Pesquisas demonstram que uma criança quando criada isolada, não se desenvolve, permanece com comportamentos básicos, os instintos básicos de sobrevivência, tal como um animal.

Independentemente do grupo em que a pessoa se sente inserida, se ela souber que partilha interesses, sente-se mais à vontade para partilhar opiniões, desenvolve o seu autoconceito, pode falar de forma clara sobre os seus interesses, criticar aqueles que não partilham os mesmos interesses. Isto evoca a tal história da solidão. A pessoa sente-se inserida, de que não está só nas suas opiniões e gostos, o que promove a autoestima. Ora uma pessoa com uma boa autoestima, está mais apta para confrontar o stress e a ansiedade o que a ajuda a proteger-se de depressões, relações problemáticas e de transtornos de personalidade.

Neste caso ser-se gótico, é mais um subgrupo e não é muito diferente de estar num grande grupo como de trabalho, escola, politica, desporto, etc... Desde pequenos que somos criados de modo a sermos inseridos num grupo, começamos logo por estar incluídos num grupo familiar, caso não ocorra os sistemas sociais acabam por tratar dessa inserção. Basicamente acontece o mesmo, quando inserido num subgrupo. O facto de se tratar de ser gótico, tem a ver com o gosto pessoal, talvez até mesmo com alguns traços de personalidade característico, mas sobretudo por questões de gosto.
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

chacalnegro
Citação de: Luna S. em 09 abril, 2012, 11:33
O ser humano é um ser social, que tem a necessidade de estar inserido num grupo. Pesquisas demonstram que uma criança quando criada isolada, não se desenvolve, permanece com comportamentos básicos, os instintos básicos de sobrevivência, tal como um animal.

Independentemente do grupo em que a pessoa se sente inserida, se ela souber que partilha interesses, sente-se mais à vontade para partilhar opiniões, desenvolve o seu autoconceito, pode falar de forma clara sobre os seus interesses, criticar aqueles que não partilham os mesmos interesses. Isto evoca a tal história da solidão. A pessoa sente-se inserida, de que não está só nas suas opiniões e gostos, o que promove a autoestima. Ora uma pessoa com uma boa autoestima, está mais apta para confrontar o stress e a ansiedade o que a ajuda a proteger-se de depressões, relações problemáticas e de transtornos de personalidade.

Neste caso ser-se gótico, é mais um subgrupo e não é muito diferente de estar num grande grupo como de trabalho, escola, politica, desporto, etc... Desde pequenos que somos criados de modo a sermos inseridos num grupo, começamos logo por estar incluídos num grupo familiar, caso não ocorra os sistemas sociais acabam por tratar dessa inserção. Basicamente acontece o mesmo, quando inserido num subgrupo. O facto de se tratar de ser gótico, tem a ver com o gosto pessoal, talvez até mesmo com alguns traços de personalidade característico, mas sobretudo por questões de gosto.

Obrigado pela tua resposta Luna. Era a que estava à espera e ainda bem. Onde quis chegar com esta pergunta com "rasteira" era a isso mesmo, ou seja, chegar à conclusão que as pessoas procuram integração e não ser diferentes. Portanto, aqui a questão da diferença é só uma falácia. A diferença termina a partir do momento em que alguém assume uma designação de grupo. Quem é "gótico", gosta de o ser porque faz parte de um grupo, tal como quem é "beto" se sente bem num grupo de betos. Assume a postura identitária da "tribo" que escolheu para se inserir. Relativamente ao casal em causa, de facto ninguém tem nada a ver com a sua postura social/identitária, desde que não prejudique terceiros. Porém, como foi dito pela Ligeia, o problema não estava no facto de ambos serem góticos  porque como sabemos a sociedade inglesa é demasiado cosmopolita para ficar chocada com o facto de alguém e vestir totalmente de preto e usar acessórios tirados de uma qualquer fábula medieval (isto não é uma afirmação valorativa, atenção). O problema estava no uso da corrente dentro do autocarro; como sabemos uma travagem brusca era suficiente para que a moça fosse estrangulada. Talvez o motorista tenha tido pouco tacto diplomático para explicar isso mesmo...

Citação de: chacalnegro em 09 abril, 2012, 11:57
Obrigado pela tua resposta Luna. Era a que estava à espera e ainda bem. Onde quis chegar com esta pergunta com "rasteira" era a isso mesmo, ou seja, chegar à conclusão que as pessoas procuram integração e não ser diferentes. Portanto, aqui a questão da diferença é só uma falácia. A diferença termina a partir do momento em que alguém assume uma designação de grupo. Quem é "gótico", gosta de o ser porque faz parte de um grupo, tal como quem é "beto" se sente bem num grupo de betos. Assume a postura identitária da "tribo" que escolheu para se inserir. Relativamente ao casal em causa, de facto ninguém tem nada a ver com a sua postura social/identitária, desde que não prejudique terceiros. Porém, como foi dito pela Ligeia, o problema não estava no facto de ambos serem góticos  porque como sabemos a sociedade inglesa é demasiado cosmopolita para ficar chocada com o facto de alguém e vestir totalmente de preto e usar acessórios tirados de uma qualquer fábula medieval (isto não é uma afirmação valorativa, atenção). O problema estava no uso da corrente dentro do autocarro; como sabemos uma travagem brusca era suficiente para que a moça fosse estrangulada. Talvez o motorista tenha tido pouco tacto diplomático para explicar isso mesmo...

Todos gostamos de pertencer a um grupo mas há pessoas que gostam de chocar as pessoas fora do grupo, eles não tinham necessidade de andarem a brincar aos "cãezinhos".... Como os masoquistas não tem necessidade de andarem a mostrar onde conseguem espetar agulhas...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Citação de: chacalnegro em 09 abril, 2012, 11:57
Obrigado pela tua resposta Luna. Era a que estava à espera e ainda bem. Onde quis chegar com esta pergunta com "rasteira" era a isso mesmo, ou seja, chegar à conclusão que as pessoas procuram integração e não ser diferentes. Portanto, aqui a questão da diferença é só uma falácia. A diferença termina a partir do momento em que alguém assume uma designação de grupo. Quem é "gótico", gosta de o ser porque faz parte de um grupo, tal como quem é "beto" se sente bem num grupo de betos. Assume a postura identitária da "tribo" que escolheu para se inserir. Relativamente ao casal em causa, de facto ninguém tem nada a ver com a sua postura social/identitária, desde que não prejudique terceiros. Porém, como foi dito pela Ligeia, o problema não estava no facto de ambos serem góticos  porque como sabemos a sociedade inglesa é demasiado cosmopolita para ficar chocada com o facto de alguém e vestir totalmente de preto e usar acessórios tirados de uma qualquer fábula medieval (isto não é uma afirmação valorativa, atenção). O problema estava no uso da corrente dentro do autocarro; como sabemos uma travagem brusca era suficiente para que a moça fosse estrangulada. Talvez o motorista tenha tido pouco tacto diplomático para explicar isso mesmo...

Sim, também creio que talvez a forma como ele tenha colocado a questão é que não foi a mais acertada.

Citação de: akasha867 em 09 abril, 2012, 12:02
Todos gostamos de pertencer a um grupo mas há pessoas que gostam de chocar as pessoas fora do grupo, eles não tinham necessidade de andarem a brincar aos "cãezinhos".... Como os masoquistas não tem necessidade de andarem a mostrar onde conseguem espetar agulhas...

Pode levantar algumas questões, mas não deixa de ser um acessório neste caso. É uma questão pessoal, entre eles. No que é que isso ia afectar a liberdade das outras pessoas? A rapariga não foi forçada a andar com aquilo ao pescoço, nem ele se andou a gabar de andar com a namorada à trela. No que diz respeito há moda e a formas de estar na vida, há coisas bem mais absurdas e graves.
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

chacalnegro
#36
Citação de: akasha867 em 09 abril, 2012, 12:02
Todos gostamos de pertencer a um grupo mas há pessoas que gostam de chocar as pessoas fora do grupo, eles não tinham necessidade de andarem a brincar aos "cãezinhos".... Como os masoquistas não tem necessidade de andarem a mostrar onde conseguem espetar agulhas...
Esse é o outro lado da questão que se resolvia com um bom par de chapadas quando eram pequenos e com alguma actividade útil. Quando ninguém tem mais nada do que fazer, inventa exuberâncias para chocar o outros. Como já não é novidade ser gótico, tinham acrescentar algo que sabiam de antemão que chocasse. Na verdade o que temos aqui é só um problema de afirmação pessoal e não de discriminação social. A partir do momento em que a corrente seja um acessório comum, passam a usar outra coisa qualquer, como ossos humanos presos ao cabelo ou bifes pendurados à cintura. Se fossem perseguidos por cães famintos, é porque os cães os estavam a discriminar adoptando uma postura violenta perante a diferença e não porque andavam com uma potencial refeição à cintura. >:D ;D Toda a gente quer ser diferente, mas ninguém quer ter bom senso...
Pois, Luna, mas hipoteticamente se a moça morresse por causa da corrente passava a ser um homicídio involuntário. Mas sim, tens razão, há coisas muito mais absurdas e mais graves, isto é só um fait divers.

Vá, agora podem-me dar na cabeça por causa do comentário. ;D

Citação de: Luna S. em 09 abril, 2012, 12:16
Sim, também creio que talvez a forma como ele tenha colocado a questão é que não foi a mais acertada.

Pode levantar algumas questões, mas não deixa de ser um acessório neste caso. É uma questão pessoal, entre eles. No que é que isso ia afectar a liberdade das outras pessoas? A rapariga não foi forçada a andar com aquilo ao pescoço, nem ele se andou a gabar de andar com a namorada à trela. No que diz respeito há moda e a formas de estar na vida, há coisas bem mais absurdas e graves.

Aquilo no meu ponto de vista, e apesar de a grande maioria não o entender assim, era uma atividade erótica, chama-se petplay e não tem de vir para a rua...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Citação de: chacalnegro em 09 abril, 2012, 12:17
A partir do momento em que a corrente seja um acessório comum, passam a usar outra coisa qualquer, como ossos humanos presos ao cabelo ou bifes pendurados à cintura.

;D

Bifes... já há quem o use em eventos.  >:D

Quanto a acidentes, há mulheres que usam para aí com cada colar... acho que a probabilidade de terem um acidente do género era igual.

Citação de: akasha867 em 09 abril, 2012, 12:20
Aquilo no meu ponto de vista, e apesar de a grande maioria não o entender assim, era uma atividade erótica, chama-se petplay e não tem de vir para a rua...

Eu se passasse por eles na rua, dava-me igual.
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

Citação de: Luna S. em 09 abril, 2012, 12:32

Eu se passasse por eles na rua, dava-me igual.


sim, mas mesmo assim, eu não acho bem, não acho que houvesse necessidade
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

#40
é uma etnia, se é que se pode chamar assim.

Ora sempre tive muito interesse neles ora muito receio e por vezes repelência (tipo não quero que se dirijam a mim pronto)

Eu sou como uma balança para os góticos, ora quero muito conhecer um ora quero fugir deles.
A base é sempre a mesma, há aqueles mais softs (estilo pouco pesados) e os muito hardcore.

Acho os hard aberrações, entendo que possam sofrer de perturbações ou só querem ser mesmo chamar atenção ou destacarem-se ou protestarem, mas eu não gosto desse modo, pessoalmente acho incorrecto, isso só vai dar origem a mais ódio, mais repulsividade e certos góticos que vão apanhar por tabela (os mais softs) sem terem culpa de nada, é por isso que digo que eles deveriam defenir melhor os seus diferentes estilos ou maneiras de se estilarem, porque depois é só preconceito de "ai é satanica, ai é aquilo" etc.


Eu há uns anos quis entrar num fórum de góticos, para perceber melhor como se fazia esta distinção e já agora tentar percebe-los melhor do que aquilo que sei. Bem juro-vos: aquilo é uma presuncice e arrogância de gente (já para não falar dos avatares deles que eram aterrorizadores e degradantes à força toda!!), uma pessoa a tentar procura-los debatendo e eles mandarem abaixo, não sei para que me esforcei, só me apetecia mesmo era (.......)


Mensagem alterada ao abrigo do disposto na regra nr 21.


______________

Depois outra face de mim enche-se de alguma ligação positiva com eles, lembro-me de na terra dos meus avós de um caso de uma família com um historial "marado" passo assim a expressão que tinha assim uns casos de violência domestica, e cenas muito hardcore da parte do chefe de família.
Era uma família de muitos filhos e entre eles está uma amiga minha que já não vejo à uma carrada de anos (infelizmente.... ) que era gótica, lembro-me que quando tinha mudado para lá que tinha fama de ser muito problemática, mal olhada e para dizer a verdade tinha um certo medo dela (não me perguntem porque mas tinha sempre a paranóia que um dia viria com um facalhão para me usar num ritual qualquer - hoje sinto-me parvo com isso, mas na altura tinha muito medo... =((  ).

Certo dia estava eu sentada à margem de uma ribeirinha num pedregal, a atirar pedras ao rio, quando começo a ouvir passadas atrás de mim, lá estava "é ela, ai e agora o que é que eu faço??? Tenho de sair daqui!!!" Lembro-me de ter pegado em duas pedras e po-las nos bolsos do casaco pronto a partir-lhe o crânio se for preciso para caso de auto-defesa - tinha esta paranóia estúpida de que ela me iria fazer mal, hoje riu-me disso, mas na altura nem por isso, é estúpido eu sei... - Ela
"N" vezes que já se tinha tentado aproximado de mim, mas naquele dia não tinha meio de sair subtilmente, deixei-me estar "se ela tentar algo que não deva à de levar!" e fiquei me por ali.
Sentou-se ao meu lado com um risinho na cara como quem diz "é hoje que não me esquivas...", não lhe disse nada.
Estava tenso como tudo, não abri jogo, ela foi se logo sentar justamente ao meu lado, ok deixa a lá estar, ela que exprimente! Estava um ambiente um cado denso e, eis que ela mete a mão numa bolsa e eu "é desta que eu não escapo" já a pegar no ganda pedregulho que tinha no bolso "nem acredito que uma pessoa tenha que ir presa por se defender, que se lixe!" e eis que no ultimo momento ela estende me a mão e pergunta "Queres uma bolacha?"

:o :o (Acho nunca me tinha sentido tão estúpido na minha vida....... Mesmo que o estivesse para fazer não existe crime perfeito, todos são apanhados, nada escapa as investigações hoje em dia, tanto medo para que? ...)

Não não estavam envenenadas, eram umas belas oreos (ainda me recordo vejam bem!).
Converseta puxa conversa e pode-se dizer que pelo menos naquele dia nunca mais lhe abri hostilidades.... ::)

Era muita engraçada, era assim um tipo grudada (podera era o unico na aldeia que não a descriminava...), lembro-me das carradas de caminhadas que fazia com ela, do seu quarto assustador "não te assustes" dizia ela a apontar para um bicho feio de um poster, "ele só come meninos bem comportadinhos..." e eu (sim claro...), de a levar no meu bote a passear, etc.
Lembro-me que nas caminhadas para subir ela era muito pastelona (eu acho que eram só fitas para eu a levar ás cavalitas, mas tasse), agora o que era mesmo defeito dela é que bebia imenso... Nunca me influenciou, mas afligia-me um cado  :-[

Depois foi-se embora e perdi-lhe o contacto... O que eu não dava para a reencontrar...


_____________________


Hoje só lamento esta minha estupidez, lamento ter perdido o meu fórum naquele fórum estúpido, lamento sei lá o quê.
Só sei que nada sei, não sei porque é tão difícil encontrar alguém como a Helena, assim era seu nome, é me difícil de confiar neles que nunca arrisco a chegar-me à frente, se houvesse mais focagem em separar os góticos mais softs dos mais hard se calhar ela nunca tinha sido tão mal integrada e preconceituada e eu nunca teria passado pelas figuras que passei.... =(

Mephisto
#41
Seria interessante, antes de se fazer uma abordagem discriminatória/preconceituosa de um movimento, uma análise das origens que o expressam. O Gótico é uma subcultura acima, em larga escala, de muitos vulgares culturalismos contemporâneos ;)
Deixo aqui uma pequena introdução a este universo paralelo ao conformismo social estupidificante, que respiramos alegremente.

"Ao longo da história, o termo Gótico foi usado como adjetivo ou classificação de diversas manifestações artísticas, estéticas e comportamentais. Dessa maneira, podemos ter uma noção da diversidade de significados que esta palavra traz em si.

Originalmente, Gótico deriva-se de Godos, povo germânico considerado bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C.. Como metáfora, o termo foi usado pela primeira vez no início da Renascença, para designar pejorativamente a tendência arquitetônica, criada pela Igreja Católica, da baixa Idade Média e, por conseqüência, toda produção artística deste período. Assim, a arquitetura foi classificada como gótica, referindo-se ao seu estilo "bárbaro", se comparado às tendências românicas da época.

No século XVIII, como reação ao Iluminismo, surge o Romantismo que idealiza uma Idade Média, que na verdade nunca existiu. Nesse período o termo Gótico passa a designar uma parcela da literatura romântica. Como a Idade Média também é conhecida como "Idade das Trevas", o termo é aplicado como sinônimo de medieval, sombrio, macabro e por vezes, sobrenatural. As expressões Gothic Novel e Gothic Literature são utilizadas para designar este sub-gênero romântico, que trazia enredos sobrenaturais ambientados em cenários sombrios como castelos em ruínas e cemitérios. Assim, o termo Gothicism, de origem inglesa, é associado ao conjunto de obras da literatura gótica. Posteriormente, influenciado pela Literatura Gótica, surge o ultra-romantismo, um subgênero do romantismo que tem o tédio, a morbidez e a dramaticidade como algumas características mais significativas.

No final da década de 70 surge a subcultura gótica influenciada por várias correntes artísticas, como o Expressionismo, o Decadentismo, a Cultura de Cabaré e Beatnick. Seus adeptos foram primeiramente chamados de Darks, aqui no Brasil, e curtiam bandas como Joy Division, Bauhaus, The Sisters of Mercy, entre tantas outras. Atualmente, a subcultura gótica permanece em atividade e em constante renovação cultural, que não se baseia apenas na música e no comportamento, mas em inúmeras outras expressões artísticas.

Nos meados da década de 90, viu-se emergir uma corrente cultural caracterizada por alguns elementos comportamentais comuns ao romantismo do século XVIII, como a melancolia e o obscurantismo, por exemplo. Na ausência de uma classificação mais precisa, esta corrente foi denominada Cultura Obscura. Porém, de forma ampla e talvez até equivocada, o termo Goticismo também é usado para denominá-la.

Há algumas semelhanças entre Cultura Obscura e Subcultura Gótica. Mas há também diferenças essenciais que as tornam distintas. Por exemplo, a Cultura Obscura caracteriza-se por valores individuais e não possui raízes históricas concretas como a subcultura gótica.

Entre os apreciadores da Cultura Obscura, é possível determinar alguns itens comuns, como a valorização e contemplação das diversas manifestações artísticas. Além de uma perspectiva poética e subjetiva sobre a própria existência; uma visão positiva sobre solidão, melancolia e tristeza; introspecção, medievalismo, entre outros.

Sintetizar em palavras um universo de questões filosóficas, espirituais e ideológicas que agem na razão humana, traz definições frágeis e incompletas de sua essência. Obscuro, Sombrio ou Gótico podem ser adjetivos de diversos contextos e conotações. Mas é, principalmente, o espelho que reflete uma personalidade."

Fonte: SpectrumGhotic


Nota: Embora não haja nada contra o uso da escrita a vermelho, acho inteiramente desnecessário e desagradável o uso sistemático deste, ao longo de um texto. É passível de criar um impacto negativo sobre quem lê a mensagem. Além de ser visualmente cansativo.

Cumprimentos

#42
A falar assim dos góticos Jack Gordon, até parece que te referes a uma espécie diferente.  :D

São apenas pessoas, portanto há de tudo um pouco.

Eu conheci algumas moças góticas (nenhuma se chamava Helena...) e eram pessoas extremamente educadas, calmas, a maoria delas detentoras de uma "veia" artistica e por acaso até havia uma que não tocava em bebidas alcólicas... mas não se pode generalizar. As que conheci eram assim, mas sei que não são todas/os iguais.  :)

Foi brilhante Mephisto, colocares esse ponto no tópico. :)
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

Citação de: Luna S. em 12 abril, 2012, 06:09
A falar assim dos góticos Jack Gordon, até parece que te referes a uma espécie diferente.  :D

São apenas pessoas, portanto há de tudo um pouco.

Eu conheci algumas moças góticas (nenhuma se chamava Helena...) e eram pessoas extremamente educadas, calmas, a maoria delas detentoras de uma "veia" artistica e por acaso até havia uma que não tocava em bebidas alcólicas... mas não se pode generalizar. As que conheci eram assim, mas sei que não são todas/os iguais.  :)

Foi brilhante Mephisto, colocares esse ponto no tópico. :)


Como uma espécie diferente via-os eu à uns anos atrás, agora já não, bem mais ou menos, eles têm umas energias muito estranhas, nem boas nem más, opa mexem muito comigo, ora me chamam muito ora me assustam.

Opa se não é uma especie e uma gente que me meche muito (50/50) e epa gostava que se decidissem prontos! =D







Andou uma a estudar comigo e era tão querida e fofinha, mesmo boa pessoa... há uns tempos atrás encontrei-a numa formação e estivemos montes de tempo à conversa, apesar dos anos manteve-se sempre a mesma pessoa, quando me viu veio logo cumprimentar-me  :) enquanto muitos ex-colegas com quem até tinha mais afinidade, agora passam e fazem de conta... têm a mania que são gente fina e importante  >:(

Acho isso um preconceito descabido, não somos todos iguais logo não podemos generalizar.