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  • Quinta do Duque - Vialonga
    Iniciado por Sharkuel
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O misterio da Quinta do Duque (Vialonga - Tojal)

Tudo começou a coisa de 3 anos atrás, quando andava no 12º ano a fazer um trabalho para cinematografia em que no fundo não passava de uma curta de terror que a minha turma fez como trabalho final de curso.
Andávamos nós a procura de um sitio que estivesse degradado, abandonado, e com um ar assustador, para cenário da curta,até que uma amiga minha decidiu mencionar a Quinta do Duque, uma bela mansão do revivalismo barroco do sec.XIX, com jardins enormes e belos.

Numa tarde de Verão, tempo limpo, fomos lá todos (um grupo de 7 pessoas) ver a mansão. Ficamos maravilhados com aquilo!!! Sentamo-nos na fonte e começámos a tirar fotos. Uma amiga minha (aqui começa a verdadeira historia) aproximou-se da porta principal, aquando esta caiu ao lado dela. Foi um grande susto. Mas mais assustador foi quando vi a porta em si:

- Dobradiças rebentadas e uma marca de uma moça no centro da porta; a porta foi arrombada, mas não vimos por quem.

Pensamos que deviam ser uns moços que para lá iam fazer pait ball que estava a tentar assustar-nos dai nao demos muita atenção ao assunto.

Uma vez lá dentro, começamos a explorar. Inexplicavelmente eu comecei a sentir-me pesado e mal disposto, tal como mais um colega meu e uma colega que chegou a vomitar. Procedemos mesmo assim. Passamos por uma enorme cozinha com chão de madeira, com fornos enormes, em que no qual eu tirei umas quantas fotos. Na cozinha, uma das portas dos fornos abriu lentamente, chiando e roçando o metal que muito provavelmente nao mexia a muito tempo. "Foi i vento certamente..." dissemos todos para nós. voltamos e deparamo-nos com uma sala obstruída por detritos, onde se podia ver no seu interior um piano (que mais tarde vim a confirmar que era um cravo), precisamente colocado no meio da sala. Devido a obstrução, voltamos para trás, para a cozinha. Na cozinha, eu fui por curiosidade espreitar o interior do forno que abriu, mas subitamente o chão de madeira cedeu, e eu cai para a cave que se encontrava abaixo, e ai surgiu algo muito esquisito...!

Eu perdi os sentidos, e aí apareceu uma rapariga adolescente com um vestido branco que me disse qualquer coisa em francês, e me tocou na face com uma pálida mão, que estava geladamente fria como tudo. Quando acordei, segundo os meus amigos, passado 5 minutos ( a mim pareceu-me muito mais) ainda sentia a cara fria, e foi ai que eu comecei a ouvir um cravo a tocar algo... Era-me familiar mas na altura não consegui perceber o que era.

A única saída era um corredor para o lado oposto ao da cozinha, e que por coincidência das coincidências, era de onde precisamente o som vinha! Eu avisei os meus amigos que ia por ali e que estava a ouvir o cravo, mas eles por estranho que pareça não ouviam nada, e assim fui ao encontro do som. Subi umas escadas e fui dar a um corredor oposto ao corredor por onde entramos para a cozinha, onde estava uma porta de madeira e vidro parcialmente destruída, semi aberta, e por onde a melodia vinha. Aproximei-me cautelosamente ate a porta, e quando estava para entrar, estupidamente mandei um pontapé numa tábua que se partiu, o que despoletou uma reacção inesperada.

O cravo parou de tocar com um estrondo, como se alguém tivesse mandado um soco no teclado, e quando abri a porta para ver quem era, uma rajada de vento fortíssima e gelada quase me colou contra a parede do corredor. soprou durante 2 a 3 segundos, acho. As portas da sala partiram, e o vento foi-se. Entrei na sala, a tremer de medo, mas ao mesmo tempo atraído pelo cravo. Este estava completamente rodeado de partituras parcialmente desfeitas. uma delas estava colocada no estandarte, aberta, como se alguém estivesse la a tocar. Peguei na folha, estava fria.

Naquele momento estava numa sala sem saída, e quando ouvi uma colega minha a gritar, a minha reacção foi mandar-me contra os detritos, partindo uma tábua, por onde consegui passar mal e porcamente. Reencontrei-me com o grupo, na fonte, e lá vi a uma colega minha a sangrar imenso do nariz, completamente pálida. Ela foi derrubada por algo que ela descreveu como uma "manta bordô gelada", que a mandou ao chão com violência.

Uma outra amiga minha desmaiou, e diz que sonhou com uma rapariga que lhe disse para se irem embora, em francês, que o pai não a podia ver ali que assim chateava-se com ela.

Saímos de lá a correr, e fomos para a aldeia mais próxima, para uma tasca, e começamos a falar no assunto. Um velho aproximou-se e disse: "Vocês não deviam lá ter entrado. Aquilo está mais que amaldiçoado."

Desde então, eu andei a pesquisar tudo sobre a quinta do Duque.A Quinta do Duque, tem a sua designação nos Duques de Lafões, antigos proprietários. O edifício principal, embora muito degradado devido à acção erosiva dos anos, de pilhagens e ocupações ilegais do edifico principal, é considerado por alguns como o introdutor do neoclassicismo em Portugal. Pena é o estado de degradação.

Longe das glórias do passado em que foi vitima de um incêndio no primórdios do Séc XX, viria a ser remodelado pelo seu  proprietário um tal de "Crespo" e viria mais  tarde a ser herdada pelo Capitão de Artilharia, Félix da Silva Figueiredo que a deixou de Herança ao Coronel de Infantaria Artur Leal Lobo da Costa, que ocupou o cargo de Governador Civil de Lisboa em 1935.

Mais tarde o edifício principal terá  acabado como armazém de produtos agrícolas. Ainda hoje se encontra milhares de frascos de compotas, algumas em excelente estado de conservação. O Futuro desta Quinta continua incerto e, muito provavelmente, irá dar lugar a mais um complexo habitacional moderno, o que, apagará um dos marcos Históricos mais importantes da Freguesia de Vialonga.

Não sei é porque o dialecto em francês... --'

Sobre a partitura que recolhi, era bach. Pedi a uma amigo meu musico para ver o que era.

Nota: Nesse dia eu parti a minha Nikon quando cai no poço, mas posso posteriormente adicionar fotos da mansão =)

Uma nota adicional: Um rapaz 3 dias depois, do grupo de paintball, foi encontrado morto no poço onde eu cai. Foi empalado por uma viga de madeira --´

A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

Muito bom relato! Parabéns!  :)

#2

Acho que foi o relato mais completo que eu vi até hoje aqui. Sem comentários!

"Eu já te disse o que temos em comum? Energia. E sabes o que faz a energia? Vibra. Nós os dois vibramos porém com frequências distintas." Alexandra Solnado

Uauuuu...tu estás mesmo a falar sério!! Desculpa a pergunta, mas de facto é um relato mesmo interessante!!! Parece uma história, um sonho, um conto ...sei lá!!!
Forte mesmo  :o
I belive....

Ja viste a ironia?! Iamos para la fazer um filme e nos e que vivemos um grande filme...

Desde entao eu sinto-me extremamente atraido pela quinta. Mas agora aquilo esta encerredao devido a morte la do rapaz...

O homem da tasca disse que aquilo era um "terreno estigmatizado"...

Ainda procuro relacionar a cultura francesa com a mansão.

É o que mais me intriga
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

#6
Relamente é mesmo um filme  :-\

Não vivia lá ninguém de origem francesa? ou coisa do genero?
"Eu já te disse o que temos em comum? Energia. E sabes o que faz a energia? Vibra. Nós os dois vibramos porém com frequências distintas." Alexandra Solnado

De facto mesmo...grande filme  ;)
Mas essa quinta tem que ter uma história...algo se passou la de certeza...
Foi algo muito forte que se passou entre ti e os teus colegas...tenta saber algo mais da quinta  ;)
I belive....

A minha prof diz que na altura havia muitas familias burguesas francesas em portugal, que podiam muito bem ter residido ali. Sinceramente acho que houve ali um homicidio acidental e um suicidio (o velho cliche de matar a familia e depois cometer suicidio), pelo menos acho que sim... Acho que o que me atacou, e atacou a minha colega foi a entidade masculina. A rapariga so estava a tentar afastar-nos, talvez para nao sermos atacados, sei la...
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

ya decertesa que foi isso
Ah ali mais do que um espirito por isso é possivel que um deles foi o que vos atacou e o outro a miuda queria que fossem embora para o pai nao era? nao se chatear?

é melhor não voltarem lá
"Eu já te disse o que temos em comum? Energia. E sabes o que faz a energia? Vibra. Nós os dois vibramos porém com frequências distintas." Alexandra Solnado

Por acaso gostava de la voltar. Gravar umas EVP's e tal. Teria era que levar alguem la que falasse frances e que nao fosse facil de se assustar. E quero descobrir mais, pa... Nao sei explicar


Se alguem quiser ir la um dia, eu alinho =P
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

Coragem, muito bem!!! Era porreiro sim, evps e uma fotos...
Na net, não se encontra nada...até vou pesquisar !!!
Fiquei curiosa mesmo com o teu relato  :o
I belive....

Não falo françês e os EVPS são má ideia já viste o que poderiam fazer se te vissem a fazer um EVP já fizeram o que fizeram e voçes não fizeram nada então com EVPS não te metas nisso só piora.


Não me importava de conhecer o sitio é mesmo onde?
"Eu já te disse o que temos em comum? Energia. E sabes o que faz a energia? Vibra. Nós os dois vibramos porém com frequências distintas." Alexandra Solnado

existe muito pouco conteudo sobre a quinta na net. Como o pessoal de la tambem é estranhamente fechado,nao ha muito a ser divulgado. É uma lastima visto que aquilo é muito bonito.
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

I belive....