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  • A Costureirinha
    Iniciado por Gens
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Citação de: TeresaV em 15 junho, 2010, 22:54
eu sei que foi ele que falou no caruncho.
e tu dás-me raiva!

O amor é lindo  ::)
"Rise and rise again until lambs become lions." - Robin Hood (2010)

É por isso que gosto de picar contigo!

____________________________________

Citação de: TeresaV em 15 junho, 2010, 22:34
ai o caruncho faz barulho? 

Atão para que a admiração de ter referenciado o cupim?

sim, pode fazer barulho, dependendo das quantidades....

Realmente anda aqui paixoneta no ar :P

1º, Jack, eu não me dirigi a ti, mas sim ao spleepinginmind!

2º, não há amor nenhum!
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."

Será que não seria possível regressarem ao tema?

Citação de: oculto em 16 junho, 2010, 12:53
Será que não seria possível regressarem ao tema?

Peço desculpas... :-[ :-[
"Rise and rise again until lambs become lions." - Robin Hood (2010)

desculpem mas também existem costureirinhas pela zona de Coimbra. ouvi muitos relatos desses quando estive a estagiar em psiquiatria. e sendo relatados por pessoas mais idosas tem alguma lógica que seja associado ao bicho da madeira, porque as casas antigamente eram praticamente todas feitas de madeira.
outra explicação de já não se ouvir relatos recentes pode ser porque já ninguem costura à máquina ( ou quase ninguém) e as máquinas de costuras eléctricas não fazem um barulho igual às de pedal.


Hum... Bem-visto...  ::)

A minha mãe ainda hoje fala nisso e garante-me que não era nenhuma invenção. Mais diz que se ouvia em locais da casa onde não havia madeira.

Deixo aqui um texto:

CitaçãoEntre as crenças que algum dia aqui existiram ou ainda existem, conta-se a da costureirinha.
Não é difícil, ainda hoje, encontrar pessoas de alguma idade, e não tanta como isso... que ouviram a costureirinha. O que se ouvia, então? Segundo diversos testemunhos, ouvia-se distintamente o som de uma máquina de costura, das antigas, de pedal, assim como o cortar de uma linha e até mesmo, segundo alguns relatos, o som de uma tesoura a ser pousada. Um trabalho de costura, portanto. O som da máquina de costura a trabalhar podia vir de qualquer parte da casa, como a cozinha, o quarto de dormir, a sala de estar, o sotão, ou até mesmo de alpendres, emfim de qualquer divisão da casa.
Mas quem era ela? Existem várias versões, uma dessas versões diz se trataria de uma costureira que, em vida, costumava trabalhar ao domingo, não respeitando, portanto, o dia sagrado. Talvez seja esta a versão mais conhecida.
Outra versão afirma que a costureirinha não cumprira uma promessa feita a S. Francisco. Pelo não cumprimento dos seus deveres religiosos, a costureirinha fora condenada, após a morte, a errar pelo mundo dos vivos durante algum tempo, para se redimir.
Numa outra versão da lenda, uma costureira prometeu fazer um manto para oferecer a Nossa Senhora. Como não o fez, depois de morta foi condenada a levar uma vida errante até cumprir a sua promessa.
Segundo outra versão, diz que em tempos que já lá vão, uma costureira fez um vestido de noiva para a filha mas esta morreu antes do casamento. Cheia de tristeza, a senhora terá continuado a costurar por toda a eternidade.
Numa outra versão da história, uma costureira tinha um marido alcoólico, sendo obrigada a trabalhar dias a fio, sem parar, para poder sustentar a família. Reza a lenda, que nem mesmo depois de morta terá parado de costurar.
Conta-se ainda que a costureira adoeceu gravemente. Com intuito de recuperar a sua saúde, prometeu que doaria a sua máquina de costura caso melhorasse. Porém, assim que recuperou esqueceu-se do prometido, por isso, quando faleceu, como castigo, foi obrigada a continuar a costurar.
No fundo, a costureirinha seria uma alma penada a expiar os seus pecados, de acordo com a crença que os pecados do mundo, o desrespeito pelas coisas sagradas e, nomeadamente, o não cumprimento de promessas feitas a Deus ou aos Santos podiam levar à errância, depois da morte.
Já não se ouve, agora, a costureirinha?
Terminou já o seu fado, expiou o castigo e descansa em paz?
A urbanização moderna, a luz eléctrica, e os serões em frente da TV, afastaram-na do nosso convívio?
Desapareceu, naturalmente, com a evolução da sociedade, que tinha os seus medo, os seus mitos, as suas crenças e o seu modo de ser e de estar na vida?
Ou daí talvez não...

Fonte: http://linhaceira.net/2009/08/a-lenda-da-costureirinha/



#24
vá teremos que ter em conta que a audição dos idosos nao estará no seu auge  ::) ahah
FM

Citação de: Lena em 16 junho, 2010, 14:28
desculpem mas também existem costureirinhas pela zona de Coimbra. ouvi muitos relatos desses quando estive a estagiar em psiquiatria. e sendo relatados por pessoas mais idosas tem alguma lógica que seja associado ao bicho da madeira, porque as casas antigamente eram praticamente todas feitas de madeira.
outra explicação de já não se ouvir relatos recentes pode ser porque já ninguem costura à máquina ( ou quase ninguém) e as máquinas de costuras eléctricas não fazem um barulho igual às de pedal.

Acho que a Lena tem mais razão, eu também sou de Coimbra  e nunca ouvi nada!  ;D

Eu sou do alentejo e a minha avó já me contou essa história. Segundo a versão dela, a costureirinha era uma rapariga que morreu antes de acabar o vestido de noiva e de casar, consequentemente. E por isso, em casa de mulheres solteiras pode ouvir-se a costureirinha a acabar o vestido de noiva, desgostosa por nunca o ter acabado a tempo e por não ter casado.
O mais importante da vida não é saberes onde estás, mas sim para onde vais. (Goethe)

#27
Também já ouvi falar desse fenómeno, contado por pessoas idosas que já faleceram, e segundo as quais era mesmo o barulho de uma máquina de costura. Convém dizer que dificilmente um insecto xilófago conseguiria fazer um som tão parecido com o duma máquina de costura (as pessoas também não eram parvas, sabiam bem distinguir o som duma máquina do barulho dum bicho carpinteiro).


Além disso o barulho só ocorria durante certas horas e durante uma determinada época, há cerca setenta/sessenta anos atrás, e depois parou. Aparentemente, ocorreu em todo o país. Se fossem insectos, as pessoas diriam que ainda se podia ouvir.


Mas atenção: em primeiro lugar, nem sempre era apenas o barulho da máquina em si; também se ouvia, ocasionalmente, o som de alguém a cortar com uma tesoura e outros sons relacionados com o trabalho duma costureira.


Outro pormenor muito importante era o que ocorria em certas casas onde havia mesmo uma máquina de costura (aquelas da Singer, que apesar de hoje em dia serem famosas, na época era um bem que não seria qualquer pessoa que poderia comprar). É que quem me contou este fenómeno (e que, infelizmente, já faleceu), conta que ele e a família saíam de madrugada para irem trabalhar e, quando regressavam a casa, a máquina estava mudada de sítio. Outra coisa que acontecia era que eles deixavam a máquina "fechada" (para quem nunca viu uma Singer, elas estavam "presas" a uma mesa com um pedal que fazia a máquina trabalhar, e dava para fechar a máquina dentro dum compartimento no interior da dita mesa) e quando regressavam a Singer estava "aberta" (isto é, fora do compartimento interior).

Citação de: Tritão em 21 fevereiro, 2011, 19:49
Também já ouvi falar desse fenómeno, contado por pessoas idosas que já faleceram, e segundo as quais era mesmo o barulho de uma máquina de costura. Convém dizer que dificilmente um insecto xilófago conseguiria fazer um som tão parecido com o duma máquina de costura (as pessoas também não eram parvas, sabiam bem distinguir o som duma máquina do barulho dum bicho carpinteiro).


Além disso o barulho só ocorria durante certas horas e durante uma determinada época, há cerca setenta/sessenta anos atrás, e depois parou. Aparentemente, ocorreu em todo o país. Se fossem insectos, as pessoas diriam que ainda se podia ouvir.


Mas atenção: em primeiro lugar, nem sempre era apenas o barulho da máquina em si; também se ouvia, ocasionalmente, o som de alguém a cortar com uma tesoura e outros sons relacionados com o trabalho duma costureira.


Outro pormenor muito importante era o que ocorria em certas casas onde havia mesmo uma máquina de costura (aquelas da Singer, que apesar de hoje em dia serem famosas, na época era um bem que não seria qualquer pessoa que poderia comprar). É que quem me contou este fenómeno (e que, infelizmente, já faleceu), conta que ele e a família saíam de madrugada para irem trabalhar e, quando regressavam a casa, a máquina estava mudada de sítio. Outra coisa que acontecia era que eles deixavam a máquina "fechada" (para quem nunca viu uma Singer, elas estavam "presas" a uma mesa com um pedal que fazia a máquina trabalhar, e dava para fechar a máquina dentro dum compartimento no interior da dita mesa) e quando regressavam a Singer estava "aberta" (isto é, fora do compartimento interior).

(agora um momento nostálgico) Acho curioso falares dessas máquinas Singer antigas, é que tenho aqui uma mesmo ao meu lado na sala, que era da minha avó que já faleceu, e que eu quando era mais novo andava sempre a rodar a máquina para dentro do tal compartimento da mesa (isto até levar um ralhete para acabar a brincadeira) :P :P
Se bem que nunca ouvi a Costureirinha nem nunca ouvi ninguém falar disso aqui na minha zona. Acho que é um pouco fruto da imaginação das pessoas. Não deixa no entanto de ser uma história de uma época bastante rica neste tipo de folclore e que devia ser preservado e difundido.
I say the right things, but act the wrong way

boas!
os meus pais nasceram no baixo alentejo,nos anos quarenta e ainda hoje afirmam que se ouviu , e era tao natural ouvir a costureirinha que a minha avo comentava:"hoje temos ca a costureirinha em casa", ilusao ou realidade nunca se sabera, mas que muita gente fala neste fenomeno , e um facto.