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  • Exorcismo á minha avó
    Iniciado por Sulphuristical
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A minha avó materna, que teve uma vida difícil, e pelo que os filhos dela (minha mãe e tios e etc) me contam, era muito ligada ao sobrenatural e ao paranormal, tendo muitas visões, recorrendo a muito bruxedo, sentindo ou comunicando com presenças, enfim. Ela morreu com cancro cerca de um ano depois de eu nascer, e aparentemente, no dia em que o padre lhe foi dar a extrema unção juntamente com o meu tio, algo estranho aconteceu.

Segundo o meu tio, assim que o padre começou, a minha avó deu inicio a uma série de violentas convulsões (ela estava num estado de coma praticamente), revirando os olhos e gritando, abanando a cama como para se libertar, e o padre, que ficou inicialmente surpreendido, continuou a falar ainda com mais convicção e força, como se não fosse a primeira vez que acontecia, e ela abanava e gritava ainda com mais força, de maneira que o meu tio teve que a segurar.

Ela foi a primeira pessoa a dar-me banho, e é um pouco triste que nunca a tenha conhecido.

Pode-se achar que ela apenas teve algo como um ataque epiléptico, mas acho muito pouco provável, mesmo que os "sintomas" sejam semelhantes, ela estava já praticamente morta, tendo morrido 3 dias depois. Mas o meu tio ficou completamente chocado com aquilo, e ele é um céptico.

O meu avô (o maior céptico do planeta no que toca a coisas fora do "normal") diz que ela, como já tinha perdido a fé em Deus, e que apesar de estar inabilitada para recusar a extrema unção, que teve aquela reacção sub conscientemente, como que para recusar e afastar o padre.

Gostava de saber a vossa opinião. ???

Talvez mesmo por ter perdido a fé em Deus,recusou a presença de alguém que representava Deus.  :-\
Believe to see...

#2
Sulphuristical, desde já, quero agradecer-te por relatares a situção, ainda para mais sendo uma situação tão familiar.

Quanto à minha opinião sobre o assunto, nem sei bem o que te dizer, mas não é comum uma reacção dessas de uma pessoa no estado em que ela estaria.

Não creio que tenha sido o subconsciente, uma pessoa que está às portas da morte certamente terá mais coisas em que pensar (se realemte conseguir pensar) do que propriamente assumir uma posição violenta perante um padre.

S.Cipriano
Citação de: Zühl em 21 junho, 2009, 19:44
Talvez mesmo por ter perdido a fé em Deus,recusou a presença de alguém que representava Deus.  :-\


Concordo...

Lamento pelo sucedido Sulphuristical  :(
Mas gostava de perguntar se a sua avó sofria realmente de epilepsia, infelizmente esses surtos podem ocorrer até mesmo quando a pessoa se encontra anestesiada ou nessas condições que referiu.
Ela realmente acreditava em Deus? Ou nas autoridades religiosas da igreja católica?
"Disce quasi semper victurus,vive quasi cras moriturus"

Bem a tua pergunta ja foi ha muito tempo, bem ela não tinha nenhum histórico de epilepsia, pelo menos nenhum médico a diagnosticou. Mas consta que quando era mais nova foi varias vezes "limpa" espiritualmente pois estava muito ligada a essas coisas (acho que é o que se chama ter a morada aberta). E acho que quando ela teve o cancro deixou de acreditar em Deus.

Citação de: LunarSol em 27 junho, 2009, 23:23
Lamento pelo sucedido Sulphuristical  :(
Mas gostava de perguntar se a sua avó sofria realmente de epilepsia, infelizmente esses surtos podem ocorrer até mesmo quando a pessoa se encontra anestesiada ou nessas condições que referiu.
Ela realmente acreditava em Deus? Ou nas autoridades religiosas da igreja católica?


Epilepsia porquê? Desculpa lá ou não estou a ver o ponto que estás a dizer ou não sei mesmo. =x


Epa quanto á parte da fé respeito mas não me prenuncio.
Aquilo que vemos e sentimos é uma minúscula parte da realidade!

-------------
https://www.facebook.com/pages/Team-LX-Paranormal-Hunters/237979526227155

Já pensaste que a tua avó naquele momento teve apenas uma imensa vontade de se manifestar, talvez tinha uma pergunta, algo que a incomodava e queria tanto falar mas devido a situação em que se encontrava fez com que tivesse esse comportamento corporal involuntário?!

A maior parte das pessoas se não todas, acreditando ou não em Deus, quando estão perto da morte são tentadas (sim eu sei eu disse mesmo tentadas), nessa altura querem acreditar que existe algo mais, mesmo que em nada acreditem em vida.

O meu Bisavó era uma pessoa bastante religiosa e queria muito mas muito viver, ficou doente de um dia para o outro (cancro no pâncreas) e no penúltimo dia da sua vida chamou-nos a todos a chorar a perguntar quem era o homem que lá esteve, o homem que lhe disse que Deus não existia. Acalmamos o meu bisavô e chamamos um Padre para lhe dar a extrema-unção. Não tinha estado lá ninguém, só os de casa.
Essa noite ele chamou-me e pediu-me para eu chamar a minha avó (filha dele) para ela ir passar a noite a rezar com ele porque ele não ia passar daquela noite. E ele não passou.

Se na vida quando mais abertos ficam os nossos olhos a tudo mais somos tentados, imagina perto da morte, perto da porta do outro lado...

Citação de: spiderzinha em 23 outubro, 2009, 19:22
Já pensaste que a tua avó naquele momento teve apenas uma imensa vontade de se manifestar, talvez tinha uma pergunta, algo que a incomodava e queria tanto falar mas devido a situação em que se encontrava fez com que tivesse esse comportamento corporal involuntário?!

A maior parte das pessoas se não todas, acreditando ou não em Deus, quando estão perto da morte são tentadas (sim eu sei eu disse mesmo tentadas), nessa altura querem acreditar que existe algo mais, mesmo que em nada acreditem em vida.

O meu Bisavó era uma pessoa bastante religiosa e queria muito mas muito viver, ficou doente de um dia para o outro (cancro no pâncreas) e no penúltimo dia da sua vida chamou-nos a todos a chorar a perguntar quem era o homem que lá esteve, o homem que lhe disse que Deus não existia. Acalmamos o meu bisavô e chamamos um Padre para lhe dar a extrema-unção. Não tinha estado lá ninguém, só os de casa.
Essa noite ele chamou-me e pediu-me para eu chamar a minha avó (filha dele) para ela ir passar a noite a rezar com ele porque ele não ia passar daquela noite. E ele não passou.

Se na vida quando mais abertos ficam os nossos olhos a tudo mais somos tentados, imagina perto da morte, perto da porta do outro lado...

realmente é invulgar essa aparição ao teu avô...Acho que o Padre e as rezas o sossegaram e deixaram-no partir mais descansado... :angel:

#9
Citação de: MissTiny em 23 outubro, 2009, 19:25
realmente é invulgar essa aparição ao teu avô...Acho que o Padre e as rezas o sossegaram e deixaram-no partir mais descansado... :angel:

:) sim ele partiu em paz era um homem muito positivo e forte

A morte da minha mãe para mim nunca foi pacífica. Aliás, andei anos e anos a sonhar com ela  a morrer não sei quantas vezes e sempre de uma forma drámatica. Viva, para minha surpresa, para morrer noutra morte.
Quanto ao meu pai, foi muito mais pacífica. Ele era um descrente, mas talvez 15 dias antes de morrer  eu fui vê-lo, reparei-lhe nas mãos, habituallmente calejadas pelo trabalho do campo, agora macias e magras,  e preparei-o para o lado de lá. Foi dias depois de ele ter manifestado a intenção de ser confessado por um padre. Eu disse-lhe que não precisava disso, que bastava tomar consciência das coisas más da vida dele e das boas,  aceitar-se, pedir perdão a quem devesse  e reconciliar-se com ele próprio e com Deus, seja lá Deus quem for.

O meu pai ouviu o quanto pode e, no fim,  disse-me:
- Lá estás tu!...
Contudo, acho que o ajudei a encontrar a paz.
Depois,  tive o tal sonho  com a minha mãe viva, quando  lhe disse: "Tu não morreste mãe! ainda bem porque o pai está muito doente e tu vais tomar conta dele" Ela apareceu-me nas escadas do meu quarto, nesse sonho.  Nessa manhã, a minha amiga e vizinha do lado ( eu ainda não tinha telefone, porque tin ha mudado há pouco tempo de casa) veio-me tocar à porta a dizer que o meu pai tinha morrido. Foi o "Sonho ao contrário". Não foi em simultâneo porque o óbito dele tinha a data do dia anterior. Mas só fomos avisados no dia seguinte.
Templa - Membro nº 708