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  • Jovem de 12 anos desaparecido no rio Tua
    Iniciado por MissTiny
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Jovem desaparecido no rio Tua

Existem suspeitas de suicídio causado por episódios de violência de que seria vítima na Escola

Um jovem de 12 anos desapareceu, na passada terça-feira, nas águas do rio Tua, em Mirandela. Leandro Filipe Pires, residente na aldeia de Cedainhos, concelho de Mirandela, frequentava o sexto ano de escolaridade na escola EB 2,3 do Agrupamento Luciano Cordeiro, naquela cidade. À hora de almoço, saiu da escola, na companhia do seu irmão gémeo e mais duas primas, tendo percorrido a ponte açude. Depois desceu para a margem direita do rio, junto o parque de merendas da cidade. Nesse local, despiu-se (a roupa ficou junto ao leito) e entrou na água, tendo sido arrastado pela forte corrente que se fazia sentir, devido ao facto das comportas da ponte estarem abertas. Não são conhecidos os contornos que levaram a esta tragédia, porque existem relatos contraditórios. As crianças que acompanhavam o Leandro revelaram aos pais que o jovem teve um desentendimento na escola com outros alunos e terá dito que "tinha a intenção de se atirar ao rio", pelo que, na altura em que houve a pausa para almoço, "foram atrás dele a correr. Ainda conseguiram impedir que se atirasse da ponte, mas depois conseguiu novamente fugir e já na margem do rio só já o viram despir-se e cair no rio", contou uma tia do Leandro. Segundo o que apuremos, essa é também a versão que foi descrita pelas crianças, às autoridades. A avó do Leandro revelou que o seu neto "já foi agredido com violência", há um ano atrás, por colegas, fora do recinto da escola, e "teve de ser internado", avançou Zélia Morais. Também uma colega de turma revelou que, de vez em quando, "alguns colegas mais velhos batiam-lhe e passava muitas vezes por mim a chorar. Ele não me contava porque tinha medo que eles voltassem a bater-lhe", disse Tânia Batista. O director do Agrupamento de Escolas negou a existência de qualquer episódio de violência, mas não esteve disponível para prestar declarações sobre o assunto. Também o presidente da Associação de Pais e encarregados de Educação da escola revelou que não teve qualquer indicação de episódios de violência grave. "Existe alguns casos de empurrões e bofetadas, mas são normais em crianças que são um pouco mais irrequietas", diz José António Ferreira. A presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Mirandela disse que a criança em causa "não está referenciada na comissão". Os pais estão a ter acompanhamento psicológico, bem como o irmão gémeo do Leandro e a irmã, de nove anos.

Fonte:O Mensageiro

Templa - Membro nº 708

Muito triste. Mas ainda mais triste é se se confirmar a hipótese de suicídio de um rapaz ainda tão novo  :'(
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Eu fiquei foi a pensar como é que um miúdo em 2008 é agredido e tem de receber tratamento hospitalar onde ficou internado 2 dias e na escola não registam actos de violência  :angry3:

Imaginem se registassem!
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelho."

Não consigo acreditar... Estou em choque... 12 anos... Como é possível???? Meu Deus! Tão novo!

Anormal do Director! Deve ser daqueles que diz que uns bofetões e umas pancadas não fazem mal! Ai que raivaaaa!!!!!
लोखा समस्ता सुखिनो भवन्तु
LOKHAA SAMASTAA SUKHINO BHAVANTU
Que todos os Seres de todos os mundos sejam Felizes!


Raedon
Coitado do miudo.. 12 anos, ainda mal tinha descoberto a vida  :-\

Que descanse em paz

Pelos vistos, ainda não pode, enquanto o corpo não for encontrado.
Templa - Membro nº 708

Citação de: Lilicas em 03 março, 2010, 20:51
Eu fiquei foi a pensar como é que um miúdo em 2008 é agredido e tem de receber tratamento hospitalar onde ficou internado 2 dias e na escola não registam actos de violência  :angry3:

Imaginem se registassem!

basta ser fora da escola pa não ser registado...coitado, é revoltante isto
Eu, eu e eu, mai nada! :P

#9
Não sei se vocês viram, mas no ano passado chegaram a fazer programas sobre o suicídio na adolescência.
Lembro-me deste caso e foi uma coisa que me deixou a pensar nisto muito tempo:

Jovem suicida-se em Vila Real

Faleceu no passado dia 11 de Maio de 2008 na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Geral de Santo António, na cidade do Porto, uma jovem de 15 anos, natural de Monçós, Vila Real que tinha dado entrada naqueles serviços no passado Sábado.
Segundo consta, a jovem eventualmente após uma discussão com a mãe acabou por disparar um tiro na cabeça sobre ela própria dentro do seu quarto. Utilizou para tal um revólver pertença do pai de calibre 6,35. A jovem de nome Liliana Pereira, era estudante na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, frequentava o 10º ano, era muito bonita e já havia sido Miss Norte 2008, num concurso realizado em Vila Real. O pai desta jovem soube da triste e funesta notícia quando caminhava em peregrinação para Fátima.
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelho."

Passei por uma coisa muito parecida com isto quando andava no 7º ano, mais ou menos 13 anos. Fui vítima de bullying por parte da minha turma inteira. Chegaram a fazer-me uma espera fora da escola para me espancarem, só para se divertirem. Na escola muitas vezes encurralavam-me num sítio sem ninguém ver e punham-se em linha para me baterem por vez, como se eu fosse algum objecto. O pior é que a minha vida já era uma grande porcaria na altura, tendo os meus pais divorciado, crise económica na família, perdi a maior parte dos amigos de infância que tinha, etc etc, e eles só pioravam, e eu não me sabia defender nem tinha amigos que me ajudassem. Basicamente a minha vida tornou-se num abismo no qual eu caía e não tinha nada para agarrar (família amigos etc).

Ver isto enche-me de revolta e raiva. Percebo exactamente o que o míudo passou, pois também eu por pouco não me suicidei, mais que uma vez.

A sério que.. se apanhasse os putos na rua.. ia preso  ::)

Mas a questão aqui é que havia um motivo. Tu, Sulphuristical, infelizmente, também tinhas um motivo. Mas o caso daquela menina, a Liliana Pereira, eu segui de perto a história e até hoje, não percebi o porquê. Vi n vídeos dela na net, era uma miúda bonita e aparentemente, era uma miúda igual a tantas outras. Por muito que digam que não havia motivo, eu não consigo acreditar. Tem de haver uma história e uma história bem feia para uma miúda que tinha quase 16, bonita e aparentemente integrada no seio escolar, metesse uma bala na cabeça.

Mas o ano passado houveram mais suicídios e tentativas como esta e só de algumas se conhece o motivo.

Primeiro de tudo, temos de dar atenção aos pequenos pormenores. E também penso que, enquanto pais, temos de acompanhar e incutir o valor que os filhos têm para nós pais.

"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelho."

eu cheguei a ver a reportagem na tv, fiquei chocada.
até que ponto leva o desespero de uma criança...
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

Nuvem_Branca
É triste de facto as coisas chegarem a este ponto, "massacrarem" alguém até que atinja a ruptura.
Tortura psicologica (e fisica) nas escolas é mau, muito mau... e existe desde sempre... pelo menos no meu tempo existia. Vai dando cabo da auto-estima (`s vezes até à idade adulta) e em casos limites acontece isto...

Se há coisas que me dão volta ao estômago, esta é uma delas.
posso dizer-vos que chorei amargamente quando vi a notícia pois tocou-me muito fundo.

O meu filhote, o Lobinho, embora andasse num colégio particular no 1ºciclo foi vitima de chantagens agressões e outras coisas de bradar aos céus.

Se eu dava por isso? não...!

Como era possível?. foi! com o terror que ele vivia nada dizia, fechou-se em copas, isolava-se com a desculpa que ia estudar e nós sorríamos, porque achávamos que ele se estava a tornar responsável já em tenra idade.

As marcas no corpo, não as vi pois ele já não gostava de se vestir ou despir na nossa frente.

Apareceu um dia com as canetas de filtro, com os lápis de cores e carvão todos partidos ao meio... perguntei porquê ao que me respondei que tinha sido uma brincadeira com os amigos, o que em consequência o coloquei de castigo.

Seguiram-se mais episódios do género, até que um dia na hora do jantar ao ser malcriado para comigo (o que estranhei pois nunca o fora antes) dei-lhe uma palmadita na nuca (um carolo) apenas não para o magoar mas sim para o chamar a atenção, quando ele começa a chorar porque lhe doía a cabeça, pois os amigos tinham-lhe dado com uma pedra.

de imediato fui ver a cabeça e lá estava um golpe na nuca.
antes de me revoltar perguntei-lhe como tinha sido, e se tinha acontecido mais alguma coisa do tipo, ele a medo me disse que 3 amigos o apanharam, seguraram e um 4ª com uma pedra bateu-lhe na cabeça, mas que tinha sido só isso.

Nesse momento a minha filha chorou e começou a falar a contar que não era verdade.

Tinha ficado muito zangada por o ter colocado de castigo por causa dos lápis, pois não tinha sido ele mas sim os tais amigos, que ele tinha pedido segredo mas era raro o dia em que não escapava de o obrigarem a comer papel, às vezes papel higiénico com sabão e por ultimo cola uhu.

Como foi possível eu não ter dado conta de nada? pois é ele nunca demonstrou nada e eu nem sonhava.

O assunto foi grave da minha parte, pois entrei na escola não de chinelo na mão mas com uma bomba verbal e aí sim o caso foi sério.

# dos meninos foram expulsos do colégio e o 4º suspenso até ao final do ano, o que o fez perder esse ano.

Se foi justo não sei, mas o que o meu filho andava a sofrer de certo que não o era.

Não sei o que poderia ter acontecido se continuasse naquele inferno e não tivesse contado à irmã, pois o terror dele era tanto que em casa na nossa presença fazia de tudo para se mostrar normal e que nós não desconfiássemos de nada.

Por isso quando vi a noticia chorei rios de lágrimas pois tocou-me muito ao imaginar o que esta criança sentiu na pele o horror porque passou ao ponto de ter a atitude que tomou.

A única coisaque vos posso dizer é que eu se fosse mãe dessa criança as coisas não ficavam por aqui...
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!