Afluência do Ser

Sou o meu próprio jardim....
Em mim habitam as forças da natureza. Em mim os Deuses fazem a sua morada. O meu corpo é um templo sagrado. Universo mágico de energias místicas.

A minha voz é o ecoar dos saberes ancestrais.
A minha intuição invoca a força celestial da Mãe Natureza. Os meus antepassados guiam-me. Tudo o que já foi ensina-me a ser. O divino. O etéreo. O imperfeito. O vulgar.

A extraordinária força de todas as formas de vida. Dentro de mim abrigo a energia selvagem. O frescor dos rebentos verdejantes e a rigidez das folhas laranja no outono. Sou as estações do ano. Os meus ciclos refletem as suas mudanças.

Sou o recolhimento do inverno. E a ardência do verão. Sou a lua nova: ideias, crescimento, expansão. Na lua cheia faço alquimia, sou o poder potencializado, luz e magia. Mas na inerência das coisas sou reflexão, o indesejável, energia obscura... sou a lua minguante. Sou morada dos Deuses! Nenhum mal me pode invadir! Luto pelo bem e pelo bem vivo. Sou vínculo com a natureza da Terra.

Sou filha e mãe. Sou aquela que corre com lobos. A Mística. A Deusa. Sábia. A fertilidade. A parte que te falta. Sou eu. Só... Eu.