Homens Guardiões

A presença do sagrado masculino num homem consegue mover o velho arquétipo do guerreiro ou do herói para além da disputa, da raiva e da vingança.

Ao soltar as velhas crenças de masculinidade, o homem remove a escuridão da sua alma e resgata em si próprio o puro arquétipo do guerreiro.

Sente no seu coração a necessidade de proteger tudo aquilo que é sagrado, e todos aqueles que não se podem defender, porém, munido de sabedoria. Quando um homem equilibra e aceita o seu arquétipo do guerreiro, aprende a refazer o seu poder de acção e liberta-se das amarras culturais impostas.

Esses homens tornaram-se guardiões do sagrado feminino, e do poder que reside na matriz da mulher.

Homens que honram a mãe terra, que a amam, que cuidam dos seus frutos.

Homens que respeitam o seu sangue e a sua vitalidade.

Homens que se rendem diante da fragilidade e força da vida, com o coração aberto a todas as relações e ligações com o universo.

Homens que se reconciliaram com a sua verdadeira essência e abrem os braços para a essência da experiência humana.

Homens que sorriem para o sorriso de uma criança, que olham com uma nova luz nos seus olhos, que se curvam diante da mulher que acarreta em si mesma o mistério do visível e do não visível.

Homens capazes de abrir o seu coração a uma mulher, e amá-la, olhá-la, e protegê-la.

Homens que se atrevem a ser amados, olhados, cuidados e também protegidos.

Estes homens que se tiraram da armadura rígida e absoluta, homens sábios, encontram-se aqui e agora, ao serviço de um novo sonho de vida, de um novo sonho de amor!