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  • Asteroide “assassino” está a ser monitorizado pela NASA
    Iniciado por Paraphenomenal
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O caos é um cenário improvável mas possível, e a NASA prepara-se para o dia em que o perigoso Apófis se aproximar do nosso planeta em 2029, numa sexta-feira, 13

Se será um voo rasante, à tangente ou em modo colisão, ainda é cedo para saber. Por agora, nada como fazer simulações no espaço e no tempo, calcular rotas e, não menos importante, estudar meios para lidar com uma potencial catástrofe no caso de o asteroide gigante 99942 Apófis entrar na atmosfera terrestre daqui a nove anos, no mês de abril.

Um evento raro e excitante para a comunidade científica, que se concentra na observação e estudo desta massa, com o auxílio de telescópios e programas informáticos.     

Com cerca de 325 metros de comprimento e uma velocidade orbital de 30,728 quilómetros por segundo, esta rocha espacial foi classificada como asteroide potencialmente perigoso, e a NASA está a avaliar o grau de destruição que pode implicar, no pior dos cenários. Os cientistas seguiram durante cinco dias um asteroide com o tamanho equivalente a um quarteirão e cuja probabilidade de atingir o planeta em 2027 é de uma em cem, tendo a cidade de Nova Iorque por alvo.

No exercício simulado, a equipa de investigadores planeou o disparo de mísseis na tentativa de desviar a trajetória do asteroide, pondo os humanos fora de perigo. Porém, a queda de um fragmento de 60 metros de diâmetro seria suficiente para causar estragos ao explodir na Terra: o temido evento teria uma força superior em mil vezes à bomba lançada em Hiroshima, e seria capaz de esmagar a maior parte da cidade de Manhattan.

Enquanto se estudam probabilidades, o cenário de caos e pânico permanece no domínio da ficção. As estimativas disponíveis apontam para a existência de 25 mil asteroides com tamanho idêntico a este e trajetórias próximas do nosso planeta. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), menos de 5% delas representam efetivamente um risco.

Nos últimos anos foram lançados vários prémios para propostas de desvio do "assassino planetário", desde o recurso a um trator gravitacional à colocação de nave movida a radiação solar a circular em sentido inverso ao da rocha.


Prever e agir

Projetar trajetórias de asteroides é possível, mas não exclui um grau de imprevisibilidade. O Apófis foi descoberto há mais de 15 anos e o risco de a sua passagem não ser só tangencial vai um pouco além dos 2,5% (a partir de 1% já constitui um fator de preocupação).

Os exercícios de simulação da defesa do planeta prosseguem e as estimativas de impacto também: todos os esforços são poucos para combater e, idealmente, evitar o encontro imediato com o "inimigo", ou não fosse Apófis o nome grego do Deus egípcio em corpo de serpente e com uma natureza destruidora.

O asteroide continua a merecer o interesse da comunidade internacional e, a suscitar algum medo junto dos mais supersticiosos que acompanham os desenvolvimentos nos sites da ESA e da NASA, até pelo facto de a sua passagem estar prevista para uma sexta-feira, 13. Para uns e outros, tudo isto pode não ser mais do que um filme de terror que termina e cada um volta para a sua vida, com uma história para contar um dia a filhos ou netos. A escaparmos desta, só haverá novo motivo para alarme em 2036.   

fonte: https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2020-02-22-asteroide-assassino-esta-a-ser-monitorizado-pela-nasa/
ILYM