O Terrorismo e os Espiritos

     O terrorismo é uma praga que está a assolar o mundo atual. Dá-mos atenção aos ataques que acontecem mais por perto mas são dezenas aqueles de que ninguém fala por serem feitos em países onde não predomina o cristianismo.

    Eu sei que segundo as normas ensinadas pelos espíritos quem faz esses atentados tem o livre arbitro suficiente para os fazer ou não, mas não deixa de ser polémica a não atuação dos espíritos superiores para os evitar.

    Dizem que eles são capazes de nos ler os pensamentos, que têem poderes para nos protegerem, que podem mexer na matéria e até de influenciar os nossos comportamentos se o quiserem fazer, porém não o fazem quando se trata de evitar mortes e sofrimentos indesejáveis por causa de conceitos religiosos.

    A justificação deles está nessa história do livre arbitro, mas não bate certo. Julgámos nós que para se chegar a espirito superior é necessário passar por vidas em que é posta à prova a nossa capacidade de amor e dedicação ao próximo, o desprendimentos dos nossos interesses em prol da ajuda a terceiros e o perdão a quem nos ofende, entre outras coisas. Em suma um espírito superior terá que ter as qualidades que atribuímos a um santo.

    O que não me entra na cabeça é que um espírito com essas características, sabendo que existe alguém a preparar-se para matar e mutilar centenas de pessoas inocentes, nada faça para o evitar. Onde está o amor ao próximo dos espíritos superiores? Eu tento imaginar a Madre Teresa de Calcutá a saber por um espírito mais cusca que um gajo vai pôr uma bomba algures, e a responder: " ó irmão, enquanto eu lá estava lutava contra isso tudo e era a favor dos fracos e oprimidos, mas agora eles que se entendam sozinhos e que façam pela vidinha".

    Como é possível que espíritos tão feitos de amor ao próximo assistam ao terror e à morte e fiquem impávidos, serenos e de consciência tranquila perante o sofrimento das vitimas? Não existe aqui um contrassenso, algo muito mal justificado?

    Como agiria qualquer um de vós se soubesse que alguém se preparava para cometer um crime? Avisava as autoridades ou a possível vitima do que sabia ou arriscava-se a viver o resto da vida apegado ao remorso por nada ter feito? A maioria de nós tentaria forma de o evitar apesar de sermos imperfeitos e pecadores e eles porque não o fazem? Será que o amor ao próximo só é necessário para se subir na escala espiritual e depois é para ficar metido na gaveta?

    Para que servem afinal os espíritos superiores e os guias? Para serem auxiliares de limpezas energéticas já que precisam da atuação dos encarnados para as fazerem? Para auxiliarem nos exorcismos já que são os médiuns que o fazem ao demoverem as entidades dos seus propósitos mesquinhos? Para ajudarem a ler o futuro dos coitados que se acreditam que o futuro se lê nas cartas? Para auxiliarem nas amarrações feitas por aqueles cuja parca inteligência não dá para mais? Para policiarem se a promessa que foi feita é cumprida, já que santo espera mas não perdoa?

    Desculpem a ironia, mas é que dói ver crianças inocentes a serem vitimas de fanáticos da religião. Saber que à mulheres e crianças roubadas às suas vidas e obrigadas a servir os que dizem servir a deus e que fazem delas prostitutas e os espíritos de luz não fazerem luz na mente de um investigador por forma a este descobrir o seu paradeiro e as livrar de tão horroroso destino. Bastava uma simples intuição e tudo podia mudar na vida dessas pessoas.

    O que fazem esses espíritos tão iluminados além de ficarem sem remorsos pela sua cobardia? Ficam a assistir na primeira fila a esses massacres como o faziam quando os médiuns eram queimados na fogueira?

    Alguém me sabe dizer o que é que eles fazem que lhes confira o titulo de espíritos superiores ou nada mais é que um titulo de que se outorgam mas que nada representa?

Obrigada por abordar precisamente esta questão. Eu tenho exactamente as mesmas dúvidas em relação aos espíritos superiores/inferiores.

Não quero fugir ao tópico - terrorismo - mas aproveito para perguntar ao F. Leite se também acredita/defende que apenas os espíritos inferiores comunicam através do ouija, por exemplo.

Faz falta aqui o nosso amigo Wilson para explicar isso à luz do espiritismo dele.

Faz falta aqui o nosso amigo Wilson para explicar isso à luz do espiritismo dele.

Ja tenho uma sandes mista á espera para acompanhar o texto

   
     O que fazem esses espíritos tão iluminados além de ficarem sem remorsos pela sua cobardia? Ficam a assistir na primeira fila a esses massacres como o faziam quando os médiuns eram queimados na fogueira?

     Alguém me sabe dizer o que é que eles fazem que lhes confira o titulo de espíritos superiores ou nada mais é que um titulo de que se outorgam mas que nada representa?

Boa pergunta.
No espiritismo dizem que graças ao livre-arbítrio, eles não podem interferir com os atos dos vivos e o assunto fica arrumado. Por isso, vai sempre existir fome, doenças e pessoas que morrem injustamente.

Será que existem espíritos superiores? Será que não serão os espíritos todos iguais, nada sabem, nada podem fazer como não podiam quando estavam vivos? Porque não fazem nada então?

Onde estavam os anjos da guarda das pessoas que foram vitimas dos bombistas suicidas?

Será que existem anjos da guarda, anjos e santos? 

Não quero fugir ao tópico - terrorismo - mas aproveito para perguntar ao F. Leite se também acredita/defende que apenas os espíritos inferiores comunicam através do ouija, por exemplo.

     Para não fugir ao tópico respondi-lhe o que sei noutro tópico.

     Em: O Ouija, o Tarot e os Espiritos.

Bom, na minha perspectiva não são os espíritos de quem vive e morre nesta terra quem anda por aí a servir de "guia" ou a chamar-se de "superior", não penso que seja esse o nosso objectivo por muito que se seja santo ou evoluído.

Resta saber então quem são esses superiores e iluminados que por aí andam.

Pensando nisto sob outra perspectiva, talvez o erro seja nosso, por pensarmos (ou por nos deixarmos convencer) que "superior" ou "iluminado" é sinónimo de "bondoso", é sinónimo que todos querem o nosso bem, a paz no mundo e por aí fora.

Basta retirarmos a questão da bondade da equação e tudo faz mais sentido.

Resta saber então quem são esses superiores e iluminados que por aí andam.

Pensando nisto sob outra perspectiva, talvez o erro seja nosso, por pensarmos (ou por nos deixarmos convencer) que "superior" ou "iluminado" é sinónimo de "bondoso", é sinónimo que todos querem o nosso bem, a paz no mundo e por aí fora.

Basta retirarmos a questão da bondade da equação e tudo faz mais sentido.

     Na verdade, inferior e superior, assim como negativo e iluminado, são dois postos da mesma escala e não dois opostos. Se o inferior, pelos serviços prestados subir na escala, chegará a superior. Farinha do mesmo saco.

     Resta saber quem são? Se calhar está bem à vista de todos, mas no seu comodismo ninguém quer ver. A arma que usam contra nós, somos nós mesmos e nós, a toda a hora a carregamos com munições que são as nossas orações e dependência deles.

     Queremos trabalho? Reza-se. Queremos um namoro? Reza-se. Fizemos asneira? Reza-se. Ouve-se um barulho? Reza-se. Em suma, por qualquer caganita que cruza o nosso caminho é com rezas e pedidos que a procuramos limpar. Não temos a iniciativa de agir sem medos e fobias. Não, é mais fácil recorrer ao espírito ou ao santo para que a limpem por nós e isso paga-se e bem caro. Somos santo-dependentes e espírito-dependentes, já não somos seres livres e senhores de nós mesmos.

     E eles aproveitam-se disso para nos lixarem a vida. A toda a hora lhes dizemos nas orações e nas rezas onde estamos e o que queremos, sempre na esperança que eles nos ajudem, mas nem pensamos sequer que a intenção deles possa ser o oposto. Num milhão de pedidos só meia dúzia são atendidos, se é que o são. Porque será assim se o que foi dito foi que, o que "lhe" for pedido será concedido? Onde acaba o engodo e a mentira? Quando é que os homens perdem o medo?

     Chamam-lhes espíritos de luz, mas esquecem-se que a luz também é negra, que pode ter todas as cores do espectro.

     É com a verdade que nos enganam. E pelo que parece a gente gosta, desde que a nossa vidinha, bem ou mal, vá correndo...

  E eles aproveitam-se disso para nos lixarem a vida. A toda a hora lhes dizemos nas orações e nas rezas onde estamos e o que queremos, sempre na esperança que eles nos ajudem, mas nem pensamos sequer que a intenção deles possa ser o oposto. Num milhão de pedidos só meia dúzia são atendidos, se é que o são. Porque será assim se o que foi dito foi que, o que "lhe" for pedido será concedido? Onde acaba o engodo e a mentira? Quando é que os homens perdem o medo?

     Chamam-lhes espíritos de luz, mas esquecem-se que a luz também é negra, que pode ter todas as cores do espectro.

     É com a verdade que nos enganam. E pelo que parece a gente gosta, desde que a nossa vidinha, bem ou mal, vá correndo...

Será por isso que Platão dizia: "vós sois deuses mas vos haveis esquecido"?

Será que nos milhões de pedidos feitos diariamente e só meia dúzia, se tanto, são atendidos não é causado por uma influencia externa de santos ou anjos mas através do nosso lado "divinal" que gera essa formula para que as coisas aconteçam?

Será por acaso que Jesus terá dito que se acreditássemos, faríamos coisas ainda maiores do que as que ele estava a fazer?

Isto sou eu com as minhas milhares de perguntas...

Anascorpion

     O nosso problema é sermos humanos e vaidosos e orgulhosos e ciumentos e invejosos e sedentos de poder e de controle. Com todas essas características somos facilmente amestrados.

      Pode crer que quem julga ter sido ouvido nas suas preces simplesmente conseguiu foi pôr a sua vontade a funcionar. Foi o acreditar que conseguia, que o levou ao sucesso. Temos em nós, na génese do nosso corpo, a energia criadora e por não acreditar-mos nisso bloqueámos a sua ação. Jesus descobriu isso e deixou extravasar essa e outras coisas que não devia e por isso mesmo foi abandonado à sua sorte na cruz. Pai, porque me abandonas-te? questionou ele deus por duas vezes. Foram as suas ultimas palavras no tempo em que esteve entre nós. Deus é impiedoso a castigar.

     Os deuses não se esqueceram de nós, simplesmente um não pode e o outro não quer.

     Repare nisto, eu já aqui ensinei uma forma simples de guiar o subconsciente a criar uma protecção contra energias invisíveis. Quantos das dezenas que leram a puseram em prática? Não são precisos os dedos de uma mão para os contar. Mas se eu ensinasse um feitiço para domesticar o marido ou a mulher e fazer dele/a um cordeirinho seriam às dúzias a fazê-lo.