Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Raios, Ondas, Médiuns, Mentes...
    Iniciado por misticopt28
    Lido 567 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
A Ciência do século XX, estudando a constituição da matéria, caminha de surpresa a surpresa, renovando aspectos de sua conceituação milenar.

Não obstante a teoria de Leucipo, o mentor de Demócrito, o qual, quase cinco séculos antes do Cristo, considerava todas as coisas formadas de partículas infinitesimais (átomos), em constante movimentação, a cultura clássica prosseguiu detida nos quatro princípios de Aristóteles, a água, a terra, o ar e o fogo, ou nos três elementos hipostáticos dos antigos alquimistas, o enxofre, o sal e o mercúrio, para explicar as múltiplas combinações no campo da forma.

No século 19, Dalton concebe cientificamente a teoria corpuscular da matéria, e um maravilhoso período de investigações se Inicia, através de inteligências respeitabilíssimas, renovando ideias e concepções em volta da chamada "partícula indivisível".

Extraordinárias descobertas descortinam novos e grandiosos horizontes aos conhecimentos humanos.
Crookes surpreende o estado radiante da matéria e estuda os raios catódicos.
Röntgen observa que radiações Invisíveis atravessam o tubo de Crookes envolvido por uma caixa de papelão preto, e conclui pela existência dos raios X.

Henri Becquerel, seduzido pelo assunto, experimenta o urânio, à procura de radiações do mesmo teor, e encontra motivos para novas indagações.
O casal Curte, intrigado com o enigma, analisa toneladas de pechblenda e detém o rádio.
Velhas afirmações científicas tremem nas bases.

Rutherford, à frente de larga turma de pioneiros, inicia preciosos estudos, em torno da radioactividade.
O átomo sofre Irresistível perseguição na fortaleza a que se acolhe e confia ao homem a solução de numerosos segredos.
E, desde o último quartel do século passado, a Terra se converteu num reino de ondas e raios, correntes e vibrações.
A electricidade e o magnetismo, o movimento e a atracão palpitam em tudo.
O estudo dos raios cósmicos evidencia as fantásticas energias espalhadas no Universo, provendo os físicos de poderosíssimo instrumento para a investigação dos fenómenos atómicos e subatómicos.

Bohrs, Planck, Einstein erigem novas e grandiosas concepções.
O veículo carnal agora não é mais que um turbilhão eletrônico, regido pela consciência.
Cada corpo tangível é um feixe de energia concentrada. A matéria é transformada em energia, e esta desaparece para dar lugar à matéria.

Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como consequência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.

Os laboratórios são templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia política, geradora de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina, permanece na exaltação do bem, rumo a glorioso porvir.

O futuro pertence ao Espírito!
E, meditando no amanhã da colectividade terrestre, André Luiz organizou estas ligeiras páginas, em torno da mediunidade, compreendendo a importância, cada vez maior, do intercâmbio espiritual entre as criaturas.

Quanto mais avança na ascensão evolutiva, mais seguramente percebe o homem a inexistência da morte como cessação da vida.

E agora, mais que nunca, reconhece-se na posição de uma consciência retida entre forças e fluidos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.

Compreende, pouco a pouco, que o túmulo é porta à renovação, como o berço é acesso à experiência, e observa que o seu estágio no Planeta é uma viagem com destino às estações do Progresso Maior.

E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direcção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.

Cada criatura com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se Identifica.

Semelhantes verdades não permanecerão semi-ocultas em nossos santuários de fé. Irradiar-se-ão dos templos da Ciência como equações matemáticas.

E enquanto variados aprendizes focalizam a mediunidade, estudando-a da Terra para o Céu, nosso amigo procura analisar-lhe a posição e os valores, do Céu para a Terra, colaborando na construção dos tempos novos.

Todavia, o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenómenos.

Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida.
André Luiz é bastante claro para que nos alonguemos em qualquer consideração.

Cada médium com a sua mente.
Cada mente com os seus raios, personalizando observações e Interpretações.
E, conforme os raios que arremessamos, erguer-se-nos-á o domicilio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.

Isso, em boa síntese, equivale ainda a repetir com Jesus:
– A cada qual segundo suas obras.

EMMANUEL
Pedro Leopoldo, 3 de Outubro de 1954.

Prefácio ditado pelo Espírito Emmanuel do Livro Nos Domínios da Mediunidade
Psicografia Francisco Cândido Xavier
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.