Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Cartomancia - contar só as partes boas?
    Iniciado por Nits
    Lido 3.401 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Olá
Há alguns meses fui a uma cartomante/tarologa em Lisboa pela primeira vez, fui um pouco céptica mas com as conversas com outras pessoas que já tinham ido pareceu me bom arriscar. Fiz as minhas perguntas e geralmente as cartas só diziam coisas positivas, não sei interpretar mas pelo que a tarologa dizia. Tinha algumas menos boas mas nada de demais . Saí de lá muito entusiasmada , tudo o que ela disse fazia o seu sentido e já aconteceram coisas que ela me disse.
Passado alguns meses , sinto que ela nao me contava tudo o que as cartas lhe diziam, algumas das questões que coloquei tinham um lado menos bom, superável mas gostava de estar preparada. O mesmo aconteceu com a minha amiga. Perguntei se a minha relação ia valer a pena, ela respondeu que ele gostava muito de mim e tudo o mais , recentemente já não estamos juntos .  Outras situações a nivel profissional correram como ela disse mas também tiveram o seu lado menos bom. Embora sejam situações pouco graves, se fiz as perguntas queria obter os dois lados das respostas, não sei se foi uma forma para eu não sofrer na altura e nao me precipitar mas queria saber . É normal isto acontecer ? Nao sei se hei de lá voltar, eu gostava para lhe expor tambem esta situação mas quero saber a vossa opinião.

KBTA
Pelo que tenho conhecimento muita gente opta por contar as partes boas, mesmo que haja coisas más nas cartas a cartomante vai dize-las de uma forma positiva.

Mas porque fazem isso?  Sao situaçoes passageiras mas se a consultei gostava de me sentir preparada para o que ia acontecer.
Obrigada pela resposta

sofiagov
Citação de: Nits em 07 outubro, 2015, 08:52
Mas porque fazem isso?  Sao situaçoes passageiras mas se a consultei gostava de me sentir preparada para o que ia acontecer.
Obrigada pela resposta

Pois e é compreensível , mas provavelmente ela não transmitiu as más, simplesmente porque já deve ter acontecido situações menos felizes , à pessoas que não absorvem bem certa noticias e reagem mal, dai ela não querer dizer, mas é bastante compreensível que quisesses saber tudo.
Mas tens que te sentir preparada quer saibas ou não através da cartomancia...esse é um meio que nem sempre é certo as coisas evoluem e mudam há medida do que vai acontecendo.
Tudo de bom para ti

Muito obrigada pela resposta.
Faz todo o sentido o que disse e eu também entendi dessa forma. Mas ao acontecerem as partes menos boas, começo a duvidar das partes boas que me disse e por mais que nao nos queiramos envolver em demasia , acaba por acontecer .
Quando lá voltar vou tentar expor a situação.

sofiagov
Fazes bem, e tiras as tuas duvidas .
Força :)

Pois...penso que o tarólogo deve ter discernimento para ver se tem uma pessoa que aceita bem as coisas à frente. Pessoalmente não acredito em leituras tipo "água com açúcar", até porque desse modo o tarot deixa de ser uma ferramenta de desenvolvimento pessoal. Pode é ter-se tacto e cuidado. Digo eu. Omitir completamente é que já não me parece ético.

Antes de cada consulta eu pergunto à pessoa se quer que eu seja directo ou que tente amenizar possíveis más situações, e 99% das pessoas pede-me para ser directo e dizer as coisas tal como são.

Eu acredito que uma pessoa quando vai ler o Tarot na maioria dos casos é porque se sente afectada com algo, logo já vai preparada para ouvir algumas coisas menos boas e mesmo que seja só por curiosidade as pessoas gostam de saber as coisas como são. Não acho necessário estar a fazer leituras com meias palavras e mesmo que não saibam digerir bem as más noticias quando as coisas acontecerem vão perceber que podiam ter-se preparado melhor regra geral voltam sempre ao ponto de partida e ai já querem ouvir as coisas como deve ser.

Pela minha experiência, existem dois tipos de clientes. Existem aqueles que querem que nós confirmemos o que eles querem ouvir, e existem aqueles que querem realmente saber o que se passa. Os primeiros não se importam de ter a sessão açucarada. Os outros querem realmente ter os dois lados. Por vezes, torna-se difícil para um tarólogo perceber com que tipo de cliente está a lidar, mas isso é normalmente corrigido.

Pessoalmente, prefiro optar pela abordagem "realista". Se existem coisas boas, então fala-se das coisas boas. Se existem coisas más, então fala-se das coisas más. A vida não é só uma ou outra.

Parece-me a mim que tem duas opções: ou volta lá, e tem uma conversa franca, ou vai a outro profissional.

Existem tarólogos que só abordam as coisas positivas e outros que só abordam as coisas negativas, pois creio que isso depende do equilíbrio energético da pessoa e do seu bom senso. Perguntar à pessoa se quer ou não sinceridade não me parece a melhor forma de interação, pois se alguém me fizesse essa questão, enquanto cliente, creio que a partir dai nada, mas nada mesmo me garantia se a pessoa tinha sido ou não transparente. A melhor estratégia, na minha opinião é sempre tentar "analisar" a pessoa que temos à nossa frente e transmitir-lhe uma informação que seja analisada sempre em duas perspetivas. Por exemplo: dizer à pessoa que o namorado vai embora e encontrar coisas positivas na partida dele. Dizer à pessoa que vai ficar sem o emprego e abordar as novas oportunidades que poderão dai decorrer. Assim, estaremos a transmitir informação correta, pois nenhum problema se apresenta sem solução. Não gosto quando me dizem que vão a uma consulta e que saíram de lá de "rastos". Penso que ninguém deverá sair de "rastos" de uma consulta, pois se isso acontece é porque o tarólogo não teve bom senso na passagem da informação ao seu cliente.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Sim, esta é mesmo a abordagem mais equilibrada. Não se deve falar das coisas más sem dar uma luz à pessoa de como ela pode sair da situação ou melhorá-la. Enfim, a pessoa tem de sair com um mínimo de capacidade para reagir aos desafios que tem na vida.