Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.521
Total de mensagens
369.632
Total de tópicos
26.969
  • Os sete pecados de nosso sistema de educação forçado
    Iniciado por Littlelight
    Lido 3.892 vezes
0 Membros e 2 Visitantes estão a ver este tópico.
Encontrei este artigo interessante num blog e vim aqui partilhá-lo com vocês...


«Os sete pecados de nosso sistema de educação forçado



Educação forçada: como o termo prisão, esse termo soa pesado. Mas, se temos uma escolaridade obrigatória, então temos educação forçada. O termo obrigatório, se ele tem qualquer significado, significa que a pessoa não tem escolha quanto a isso.

A reflexão que vale é a seguinte: seria a educação forçada - e a consequente prisão de crianças - uma coisa boa ou uma coisa ruim?

Aqui estão algumas das razões para se acreditar que é uma coisa ruim, em uma lista com os "sete pecados" do nosso sistema de educação forçada:

1. Negação de liberdade com base na idade.

Para prender um adulto, precisamos provar, em um tribunal de direito, que a pessoa cometeu um crime ou é uma séria ameaça para si mesma ou aos outros. Ainda assim, encarceramos crianças e adolescentes na escola apenas por causa de sua idade: este é o mais flagrante dos pecados da educação forçada.

2. A promoção de vergonha, por um lado, e arrogância, por outro.

Não é fácil forçar as pessoas a fazer o que elas não querem. Nós não usamos a palmatória, como professores faziam antigamente, mas contamos com um sistema de controle incessante, classificação e ranking das crianças em comparação com os seus colegas. Nós, assim, distorcemos os sistemas emocionais humanos de vergonha e orgulho para motivar as crianças a fazer o trabalho. As crianças são colocadas a se sentir envergonhadas se tiverem um desempenho pior do que os seus colegas e orgulho se tiverem um melhor desempenho. Vergonha leva alguns a abandonar, psicologicamente, o esforço educacional e a se tornar palhaços de classe (não muito ruim), ou valentões (ruim), ou abusadores e traficantes (muito mau). Aqueles que são colocados a sentir orgulho excessivo das realizações rasas que fazem eles ganharem um A (ou 10) e honrarias podem tornar-se arrogantes, desdenhosos dos outros comuns que não se saem tão bem em testes; desdenhosos, portanto, dos valores e processos democráticos (e este pode ser o pior efeito de todos).

3. Interferência com o desenvolvimento da cooperação e nutrição.

Nós somos uma espécie intensamente social, concebida para a cooperação. As crianças naturalmente querem ajudar os seus amigos, e até mesmo na escola elas encontram maneiras de fazer isso. Mas o nosso sistema baseado na competição de classificação e graduação de estudantes trabalha contra a unidade cooperativa. Além disso, a divisão de idades forçada que ocorre na própria escola promove a concorrência e bullying e inibe o desenvolvimento de nutrição. Ao longo da história humana, as crianças e adolescentes aprenderam a serem atenciosos e prestativos através de suas interações com as crianças mais jovens. O sistema escolar graduado em idade os priva de tais oportunidades.

4. Interferência com o desenvolvimento da responsabilidade pessoal e auto-direção.

As crianças são biologicamente predispostas a assumir a responsabilidade por sua própria educação. Elas brincam e exploram de formas que lhes permitem aprender sobre o mundo físico e social em torno delas. Elas pensam sobre o seu próprio futuro e tomam medidas para se preparar para isso. Confinando as crianças na escola e em outras atividades de adultos, e preenchendo seu tempo com tarefas, os priva das oportunidades e tempo que eles precisam para assumir suas responsabilidades. Além disso, a mensagem implícita e às vezes explícita do nosso sistema de escolaridade obrigatória é: "Se você faz o que é dito para se fazer na escola, tudo vai funcionar bem para você". As crianças que caem nisso podem parar de assumir a responsabilidade por suas próprias educações. Elas podem assumir falsamente que alguém tenha descoberto o que elas precisam saber para se tornar adultos bem sucedidos, então elas não têm que pensar nisso. Se suas vidas não funcionam tão bem, elas tomam a atitude de uma vítima: "A minha escola (ou pais ou sociedade) me falhou, e é por isso que a minha vida é toda ferrada."

5. Relacionar aprendizagem com medo, repugnância e trabalho forçado.

Para muitos estudantes, a escola gera intensa ansiedade associada com a aprendizagem. Os alunos que estão aprendendo a ler e são um pouco mais lentos do que o resto se sentem ansiosos sobre a leitura na frente dos outros. As provas geram ansiedade em quase todos que as levam a sério. Ameaças de fracasso e vergonha associada à insuficiência geram enorme ansiedade em alguns. O princípio psicológico fundamental é que a ansiedade inibe a aprendizagem. A aprendizagem ocorre melhor em um estado brincalhão, e a ansiedade inibe a ludicidade. A natureza forçada da escolaridade transforma a aprendizagem em trabalho. Os professores até chamam isso de trabalho: "Você deve fazer o seu trabalho antes de você poder brincar". Assim, aprender, algo que crianças biologicamente anseiam, torna-se uma labuta - algo a ser evitado sempre que possível.

6. Inibição do pensamento crítico.

Presumivelmente, um dos grandes objetivos gerais da educação é a promoção do pensamento crítico. Mas apesar de todo esforço que os educadores se dedicam a esse objetivo, a maioria dos estudantes - incluindo a maioria dos "estudantes de honra" - aprendem a evitar pensar criticamente sobre seus trabalhos escolares. Eles aprendem que sua função na escola é obter notas altas em testes e que o pensamento crítico apenas desperdiça tempo e interfere. Para conseguir uma boa nota, você precisa descobrir o que o professor quer que você diga e, em seguida, dizer isso. O sistema de classificação, que é o principal motivador no nosso sistema de educação, é uma força poderosa contra o debate honesto e pensamento crítico em sala de aula.

7. Redução da diversidade de competências, conhecimentos e formas de pensar.

Ao forçar todos os alunos através do mesmo currículo padrão, podemos reduzir as suas oportunidades para seguir caminhos alternativos. O currículo escolar representa um pequeno subconjunto das habilidades e conhecimentos que são importantes para a nossa sociedade. Neste dia e época, ninguém pode saber mais do que um pedaço de tudo que há para saber. Por que forçar todo mundo a aprender a mesma coisa? Quando as crianças são livres - como já observado em escolas alternativas e homeschooling (educação em casa) - elas tomam caminhos novos, diferentes e imprevisíveis. Elas desenvolvem interesses apaixonados, trabalham com afinco para se tornar especialistas em áreas que as fascinam, e, em seguida, encontram maneiras de ganhar a vida através da prossecução dos seus interesses. Os alunos forçados através do currículo padrão têm muito menos tempo para perseguir seus próprios interesses, e muitos aprendem bem a lição de que seus próprios interesses não contam; o que conta é o que é medido em testes das escolas. Alguns superam isso, mas muitos não o fazem.»

Fonte: blog Notícias Alternativas
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Littlelight, como eu AMEI este tópico.

Existem, sim, pecados cruciais na nossa educação. Esses pecados são perpetuados pelo próprio sistema de ensino e cai simplesmente por terra o objetivo essencial do ensino, que é o foco na aprendizagem dos alunos.

O sistema atual promove a abertura de mil e um comportamentos, que em outros tempos passados não eram tão acentuados. A educação dos valores encontra-se confinada ao respeito e à sanção, nada mais do que isso. Porque o exemplo, para qualquer criança, vem das figuras significativas e o professor aqui, assume particular relevância. Mas, se o professor se encontra simplesmente constrangido pelo próprio sistema, com inúmeras obrigatoriedades só para encher curriculum, como podem dedicar-se ao essencial que outrora era o focus da sua profissão? (leia-se dedicar-se à aprendizagem dos alunos)... o focus do trabalho atual do professor é na burocracia desmedida... e na avaliação do seu desempenho, nada mais!

E é por tudo isto que os Psicólogos em geral e também os Psicólogos Escolares têm tanto trabalho! Muitas vezes, o que aluno precisa é de tempo, trabalhar ao seu ritmo e ao seu tempo, mas o sistema impõe que todos sejam iguais, apesar de todos serem diferentes.

Por isso, as taxas de desmotivação e de abandono escolar são tão elevadas. Porque, na verdade, o que importa são os números, as médias, as classificações e estas promovem competitividade acérrima associada à deslealdade.

Mas isto não é o grave da questão. O grave da questão remete-nos para estas crianças (que agora encontram estratégias de coping para se irem aguentando na prisão educacional em que se encontram) que serão rapidamente adultos!! Que adultos?? O que é que aprenderam em termos de valores relacionais?? Nada, a não ser a desmotivação das figuras significativas, o caos de um sistema que já colapsou e a competitividade desleal que os vai perseguir na sua vida profissional :(

Para acentuar ainda mais as coisas, as grandes empresas multinacionais em Portugal privilegiam não apenas as classificações, mas as competências... E agora pergunto, onde estão as competências (leia-se aqui o saber-fazer e o saber-ser) que deveriam ser transversais e estar desenvolvidas? Essas empresas abrem as suas portas para aqueles que são criativos e que têm um pensamento crítico (e isto tem que se treinar)... coisa que foi simplesmente silenciada, desde o início da educação, pelo sistema de ensino que temos!!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

BlackMiau
Eu sou introvertida e por ser assim, os trabalhos de grupo deixavam-me sempre ansiosa. Tal como o ler as composições em voz alta ou ir ao quadro. Sabia as matérias todas, mas quando viravam o holofote para mim, eu embatucava e esquecia-me. Resultado... como aluna, as minhas notas eram apenas medianas. Também não ajudava o ser obrigada a marrar matérias que não me interessavam minimamente.

Eu preferia ter sido ensinada em casa, onde havia uma biblioteca cheia de livros sobre os mais variados assuntos, e tinha um avô que adorava que eu fosse ratinho de biblioteca e me ensinava montes de coisas giras.

Citação de: BlackMiau em 15 maio, 2015, 14:02
Eu sou introvertida e por ser assim, os trabalhos de grupo deixavam-me sempre ansiosa. Tal como o ler as composições em voz alta ou ir ao quadro. Sabia as matérias todas, mas quando viravam o holofote para mim, eu embatucava e esquecia-me. Resultado... como aluna, as minhas notas eram apenas medianas. Também não ajudava o ser obrigada a marrar matérias que não me interessavam minimamente.

Eu preferia ter sido ensinada em casa, onde havia uma biblioteca cheia de livros sobre os mais variados assuntos, e tinha um avô que adorava que eu fosse ratinho de biblioteca e me ensinava montes de coisas giras.

Este é um exemplo comum do que acontece na realidade. Será que as notas identificam a realidade cognitiva do sujeito? Ou será que foram condicionadas por fatores que têm obrigatoriamente que ser tidos em consideração?

Não será a escola, desde o início responsável pelo desenvolvimento de competências nos alunos?? Nomeadamente, as de natureza relacional??

Boa partilha Black. Se os professores desenvolvessem, nos seus alunos as competências (ditas transversais), não chegaríamos ao limite que chegamos em alunos da faculdade que simplesmente adoecem porque têm que defender a sua tese, publicamente. A introversão é uma competência que pode perfeitamente ser trabalhada, no sentido de se encontrarem estratégias de coping (confronto) adequadas.... e isso, claro está, desde o início da vida do sujeito.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Aqui está um topico forte e cheio de verdades ignoradas por esta sociedade decadente e sem noção das verdadeiras necessidades.
Vem mesmo a calhar numa altura em que se preparam os primeiros interrogatórios aos prisioneiros da quarta classe.
É melhor ficar por aqui não vá escrever coisas chocantes.
Não me trates por VOCÊ!!!
Respeito mais tratando-te por TU do que tu a tratares-me por VOCÊ!

BlackMiau
Além do introvertida, não ajudou o ser a "vítima" favorita do bullying na altura. Mas nunca fiz queixas em casa, calava e aguentava. Hoje posso dizer que ganhei o direito de ser como sou, porque sou directa e verdadeira, em vez de dissimulada e hipócrita como muitos da minha geração.

#6
Citação de: BlackMiau em 15 maio, 2015, 14:55
Além do introvertida, não ajudou o ser a "vítima" favorita do bullying na altura. Mas nunca fiz queixas em casa, calava e aguentava. Hoje posso dizer que ganhei o direito de ser como sou, porque sou directa e verdadeira, em vez de dissimulada e hipócrita como muitos da minha geração.
É pena que na altura (devido à idade) não tenhas sido direta e verdadeira, sem medo da violência. É, na verdade, uma situação gravíssima que se passa hoje em dia. A esse propósito ficam aqui as imagens da violência entre jovens, acho isto tremendamente chocante, se um dos meus filhos estivesse envolvido nisto, nem sei o que faria... mesmo!!

8)   Ao utilizar este fórum, o utilizador concorda em não colocar nem solicitar qualquer material que seja difamatório, incorrecto, abusivo, vulgar, ofensivo, obsceno, profano, sexual, ameaçador, invasor da privacidade ou que viole qualquer lei internacional ou portuguesa. Também concorda em não colocar material protegido por direitos de autor a menos que seja o proprietário ou que tenha o consentimento do proprietário.

..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Eu não quis ver o vídeo. Não sou capaz. Mas sei bem o que faria, ah sei sei! Mandem-nas para minha casa!!!

Citação de: cepticooucrente em 15 maio, 2015, 15:32
Eu não quis ver o vídeo. Não sou capaz. Mas sei bem o que faria, ah sei sei! Mandem-nas para minha casa!!!

Hahahaha, acho que fiquei com medo ;)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Oh Faty, se fosses a minha casa era para te dar um grande abraço, isso sim! :)

Mas estas... que Deus me ajude... se isto acontecesse a alguém próximo de mim... eu ia presa... acho que nestas horas "entra-me o diabo no corpo".  >:( Não tenho palavras para descrever o que sinto ao certo.

Acreditas que soube da notícia pelo rádio, e estava no trabalho, fui ver a pág. do JN e só de ver as fotos dos "intervenientes"... o miúdo fez-me lembrar alguém, pelo físico... fui para o WC chorar.  :'(

Não quero ver o vídeo. Mas gostava de me encontrar com estas coisas do sexo feminino, gostava... >:( >:D Ao miúdo, sei que deve ter quem ele quer e precisa ao lado dele, mas gostava muito de lhe dar um abraço e que ele sentisse que vai ficar tudo bem. Isto é surreal...

BlackMiau
Citação de: Faty Lee em 15 maio, 2015, 15:22É pena que na altura (devido à idade) não tenhas sido direta e verdadeira, sem medo da violência.
Fez de mim uma pessoa mais forte, apenas pelo facto de aguentar e não fazer queixas. Tanto que hoje em dia não há ninguém que me mande abaixo.  Continuo introvertida mas aprendi a contrabalançar com a socialização :)

Estou a ver que qualquer dia tenho mesmo de contar a minha história ;)

Basicamente, com estes sistemas educacionais, estamos a criar robots, completamente aleijados das suas capacidades emocionais, com um foco muito grande na parte racional, o que os leva a serem cada vez mais insensíveis às pessoas à sua volta, promovendo a competição desmedida. É triste que um sistema que deveria orientar a criança a seguir o caminho para o qual tem mais apetência, inclinação e vocação, apenas se limite a nivelá-las, tornando-as quase meros objectos de consumo...

Obrigada pelas vossas participações.
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!


#13
Estando eu dentro do sistema de ensino e sendo um estudante não podia estar mais de acordo. Todos os dias vejo estas falhas acontecer e a melhor parte é que quando jovens como eu e até colegas meus tentam contestar-las são calados porque "somos apenas crianças" ou "deixem lá a idade da rebeldia que já têm idade para isso".

Alguém aqui ainda se lembra da polémica da educação sexual? Como alguns pais não autorizavam os filhos a ter-la só por causa do nome? Bom eu tenho a dizer, que os filhos não perderam nada demais... Aliás não perderam nada porque muitos deles foram obrigados a ir a essas aulas mesmo assim. O pior destas aulas foi o que nos ensinaram.

O que eu me lembro de ser leccionado no meu 7º foi como usar um preservativo e como um rapaz e uma rapariga podem ser amigos. Sabem quão útil me foi essa informação? NENHUMA. Perdi no mínimo 1 mês da minha vida a ter aulas de um assunto que não ia usar durante quase 1 ano. Estava no 7º ano, achavam que eu não sabia fazer amigos? E preservativo? É verdade... mais vale previnir do que remediar, não há idade para o começo da atividade sexual (coisa que, adivinhem, NÃO ME ENSINARAM). Mas eu nem sabia como TER UM FILHO (em termos educacionais óbviamente) quanto mais como NÃO TER UM. Temas que podiam ter sido leccionados de outra forma, como aprender como é que um filho nasce, o que é uma relação sexual, como educar um filho, civismo sexual, o que é homosexualidade, o que é bi/pansexualidade, etc... uma lista comprida que poderia evitar várias descriminações que ainda acontecem nos dias de hoje. Ainda hoje pessoas são discriminadas pela sua sexualidade e ainda hoje pessoas não percebem que homosexualidade, bi/pansexualidade, transexualidade, etc... não são opções. QUE RAIO É QUE FOI O OBJECTIVO DESTA IDEIA?! Já para não falar de como pessoas são descriminadas só por ter estilos diferentes...

Com 14 anos sou obrigado a decidir o que quero ser para o resto da vida (coisa mesmo à Europeu do sudoeste) mas durante 3 anos da minha vida não tenho flexibilidade nenhuma nas disciplinas que escolho. Se for para economia sou obrigado a fazer Geografia para a minha média geral mesmo que NUNCA a vá usar directamente no meu curso a não ser que siga esse tipo de especificação (turismo ou abrir uma empresa de meteorologia). Se achar que não tenho mentalidade para filosofia no 10º ano (mesmo que só precise de a fazer em 2 anos) sou obrigado a começar a leccionar-la no 10º e não no 11º. Isto tudo porque têm medo que fiquemos sobrecarregados com os exames de 12º e porque querem nos dar mais liberdade de mudança de cursos caso queiramos mudar (pelo menos já fiz geografia, mesmo odiando-a, vou agora seguir linguas, olha que fixe). Tadinhos dos meninos podem fazer uma má escolha é melhor não lhe darmos escolhas nenhumas depois de decidirem o que vão ser profissionalmente para o resto da vida deles!!!

Já para não falar dos tais problemas de "ai não têm educação em casa como é que vão ter fora de casa?", ninguém me ensinou a cozinhar pratos básicos na escola, ninguém me ensinou a evitar burlas, ninguém me ensinou a ser um civil a não ser os meus pais e 5% das aulas de FORMAÇÃO CÍVICA (que nem são obrigatórias para passagem de ano). Como é que o nosso sistema de ensino tem assim tanta confiança na educação dada pelos pais (não nos dando nenhuma) vendo tantos alunos e tantas "vidas falhadas" já no 5º e 6º ano?

Eu acho isto uma estupidez e o pior é que ninguém quer mexer nisto, está tão vulnerável que quando cair uma peça cai tudo...
"Foste tu quem passou dos limites. Esmagaste-os e no seu desespero, eles tornaram-se em homens que eles nunca foram capazes de compreender. Percebes? Alguns homens não procuram nada de lógico. Eles não podem ser comprados, ameaçados ou negociar. Alguns homens, simplesmente gostam de ver o mundo a arder." - The Joker, O Cavaleiro das Trevas

Neo_Blue excelente partilha na primeira pessoa. Bem-hajas!

Ao ler-te, lembrei-me do meu filho que tem a tua idade praticamente... a seca da formação cívica em que não se ensinava nada e os comportamentos eram do pior em todos eles...

Este ano, ele tem Psicologia. Só fez um teste até hoje, no primeiro período. No segundo período não houve testes, apenas um trabalho. E a professora já avisou que neste período vai dar a nota igual ao período anterior... resultado não há aulas, não há faltas... porque eles já têm a nota... todas acima de 16!! A professora está na sala, no facebook e eles a jogarem nos tablets e telemóveis... :(

É este o estado lastimoso do nosso ensino em Portugal. :(
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334