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  • O jejum
    Iniciado por KALKI
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Citação de: Faty Lee em 17 abril, 2015, 17:48
J.ace, são percursos de vida e experiências pessoais. Eu frequentei a igreja e fiz até ao Crisma. Sai da igreja tinha 17 anos. Fui catequista e fui presidente de um grupo de jovens, fazíamos diversas coisas diferentes relacionadas com a Igreja. Pertenci ao coro da igreja até essa altura. Foram muitos anos.

Aos 12 anos comecei a ter problemas de incorporação, muito graves, premonições, visões, audições, psicografias e ninguém sabia o que eu tinha. Corri imensos médicos, psiquiatras, fui a imensos padres que diziam que fechavam a morada, isto e aquilo... O cansaço era terrível, emagrecia a olhos vistos, não comia, não consegui estudar, sair à rua, porque não estava bem. O que é certo é que ninguém da igreja me ajudou naquela altura. Todos os padres, amigos da família e conhecidos, davam "dicas" mas ninguém conseguia fazer nada. Ainda hoje me lembro de algumas caras deles... de olhos esbugalhados a olhar para mim e sem saber o que fazer. Era água benta, incensos, rezas, crucifixos... nada resultou.

Um dia, um padre, amigo, que já morreu, em conversa com a minha mãe, sugeriu-lhe que ela procurasse outros "locais". Aliás um dos últimos médicos com quem estive, sugeriu o mesmo aos meus pais. Apesar de incrédulos com toda a situação, porque os meus pais são católicos e nunca acreditaram no espiritismo, resolveram então levar-me a um CE. Neste local, consegui reaver a minha vida. Foi lá que me disseram o que eu tinha, o que tinha que fazer, o que tinha que evitar. Tive pessoas que se importaram comigo, pelo facto de eu ser muito nova, que me apoiaram e me ajudaram durante cerca de 5 anos. Um ano depois de frequentar o CE, eu já estava novamente a viver...

Não sei se acredita ou não no espiritismo, mas não é agradável estar num supermercado ou em outro local da rua e desmaiar, começar a dizer coisas "estranhas", verbalizar nomes de pessoas, etc... até que alguém se identificava e dizia que era a tia, a irmã, o filho, ou isto ou aquilo.

Mesmo assim, mesmo frequentando o CE continuava a ir à igreja, até que deixei definitivamente de o fazer. Não tenho religião. Mas tenho espiritualidade. E essa, aponta sempre no mesmo sentido - Deus -, independentemente de ter uma filosofia de vida budista, New Age, o que lhe quiser chamar... Deus está no centro de toda a minha vida existência. Ele sempre foi a minha maior proteção e a ele confiei, já há muito tempo, a minha vida e a minha alma. Comecei a investigar, a ler, a pesquisar e tudo começou a fazer sentido. Todas as peças se começaram a encaixar e alguns conceitos "pesados" como "pecado", "escolhidos", "promessas", "ladainhas" etc... deixaram de fazer sentido para mim.

Hoje, com 46 anos vejo que foi um percurso enorme de aprendizagem. Poderia não ter aceite nada disso, mas fiz de coração aberto e hoje voltaria novamente a fazê-lo. Quando me apetece também vou à missa e não me choca nada fazê-lo, porque o Deus em quem eu acredito está em todo o lado onde eu possa estar. Quando me apetece também faço novenas, rezo o terço, pois sei que são "orações" poderosas para quem acredita. 

Como lhe disse, foi apenas um percurso de vida. Se nada me tivesse acontecido, certamente que continuaria filiada à igreja... ou talvez não... pois muitas questões ficaram, para mim, sem resposta. Eu acredito que a nossa maior evolução é interior, independentemente de dogmas ou credos. Porque Deus está em todos os seres que abrem o seu coração a Ele. E eu abri!

Bem-haja.

Boas,

Agradeço a resposta que julgo ser sincera.

É engraçado como a vida é, mas eu hoje com 47 anos fiz precisamente o percurso inverso ao seu.

Por influência da minha Mãe, muito devota, mas muito dada a tudo o que é sobrenatural, tive uma infância/adolescência rodeada de cartomantes, rezas, defumadoiros, espiritas, religiões africanas, terreiros, etc.

Depois de muito ter visto e observado, cheguei à conclusão que tudo aquilo que necessitava estava na Igreja e ao afastar-me dessas coisas só beneficiei.

Também li muito, pesquisei sobre diversos temas e religiões tendo chegado à conclusão que a verdade está nas escrituras e ao alcance de todos.

Todavia o que aqui interessa é o percurso que nos leva a ser feliz.

Cumprimentos

Queria só dizer que gostei muito de ambas as vossas respostas...

Bem hajam!

Citação de: cleopatra em 02 abril, 2015, 13:21
Muçulmanos

O jejum é observado durante todo o mês do Ramadão, da alvorada ao pôr-do-sol, eles não comem e não bebem nada, nem mesmo água, o jejum também aplica-se às relações sexuais. O crente deve não só abster-se dessas práticas como também não pensar nelas e manter-se concentrado em suas orações e recordações de Deus, sendo neste mês a freqüência mais assídua à mesquita. Além das cinco orações diárias (salá), durante esse mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).

O jejuador deve abster-se de tudo que vai contra a moral, pois o jejum é visto como uma grande prática de disciplina e da doutrina, tanto espiritual como moral. A ação não se limita somente à abstinência de comer ou beber, mas também de todas as coisas más, maus pensamentos ou maus atos. O jejuador deve ser indulgente se for insultado ou agredido por alguém, deve evitar todas as obscenidades, ser generoso, bem mais do que os outros meses e aumentar a leitura do Alcorão.
Eu já fui da religião islâmica, posso dizer que o jejum para mim sempre foi algo muito agradável. Além de sentir-me bem espiritualmente durante e após o jejum, é muito boa aquela sensação que você está tendo domínio próprio, esta controlando os impulsos e não sendo controlado. Ainda pratico o jejum, não mais no Ramadão, mas continuo com essa prática que pra mim é solene :)
Cada pessoa é uma pessoa para cada pessoa