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  • O jejum
    Iniciado por KALKI
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"O Jejum é a oração mais dolorosa e também a mais sincera e compensadora."

"O Jejum é uma arma potente. Nem todos podem usá-la. Simples resistência física não significa aptidão para jejum. O Jejum não tem absolutamente sentido sem fé em Deus."

"Para mim nada mais purificador e fortificante que um jejum."

"Jejum para purificar a si mesmo e aos outros é uma antiga regra que durará enquanto o homem acreditar em Deus."


Mahatma Gandhi
----------------------
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 4,1-11


Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. Ele jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!" Ele respondeu: "Está escrito: 'Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus'". Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: "Se és Filho de Deus, joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: 'Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra'". Jesus lhe respondeu: "Também está escrito: 'Não porás à prova o Senhor teu Deus'!" O diabo o levou ainda para uma montanha muito alta. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua riqueza, e lhe disse: "Eu te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar". Jesus lhe disse: "Vai embora, Satanás, pois está escrito: 'Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto'". Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram para servi-lo.






Já alguem jejuou que queira partilhar o que sentiu ?


A verdade doi, mas liberta

Eu já o fiz, quando estava envolvida na Igreja Católica. Para mim, foi mais um dia, apenas sem comida nem bebida. Talvez porque era muito jovem, a experiência não foi nada de especial.

O meu marido jejua muitas vezes, em função de certas práticas e rituais que realiza. Por exemplo, uma das mais lindas que fazemos com grupos grandes de pessoas é no Losar, na passagem de ano Tibetana. Recolhemos fundos, para quem quiser participar, acordamos muito cedo mesmo, sem comer, vamos ao mercado, compramos mariscos e outros animais acabados de pescar e que ainda estão vivos e vamos até ao mar, num sítio distante onde não haja pescadores. Recitamos alguns mantras a todos esses animais, proporcionando-lhe o Dharma, para que eles possam evoluir e depois são atirados ao mar... é lindo vê-los na água a ir embora. Nesse dia, apenas comemos no final do mesmo, normalmente uma sopa muito leve.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Faty Lee em 31 março, 2015, 11:03
Eu já o fiz, quando estava envolvida na Igreja Católica. Para mim, foi mais um dia, apenas sem comida nem bebida. Talvez porque era muito jovem, a experiência não foi nada de especial.

O meu marido jejua muitas vezes, em função de certas práticas e rituais que realiza. Por exemplo, uma das mais lindas que fazemos com grupos grandes de pessoas é no Losar, na passagem de ano Tibetana. Recolhemos fundos, para quem quiser participar, acordamos muito cedo mesmo, sem comer, vamos ao mercado, compramos mariscos e outros animais acabados de pescar e que ainda estão vivos e vamos até ao mar, num sítio distante onde não haja pescadores. Recitamos alguns mantras a todos esses animais, proporcionando-lhe o Dharma, para que eles possam evoluir e depois são atirados ao mar... é lindo vê-los na água a ir embora. Nesse dia, apenas comemos no final do mesmo, normalmente uma sopa muito leve.


Obrigado pela partilha, ,,,, eu a sério nunca jejuei , talvez 2 dias o máximo mas bebia água ou chá.


Mas considero que jejuar a sério seja talvez uma semana ou assim , não sei se conseguia, quanto mais 40 dias
A verdade doi, mas liberta

Eu nunca o fiz. E não consigo ver a vantagem, muito honestamente. :P

sofiagov
não faço jejum...o meu respeito por jesus não passa por jejuar.

Nunca fiz jejum, não porque sou contra mas porque nunca percebi o seu porquê.

Gostei sofia :)
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Mas jejum sem oração?

Simplesmente não comer? Como se faz um jejum como a igreja diz?



Jejum é uma palavra usada de formas variadas quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo do zero, idealmente atingindo o zero, por um período de tempo, geralmente pré-determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum, como a greve de fome política, jogos de desafio, vaidade para com o corpo. Os principais motivos, contudo, são religiosos ou medicinais.


Motivo médico

As cirurgias eletivas requerem um mínimo de 8 horas de jejum pré-operatório absoluto, idealmente 12 horas. A importância deste jejum é que durante o ato anestésico o paciente pode vomitar, indo o conteúdo do vômito diretamente para os brônquios, obstruindo a passagem do ar e ocasionando a morte. Além disso, cirurgias realizadas sobre o aparelho digestivo são dificultadas pela presença de alimentos.

Em cirurgias de urgência, como quando o paciente é baleado após um jantar, a técnica anestésica requer vários artifícios para evitar que o paciente aspire o conteúdo gástrico. Durante a cirurgia podem ser retirados diversos tipos de alimentos da cavidade abdominal.

O jejum pode ser necessário também após as cirurgias, por um tempo variável. Nestes casos pode ser necessária a nutrição enteral ou nutrição parenteral para suprir as necessidades do doente.

Motivos Religiosos

Cada religião tem um modo diferente de abordar a prática do jejum.

Católicos

A Igreja Católica distingue entre jejum e abstinência. O jejum é a abstinência total ou parcial de comida e bebida (com excepção da água) enquanto que a abstinência é abster-se de alguma coisa que seja mais pesada ou mais cobiçada.

Durante toda a Quaresma é proposta aos Católicos o jejum, a oração e/ou a abstinência a fim de que estes possam experienciar os quarenta dias que Jesus jejuou no deserto. Durante esse período é proposto que se abstenham de comer ou fazer algo e que o dinheiro que sobre dessa abstinência seja entregue a boas causas. Nas Sextas-feiras da Quaresma pode ser proposta, por exemplo, a abstinência de carne, por esta ser um alimento mais pesado e tradicionalmente mais caro.

Na Sexta-Feira Santa e na Quarta-Feira de Cinzas são os dias em que a Igreja estimula o jejum.

O jejum não é proposto a pessoas em condições especiais de vulnerabilidade: crianças, enfermos, viajantes, pessoas idosas ou muito fracas, e mulheres grávidas.

Os Pastorinhos de Fátima faziam frequentemente jejum pela expiação dos pecados do mundo.

Evangélicos

Os Evangélicos não tem datas específicas para jejuar. Jejum é baseado no sentido bíblico literal, que é uma forma de 'matar a carne'.Significa que a pessoa se dispõe a ferir suas vontades carnais( como vícios, mágoas, malicias e etc) através de jejum quase que geralmente acompanhado de oração, quando você 'mata a carne', você está fortalecendo o seu espírito, vencendo motivações egoístas e assim, estar mais sensível a presença de Deus. O jejum pode ser a abstinência não só de alimentos e líquidos, mas de qualquer coisa ou hábito que tenha se tornado 'indispensável', como forma de entrega e dependência real de Deus. O jejum eficaz é acompanhado de leitura bíblica e oração. Ele também varia de acordo com a idade, condição de saúde, necessidade de esforço entre outros. O modo de se jejuar no meio evangélico é acompanhado de oração e leitura/meditação na Bíblia. Jejuando, a pessoa fica mais forte espiritualmente e mais resistente ao diabo e às tentações carnais. É comum que não demonstre para outras pessoas seu jejum, pois isto se trata de um ato particular entre o homem e Deus. O jejum tem a finalidade de deixar o ser humano mais íntimo de Deus. Isaías cap. 58, Mateus cap. 6:16-18.

Muçulmanos

O jejum é observado durante todo o mês do Ramadão, da alvorada ao pôr-do-sol, eles não comem e não bebem nada, nem mesmo água, o jejum também aplica-se às relações sexuais. O crente deve não só abster-se dessas práticas como também não pensar nelas e manter-se concentrado em suas orações e recordações de Deus, sendo neste mês a freqüência mais assídua à mesquita. Além das cinco orações diárias (salá), durante esse mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).

O jejuador deve abster-se de tudo que vai contra a moral, pois o jejum é visto como uma grande prática de disciplina e da doutrina, tanto espiritual como moral. A ação não se limita somente à abstinência de comer ou beber, mas também de todas as coisas más, maus pensamentos ou maus atos. O jejuador deve ser indulgente se for insultado ou agredido por alguém, deve evitar todas as obscenidades, ser generoso, bem mais do que os outros meses e aumentar a leitura do Alcorão.

Gandhi

Mahatma Gandhi teria feito jejum dezessete vezes, sempre em solidariedade às pessoas que passavam fome ou para protestar contra a violência, lutando para libertar seu povo de forma não-violenta.

Judeus

Os judeus fazem jejum no Dia do Perdão (Yom Kippur). Do pôr-do-sol de um dia ao pôr-do-sol do outro dia, eles não comem e não bebem nada, nem mesmo água.

Budismo (Buddha Dharma)

Os Budistas vêem o ato do jejum como uma reflexão quando aos necessidade de consumir. Normalmente possuem uma forma de se alimentar com respeito ao seu alimento, com consciência do que foi morto e quem trabalhou para que a comida chegasse até você (por tal, normalmente mantem o hábito de agradecer em oração há todos estes), além de comerem o mínimo necessário para sua sobrevivência em respeito ao seu alimento (normalmente apenas uma porção igual ao seu punho fechado por dia). Por tal, o jejum muitas vezes é um ato de sacrifício pessoal em respeito ao seu alimento e uma forma de refletir a importância dos seus alimento e seus vícios.

Santos dos Últimos Dias

Os santos dos últimos dias (também conhecidos como mórmons) são encorajados a praticar o jejum completo (abstinência total de alimentos e líquidos) durante um período que inclua duas refeições (aproximadamente 24 horas), em todo primeiro sábado/domingo* de cada mês. (*Iniciando no almoço ou jantar do sábado e concluindo na mesma refeição no domingo.) O jejum também pode ser praticado durante outros dias do mês, conforme a vontade do praticante, sendo a prática do mesmo no primeiro domingo reforçada por uma reunião especial, onde os santos dos últimos dias têm a liberdade de relatarem suas experiências pessoais e prestarem testemunho de suas crenças. Durante o jejum, os praticantes mórmons se dedicam mais especificamente à leitura e estudo das escrituras e à oração. A quantia que seria gasta no preparo dessas duas refeições é doada para um fundo específico da Igreja, que o utiliza para tratar dos necessitados. Os santos dos últimos dias consideram o jejum como um meio de desenvolver auto-controle, buscar bênçãos divinas e refinar o espírito.

Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia

Os membros da Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia (também conhecidos como crente-espiritual) praticam o jejum completo (abstinência total de alimentos e líquidos) durante períodos determinados, normalmente aos sábados, iniciando ao amanhecer, e concluindo ao meio dia, ou ainda às 18:00 horas), em todos os momentos que necessite fazer uma oferta per si, ou ainda em benefício de um irmão, parente, ou amigo. Durante o jejum, os praticantes se dedicam mais especificamente à leitura e estudo das escrituras, à oração, e ao cultivo de cânticos (hinos).Os crentes da doutrina consideram o jejum como um meio de buscar bênçãos divinas, do desenvolvimento de dons, de encontrar entendimento espiritual, e refinar o espírito.

Fé Bahá'í

O Jejum Bahá'í, consiste em que no último mês do Calendário bahá'í, que compreende o período de 2 a 21 de março, os bahá'ís abstêem-se de alimentos e bebidas do nascer ao pôr-do-sol.O jejum não é obrigatório para crianças, enfermos, viajantes, pessoas idosas ou muito fracas, gestantes ou os que possuem trabalhos pesados. Embora essa abstinência seja realizada fisicamente, a ideia dessa prática é de origem espiritual, representa a purificação do corpo através do desprendimento a desejos mundanos ou egoístas.


fonte: wikipédia
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Puca
Faço regularmente um dia de jejum com a intenção de desintoxicar o organismo, só bebo água e uns sumos especiais para limpeza energética e orgânica. Sem nenhuma conotação religiosa. Não me custa nada, até sabe bem, depois sinto-me mais leve e cheia de energia. :)

Bem ler este tópico.......deu-me fome... Eu jejuar só quando tenho gastro enterites...em que a médica me obriga a dois dias por uma colher de água ou chá de 15 em 15 minutos na boca....  N consigo imaginar me sem a papinha boa.... O meu respeito e a minha fé vão alem de passar fome.... Acredito que Ele não fique ofendido nesse sentido.

BlackMiau
Se eu fizesse jejum era ida directa de charola para o hospital... minhas ricas bolachinhas...

Um dia de jejum só faz bem, desde que se beba muita água. Serve para eliminar toxinas.

#12
Citação de: oculto em 03 abril, 2015, 06:33
Um dia de jejum só faz bem, desde que se beba muita água. Serve para eliminar toxinas.
[/quote


Eis um bom comentário. Tem toda a razão.

O meu encontro com Deus, faço todos os dias: faço orações, sou voluntária, leio a Bíblia regularmente. Mantém a minha fé. Isso também é jejum.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: Faty Lee em 31 março, 2015, 11:03
Eu já o fiz, quando estava envolvida na Igreja Católica. Para mim, foi mais um dia, apenas sem comida nem bebida. Talvez porque era muito jovem, a experiência não foi nada de especial.

O meu marido jejua muitas vezes, em função de certas práticas e rituais que realiza. Por exemplo, uma das mais lindas que fazemos com grupos grandes de pessoas é no Losar, na passagem de ano Tibetana. Recolhemos fundos, para quem quiser participar, acordamos muito cedo mesmo, sem comer, vamos ao mercado, compramos mariscos e outros animais acabados de pescar e que ainda estão vivos e vamos até ao mar, num sítio distante onde não haja pescadores. Recitamos alguns mantras a todos esses animais, proporcionando-lhe o Dharma, para que eles possam evoluir e depois são atirados ao mar... é lindo vê-los na água a ir embora. Nesse dia, apenas comemos no final do mesmo, normalmente uma sopa muito leve.

Boas,

Se quiser partilhar, gostava de saber/compreender o porquê de abandonar a Igreja e seguir outras formas de espiritualidade?

Cumprimentos

#14
Citação de: J.ace em 17 abril, 2015, 15:39
Boas,
Se quiser partilhar, gostava de saber/compreender o porquê de abandonar a Igreja e seguir outras formas de espiritualidade?
Cumprimentos

J.ace, são percursos de vida e experiências pessoais. Eu frequentei a igreja e fiz até ao Crisma. Sai da igreja tinha 17 anos. Fui catequista e fui presidente de um grupo de jovens, fazíamos diversas coisas diferentes relacionadas com a Igreja. Pertenci ao coro da igreja até essa altura. Foram muitos anos.

Aos 12 anos comecei a ter problemas de incorporação, muito graves, premonições, visões, audições, psicografias e ninguém sabia o que eu tinha. Corri imensos médicos, psiquiatras, fui a imensos padres que diziam que fechavam a morada, isto e aquilo... O cansaço era terrível, emagrecia a olhos vistos, não comia, não consegui estudar, sair à rua, porque não estava bem. O que é certo é que ninguém da igreja me ajudou naquela altura. Todos os padres, amigos da família e conhecidos, davam "dicas" mas ninguém conseguia fazer nada. Ainda hoje me lembro de algumas caras deles... de olhos esbugalhados a olhar para mim e sem saber o que fazer. Era água benta, incensos, rezas, crucifixos... nada resultou.

Um dia, um padre, amigo, que já morreu, em conversa com a minha mãe, sugeriu-lhe que ela procurasse outros "locais". Aliás um dos últimos médicos com quem estive, sugeriu o mesmo aos meus pais. Apesar de incrédulos com toda a situação, porque os meus pais são católicos e nunca acreditaram no espiritismo, resolveram então levar-me a um CE. Neste local, consegui reaver a minha vida. Foi lá que me disseram o que eu tinha, o que tinha que fazer, o que tinha que evitar. Tive pessoas que se importaram comigo, pelo facto de eu ser muito nova, que me apoiaram e me ajudaram durante cerca de 5 anos. Um ano depois de frequentar o CE, eu já estava novamente a viver...

Não sei se acredita ou não no espiritismo, mas não é agradável estar num supermercado ou em outro local da rua e desmaiar, começar a dizer coisas "estranhas", verbalizar nomes de pessoas, etc... até que alguém se identificava e dizia que era a tia, a irmã, o filho, ou isto ou aquilo.

Mesmo assim, mesmo frequentando o CE continuava a ir à igreja, até que deixei definitivamente de o fazer. Não tenho religião. Mas tenho espiritualidade. E essa, aponta sempre no mesmo sentido - Deus -, independentemente de ter uma filosofia de vida budista, New Age, o que lhe quiser chamar... Deus está no centro de toda a minha vida existência. Ele sempre foi a minha maior proteção e a ele confiei, já há muito tempo, a minha vida e a minha alma. Comecei a investigar, a ler, a pesquisar e tudo começou a fazer sentido. Todas as peças se começaram a encaixar e alguns conceitos "pesados" como "pecado", "escolhidos", "promessas", "ladainhas" etc... deixaram de fazer sentido para mim.

Hoje, com 46 anos vejo que foi um percurso enorme de aprendizagem. Poderia não ter aceite nada disso, mas fiz de coração aberto e hoje voltaria novamente a fazê-lo. Quando me apetece também vou à missa e não me choca nada fazê-lo, porque o Deus em quem eu acredito está em todo o lado onde eu possa estar. Quando me apetece também faço novenas, rezo o terço, pois sei que são "orações" poderosas para quem acredita.  

Como lhe disse, foi apenas um percurso de vida. Se nada me tivesse acontecido, certamente que continuaria filiada à igreja... ou talvez não... pois muitas questões ficaram, para mim, sem resposta. Eu acredito que a nossa maior evolução é interior, independentemente de dogmas ou credos. Porque Deus está em todos os seres que abrem o seu coração a Ele. E eu abri!

Bem-haja.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Faty Lee em 17 abril, 2015, 17:48
J.ace, são percursos de vida e experiências pessoais. Eu frequentei a igreja e fiz até ao Crisma. Sai da igreja tinha 17 anos. Fui catequista e fui presidente de um grupo de jovens, fazíamos diversas coisas diferentes relacionadas com a Igreja. Pertenci ao coro da igreja até essa altura. Foram muitos anos.

Aos 12 anos comecei a ter problemas de incorporação, muito graves, premonições, visões, audições, psicografias e ninguém sabia o que eu tinha. Corri imensos médicos, psiquiatras, fui a imensos padres que diziam que fechavam a morada, isto e aquilo... O cansaço era terrível, emagrecia a olhos vistos, não comia, não consegui estudar, sair à rua, porque não estava bem. O que é certo é que ninguém da igreja me ajudou naquela altura. Todos os padres, amigos da família e conhecidos, davam "dicas" mas ninguém conseguia fazer nada. Ainda hoje me lembro de algumas caras deles... de olhos esbugalhados a olhar para mim e sem saber o que fazer. Era água benta, incensos, rezas, crucifixos... nada resultou.

Um dia, um padre, amigo, que já morreu, em conversa com a minha mãe, sugeriu-lhe que ela procurasse outros "locais". Aliás um dos últimos médicos com quem estive, sugeriu o mesmo aos meus pais. Apesar de incrédulos com toda a situação, porque os meus pais são católicos e nunca acreditaram no espiritismo, resolveram então levar-me a um CE. Neste local, consegui reaver a minha vida. Foi lá que me disseram o que eu tinha, o que tinha que fazer, o que tinha que evitar. Tive pessoas que se importaram comigo, pelo facto de eu ser muito nova, que me apoiaram e me ajudaram durante cerca de 5 anos. Um ano depois de frequentar o CE, eu já estava novamente a viver...

Não sei se acredita ou não no espiritismo, mas não é agradável estar num supermercado ou em outro local da rua e desmaiar, começar a dizer coisas "estranhas", verbalizar nomes de pessoas, etc... até que alguém se identificava e dizia que era a tia, a irmã, o filho, ou isto ou aquilo.

Mesmo assim, mesmo frequentando o CE continuava a ir à igreja, até que deixei definitivamente de o fazer. Não tenho religião. Mas tenho espiritualidade. E essa, aponta sempre no mesmo sentido - Deus -, independentemente de ter uma filosofia de vida budista, New Age, o que lhe quiser chamar... Deus está no centro de toda a minha vida existência. Ele sempre foi a minha maior proteção e a ele confiei, já há muito tempo, a minha vida e a minha alma. Comecei a investigar, a ler, a pesquisar e tudo começou a fazer sentido. Todas as peças se começaram a encaixar e alguns conceitos "pesados" como "pecado", "escolhidos", "promessas", "ladainhas" etc... deixaram de fazer sentido para mim.

Hoje, com 46 anos vejo que foi um percurso enorme de aprendizagem. Poderia não ter aceite nada disso, mas fiz de coração aberto e hoje voltaria novamente a fazê-lo. Quando me apetece também vou à missa e não me choca nada fazê-lo, porque o Deus em quem eu acredito está em todo o lado onde eu possa estar. Quando me apetece também faço novenas, rezo o terço, pois sei que são "orações" poderosas para quem acredita. 

Como lhe disse, foi apenas um percurso de vida. Se nada me tivesse acontecido, certamente que continuaria filiada à igreja... ou talvez não... pois muitas questões ficaram, para mim, sem resposta. Eu acredito que a nossa maior evolução é interior, independentemente de dogmas ou credos. Porque Deus está em todos os seres que abrem o seu coração a Ele. E eu abri!

Bem-haja.

Boas,

Agradeço a resposta que julgo ser sincera.

É engraçado como a vida é, mas eu hoje com 47 anos fiz precisamente o percurso inverso ao seu.

Por influência da minha Mãe, muito devota, mas muito dada a tudo o que é sobrenatural, tive uma infância/adolescência rodeada de cartomantes, rezas, defumadoiros, espiritas, religiões africanas, terreiros, etc.

Depois de muito ter visto e observado, cheguei à conclusão que tudo aquilo que necessitava estava na Igreja e ao afastar-me dessas coisas só beneficiei.

Também li muito, pesquisei sobre diversos temas e religiões tendo chegado à conclusão que a verdade está nas escrituras e ao alcance de todos.

Todavia o que aqui interessa é o percurso que nos leva a ser feliz.

Cumprimentos

Queria só dizer que gostei muito de ambas as vossas respostas...

Bem hajam!

Citação de: cleopatra em 02 abril, 2015, 13:21
Muçulmanos

O jejum é observado durante todo o mês do Ramadão, da alvorada ao pôr-do-sol, eles não comem e não bebem nada, nem mesmo água, o jejum também aplica-se às relações sexuais. O crente deve não só abster-se dessas práticas como também não pensar nelas e manter-se concentrado em suas orações e recordações de Deus, sendo neste mês a freqüência mais assídua à mesquita. Além das cinco orações diárias (salá), durante esse mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).

O jejuador deve abster-se de tudo que vai contra a moral, pois o jejum é visto como uma grande prática de disciplina e da doutrina, tanto espiritual como moral. A ação não se limita somente à abstinência de comer ou beber, mas também de todas as coisas más, maus pensamentos ou maus atos. O jejuador deve ser indulgente se for insultado ou agredido por alguém, deve evitar todas as obscenidades, ser generoso, bem mais do que os outros meses e aumentar a leitura do Alcorão.
Eu já fui da religião islâmica, posso dizer que o jejum para mim sempre foi algo muito agradável. Além de sentir-me bem espiritualmente durante e após o jejum, é muito boa aquela sensação que você está tendo domínio próprio, esta controlando os impulsos e não sendo controlado. Ainda pratico o jejum, não mais no Ramadão, mas continuo com essa prática que pra mim é solene :)
Cada pessoa é uma pessoa para cada pessoa