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  • Serviços ‘low cost’ permitem poupança até 50% (13-11-09)
    Iniciado por Lunática
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Lunática
Desde seguros, passando pelas viagens, aos automóveis e até mesmo aos funerais, em todas as áreas é possível encontrar serviços a baixo custo.

Diz a sabedoria que a necessidade aguça o engenho. A actual crise financeira e económica colocou à prova o adágio popular. E o teste foi superado com distinção. O aumento do desemprego e das dificuldades das famílias portuguesas levou ao aparecimento de serviços e de produtos que se caracterizam por baixos preços. O 'low cost' veio para ficar e está a estender-se a cada vez mais áreas. No início, a generalidade dos consumidores ligava o 'low cost' apenas às transportadoras áreas, como a easyjet ou a Ryanair. Mas actualmente existem automóveis 'low cost, seguros e, até mesmo, funerais a baixo custo. Em comum todos eles têm um único factor: preços mais reduzidos face aos praticados nos canais tradicionais.

Um dos últimos sectores onde essa tendência se sentiu foi no ramo automóvel. A Renault introduziu em Maio de 2008 a marca 'low cost' Dacia, com vários modelos. O mais barato, o Sandero (comparável com o Renault Clio) está disponível com preços a partir dos 9. 690 euros e que podem chegar até aos 15.000 euros. "Para um modelo equivalente em motorização e em equipamento, um Dacia Sandero custará menos 3.500 a 4.000 euros", refere fonte do gabinete de comunicação da Renault. Mas a poupança poderá chegar até 50%. A Renault refere que no caso do modelo Dacia Logan ( uma carrinha com lotação até sete lugares)"não anda longe de custar metade do preço de outro automóvel de passageiros de sete lugares do mercado", refere a mesma fonte.

Como se conseguem obter preços tão baixos? Um dos factores que ajuda a pressionar os preços é a utilização de soluções técnicas já testadas em outras gamas da Renault, bem como da utilização de componentes de outros modelos.

Ainda "sobre rodas", os serviços 'low cost' já chegaram também aos seguros do ramo automóvel. É o caso da Ok Teleseguros, da LogoSeguros ou da NSeguros. "São seguradoras que pertencem a grupos financeiros que têm bancos e mesmo seguradoras tradicionais", refere Mónica Dias, especialista da Deco para a área de seguros. Como se tratam de seguradoras que operam via telefone, "não têm custos fixos com os balcões, nem necessitam de um número de funcionários tão alargado. Ou seja, os custos fixos são bem menores, o que lhes permite praticar preços mais baixos", explica Mónica Dias.

A mesma especialista garante que os prémios destas seguradoras telefónicas permitem obter uma "poupança muito significativa", face a uma apólice tradicional. Embora seja difícil determinar com exactidão os valores de poupança que se podem obter entre um seguro subscrito numa seguradora 'low cost' e uma companhia tradicional, o Diário Económico fez uma simulação, com base no simulador da Deco, e para o exemplo escolhido, a apólice mais barata pertencia a uma seguradora telefónica. Além disso o prémio a pagar nesta apólice 'low cost' era 25% inferior à segunda melhor opção, proveniente de uma seguradora tradicional.

Mas há casos em que a poupança pode mesmo ultrapassar os 50%. É o caso dos funerais de baixo custo. Com a introdução da marca Funerária Popular (da Servilusa) é possível fazer um funeral com um custo entre 500 e 700 euros. Quando, em média, um funeral tradicional custa 2500 euros.

Mas, provavelmente, a área onde o conceito 'low cost' está mais implementado será a do turismo- não só via companhias aéreas, mas também pelas unidades hoteleiras. O primeiro hotel a surgir em Portugal com estas características foi o Hotel Star Inn Porto, em Outubro de 2008. Nesta unidade os preços variam entre os 29 euros e os 69 euros. Um valor que, segundo Catarina Vaz, directora do hotel, permite uma poupança face a uma unidade hoteleira tradicional que poderá oscilar entre os 20 e os 50 euros. "Toda a concepção e construção do hotel foi pensada para permitir vender quartos a baixo custo, sem abdicar do conforto e do design", a directora. Por exemplo: os quartos não têm banheira, nem existe 'room service'. Por outro lado, o cliente tem disponível 24 horas por dia um serviço de cafetaria, 'self-service'. Pequenos detalhes que permitem às empresas praticar preços mais baixos.


In Económico