Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.424
Total de mensagens
369.456
Total de tópicos
26.916
  • O Lado da Razão
    Iniciado por Arghallad
    Lido 10.934 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Muito bom! Estou à espera do próximo capítulo!
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

   Sérgio estava a ter um dia horrível. Tentou, através dos relatórios das autópsias descobrir as causas das mortes do Dr. Carlos e do Dr. Aurélio. Bem, conseguir, de facto conseguira. O Dr. Carlos tinha sido dado como morto por doença crónica fulminante, embora não houvesse explicação nenhuma para o facto de um homem de 37 anos, extremamente saudável e com uma alimentação cuidada e diversificada. Quanto ao Dr. Aurélio, a causa da morte fora perda abundante de sangue através de esfaqueamento múltiplo. Ambas iam de acordo com as informações que tinham, mas algo na morte do Dr. Carlos não fazia sentido. Tinha de tentar investigar mais a fundo os contornos da sua morte. Soube que o Dr. havia sido encontrado numa manhã, em casa, morto na cozinha. Mas a esposa, Dra. Noémia não se encontrava em casa nessa manhã. De início ainda pensou que a mesma já tivesse ido para a Universidade, mas ficou a saber através de alguns colegas que a Dra. só entraria na Universidade às 11 horas da manhã. O Dr. Carlos foi encontrado morto em casa ás 9 horas. Através de alguns vizinhos, ficou a saber que a Dra. estivera fora toda a noite. No entanto, uma vizinha tinha visto uma viatura Mercedes, preta, estacionada á porta da casa durante a noite. Um vizinho, que era vendedor de automóveis, depois dissera-lhe que a viatura era uma Mercedes Benz CLA 45 AMG 5. Um dos últimos modelos de luxo lançado pela marca, de cor preta. Sérgio fez um pouco de investigação, e facilmente ficou a saber que ninguém ligado ao Dr. Carlos possuía uma viatura dessas. E o carro da Dra. Noémia era um BMW cinza-prateada. Tinha mais uma coisa a descobrir. A quem pertencia a viatura. Podia ser que o Dr. Carlos tivesse uma amante? E onde andava a Dra. Noémia nessa noite? Depois de ter efectuado toda a investigação, decidiu ir almoçar. Entrou no seu carro, e conduziu até um restaurante novo que encontrara no Parque das Nações, e do qual gostara muito. A caminho do restaurante, decidiu passar pelo escritório. Talvez a Patrícia quisesse ir almoçar com ele. Estacionou no parque e desligou o motor. Pegou no telemóvel e ligou para o escritório. Logo ao primeiro toque, Patrícia atendeu.
   - Estou sim Detective Sérgio.
   - Estou. Estou aqui em baixo, no carro. Queres vir almoçar comigo? Já tratei do que o Pedro me pediu.
   - Sérgio, sabes perfeitamente que não posso.
   - Porquê? O Pedro não está cá, não temos mais nada a tratar. E toda a gente tem de comer.
   - Mas, e se o Pedro descobre que estamos juntos? Sabes que ele me despede.
   - Não despede nada. E como é que ele vai descobrir? Não trabalha mais ninguém nesse escritório a não sermos nós os três. E depois, o Pedro é meu amigo e gosta de ti. Ele não te vai despedir por causa disto. Anda desce. Senão, vou aí acima buscar-te.
   - Sérgio, a sério. Tu sabes o que já me aconteceu com romances no local de trabalho.
   - Era completamente diferente Patrícia. Nessa firma, o teu chefe queria saltar-te para cima e quando descobriu que estavas a namorar com um colega, despediu-vos aos dois. Agora, o patrão sou eu e o Pedro. E ele ainda é louco pela mulher.
   - Sim, eu sei Sérgio. Mas fiquei sozinha na mesma.
   - Isso, foi porque o estúpido do teu ex-colega culpou-te pelo despedimento. Se ele realmente gostasse de ti, não te tinha deixado sob esse pretexto. Agora chega Patrícia. Desce, senão vou-te aí buscar.
   - Está bem. Desço já.
   - Linda menina. Aí está o meu amor. Até já.
   - Até já. Beijo. Tolo. – ela disse, e desligou. Ele sorriu ao ouvir a última palavra por ela proferida. Ele compreendia o receio dela. Patrícia era uma rapariga de 28 anos, cabelo negro comprido e liso, olhos castanhos, de uma beleza natural que ela tendia a esconder por baixo da normal tinta, que muitas mulheres acreditam que as faz parecer mais bonitas. No caso da Patrícia, de facto fazia. Mas após uma noite, em que Sérgio colocou a rapariga de frente a um espelho, na casa de banho de sua casa, ela passou a pintar-se muito menos, optando por usar menos pinturas. Aquilo a que ela chamava "apenas o essencial". Estava a relembrar o episódio, enquanto esperava pela namorada. Ele perguntara-lhe porque razão ela usava tantas pinturas na cara, e ela respondeu-lhe que era para ficar mais bonita para ele. Ele então pegou nela pela mão e levou-a á casa de banho. Depois obrigou-a a retirar todas as pinturas da face. No final, colocou-se por trás dela, abraçado a ela, de frente para o espelho.
   - "Olha para o espelho. O que vês?"
   - "Vejo-me a mim e ao meu querido namorado abraçado a mim. Porquê?"
   - "Só isso?"
   - "Devia ver mais alguma coisa? Escondeste alguma coisa por trás do espelho que eu só consiga ver sem pinturas na cara?" – ela perguntara-lhe com um tom brincalhão.
   - "Não. Pelo contrário. O que te quero mostrar está mesmo á tua frente, e neste momento, não está escondido."
   - "Do que é que tu estás a falar, Sérgio?" – ela perguntou, erguendo uma fina sobrancelha.
   - "De ti. Olha bem para ti. Olha bem para a tua cara sem tinta. És uma mulher lindíssima Patrícia. Tu vês-te a ti. Eu vejo a mulher mais linda que alguma vez conheci. E não entendo porque razão ela tem de esconder a sua beleza natural, por baixo de camadas de tinta, de uma beleza falsa. Tu és tão linda Patrícia."
   - "Preferes ver-me sem pinturas? É isso que me estás a tentar pedir-me?"
   - "É. E se tiveres de usar pinturas, por favor, não te escondas debaixo delas."
   - "Está bem. Prometo-te." – E virou-se para ele, beijando-o. No dia seguinte, quando ele acordou, ela já estava a pé e já tinha preparado o pequeno almoço para ambos. Quando ele a viu, ela deu-lhe um resplandescente sorriso. Estava pintada. Mas desta feita, a pintura era muito mais suave, Continuava a ser cores pesadas, como o preto nos olhos e o vermelho para os lábios. Mas tratando-se de uma rapariga que usava roupa preta no seu dia a dia, as cores assentavam-lhe muito bem. No entanto, o vermelho era mais claro, e o risco era mais suave. Foi trazido á realidade pelo som da porta do carro a fechar. Deu um beijo a Patrícia, e pôs-se a caminho do Parque das Nações para irem almoçar. Chegaram ao restaurante e sentaram-se a uma mesa. Durante a refeição conversaram acerca do caso em mãos e trocaram ideias. Depois do almoço, enquanto os cafés não chegavam e Patrícia se deliciava com uma sobremesa composta por um trio de mousses de chocolate, Sérgio foi até á esplanada, com as coisas de ambos e sentou-se a uma mesa. Os cafés eram para ser servidos ali. Uma vez sentado, fumou um cigarro. Ia já a meio, quando Patrícia chegou e se sentou do outro lado da mesa.
   - Então gulosa. Como estava a mousse?
   - Divinal. Devias ter provado.
   - É melhor não. Estou quase a rebentar pelas costuras. Mas olha, estive a pensar no que me disseste.
   - E então?
   - Vou ligar ao Pedro. É melhor que eu lhe diga tudo agora. Talvez a informação lhe dê jeito. Não te importas, pois não?
   - Claro que não tolinho. Liga-lhe lá, que eu vou ver o que se passa para o café ainda não ter chegado. Devem estar a construir a máquina ainda.
E ela afastou-se, deixando-o sozinho para falar com o colega. Puxou do seu Iphone 5C, e marcou o número. Encostou o telemóvel ao ouvido, e aguardou, enquanto ouvia os toques, um a seguir ao outro.

(CONTINUA)
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Agora quero mousse ;D

Espero que o próximo esteja a ser escrito agora mesmo! :P
http://esotericbjarkan.blogspot.pt/
"Men have enslaved each other... since they invented gods to forgive them for doing it."
"Compassion for animals is intimately associated with goodness of character, and it may be confidently asserted that he who is cruel to animals cannot be a good man."

Citação de: LilithP em 17 outubro, 2014, 17:49
Agora quero mousse ;D

Espero que o próximo esteja a ser escrito agora mesmo! :P

Por acaso, não está. Mas está para breve.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.


atenção iphone 5C não é um iphone qualquer!  ;)
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Shelly, segunda feira o mais tardar já terão o próximo.

Cody, foi a primeira coisa que me veio há cabeça.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Citação de: cody sweets em 17 outubro, 2014, 19:59
atenção iphone 5C não é um iphone qualquer!  ;)

Pois nao... é o 5c...

Citação de: ShellyTantrum em 17 outubro, 2014, 20:03
Pois nao... é o 5c...

Vou ser sincero. Nem sei se esse modelo existe. Mas não ia dizer Iphone 6, não é?
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Sim existe mas o 6 é que é! Não é um telemovel qualquer que se dobra!
o meu não dobra! >:(

Vamos agora ao que interessa, novamente parabéns!
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

A chamada foi atendida ao quarto ou quinto toque.
   - Estou, Sérgio. Fala comigo companheiro. O que tens para nós?
   - Pouca coisa. Fiquei a saber que a morte do Dr. Carlos foi de causas naturais. Doença súbita fulminante, mas não existe explicação para o aparecimento da mesma. Quanto ao Dr. Aurélio, a causa da morte foi perda massiva de sangue devido a esfaqueamento. No entanto, fiquei a saber que a nossa cliente não estava em casa na noite em que o seu esposo faleceu. Aliás, o corpo foi encontrado de manhã pela empregada, que chamou a polícia e o INEM, mas durante a noite toda, a Dra. Noémia não esteve em casa. Durante essa mesma noite, um dos vizinhos viu uma viatura estacionada em frente á casa. Pude também verificar que a viatura não pertence nem á Dr.ª nem ao Dr.
   - Será que o fulano tinha uma amante?
   - E será que ela tinha também um?
   - Não creio. Lembra-te que na altura da morte do esposo, a Dr.ª encontrava-se a trabalhar no cadáver do humanoide que encontraram, com o Dr. Aurélio. Mas mesmo assim, vale a pena verificar.
   - Ok, eu trato disso. Falaste com a viúva do Dr. Aurélio?
   - Epah, não. Desculpa, mas tive de fazer um desvio. – Ele disse, enquanto ao seu lado Sara lhe pedia para enviar cumprimentos a Sérgio.
   - Isso foi a voz da Sara que eu ouvi?
   - Sim, foi.
   - O que é que tu estás a fazer com ela? – Sérgio perguntou, a morrer de curiosidade. Nessa mesma altura, chegava Patrícia com os cafés.
   - Estás a falar com o Pedro? – ela sussurrou.
   - Estou. Ele está com a Sara. – ele respondeu da mesma forma. Os olhos dela esbugalharam-se.
   - A sério? O que é que eles estão a fazer juntos?
   - Shiu. Não sei, já te explico. Bebe o café. – ele disse-lhe, enquanto Sérgio falava do outro lado. – Desculpa, distraí-me com uma coisa. O que é que estavas a dizer?
   - Caraças meu. Eu aqui a falar para o boneco enquanto andas a olhar para as gajas? Estava-te a dizer que estou no cemitério com a Sara a visitar a campa de um amigo próximo que faleceu recentemente. Só hoje é que tivemos conhecimento.
   - Mas vocês estão juntos de novo?
   - Epah, oh meu... é complicado. Depois no escritório explico-te tudo.
   - Está bem, está bem. Queres que eu vá a Cascais falar com a Sr.ª? Aprovei-to e fechamos essa capítulo. Temos de nos focar nas mortes dos Drs. Algo aqui não me cheira bem. E aquele veículo não identificado... Tenho de descobrir a quem pertence. Nem sequer uma matrícula tenho.
   - Está bem, faz isso. Eu entretanto, vou ver o que consigo arranjar nos desaparecimentos e mortes das moças. Tentar ver os relatórios da autópsias para ver se lhes faltava algum órgão ou assim.
   - Ok. Até logo meu. Depois falamos.
   - Até logo. Ah, quase me esquecia. Vê se não tiras muitas medidas ás míudas na rua, senão chibo-me á Patrícia.
   - A quem? – Sérgio perguntou, tentando parecer confuso. – Do que é que estás a falar?
   - Vocês os dois devem julgar que eu sou estúpido, ou cego. Depois no escritório conversamos. – ele disse, e desligou a chamada, sem que no entanto Sérgio o ouvisse a rir.

(CONTINUA)
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

ahaha, pensava o sérgio que essas coisas não se notam... por mais que se disfarce... não há hipotese...LOOOL

Queremos mais!! :D

E lá vai quase um ano desde o último update, que pena haver tantos tópicos assim no nosso PP...

Tenho tantas saudades dos velhos tempos desde fórum, tenho mesmo.... :(
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"