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  • As Escritas Mágicas do Passado - por Rubens Saraceni
    Iniciado por coenuno
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coenuno
As ESCRITAS MÁGICAS DO PASSADO

As escritas mágicas foram desenvolvidas no decorrer dos tempos, e só quem as desenvolveu sabia os significados que tinham e qual a funcionalidade delas dentro de um espaço mágico.
Os fundamentos das magias não são revelados em nenhum dos livros que pesquisei, ainda que travestidos de toda uma aura científica ou de alta magia, na verdade inscreveram letras de antigos alfabetos sem conhecerem as potências divinas correspondentes e sua ação vibratória.
Tudo o que circula na literatura mágica, encontrarão no livro Magus, de Francis Barret. Ele, sim, é um compilador de tudo o que circulava na Europa de então.
O seu livro, publicado pela primeira vez em 1801, foi a fonte de todos os estudiosos desde então, porque reuniu tudo o que existia e facilitou a vida de quantos recorreram a ele.
Transcrevemos aqui, na íntegra, o primeiro parágrafo da introdução
da sua edição de 1994, publicada pela editora Mercúrio Ltda.
"Esta é a primeira reimpressão fac-símile, feita neste século, de
Magus, de Francis Barret. Durante muitos anos foi um livro raro e caro,
um livro que poucos estudantes do ocultismo tinham a possibilidade
financeira de colocar em suas estantes e cujo conteúdo é pouco
conhecido. Na verdade, ele é pouco conhecido somente na íntegra, pois é
difícil um livro ter sido mais pilhado e furtado que este, pelos escritores
modernos de assuntos afins, que, desejando engrossar os seus próprios
tratados, transcreviam textualmente passagens inteiras da obra de
Barret, sem citar a fonte, dando assim a impressão de terem realizado
uma profunda pesquisa em textos medievais sobre magia".
Eis aí a verdade sobre tantos livros de "magia" que não funcionam,
pois Barret compilou o que existia, mas não nos transmitiu os fundamentos
ocultos, pois estes já haviam se perdido no tempo.
Compilar e mostrar o que existe à disposição do público é algo
louvável. Mas, muitos tentaram, copiando de Barret, criar uma magia riscada
desprovida de fundamentos, na qual os signos, símbolos e ondas vibratórias
inscritas não correspondiam "de fato" aos seus regentes divinos.
É certo que travestiram seus escritos de um intelectualismo ocultista
e deram uma impressão forte de que dominavam realmente um
conhecimento oculto. Mas hoje, de posse do livro de Barret, podemos ver
que se inspiraram nele, em Papus, em Elifas Levi e outros autores para trazer
algo sem fundamento e inoperante, pois as divindades não respondem
magisticamente a quem não conhece seus fundamentos e não foi iniciado
neles.
Com isso, com toda a confusão criada pelas "magias riscadas" impostas por alguns autores, a simples, prática, funcional e bem fundamentada escrita mágica foi sendo deixada de lado por muitos adeptos da magia, pois os tais livros traziam coisas diferentes nesse campo da magia.