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  • Mac Fie
    Iniciado por Filipa84
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MacFie

Escócia, 1601


     Sopravam os ventos enérgicos de Novembro, anunciando com vigor a chegada precoce de  um Inverno rigoroso.
     O Castelo dos MacFie erguia-se junto à falésia, as torres a apontar para o céu medonho, de nuvens carregadas em tons escuros de cinza. Junto ao solo, um nevoeiro denso envolvia as muralhas, tornando o castelo num fantasma flutuante.

     As mulheres não tinham mãos a medir, a preparar a fortaleza para os longos meses difíceis. Umas salgavam as peças de caça, e acondicionavam-nas, outras costuravam e remendavam roupas grossas e colavam solas de sapatos. Um grupo de crianças reunia e arrecadava pilhas lenha num recanto da cozinha.
     O chão e as paredes foram lavados, as velas das suspensões do tecto substiuídas, e o interior da fortaleza reluzia à sua luz dourada.
     Os tapetes que cobriam o chão e as paredes eram sacudidos e repostos aos seus lugares, tapando estrategicamente fendas da construção, para minimizar as aragens geladas.

     - A Aileen diz que as provisões de carne só chegarão até Janeiro ou Fevereiro. - Anunciou Cora a seu marido, preocupada.
     Blake, o laird do clã MacFie, era um homem calmo, sensato, e optimista. Por vezes, demasiado optimista para o gosto de sua esposa, uma mulher realista e prática.
     - Calma, mulher. Tudo correrá bem, não te preocupes com Fevereiro, se ainda vamos em Novembro!
     - Tarde ou não, ele chegará. Devias pensar em algo. - retorquiu Cora, com um trejeito reprovador, que lhe fazia nascer uma covinha na face.

     Blake amava a sua mulher, mais do que alguma vez imaginara vir a amar alguém.
     O casamento, como era normal na época, fora estrategicamente planeado, com a finalidade de selar uma aliança com os MacGregor, um clã respeitável, com um exército considerável. A união permitia a ambos os clãs unirem forças e aumentar o domínio de suas terras, estreitando as duas milhas que os separavam. Para além disso, o velho Darach, pai de Cora  prometia um bom dote a quem casasse a sua filha mais velha.

     Blake contava receber uma esposa obediente, educada, que organizasse as mulheres do castelo, tomasse as rédeas dos assuntos caseiros e que lhe desse uma mão cheia de filhos.
     Mas Blake encontrou muito mais do que isso, quando se deparou com Cora no altar e se olharam a primeira vez.
     Não, esta não era uma rapariguinha nervosa e inexperiente, infeliz por abandonar seu pai e sua família e ser entregue – em todos os sentidos - a um homem desconhecido. Nada disso.
     Cora trazia nos olhos determinação. Naquelas iris castanhas raiadas de dourado, não havia sinal de insegurança ou de receio. De queixo erguido, numa postura quase arrogante, olhava-o nos olhos de igual para igual.

     Fora precisamente neste momento que Blake percebeu que não teria um casamento convencional e sem dores de cabeça. Teve a nítida sensação que iria ser bem mais divertido.
    Não se enganara. Cora não era de todo uma mulher convencional, educada e moldada para agradar a seu esposo. Pelo contrário, era teimosa, cheia de garra e por vezes arrogante, tendo muitas vezes a audácia de questionar as decisões do marido. Isto seria mais que suficiente para despertar a ira de Blake e Cora ser castigada por desobediência. Mas Blake não se enfurecia com ela, de todo. Em boa verdade, fora precisamente este seu feitio difícil que o fizera apaixonar-se perdida e irremediavelmente por esta mulher invulgar. Primeiramente, fora um desafio, tentar domar uma mulher assim, tentar limitá-la ao que de facto lhe competia. Um desafio impossível, cedo se apercebeu. Cora era extremamente inteligente, e quando apresentava os seus argumentos, era complicado não lhe dar razão. Mas Blake não se sentia diminuído, ao lado dela. Pelo contrário, encontrou em Cora uma grande companheira, com quem podia e devia falar de tudo. Não tinha de a poupar a preocupações e partilhava tudo com ela. Em todo o caso, não valia a pena esconder-lhe nada, pois ela acabaria por descobrir.

     O único senão que assombrava este casamento, era a ausência de filhos. Casados há já três anos, ainda não haviam sido abençoados por uma gravidez. Isto preocupava ambos, em silêncio. Era assunto que não se falava, mas que estava presente, todos os meses, quando Cora se via mentruada, uma vez mais.

     - Confia em mim, estou a pensar em algo. Quase me ofendes mulher, pensando que alguma vez vos deixaria à fome. - Resmungou Blake, já a congeminar um plano. Mas não podia deixar Cora interferir, pois o seu bom-senso deitaria tudo a perder.
     Surpreso, verificou que ela não levantou mais questões, continuando calmamente a costurar bainhas de vestidos.
     Desceu as escadas e dirigiu-se ao pátio onde os seus homens treinavam. Mandou suspender os treinos e reuniu cinco deles.

     Rapazes, preciso que se dirijam às terras de MacColl, vou mandar escrever uma carta, a convidar o velho Loghan e sua comitiva, a passarem cá uns dias. De regresso, tragam cerveja. Muita cerveja!
    Nenhum dos cinco homens questionou o motivo de tão estranha ordem, e todos se prontificaram a preparar suas trouxas e cavalos para a viagem de três dias.

     Loghan tinha sido grande amigo do pai de Blake, falecido em combate. Loghan e Elliot tinham inclusivé pensado casar os filhos, usando Evanna e Blake para cimentar a aliança de amizade entre os dois clãs. O velho Loghan ficara um pouco ressentido quando descobriu o casamento entre Blake e Cora, de quem nunca tinha ouvido falar. No entanto, como bom amigo de família que era, assitiu ao casamento, foi educado para com Cora e festejou animadamente. No fim, já bem ensopado em wisky, iniciou uma acesa discussão com Blake, expressando a sua mágoa de não ter considerado sequer casar-se com sua filha. Mas tudo acabou bem, não fosse Loghan um romântico incurável que captara de imediato o amor que vibrava entre aqueles dois.
     
     Dez dias depois, chegou Loghan, sua filha Evanna e dez de seus soldados.
     O castelo estava limpo e arejado, ramos de alfazemas espalhados conferiam ao ambiente uma nota de frescura floral. Tudo estava preparado para receber as visitas.
     Depois dos cumprimentos e cerimónias habituais, Loghan, Evanna e a guarda foram devidamente instalados em vários quartos, na ala este, para se lavarem e descansarem da longa viagem.
     À noite, a mesa encheu-se de fartas travessas de várias carnes assadas com mel, guarnecidas de longos espargos assados e couves cozidas. Canecas enchiam-se de cerveja e vinho, as vozes animadas e embriagadas ecoavam pelas paredes de pedra.

     Loghan e a sua guarda comiam e bebiam sem cessar, deixando Aileen preocupada. Comendo a este ritmo, as provisões não chegariam ao ano novo. O que teria passado pela cabeça do laird, convidar tantos homens esfomeados para passarem uns dias?
    - Ahh Blake, que saudades tinha de conviver assim, não há nada como reunir amigos á volta da mesa não é verdade? - Mais um brinde se fazia ouvir, as canecas embatendo e vertendo cerveja pela toalha. - Mas meu jovem, não creio que me tenhas convidado somente para por a conversa em dia e celebrar a nossa amizade, estou errado?
     - Não de todo, Sir Loghan! Queria mesmo conversar consigo acerca de um assunto delicado, e em boa verdade tinha gosto em vê-lo novamente. - respondeu Blake.
     - Assunto delicado? - O velho Blake largou uma sonora gargalhada, que quase fazia o castelo estremecer. - Oh homem, desembucha, que agora me deixaste curioso.

     - Bom, é acerca de nunca ter chegado a casar com Evanna...
     - Ohh rapaz, estais tonto? Perdeste o juízo? Ora joga para cá esse whisky, que deve ser dos bons! Esse assunto está mais que resolvido, estais enamorado de tua esposa, de quem tenho muita apreciação, é uma mulher como poucas, com garra, e assenta-te que nem uma luva. Sempre pensei que precisavas de uma mulher que domasse um pouco esse teu feitio sonhador. Não há ressentimentos meu Blake! - terminou com um sorriso e novo embate de canecas. E aqui entre nós, bem sabemos que tal casamento beneficiaria mais o teu clã, do que o meu, se é que me entendes... - Continuou, esfregando o polegar e o indicador em sinal de dinheiro.- No entanto o amor falou mais alto, e é assim mesmo que tem de ser, amigo! Duas enormes palmadas de apreço caíram nas costas de Blake, cortando-lhe a respiração. O velho era uma jóia de pessoa, mas bruto como tudo.

     - Sir Loghan, ainda bem que não guarda rancor da minha decisão, mas ainda assim, tinha muito gosto em unir estas duas familias, de uma vez e para sempre, como o senhor meu pai teria gostado. Para esse efeito penso no meu irmão. Repare, não é a primeira vez que o apanho perdido a olhar para a sua filha, parece-me cá que entre eles há mais que empatia!
     Loghan olhou para o fundo da mesa, e efectivamente apanhou o jovem Jamey de olhar fixo em sua filha, que por sua vez, vermelha como um tomate, tentava enterrar a cabeça no prato, usando o cabelo como uma cortina para disfarçar o seu rubor.

     Loghan soltou nova gargalhada potente.
     - Ah meu bom rapaz, parece que tens olho de falcão! É bem verdade o que dizes, meu caro, estes dois se não estão enamorados, para lá caminham! Ahhh como a juventude é maravilhosa... Pensas então que dá matrimónio, Blake?
     - Não sei Sir, mas é algo a pensar, porque não consulta a vontade de Evanna, enquanto eu interrogo o meu irmão?
     - Apresentas bom plano, rapaz, assim faremos então. Vamos lá aproveitar bem estes dias, e ver se os pombinhos perdem as vergonhas. - Loghan piscou o olho a Blake e ergueu a caneca para novo brinde.

     No dia seguinte, pela manhã, Blake desceu ao pátio para se juntar aos homens que treinavam, e deparou-se com Loghan a olhá-los.
     - Bom dia Blake, vejo que tens os homens em óptima forma!
     - Tem de ser Sir, desde o último ataque que sofremos, não voltei a baixar a guarda. Treinamos todos os dias, faça chuva ou sol. Podemos ser poucos, mas julgo ter os melhores soldados de toda a Escócia!
     - Cuidado com a presunção, Blake, não costuma trazer boas coisas.
     - Mas o que digo é verdade, Sir, se quer comprovar, podemos tirá-lo a limpo, o que me diz?
     - Propões-me um desafio? - Loghan sorria, divertido e incrédulo.
     - Com o devido respeito, Sir Loghan, proponho-lhe uma aposta!
     - Muito bem, o que apostamos?
     Blake fingiu pensar bastante na questão e após uns momentos respondeu:
     -  5 meses de carne, o que lhe parece?
     Loghan riu-se com gosto.
     - Uma aposta original, sem dúvida! É melhor que vás avisar as tuas mulheres, elas que comecem já a ajuntar as carnes e a acondicioná-las bem, cheira-me que vou bem carregado para casa!

     - Veremos bom Loghan, veremos! - Blake olhou em volta para se certificar que a sua esposa não estava por perto. Se ela soubesse desta jogada arriscada, rebentaria-lhe os tímpanos com descomposturas e sermões sem fim. Mas Blake estava confiante que os seus homens venceriam a batalha.Estavam numa forma física invejável, e, mais importante que isso, tinham ouvido a conversa e sabiam o que estava em jogo. 5 meses de carne não era para brincadeiras, e iria beneficiar todo o clã, soldados, mulheres e crianças. Certamente os homens de Loghan MacColl não teria um terço desta motivação, logo, a batalha estava ganha.

     Os homens de Loghan alinharam, divertidos, no combate.
     Durante vários minutos só se ouviam as espadas, em vigorosos embates, e as palavras de encorajamento de cada clã.
     As crianças olhavam, deslumbradas.
     As mulheres olhavam, angustiadas.
      Aileen rezava fervorosamente. Caso perdessem teriam de dispensar toda a carne que possuiam. Que imprudência apostar tal coisa!
     A senhora da casa, Cora, completamente alheia ao que se estava a passar, dormia ainda, pois passara a noite a vomitar e não se sentia bem.

     Em pares, os combates seguiram-se, um soldado de cada clã enfrentando-se à vez.
     Os McFie estavam em vantagem, e só faltava derrotar mais um. Era a vez de Jamey, irmão de Blake, lutar. O último soldado de Loghan MacColl, curiosamente, estava vestido de armadura e capacete. Era um homem pequeno, esguio e muito ágil.Esquivava-se dos avanços com uma perícia notável e desferia ataques improváveis, fazendo Jamey suar e esforçar-se por manter a concentração. Quando derrotado, Jamey espetou a espada na terra, com um urro de frustração.
     Elevaram-se gritos de contentamento, por parte de todos os MacFie.
     Haviam ganho a aposta!
     - Muito bem Blake, muito bem, - Saudou Loghan. - Com gosto pagarei a minha aposta, assim que regresse, farei chegar as tuas provisões, bem merecidas!
     O último combatente tirou o capacete, e revelou uma cabeleira farta e ruiva cabeleira. Era Evanna quem tinha lutado com Jamey!

     Um burburinho cresceu no pátio. Onde já se vira uma mulher lutar assim, como um homem?
     - A minha filha é uma moça destemida e um pouco louca, Blake, é bom que avises o teu irmão! - Confidenciou, divertido, Loghan.
     Não seria necessário qualquer aviso, Jamey olhava-a, completamente boquiaberto, com divertimento e espanto no olhar.
     Evanna olhava-o de volta, as faces a ruborescer, o orgulho na sobrancelha levantada. Se ele a queria cortejar, era bom que soubesse que ela não era uma mulher qualquer. Tinha certamente de repensar as suas técnicas. Ela não se ia contentar com trocas de olhares e sorrisinhos à socapa. Ela precisava de mais acção. De desafio.

     Cora desceu ao pátio, branca como a geada que pintava os arbustos à volta do pátio.
     - Procurei por toda a parte! Afinal estão todos aqui ao fresco? Aileen por favor, prepara-me um chá, que me encontro indisposta.
     Dirigindo-se ao marido, questionou-o:
     - O que andas a tramar? Conheço esse sorriso...
     - Senhora MacFie, tenho a declarar que se encontram a caminho, 5 meses de carne! O nosso problema está resolvido meu amor! - Anunciou com um sorriso triunfante.
     - Como é que conseguiste isso? Perguntou Cora, confusa.
     - Ohh, isso é outra história, e só te conto se não ralhares comigo! Anda daí beber o teu chá, faço-te companhia, minha musa.
      Recolheram ao castelo e entraram na cozinha para aguardar o chá.
      Blake sentou a mulher e rodeou-a por trás com os braços, pousando as mãos no seu ventre, onde já fervilhava uma nova vida.



Filipa Baptista
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

sofiagov
Filipa , outra vez pergunto-te para quando um livro.....
:D :D


Sofia encaro isso como um elogio :laugh: mas um livro é muito grande!! Tem de haver muitas peripécias, muitas personagens... Não saberia o que dizer em tantas páginas!

Agora uma compilação de mini-contos posso fazer  ;)
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan

sofiagov
Citação de: Filipa84 em 22 abril, 2014, 14:56
Sofia encaro isso como um elogio :laugh: mas um livro é muito grande!! Tem de haver muitas peripécias, muitas personagens... Não saberia o que dizer em tantas páginas!

Agora uma compilação de mini-contos posso fazer  ;)

então chuta "prá frente".... ;) ;)

Quothnor
Citação de: sofiagov em 22 abril, 2014, 14:39
Filipa , outra vez pergunto-te para quando um livro.....
:D :D



Eu concordo completamente! Esta por exemplo, daria um grande começo para um livro, ahah!

Citação de: Filipa84 em 22 abril, 2014, 14:56
Sofia encaro isso como um elogio :laugh: mas um livro é muito grande!! Tem de haver muitas peripécias, muitas personagens... Não saberia o que dizer em tantas páginas!

Agora uma compilação de mini-contos posso fazer  ;)

O livro não tem de ser gigante, há livros pequenos muito bons!

Citação de: sofiagov em 22 abril, 2014, 15:28
então chuta "prá frente".... ;) ;)

Olá Filipa, nem deve ser muito grande o livro. Que tal começares com um com 200 páginas? Ao ritmo que tu escreves ( e bem) é num instante.

Parabéns, gosto de te ler.


Templa
Templa - Membro nº 708

A estoria é muito interessante, parabéns
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Simplesmente adorei...
Queria viver tudo numa noite...<br />Isis

Filipa, o meu livro (criado após incitação de membros aqui do fórum que leram o meu conto num dos passatempos), vai ser pequeno. Pelo menos, não estou a pensar em fazê-lo grande. Claro que, se nos "entretantos", me aparecerem mais ideias e inspiração...talvez ele cresça para os lados...
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Ninfa
#9
Citação de: Arghallad em 03 julho, 2014, 08:07
Filipa, o meu livro (criado após incitação de membros aqui do fórum que leram o meu conto num dos passatempos), vai ser pequeno. Pelo menos, não estou a pensar em fazê-lo grande. Claro que, se nos "entretantos", me aparecerem mais ideias e inspiração...talvez ele cresça para os lados...


Olhe colega, o sr. tem só a secundária, pelo menos está no seu facebook.

Uma pessoa para lançar um livro tem que ter um curso de letras. E é preciso ter muito dinheiro para lançar um livro. Não há produtoras nem escritoras que vêm aqui que possam ajudar.

Desculpa mas estou a ser sincera ;)

Quero dar-lhe os parabéns, como já em tempos dei-lhe por mensagem privada quando eramos muito amigos. Parabens por ter ganho o concurso aqui. Mas apenas foi um concurso. Ninguém vai ajudar a lançar livros. ;) ;)

Quero agradecer-lhe não me ter posto na sua história do tópico dos contos em conjunto. Grande humanidade sua porque colocou toda a gente aqui do forum, desprezar uma amiga. Há sempre a lei do retorno. Fique bem.

cumprimentos

Faz doer-me o coração isto que escrevi, porque gostava de ti como um filho. Quando sou sincera doi-me mais a mim do que aos outros.

Citação de: Ninfa em 03 julho, 2014, 10:21

Olhe colega, o sr. tem só a secundária, pelo menos está no seu facebook.

Uma pessoa para lançar um livro tem que ter um curso de letras. E é preciso ter muito dinheiro para lançar um livro. Não há produtoras nem escritoras que vêm aqui que possam ajudar.

Desculpa mas estou a ser sincera ;)

Quero dar-lhe os parabéns, como já em tempos dei-lhe por mensagem privada quando eramos muito amigos. Parabens por ter ganho o concurso aqui. Mas apenas foi um concurso. Ninguém vai ajudar a lançar livros. ;) ;)

Quero agradecer-lhe não me ter posto na sua história do tópico dos contos em conjunto. Grande humanidade sua porque colocou toda a gente aqui do forum, desprezar uma amiga. Há sempre a lei do retorno. Fique bem.

cumprimentos

Faz doer-me o coração isto que escrevi, porque gostava de ti como um filho. Quando sou sincera doi-me mais a mim do que aos outros.

Sério? Tens a certeza de tudo isso?

Não te queria responder, mas como achaste por bem vir aqui escrever isto, então aqui vai:

Não entraste no conto, porque não calhou. Mas caso não tenhas reparado, o tópico continua em aberto, á espera de continuação, e qualquer um pode participar. Como membro do fórum, és sempre bem-vinda a participar. E, como suponho que o tenhas lido, e por isso saibas que não estás incluída nele, deves ter reparado que não incluí toda a gente. Quem participou, foi incluindo. Até porque um conto com mais de 35 mil personagens, torna-se enfadonho, e pior, confuso.

Deixá-mos de ser amigos... bem, sabes a razão. Enquanto que aqui nesta resposta foste educada, nas mensagens privadas que me mandas-te tal não aconteceu. E mais não digo.

Atacaste-me, ameaçaste-me, acusaste-me injustamente de ter feito mil e uma coisas sem sentido, insultaste-me, e logo no início desta tua resposta, mais uma vez me insultas. Tomara muitos, terem a minha "cabecinha" com apenas o secundário. Mas ainda te ajudo mais nesse aspecto: Tenho o secundário incompleto. Tenho a frequência de 10º ano, e não tenho vergonha de o dizer. A vida obrigou-me a ir trabalhar aos 16 anos para ajudar a sustentar a casa, e a largar os estudos. Mesmo assim, tomara muitos terem um cérebro que fosse um terço do meu.

Chamaste-me porco, e disseste-me que eu devia ter vergonha por ser um frustrado que nunca foi nada nem ninguém na vida e que nunca o será, e que sou um rebaixado por ter apenas o 9º ano completo, o que me dá para um reles trabalho como segurança na C.M. Odivelas, enquanto a minha mulher é professora. E ameaçaste-me que ias ao meu trabalho, expor sabe-se lá o quê acerca da minha pessoa.

Qualquer pessoa pode lançar um livro, não precisa de estudos superiores. Basta saber escrever. E saber escrever, não é rabiscar umas palavras e fazer uns texto. Há que ter muita coisa em atenção enquanto se escreve um livro, e eu tenho sempre tudo em atenção. Ou por acaso não leste com atenção os meus dois trabalhos aqui no fórum? Ficas aqui com os links:

https://portugalparanormal.com/index.php/topic,29470.0.html
https://portugalparanormal.com/index.php/topic,29450.0.html

Podes ler com mais atenção. É que sabes, o talento também conta para alguma coisa, e até acho que tenho um pouco de talento.

Para terminar, te digo que não venho para aqui pedir nada a ninguém, nem lamber botas, nem tentar que me publiquem algo. Não preciso. Sempre lutei e trabalhei pelo que quero. Não preciso de favores ou ajudas para lançar um livro, como bem disseste. Se ele valer alguma coisa de jeito, alguma publicadora o publicará. Sem precisar de favores, choradeiras, sem necessitar de lamber botas ou de pedir seja o que for emprestado. Sou quase como que um auto-didata. Safo-me sozinho. E nisto também o farei. Com o meu trabalho, o meu talento, a minha luta, as minhas lágrimas, o meu suor e o meu sangue.

Bem haja.
Bençãos.

Sei perfeitamente que esta resposta vai ser apagada, depois de tudo o que escrevi, mas não me interessa. Sou atacado, defendo-me. Não vou continuar a admitir estas coisas.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

#11
Uma pessoa para lançar um livro tem que ter um curso de letras. E é preciso ter muito dinheiro para lançar um livro. Não há produtoras nem escritoras que vêm aqui que possam ajudar.

Estimada senhora, lamentavelmente está errada. Nem todos os escritores têm um curso de letras. Para lançar um livro também não são necessárias produtoras e apenas um Editor. O autor - Arghallad-também pode fazer uma edição própria e dependendo da tiragem, pode não ser necessário um valor muito elevado basta saber negociar com uma gráfica.
Dentro dos meus préstimos, ofereço-me desde já, para lhe fazer a revisão - um trabalho a que estou habituado - e caso queira, lhe fazer um pré trabalho de paginação.
Posso também explicar-lhe os mecanismos que deve seguir para a publicação.

Ninfa
#12
Obrigado Oculto pela sua opinião. Espero de coração que ajude o nosso colega Arghallad, e digo isto não é para engraxar ninguém, eu quero mesmo que ele publique um livro.  :)

Espero que ninguém apague as mensagens aqui.

Obrigado.

Citação de: oculto em 03 julho, 2014, 11:32
Uma pessoa para lançar um livro tem que ter um curso de letras. E é preciso ter muito dinheiro para lançar um livro. Não há produtoras nem escritoras que vêm aqui que possam ajudar.

Nem todos os escritores têm um curso de letras. Para lançar um livro também não são necessárias produtoras e apenas um Editor.

Oculto, obrigado...enganei-me na parte a negrito.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.