Preciso conhecer a minha missão

Olá a todos.
Há algum tempo que acompanho esta comunidade. Comecei por assistir aos vossos debates sobre vários tópicos, desde imagens e EVP's, lendas e história sobre locais com atividade, assim como exposições daquilo a que chamo "dons".
Esse tempo foi importante para mim, porque precisava aculturar-me sobre a dimensão que vive paralela ao nosso mundo físico. E agradeço-vos por este espaço onde sinto que é possível alguém entender-me. Sem dúvida um bom exemplo de partilha e entreajuda.
Vou contar-vos um pouco da minha história, começando pela minha mãe. Um mulher de grande coração que sempre viveu tudo pelos outros, para amar, ajudar e dedicar os melhores sentimentos que um coração pode ter.
Não digo isto apenas por ser minha mãe. Mas de facto sempre a considerei uma alma iluminada. E confesso que sempre tive medo de um dia ser tão iluminada como ela. Por isso pedia sempre cepticismo para o meu entendimento das coisas.
Sempre escutei a minha mãe falar sobre sonhos que tinha, que não entendia e que a afligiam. Dias depois esses sonhos confirmavam-se com algum acontecimento próximo. Por exemplo, a morte de um familiar, amigo, vizinho.
Para além destes sonhos sempre houve um sexto sentido muito apurado. Se ela olhava alguém era certo que nos diria algo sobre o caráter dessa pessoa. E mais certo ainda que acertaria em algo que esse pessoa viesse a fazer.
Certos locais davam-lhe sensações de fraqueza e sufocamento...
Estas caraterísticas sempre foram faladas em diversas situações e aceites como um dom especial. Que nunca foi desenvolvido. Julgo que isso não aconteceu porque a minha mãe é um pouco frágil fisicamente e em todas as vezes que tentou abrir o espírito para isso ficou ainda mais frágil e cansada.
O receio de viver este dom, vem precisamente dessa fraqueza física que causava à minha mãe.
Fugi muito e neguei durante mais de uma década que havia algo em mim. Mas neste momento da minha vida não quero mais negar quem sou.
Tenho lido muito online e um pouco em livros. Quero crescer espiritualmente e preparar-me para cumprir a minha missão. Seja qual for.
E, em primeiro lugar, decidi aceitar que muito do que não consigo fazer dar certo na minha vida, tem a ver com o facto de negar estes sentidos especiais e consequentemente não conseguir ajudar quem devo.
Em contrapartida o universo devolve-me o mesmo "virar de costas".
Para ser feliz é essencial acreditar no que existe e aceitar o meu papel.
Os mesmos sonhos que acompanharam a minha mãe, vivem em mim. O último custou-me uma relação.
Foi um sonho com a morte de um familiar do meu ex-namorado. Acordei de noite, mas decidi não acordá-lo para contar. Na manhã seguinte soubemos que esse familiar tinha morrido de madrugada, pelas 4h00. No meu sonho a hora foi 3h47.
Quando lhe disse que já sabia porque tinha sonhado. Ele ficou sempre muito céptico. Desdenhou, dizendo que isto não era um dom, porque eu não conseguia ajudar ninguém e não tinha nenhuma finalidade. E que portanto deixasse essas histórias.
Com o passar do tempo houve quem se aproveitasse desta informação para me apelidar de bruxa e inventar histórias macabras de coisas que eu supostamente faria. Nem sei como lidar com estes sonhos e estas sensações, quanto mais como se fazem esse tipo de coisas.
No entanto, essas intrigas levaram à minha separação.
Fiquei revoltada por não conseguir fazer nada. Sobretudo por não entender qual é o objetivo destas visões que tenho quando durmo. Das sensações de presença a meu lado e dos apitos nos ouvidos, como se tentasse sintonizar algo, mas não conseguisse por um milésimo. Porque bloqueio-me sempre. Com medo.
Partilho esta história, aqui, convosco, porque quero ultrapassar este medo e ajudar quem me procura. Mas para isso preciso de alguém com experiência, que me ajude a entender o que acontece comigo e sobretudo que me ajude a aceitar a perda, quando não consigo entender as mensagens a tempo.

Boa noite, Lilac.
Obrigado pelo seu relato.
Na verdade, parece-me que sente uma urgência inusitada para entender tudo. Para obter respostas já.
Comece por aí. Pela calma. Como sabe, a pressa é a maior inimiga da perfeição.
Ao contrário do que tem feito, leia mais livros do que textos disponibilizados na internet. Faça coisas de que gosta e que sejam saudáveis - conviva com outras pessoas, passeie em lugares bonitos, aprecie cada momento, cuide do seu corpo. Experimente assistir a palestras dos mais variados temas através de grupos ou associações.
Verá que, a seu tempo e quando o momento chegar, tudo se revelará de forma serena.

Obrigada pela sua resposta.
É a essa demanda que vou dedicar-me. Procurar com serenidade. Embora por vezes seja difícil e me deixe levar por um certo desânimo aflitivo.
Conhece alguém ou algum lugar/associação onde possa conversar com pessoas experientes, obter conhecimento... instruir-me com alguém...

Olá
Pessoalmente acho dificil chamar estas nossas capacidades de dons. Pelo menos a mim dão-me mais dores de cabeça que outra coisa. Como já disse varias vezes se não fosse a capacidades que a mediunidade me da de ajudar seria mais uma maldição.

E é ai que tu ja estas no caminho certo. Acho que o facto de saberes que negar isso é pior é meio caminho andado para aprender a defenderes-te e a ajudar outros.
Antes de saber o que se passava comigo, quando ainda pensava que estava maluca sentia-me tao perdida... depois de descobrir o que realmente se passava foi um alivio tao grande.
Nao entendo quem prefere a ignorancia...

Como ja disseram le, ouve relatos de outras pessoas e cria o teu proprio banco de dados e decide o que acreditas e o que não, o que ajuda e o que não.
Exprimenta coisas como meditação, terapias complementares, etc
Vai com muita calma. Entendo perfeitamente a vontade de correr ate ja dominares tudo mas nao vai acontecer assim. O Universo gosta de calma

Pessoalmente nao gosto de centros espiritas mas se gostas exprimenta ir a uns.

E não te deixes afetar por quem nao sabe e entende. Chamar de bruxa a alguem que tem capacidades mediunicas mostra uma grande ignorancia e incompreensão.

Espero ajudar boa sorte
Blessed be

Obrigada pela sua resposta.
É a essa demanda que vou dedicar-me. Procurar com serenidade. Embora por vezes seja difícil e me deixe levar por um certo desânimo aflitivo.
Conhece alguém ou algum lugar/associação onde possa conversar com pessoas experientes, obter conhecimento... instruir-me com alguém...

Os desânimos e as dificuldades fazem parte da vida. De ciclos que têm obrigatoriamente de se cumprir. É bom sinal!
Relativamente a locais ou associações, não me sinto à vontade para lhe dar qualquer indicação nesse sentido. Para além de entender que deva ser uma escolha unicamente sua, fazer-lhe uma qualquer sugestão seria inadequado e insensível da minha parte.
Não pense muito nisso. Vá estudando, lendo, procurando despreocupadamente as coisas. As pessoas surgirão. Algumas irão desiludi-la, outras aborrecê-la, outras serão capazes de contribuir com algo positivo no imediato e outras contribuirão de forma a que apenas daqui a muito tempo entenderá.
Até lá, seja feliz. Cuidando de si, dos que gostam de si e até dos que lhe impõem dificuldades. Com muito respeito e com muito amor.