Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • olá - proposta de investigação ciêntifica
    Iniciado por c_henriques
    Lido 5.679 vezes
0 Membros e 2 Visitantes estão a ver este tópico.
Olá amigo C_Henriques

CitaçãoQue tem a dizer a isto tudo? Concorda com a ideia de pegar num qualquer fenómeno sobrenatural ir lá e respeitosamente tentar estuda-lo e compreende-lo?

Não só concordo, como acho muito útil, de for possível. Seria mesmo o ideal, ter um sistema independente dos médiuns e dos hipnotizados. Mas o fenómeno é complexo. Não é tão simples como um receptor desmodulador, descodificador, etc., de ondas de rádio. Talvez tenhamos de ir a fundo, à teoria da informação, por exemplo, para tentar compreender como é que a informação chega ao cérebro. Há um individuo que diz que conseguiu implementar, através da nanotecnologia, ou equivalente, o o "famoso diabo de Maxwell". A transferência de informação poderia ser explicada algures por esse lado, talvez... A energia é um factor a ter em conta, mas é um argumento incompleto para colocar de parte a hipótese, ao que me parece. E se foi implementada mesmo uma máquina deste tipo (não consigo avaliar isso)...   

Para mim, embora eu seja um espiritualista, o corpo humano é uma máquina de carne, um robô. E nada mais. Eu acredito na matéria, na Biologia, e em tudo isso, não naquelas teorias de que a matéria é uma ilusão. É difícil de definir, a definição de matéria ainda não é estável, mas ilusão parece-me demais. Imagino que o espírito é um operador provisório do robô, mas que este último não faz parte do espírito, obviamente. Há uma interface de transferência de informação robô de carne-espírito. Agora como é que é essa interacção, em termos científicos...     

A TCI que conheço não é um fenómeno de transmissão de rádio, mas um fenómeno mediúnico, de efeitos físicos. Até é possível retirar peças essenciais aos aparelhos, por vezes. Não posso colocar aqui o link, mas você pode procurar, no Youtube, pela experiência Scole, ainda relativamente recente, em que participou David Fontana.

O que eu posso fazer é recomendar-lhe que tente entrar em contacto com o Dr. Luís Portela, ex-administrador da fundação Bial (Se acha que tem a capacidade de ir por aí, tente o contacto através da Fundação, é uma ideia...), e exponha-lhe as suas ideias. Eu não o conheço, pessoalmente, mas parece-me uma pessoa para aí virada, que o poderá, talvez, ajudar.

A fundação Bial já patrocinou algumas investigações nessa área, precisamente porque Luís Portela também se interessava por isso. A Dr.ª Gláucia Lima, por exemplo, participou numa equipe de investigação que fez um trabalho sobre médiuns. A tese que ela defendeu é que se pode excluir a mediunidade da classe dos Transtornos Dissociativos, pois analisou vários, e eles não se incluíam nos critérios do CID 10, para essas doenças. Mas outro estudo ainda mais completo sobre esse assunto foi o de Alexander Moreira de Almeida, no Brasil.

Para além disso, a Bial tem patrocinado umas conferências interessantes ("Aquém e Além do Cérebro"), que são uma oportunidade de conhecer e partilhar conhecimentos com pessoas que estão abertas a investigar este tipo de assunto. Não sei se elas continuam a  existir. Pode ver as actas no site da Fundação Bial, penso eu. Pelo menos já se pode.

Estamos longe de poder dizer que temos provas cientificas definitivas da vida depois da vida. A prova cientifica é algo com critérios demasiado exigentes. Mas temos prova de muitos factos que podem ser conotados ou explicados nessa base. Penso que as evidências existentes são mais do que o necessário e suficiente para não descartar as explicações que nos chegam da antiguidade, para as explicar, com as devidas adaptações, e sempre numa perspectiva cientifica e céptica. De qualquer forma, seja qual for a conclusão, mesmo que seja para mostrar o contrário daquilo em que eu creio, parece-me útil. Temos de ultrapassar os preconceitos e os tabus e enfrentar a questão, com a mente aberta, mas com postura cientifica.

Afinal as estatísticas mostram-nos que mais metade da população mundial, pelo menos na soma dos países em que há estatísticas através de inquérito confidencial, confessam acreditar na vida depois da vida e em algumas capacidades extra-sensoriais. Parece-me que se trata de um problema que a população veria com agrado ser investigado pela ciência. Assim hajam investidores... Muitos investigadores de ciência também têm receio de ser vistos como religiosos, porém também há cépticos fanáticos, que acabam por ser tão crentes como os religiosos. Ao contrário do que muitos deles dizem, a ciência não está com os cépticos fanáticos. A ciência é céptica, por natureza, mas o fanatismo não é cientifico. É ao contrário, uma postura que corta o livre pensamento, que atrofia.

E, afinal, que temos todos nós a perder com uma investigação cientifica séria? - Ao contrário, penso que podemos ganhar. A ideia de que as pessoas se comportam moralmente bem por serem religiosas é obviamente falsa. O fanatismo ou fundamentalismo leva a uma postura de agressão, sejam quais forem as crenças em jogo.


Nota: anómalo não é necessariamente sobrenatural. Pode ser um fenómeno natural, mas ainda desconhecido da ciência. Por isso eu costumo usar a palavra "paranormal" (ou ainda, com mais precisão, "supernormal" - do Inglês, segundo a definição dos fundadores da Society for Psychical Research, com sede em Londres).       

Bem haja

olá Vitor,
Peço imensa desculpa pela demora da minha resposta.

Você é certamente um homem de muitos conhecimentos, não sabia que a fundação Bial tinha interesse nestes assuntos mais paranormais. É bom saber isso e talvez irei contactar Dr. Luís Portela mas antes tenho de estudar melhor o assunto e o conhecer melhor esta área.

Gostaria inclusive de começar a fazer algum tipo de investigação mais amadora, sem necessidade de grande investimento e sem o objetivo de publicações, apenas para começar a perceber certos fenómenos para futuramente estarmos mais cientes de que tipo de metodologia devemos usar.

Futuramente sim, gostaria de progredir neste campo de forma mais séria publicando os resultados das experiências.

Olhando para isto de uma forma muito rude eu diria que o melhor sitio por onde começar seria precisamente começar a procurar locais onde manifestações paranormais são vulgares. Levaríamos alguma instrumentação, câmaras fotográficas, de filmar, slow motion, infravermelhos, térmicas, detetores de radiação ionizante como o raio-X, analisar sinais rádio... etc, mas acima de tudo usar uma metodologia mais cientifica e não ficar a ver as coisas a acontecer e dizer "é bruxaria"    :D

Que me diz de nos juntarmos, reunirmos alguma instrumentação e irmos a alguns destes locais?

Abraço,
Carlos Henriques


Eu as vezes quero largar objetos e eles vêm atraz das minhas mãos, ja partilhei um video aqui no forum. Sinto uma especie de nostalgia quando acontece, mas é totalmente involuntario. Dado o facto de eu ter experiencias estranhas com o paranormal sempre pensei que fosse apenas mais uma maneira de ''eles'' interagirem comigo. Porque volto a frizar que é involuntario.. eu nao controlo. Enfim.. boa sorte para si e acredite nisso porque se portas se abrem,se luzes se apagam,se cadeiras se movem, copos, etc... folhas tambem se mexem :)

Olá amigo C.Henriques

Os meus estudos sobre o assunto dizem-me que não são propriamente os locais que motivam a existência deste tipo de fenómenos. São as pessoas os alvos fundamentais da atenção dos espiritos e não os locais. E este tipo de comunicações necessita da presença de uma pessoa que serve de intermediário: o médium. Eu não conheço nenhum médium experiente que esteja disposto a entrar em experiências destas.

Repare bem que, se os espiritos não forem entidades inteligentes, a probabilidade de se tratar de um fenómeno genuíno é muito reduzida. Se se trata apenas de fenómenos repetitivos, mais tarde ou mais cedo, serão identificados como fenómenos físicos mal interpretados, com grande probabilidade.

Uma investigação amadora, neste tipo de assunto, é limitada demais. Trata-se de um assunto extremamente complexo.

bem haja

Olá Henriques. Tive uma súbita e não muito boa experiência com o paranormal e pedi ajuda junto de um Centro Espírita. Descobri que estava/estou a passar por uma fase de desenvolvimento de mediunidade e desde então tenho tentado acumular a maior quantidade possível de conhecimento do assunto à luz daquela que acredito ser a teoria mais consistente sobre as manifestações espíritas e e fenómeno reencarnatório. Admito que a minha perspectiva é mais dirigida à abordagem psicológica dos intervenientes encarnados e desencarnados. Para isso disponho de sensibilidade empática e mediunidade de incorporação, esta ainda não desenvolvida. Apesar dos meus estudos académicos terem sido na área do direito, tenho uma mente analítica e raciocínio matemático o que me leva a ter interesse na justificação física das manifestações, da percepção extra-sensorial e outros sutemas que mais. Também tenho recolhido uma grande quantidade de testemunhos sobre fenómenos do tipo, cruzado informação e apesar do pouco tempo de estudo 1 ano e meio/2, já pude aferir umas boas permissas e conclusões. Acabo por confirmá-las na prática. Achas que tenho perfil para integrar o grupo? As candidaturas ainda estão abertas?

Obrigada pela atenção :) Lot's of light