A família que caminha com os braços e as pernas

Uma família curda com cinco membros quadrúpedes está a ser estudadas por cientistas que esperam encontrar nela pistas sobre a evolução humana. A família, descoberta no Curdistão turco em Julho passado, é o tema de um documentário que será emitido a 17 de Março pela BBC, informa hoje a imprensa britânica, citada pela Lusa. Os cientistas identificaram uma anormalidade genética que aparentemente impede cinco irmãos e irmãs, com idades entre 18 e 24 anos, de caminhar erectos.

Dois membros da família nunca conseguiram andar só com as pernas, enquanto os outros o podem fazer como os restantes seres humanos, mas só em distâncias muito curtas. Alguns cientistas acham que determinados defeitos genéticos produziram uma espécie de regressão na cadeia da evolução humana, enquanto outros julgam que o problema se deve a danos cerebrais também de origem genética.

No entanto, uns e outros consideram que o estudo da forma de caminhar da família, semelhante à dos plantígrados, pode proporcionar informação muito valiosa sobre como se deslocavam os hominídeos. Em vez de utilizarem os punhos para se apoiar no solo, como os gorilas e os chimpanzés, estes indivíduos apoiam-se nos dedos, que formam um ângulo em relação ao solo.Segundo Nicholas Humphrey, um especialista em psicologia da evolução na London School of Economics que visitou a família, os indivíduos em causa parecem ter regressado a uma forma instintiva de comportamento abandonada no decurso da evolução humana. "Não creio que estivessem destinados a ser quadrúpedes pelos genes, foi a sua estrutura genética especial que o tornou possível", explica Humphrey, um dos especialistas consultados pela BBC para o programa "The Family that Walks on All Fours" (A Família que Caminha com os Braços e as Pernas).




Os cinco irmãos afectados com o problema, que vivem com os pais e outros treze irmãos de ambos os sexos, são deficientes mentais devido a uma ataxia do cerebelo, a parte do encéfalo responsável pela coordenação dos movimentos do corpo. Unter Tan, professor de fisiologia da Universidade de Cukurova, em Adana (Turquia), o primeiro a chamar a atenção para este fenómeno, considera que certas mutações genéticas fizeram regressar esses indivíduos a uma espécie de "elo perdido" na evolução dos primatas. Segundo os cientistas, enquanto que as mulheres afectadas passam a maior parte do tempo sentadas na casa da família, um dos irmãos, de 28 anos, aventurou-se até à aldeia mais próxima.

Curioso Nita, lembro-me de ter visto uma reportagens sobre eles

já algum tempo 


na altura fiquei admirada com a história!!!!

bom post  

Para se porem direitos deve ser difícil