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  • Dibbuk box - o pequeno armário de vinho infestado
    Iniciado por Ligeia
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Ligeia
A propósito da listagem vinícola que fiz no "Canto dos Desabafos" para o fim do mundo (daqui a um  breve dia, portanto :D), e mais concretamente acerca do Porto Tributa Adelaide, fui desavergonhadamente gozada por alguém que ainda gosta mais  de vinho do que eu, desferindo mortais "elogios" à exorbitância do dito vinho espirituoso.

- "É de mil oitocentos e troca o passo..."
- "Com os bêbados que há aí no Porto? É a pipa, não o vinho, que é de 1800!"
- "É um tributo à Ferreirinha..."
- "Tributo da uva assombrada, deve ser!"
- "Opá, a sério, aquilo é centenário, vem em garrafa de cristal e numa caixa de madeira, tudo com muita classe..."
- "Nessa terra de bêbados? Centenário, sim, tem no máximo 15 dias! Engarrafaram um vinho qualquer numa garrafa bonita, forjaram um certificado de autenticidade e está a andar..."

Foi mais ou menos este o teor do diálogo. Ofendida, por muito apreciar as artes vinícolas, e traumatizada com a possibilidade da "uva assombrada", parti por terras googlianas em busca da verdade do Tributa. Encontrei-a, mas não é isso que aqui me traz hoje. É antes uma história de um armário/caixa de vinho assombrado - sim, isso existe! Apresento-vos, assim, a infâme história da judaica Dibbuk box (caixa Dibbuk), que até por leilão no eBay passou e teve honras de ser noticiada no Los Angeles Times, entre outros meios de comunicação social.

Verdade? Mentira? Julguem por vós mesmos. A história parece-me interessante, mas no fundo eu cá só quero mesmo é saber de vinho. Mais ainda: bebê-lo :D

Eis o artigo do LA Times, traduzido "à marretada":

«Uma maldição numa caixa?
Talvez sejam espíritos travessos que assombram este pequeno armário de origem  judaica, ou talvez seja apenas mais uma lenda à solta na internet.


Um pequeno armário de madeira foi a leilão no eBay. Dentro estavam duas madeixas de cabelo, uma laje de granito, uma botão de rosa seco, uma taça, duas moedas de um centavo de trigo*, um castiçal e, alegadamente, um "dibbuk", uma espécie de espírito popular no folclore iídiche.
O vendedor, um estudante universitário do Missouri chamado Iosif Nietzke, descreveu o recipiente como um "pequeno armário de vinho judeu assombrado" que havia atormentado vários proprietários com azares diversos e uma série de acrobacias paranormais bizarras.

"Definitivamente atravessamos uma maré de azar'", escreveu o vendedor no eBay na primeira semana de fevereiro. "Perturbadoramente, na terça-feira passada, o meu cabelo começou a cair em abundância. Estou nos meus 20 anos e ainda recentemente fiz análises de rotina ao sangue, estando tudo "limpo" de acordo com o médico...."
Em poucos dias, a proposta da licitação de abertura no valor de 1 dólar "saltou" para 50 dólares; muito rapidamente esse valor quadruplicou. Em 9 de fevereiro, a caixa foi vendida por 280 dólares a um curador de um museu universitário chamado Jason Haxton.


Nos meses seguintes, o furor em torno da caixa de madeira cresceu rapidamente. O The Forward, um jornal judaico centenário na Costa Leste dos EUA, publicou uma reportagem sobre a venda da caixa e os seus supostos poderes sobrenaturais. Desde então, a página de leilões no eBay já registou mais de 140 mil acessos.
Pelo menos cinco autores, um guionista e uma equipa que realiza documentários têm procurado insistentemente o acesso directo ao pequeno armário, diz Haxton, de 46 anos e pai de duas crianças, e que também vive no Missouri. Rabinos, judeus ortodoxos e intelectuais hebraicos têm contactado Haxton, oferecendo-se para  desvendar os mistérios da caixa.
Haxton diz que teve que retirar o seu número das listas telefónicas, bem como o seu número de porta, mudou o seu endereço de e-mail e construiu um site (dibbukbox.com) apenas para responder a questões. Concordou em ser entrevistado apenas e só se pudesse divulgar este pedido: "Por favor, por favor, fãs de caixa, deixem-no em paz".

O estranho caso do fantasma na caixa ameaça tornar-se uma lenda urbana tão grande quanto qualquer Teresa Fidalgo à boleia numa curva em Sintra, as minhocas nos hambúrgueres do McDonalds ou as seringas infectadas com Sida nos bancos de cinema. Em Chicago, os fãs de basquete dos Chicago Bull pararam as suas discussões online sobre os tectos salariais dos jogadores para postar as teorias sobre o que está na caixa. Idem em newsgroups geralmente dedicadas à Subaru e a bilhetes para as corridas de NASCAR. Em Long Island, um grupo de caçadores de fantasmas, particularmente dedicados,  fundou um grupo de chat no Yahoo dedicado exclusivamente à caixa.
Ao mesmo tempo, dezenas de internautas têm contactado Haxton, por e-mail e através do seu site, queixando-se de dores de cabeça, pesadelos estranhos e outras pragas.

"Uma pessoa implorou para que eu retirasse todas as imagens da caixa da Internet, porque elas fornecem um portal electrónico ao espírito em cada computador que visite o site", diz Haxton.

Na maioria das vezes, as discussões sobre dybbuks são acompanhadas por um abundante cepticismo irado - "Acho que vou colocar o meu Cubo Mágico assombrado no eBay", postou um texano recentemente. Mas o número dos fascinados com a pequena caixa de madeira continua a aumentar.
A razão, dizem os especialistas, está ligada à vaga de tendências e desenvolvimentos mágicos exclusivos para o novo milénio: uma cultura blogueira emergente, um crescente interesse no misticismo judaico, particularmente pela cabala e as ligações de alta velocidade à Internet, permitem que as fotos sejam enviadas para inúmeros computadores domésticos.
Os Dybbuks têm assombrado os contos populares iídiche, desde os primórdios do movimento místico do judaísmo na segunda metade do século 16. "Dybbuk" significa literalmente "um anexo, uma clivagem de algo", um dybbuk é pensado para ser o espírito de uma pessoa que, em vez de seguir para o reino seguinte, fica junto das  pessoas vivas.

"É essencialmente um assunto estranho", pondera o rabino Eli Schochet, professor de pensamento rabínico na Academia de Los Angeles para a religião judaica, que treina rabinos e cantores. "Mas eu nunca poderia dizer que é impossível, porque, obviamente, não há precedente para estas coisas que estão gravadas em diferentes tradições religiosas, incluindo a minha."

A página de leilões eBay (ainda visível no site de Haxton) afirma documentar as experiências de dois proprietários anteriores, contada na primeira pessoa e tem uma detalhada descrição do armário.
A história, de acordo com o site, começou no outono de 2001, quando, em Oregon, o coleccionador de antiguidades e pequeno empresário Kevin Mannis descobriu a caixa - mais pequena do que uma caixa de cerveja, decorada com duas placas de metal em forma de cachos de uva - numa venda de imóveis de bairro. (Mannis mais tarde disse ao The Times que comprou a caixa em 2000, mas que, dado todo o azar que lhe aconteceu naquele primeiro ano, fez com que não o quisesse dizer a potenciais compradores que visitavam a sua loja)
O anfitrião da venda da propriedade disse a Mannis que a caixa tinha pertencido à sua provecta  avó de 103 anos de idade, que apelidara o armário como sendo uma "caixa dybbuk", advertindo os seus filhos ... para nunca a abrir.
Sem atribuir qualquer importância à história, Mannis comprou a caixa e guardou-a na cave do seu negócio de antiguidades. Uma meia hora depois de a guardar, a bizarrice, como ele descreve, começou: enquanto Mannis andava a fazer alguns recados uma força misteriosa, aparentemente, "enlouqueceu" na sua loja, praguejando e partindo lâmpadas, assustando também a empregada de balcão, que se despediu sem aviso prévio.

"Quando voltei à loja, fui investigar", diz Mannis a partir da sua casa em Oregon. "Lembro-me de ir para a parte de trás da loja e entrar naquilo que só posso descrever como sendo uma parede de perfume. Cheirava a flores de jasmim. Vocês poderiam dar um passo e não sentir cheiro algum, e dar um passo para trás e serem cercados novamente pelo perfume intenso . " Porém, o novo proprietário da caixa nunca associou a sua presença na loja com as "manifestações" estranhas.

Mais tarde, diz ele, quando ofereceu a caixa à sua mãe como um presente, ela sofreu um enfarte que a deixou temporariamente incapaz de falar. Ela escreveu laconicamente o seu desagrado: "odeio o presente" e Mannis desde então nunca mais discutiu o assunto com ela, assegura (até porque só muito mais tarde é que percebeu o "poder" da caixa). "O FBI  surgiu um dia e invadiu-me a  loja ", diz Mannis, "montando uma parafernália de equipamento electrónico. Saíram sem levar nada, mas também nunca explicaram a "intrusão. Como se não bastasse, e para juntar à sua lista de problemas, Mannis perdeu o contrato de arrendamento da loja e foi vítima de roubo de identidade.

"Tudo isto pode ter uma explicação que não aponte necessariamente para esta caixa",  avança Mannis. "Mas quando juntamos todas as peças, torna-se uma coincidência demasiadamente estranha para ser ignorada por completo."

A 'maldição' muda de mãos

Em junho de 2003, um saturado Mannis postou a caixa no eBay. O licitante vencedor foi Nietzke, que, por 140 dólares, ficou com a caixa, o conteúdo e - provavelmente - a sua infestação demónica (as sucessivas tentativas para alcançar Nietzke têm sido infrutíferas.)
As alegadas experiências de Nietzke, que são também postadas no eBay, - incluem odores estranhos na sua casa, uma infestação de insectos, mau funcionamento de aparelhos electrónicos e o percepcionar "uma espécie de grandes listas verticais, borrões escuros, na minha visão periférica."
Haxton, curador do museu universitário, que coleciona parafernália religiosa, diz por telefone  ter  ouvido algo, pela primeira vez, sobre a caixa no ano passado através de um empregado estudante no  seu museu - que também é companheiro de quarto de Nietzke.


Quando Nietzke postou a caixa para venda, Haxton procurou-a e acabou por comprá-la. No dia seguinte ao recebê-la no  seu escritório, Haxton relata: "Eu acordei com o olho direito parecendo que tinha sido picado por alguma coisa." Outros achaques se fizeram sentir, incluindo fadiga, um gosto metálico na boca, congestão nasal e tosse constante. Ao redor da casa, Haxton diz que, ocasionalmente, sente o cheiro de urina de gato e de flores.
Haxton foi ajudado por Rebecca Edery, uma livreira judaica ortodoxa que vive em Brooklyn e cujo pai estudou cabala. Foi Edery quem ajudou a descobrir a finalidade da caixa. "As duas portas do lado de fora  abrem-se como o Armário Sagrado", ou o Aron HaKodesh, um receptáculo para pergaminhos da Tora, - explica Edery. "Vi aros  redondos de metal na parte de dentro das portas que servem para guardar pergaminhos. Este tamanho especial é muito usado quando se vai confortar a família de alguém falecido.
Edery diz que está convencida de que a caixa seria sagrada e que tinha sido intencionalmente "preenchida" com algum tipo de espírito. "Isto foi feito deliberadamente, para uma finalidade específica." Ela acredita que, para pôr fim aos infortúnios, a caixa precisa de um enterro formal, envolvendo um minyan de 10 homens, ou um grupo de oração.

Da sua parte, Haxton diz que quer seguir a caixa até às suas origens. Então,diz, poderá criar uma réplica e enterrar o original. "Para mim este é um quebra-cabeça histórico", afirma. "A caixa veio de algum lugar. Foi construída por uma razão. Qual é e porquê?"

Espaço para dúvidas em qualquer lado

Pesquisadores e estudiosos religiosos dizem que, com certeza, a caixa contém itens que poderiam ter servido como uma espécie de fetishes culturais ou como parafernália ritualista de uma família, judaica ou não. Tostões e madeixas de cabelo cabem em diversos territórios fetishistas, diz Bill Ellis, um pesquisador de fetishes e professor de estudos americanos da Universidade de Penn State.
"Não era invulgar que as pessoas, ao procurarem nos seus trocos, quando encontravam a data de nascimento de uma criança, colocassem a moeda de lado  como um símbolo de vida da criança", afirma Ellis. "Também temos ainda as duas mechas de cabelo. Isto é uma tradição muito comum, especialmente para preservar uma lembrança de um membro da família morto. Estas coisas iriam incorporar uma memória ou alguma parte do espírito em vida".

Mas a história contém também uma série de sinais que apontam para uma possível fraude.

Por um lado, Schochet evidencia  que a maior partes das histórias acerca de dybbuks apresentam o fantasma que regressa para transmitir algum tipo de mensagem, mas "não há nada para explicar porque esta caixa em específico é habitada".
Oring Elliott, professor de antropologia e especialista em folclore na Cal State LA, também tem as suas dúvidas. "Percorra [a história e] vai ver as áreas que parecem exigir a suspensão de funções críticas. Há muito acumular de incidentes... Por que não foi simplesmente descartado o armário?"

Então, se não há prova que um dybbuk exista, por que é a caixa tão fascinante?

"Nós abraçamos estas histórias porque vão de encontro aos nossos próprios medos e preconceitos", diz Allan S. Mott, autor de "Urban Legends: Strange Stories Behind Modern Myths."
"A história do dybbuk bate precisamente na nossa crença de que no mundo existe um mal sobrenatural que irá atacar qualquer pessoa, independentemente de quão bons somos. Tal permite  que encontremos um sentido no mundo caótico."
A história também beneficia da "credibilidade" dada por um site convencional, tal como eBay, diz Jan Harold Brunvand, autor do vindouro "Be Afraid, Be Very Afraid: The Book of Scary Urban Legends."

No entanto Brunvand vê uma diferença nesta história. "O comprimento e detalhes da história são diferentes da maioria das lendas urbanas", diz, "tal como o é o ângulo sobrenatural e da narrativa em primeira pessoa. Assim, eu não classificá-lo-ia como uma lenda urbana"normal "
Talvez assim se deixe em aberto uma pequena janela de credibilidade. Afinal, quem não gosta de uma boa história de fantasmas?


"É claro, nós percebemos que poderiamos, muito provavelmente estar aqui a lidar com uma fraude muito elaborada", observa o reverendo Jim Willis, um padre no Arizona e autor de "The Religion Book: Places, Prophets, Saints and Seers." "Eu tenho que dizer isto porque tenho a minha reputação académica a defender." Mas, acrescenta, "se deixarmos o assunto por aqui, ele perde toda a sua graça."

À medida que as suas palavras percorrem a distância, uma enorme imagem no seu escritório cai da parede no chão.

"Isso é estranho", diz Willis. "Acabei de me tornar parte de uma lenda urbana?" »

*Moedas americanas de 1 cêntimo produzidas ente 1909 e 1958, que tinham num dos lados duas espigas de trigo em relevo.

O site da Dibbuk box é encontrado facilmente por qualquer motor do busca - está em inglês, tem uma versão alemã e contem todo o "enredo" em torno da caixa ( o leilão com as fotos aqui postadas, a história e testemunhos, pesquisas, etc). A história desta pequena caixa endiabrada cedeu inspiração a alguns filmes, tal como o recente "The Posession", do qual deixo aqui o trailer. Fica também um vídeo acerca do mistério em redor deste armário de vinho judeu e uma entrevista a Mannis - brinquem com o vinho (se bem que nem uma gota se veja nesta história) e depois queixem-se que o demónio anda à solta :D

Possession (2012) Horror trailer HD
Mystery in a box
Ground Zero Disclosure The Dibbuk Box

Resta-me acrescentar que, pessoalmente, tudo nesta história me fede a jasmim (quem tem arbustos nos jardins sabe bem que a certas horas do dia estas florzinhas delicadas e angelicais emanam um odor a urina de gato que não se pode). Mas até que a caixa tem uns pormenores catitas, tais como os cachos de uva, as inscrições (tradução das mesmas: "Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um. Bendito é o nome do seu reino honrado para sempre.") e os fernicoques da história também têm um quê de charme - pese embora as falhas de narrativa :D



anokidas
Xiça arre lá a caixa e as suas assombrações ;D

Desconhecia a história mas é deveras interessante e é um bom tópico  :)

Só espero que ninguém se lembre de oferecer a caixa como prenda de Natal ;D

Ligeia
É uma caixa encantadora, sem dúvida  ;D
Ao que consta o curador do museu, e ainda actual proprietário, Jason Haxton conseguiu parar a actividade do pequeno armário através de um ritual pagão refundido nos primórdios dos primórdios e, passe o plenonasmo, tem a caixa encaixotada em madeira de acácia coberta a folha de ouro. Como trabalha num museu de ciência, chegou a testar o revestimento do armário pois atribuiu a degradação da sua saúde a envenenamento por cianeto, mas tal não se veio a confirmar. Pelos vistos, pelo menos este Natal, só levamos mesmo com a maldição dos cortes e do orçamento de Estado... Mas venha o diabo e escolha!  ;D

Era uma coisa que eu nunca compraria,mesmo que tivesse dinheiro para isso. ;D

Ligeia
Aquilo bem calculado nem é assim tão caro, quaisquer 150-200€ fizeram a festa ao curador  ;D
Mas realmente, seja lenda urbana, seja real, é uma caixinha que contém bem mais que o simples caruncho...  :P

Ceinwyn

Vi um episódio no Paranormal witness acerca dessa caixa, onde os ex e actual proprietario relatam o que viveram após a aquisição dessa «coisa».

Infelizmente, não encontrei o episódio para postar aqui, seria um complemento ao tópico da Ligeia.

Se alguém conseguir coloca-lo, agradeço pois é bastante interessante ouvir na primeira pessoa os «brindes» >:D que vêem com a aquisição da dita caixinha.

Até me apeteceu uma garrafinha de Torre do Esporão 2004 ;D ;D ;D para acalmar a ansiedade...

anokidas
Prefiro ficar pelo Carrascão Alentejano,dá-me azia mas não fico com caruncho ;D

Está um bom tópico sim senhora. Acabei de o ler à pouco e sinceramente não sabia deste burburinho todo mesmo apesar de ter visto o filme à coisa de 1 mês.

Imagine-se lá as coisas que se pode encontrar no ebay. Ainda no outro dia decidi procurar sobre Grimórios (se não estou em erro no nome, são antigos livros de magia), alguns com valores bastante avultados.
Quem diz livros, diz outra coisa qualquer, nunca se sabe o que se pode lá encontrar.