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  • Casas dos Mortos
    Iniciado por Etcetra
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O fenômeno da caveira que grita é indubitavelmente uma das áreas das atividades paranormais que deixa mais perplexos os investigadores, e é também uma das mais assombrosamente palpáveis.
O termo ‘casa dos mortos’ refere-se à maneira notável que certas caveiras (ou, mais precisamente, crânios) gritam quando são removidos de um local com o qual elas parecem ter formado um vínculo duradouro. Embora isto lembre uma das mais antigas formas de magia negra, o Vodu, a ocorrência deste fenômeno se dá naturalmente, sem que as forças do oculto tenham que ser invocadas.
Casas dos mortos podem ser encontradas em todo o mundo, mas concentram-se em algumas regiões especificas, como a Inglaterra, país famoso por suas casas e castelos mal assombrados. As manifestações, entretanto, ocorrem de uma forma muito semelhante, seja onde for que elas aconteçam. De alguma forma, uma casa ou mansão deste gênero, geralmente muito antiga, torna-se a residência de uma caveira humana que obstinadamente resiste a todas as tentativas de removê-la.

No solar de Bettiscombe em Dorset, a lenda diz que aqueles que removem uma destas caveiras morre no prazo de um ano. Assustadoramente, registros históricos indicam que isto é exatamente o que aconteceu quando, no início do século vinte, um então inquilino do solar inadvertidamente removeu um crânio do seu local de repouso. Uma ano depois ele foi encontrado morto.

Em outra ocasião um inquilino, perturbado pela presença do crânio, enterrou-o a quase três metros de profundidade. Um temporal, ímpar por sua violência, causou uma dramática inundação que trouxe o crânio de volta à superfície, até a mesma posição que ele ocupa anteriormente.

A Mansão Wardley, que fica perto de Manchester e é conhecida como a Casa de Crânio, também tem um crânio residente. Este, certa vez, foi roubado por ladrões que trataram de devolve-lo, convencidos por um conjunto inexplicável de infortúnios que o crânio era amaldiçoado. Também se relata que quando uma empregada tentou dispor do crânio em um fosso próximo, uma tempestade sobrenatural caiu sobre a propriedade. Janelas e venezianas foram abertas pela ira dos ventos, enquanto gritos estridentes, que sobrepunham-se aos trovões, ecoavam pela mansão. Enormes árvores foram derrubadas e a propriedade inteira sofreu danos extensivos. Muito impressionados, os habitantes da mansão culparam o crânio, que então estava mergulhado na parte mais profunda do fosso, dentro de uma bolsa que estava atada a uma pedra. Nenhum esforço foi poupado, o fosso foi dragado e, finalmente, o crânio foi recuperado. Não é necessário dizer que, uma vez que o crânio retornou a sua posição original, em uma reentrância na parede logo após as escadas no primeiro andar, a casa recuperou imediatamente a paz.

Não longe dali, no Distrito Alto de Derbyshire, outro crânio associado a diversas ocorrências sobrenaturais foi o responsável pela alteração do traçado de uma importante linha ferroviária. A tradição local conta que a presença do crânio em uma fazenda local fez com que as fundações da estrada de ferro cedessem várias vezes, até que o projeto foi abandonado.

Estas estórias são extremamente fascinantes, mas é isto tudo que elas são, apenas histórias? Estes crânios realmente reagem ou estamos apenas lidando com velhas e estranhas lendas? A procura de respostas a estas questões pode ser extremamente esclarecedora e, em alguns aspectos, perturbadora. Caso visitemos a Mansão Calgarth, nas orlas de Lago Windermere, nós nos depararemos com uma das paisagens mais idílicas do que qualquer uma que possamos imaginar. Contudo, esta antiga e bela Mansão, apesar da beleza de seus arredores, oculta um segredo terrível.
Há muito tempo, no Século XVIII, os donos da mansão, os donos da mansão foram injustamente acusados de roubo por um vizinho que cobiçava a propriedade. Forjando evidencias, e subornando autoridades, ele conseguiu que os habitantes da mansão fossem enforcados, e assumiu a propriedade da mansão. Estranha e misteriosamente, os crânios dos ocupantes anteriores conseguiram retornar a Calgarth, vingando-se de seu adversário. Subseqüentemente eles resistiram a todos os esforços para removê-los. Aparentemente os crânios do vingativo casal jazem (não tão em paz) até os dias de hoje na propriedade, confinados por quatro paredes erigidas exclusivamente para tal fim.

A principio, uma averiguação no local indica que estamos apenas contando uma lenda, que nada misterioso teria na verdade acontecido lá e que toda a história seria falsa. Um fazendeiro da região. Cal Haslam, tem uma opinião bastante firme sobre a materialidade dos fatos. Com efeito, suas experiências nos corredores da mansão parecem extraídas das páginas de um dos livros de Stephen King. Mesmo hoje, depois do acontecido, ele continua aterrorizado pela idéia de retornar ao local.

Por ocasião da experiência de Cal, a Mansão estava vazia e despovoada, mas uma noite, junto com vários amigos, ele decidiu passar a noite lá para demonstrar que nem a propriedade, nem nada que pudesse estar dentro dela, amedrontava-o. Essa noite se revelou extremamente longa. Portas abriam e fechavam sozinhas e, no andar de cima, podiam se ouvidos passos. Mas tarde ouviu-se o som de vozes murmurando e o grupo começou a notar cheiros estranhos. Cal diz que não foi tanto devido aos acontecimentos que ele estava assustado, mas sim ao ambiente como um todo. A sensação de perigo e ameaça era palpável. O grupo sentiu que algo terrível iria acontecer. Eles também tinham a sensação que mil pares de olhos estavam observando todos os movimentos que faziam.
Cal admite ter ficado extremamente assustados como o que ocorrera, apesar de ser uma pessoa que geralmente não acredita no que não pode ver. Entretanto, suas experiências foram suaves se comparadas às de outro visitante da mansão. Uma visitante que estava completamente a par da reputação da mansão mantinha-se irredutível na convicção de que tudo o que era dito não passava de tolice. Para provar sua opinião, ela insistiu em dormir na Mansão apesar de todas as opiniões em contrário. Por fim, uma cama foi levada até a mansão, para que ela pudesse lá passar a noite. quando estava a ponto de cair adormecida, o guarda-roupas ao pé da cama elevou-se ao meio metro de distância do chão e inclinou-se como se fosse cair sobre ela. Se isto tivesse ocorrido, ela teria indubitavelmente sido esmagada, mas, saltando agilmente, ela lutou (e , dadas as características quase animadas do objeto, lutar parece ser a palavra correta para descrever o que estava se passando) com o móvel até que ele voltasse à posição original. Após esta ocorrência, ela não passou sequer um momento a mais na Mansão.

Outro lugar a ser visitado, e um dos que mais inspiram medo, é a Mansão Wardley, que fica localizado próximo a Manchester. No termo de arrendamento de Wardley, o crânio é mencionado como um dos residentes.
Acredita-se que o crânio, que é guardado em uma caixa de vidro em uma reentrância da parede no primeiro andar, logo após as escadas, pertenceu a São Mabrósio de Barlow, que foi morto devido a suas crenças em 1641.
Diz-se que qualquer um que perturbe o crânio se depara quase imediatamente com infortúnios devastadores.
Na pesquisa que precedeu à escrita deste artigo, o autor, entre outros locais, visitou a Mansão de Wardley. Lá, o Padre Davis removeu o crânio para que este pudesse ser examinado, assegurando que todas as ocorrências eram meras “coincidências”. Este é o termo aprovado para uso pelo clero católico para fazer referência a qualquer evento de natureza paranormal. Em breve, iriam ocorrer várias outras destas coincidências.
O autor, auxiliado por sua esposa, preparou as luzes para fotografar o crânio. O crânio estava perfeitamente disposto, sobre uma mesa de madeira de lei. Fixando a máquina fotográfica em um tripé, o autor verificou o foco e a exposição cuidadosamente e, finalmente satisfeito, tentou fotografar o que via. Nada aconteceu. A máquina fotográfica emperrou. As baterias, novas e podendo ser armazenadas por até um ano, estavam completamente descarregadas. Como se isto não fosse suficiente, a lente da máquina, de repente, e sem nenhuma razão aparente, espatifou-se.
O autor pegou a câmara reserva em sua bolsa, e conseguiu disparar duas vezes o flash antes que as baterias se esgotassem novamente, restando em funcionamento apenas uma terceira máquina, que era usada apenas em emergências. Outro mistério surgiu quando os filmes foram revelados. Havia várias imagens que pareciam não terem sido tiradas pelo autor, quase como se a máquina fotográfica tivesse disparado varias vezes automaticamente. Em um nível mais subjetivo, o autor e sua esposa sentiram-se como se algo os tivesse deixando exaustos e desorientados, quase como se a força que descarregaram as baterias de maquina fotográfica também estivesse absorvendo sua energia física.

Isto pode não ser tão estranho como soa. Vários investigadores do paranormal, ao ouvirem este relato, disseram que muitas destas Casas do Mortos ficavam situadas em Linhas de Energia seriam importantes canais de energia da Terra, e é a opinião destes peritos que os fenômenos associados com os crânios tem menos relação com as relíquias propriamente nestes sistemas de linhas de força que se manifestam desde a antigüidade.
É opinião pessoal do autor que estas explicações não são convincentes. As baterias das máquinas fotográficas só foram drenadas quando o crânio foi retirado do local onde ele permanecia guardado. Alguns acreditam que o crânio tem se tornado foco de energias. De alguma maneira, quando estes crânios são perturbados coisas estranhas acontecem, normalmente dirigidas contra a pessoa responsável pela perturbação. Intrusos, visitantes e excursões de fotógrafos têm todos, ocasionalmente, sido vitimas destas energias, que parece ser uma entidade inteligente. O autor, em particular, teve a distinta sensação de que o dando infligido a sua máquina fotográfica era pessoal e vingativo.

Um exemplo assustador de malevolência inexplicada aconteceu quando o autor telefonou para outra Casa dos Mortos em Chilton Cantelo, Somerset. Uma vez, quando a BBC estava fazendo um documentário sobre o crânio residente, um poço de água surgiu bem em frente ao carro dos repórteres, e as calças do comediante Dave Allen, que estava lá como comentarista, incendiaram-se inexplicavelmente.
Quando o telefonema foi feito, a dona da casa não se revelou muito cooperativa. Cansada de ser importunada pela imprensa e pelo público, ela limitou-se a declarar que não há nada de incomum sobre o crânio residente, e que ela simplesmente quer ser deixada em paz. O autor estava a ponto de concordar com suas declarações quando a televisão, cujo volume ele havia abaixado antes de dirigir-se ao telefone, subitamente explodiu, pegando fogo.
Apenas quinze minutos depois ele sentiu-se doente. A moléstia, seria constatado posteriormente, era causada por um vírus misterioso, e o deixou sem energias durante vários meses. Coincidência? Ou será que estes poderes também podem ser transmitidos através de linhas de telefone? Talvez nós nunca saibamos as respostas a estas questões, mas parece haver muitos motivos para cauteloso quanto a este assunto. De fato, em muitos casos, os habitantes das Casas dos Mortos ficam tão assustados que jamais chegam a se aproximar dos crânios, evitando cuidadosamente ir em qualquer lugar próximo a eles.

Na Mansão Browsholme, perto de Preston, a dona relata como um residente anterior havia tentando se livrar do crânio, e que naquela mesma noite a casa incendiou-se, sobrando apenas cinzas. Daquele momento em diante o crânio foi mantido fechado, e não é permitido que ninguém se aproxime dele. Ela declarou que seria completamente impossível que o autor o fotografasse porque, como ela colocou, “esta coisas devem ser deixadas em paz”. Isto parece resumir a opinião de praticamente todos sobre os crânios – um profundo respeito por estas relíquias, que acreditam que não devem ser perturbadas.
Mas até aqui uma pergunta ainda permanece sem resposta. Estes crânios, como contam as lendas criadas em seu redor, realmente gritam? O autor não foi capaz de encontrar ninguém com qualquer experiência pessoal a este respeito. De certo modo, isto não é surpreendente. Os crânios só gritariam quando fossem removidos de suas habitações, e como é extremamente temerário testar esta hipótese, este é um fenômeno muito raro de ser testemunhado.

Fonte: Revista Mistério
Não coloquei de pronto por não lembrar e por saber que poderia complementar mais tarde!

Ligeia
Etcetra, alterei o teu post para inserir parágrafos e assim facilitar a leitura dos interessados.
Por favor coloca a fonte do texto no final do mesmo, tal como estipulado nas Regras Gerais do Fórum, alínea 14. Obrigada.