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  • Durão Barroso reclama maior integração para superar a crise!!
    Iniciado por All
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All
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, reclamou hoje um aprofundamento da integração europeia para superar a atual crise económica, que classificou como «a maior ameaça» de sempre à União Europeia.

«Esta crise é a maior ameaça a tudo aquilo que alcançámos através da construção europeia ao longo dos últimos 60 anos. Confrontados com esta dura realidade, ficar parados não é uma opção. É necessário um salto em frente», afirmou, durante um conferência organizada pelo grupo de reflexão European Policy Center.

Segundo o presidente do executivo comunitário, o salto deve começar por uma união bancária:

— Para estabelecermos uma autêntica União Económica e Monetária, penso que necessitamos de uma união bancária, uma união orçamental e mais passos rumo a uma união política. O primeiro destes blocos que pode ser alcançado rapidamente sem mudanças nos Tratados é uma moldura financeira integrada, uma união bancária.




Problema-Reação-Solução!!! Estes tipos fazem o que querem na cara das pessoas e depois chamam-nos "os maluquinhos das conspirações"!! O Durão além de pedir uma união bancária ainda dá uma amostra do verdadeiro plano, a união política!!


Problema: Criar uma crise financeira subindo as taxas de juro aplicada aos países que contraem empréstimos e já possuem uma dívida soberana elevada (que a propósito não existe ao acaso...), levando assim a que os países não tenham como pagar essa dívida e retirando assim dinheiro da economia (já que tem sempre que se pagar a dívida que já existe) provocando uma crise = menos oferta de moeda.


Reação: As pessoas exigem que o Governo faça algo, e mesmo que não o digam eles fazem à mesma porque encontra-se em causa o velho "interesse público" que deve ser prosseguido - no nosso caso basta ver o artigo 182º e 266º da Constituição para eles legitimarem as suas ações!!


Solução: A solução não é darem-nos dinheiro como aconteceu através deste plano de resgate financeiro, e de certa forma o Partigo Comunista Português tem razão quando diz que este é um "pacto de agressão" (apesar de os partidos de esquerda ou direita serem faces da mesma moeda). A solução de facto é a realizada pelo Governo, cortar despesa e aumentar receita, contudo é fácil afirmar tal verdade quando a situaçao das finanças públicas foi "construida" para este proposito (endividamento do país durante anos onde a bolha rebentaria na altura certa) e não surgiu de um dia para o outro como sugere "muito especialista" televisivo que para ai anda e que por as mesmas águas já navegou.


A verdadeira solução não é esta!! Não se pode esperar tratar a doença quando só se tratam os sintomas que vão aparecendo!! A doença é a União Europeia, o FMI, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, as agências de rating (que são instituições privadas que atribuem ratings arbitrariamente a todos os países do mundo a mando do pequeno número de pessoas que controlom este planeta)...


Quem conduzem os países não são os Governos ou os parlamentos, nem mesmo os ditadores, são as fraternidades maçonicas e demais sociedades secretas (rosacruz, skull´s and bones, ordem de malta...) que são máscaras para os verdadeiros tipos que controlam o jogo a que chamamos "vida" - as famílias Rothschild, Windsor, Rockefeller, Bush, Harriman, Astor, Warburg e outras...
que usam o velho esquema da criação de dinheiro do nada e juro sobre o mesmo para escravizar e controlar assim milhões e milhões de pessoas - no nosso caso 10 milhões de pessoas controladas por um documento chamado de "Memorando de Entendimento"!



AWAKE

Concordo. Acho que esta "teoria" de conspiração, há muito que passou a ser uma realidade ou sempre o foi, por muito que tentem   "atirar nos com areia para os olhos". É a minha opinião :-X .
"só se desilude, quem se ilude"

Inominado
#2
Penso que a abordagem deste assunto não está a ser feita do ponto de vista correto... Estamos a falar na temática da crise com base em conspirações quando devíamos começar por analisar os fundamentos económico-sociais desta crise.

Quando entramos na CEE, depois de Maastrich chamada de UE, nós recebemos milhares de milhões de euros. A CEE encheu-nos de dinheiro! Fundos estruturais para isto, fundos estruturais para aquilo. Contudo, desse dinheiro, a maioria ou foi aplicado segundo a política do betão (fazer grandes obras públicas - pontes, auto-estradas) ou serviu para certas pessoas comprarem jipes e mansões. O verdadeiro objectivo que seria modernizar o país, falhou.

Outro problema são os nossos empresários. Lembro-me de ler um estudo a propósito das fábricas de têxteis que fecharam aquando da abertura do mercado da OMC aos têxteis chineses em 2005, que as empresas que estavam a fechar eram aquelas cujos donos mal tiveram dinheiro para o Mercedes e a casa com piscina deixaram de investir na empresa, o que fez com que essas empresas deixassem de ter condições para competir num mercado globalizado. Hoje em dia, vemos algumas empresas têxteis nacionais a imporem-se no mercado internacional. Quais são os segredos destas empresas? Investigação, inovação, imaginação, oferta de produtos de elevado valor acrescentado.

Isto tudo para demonstrar que se Portugal está como está a culpa é nossa. Fomos nós que no passado não soubéssemos empregar os milhares de milhões que recebemos da CEE/UE. Fomos nós que cometemos erros na administração das nossas empresas. Isto é, existe muito material que justifica o porquê de Portugal estar como está sem ser as teóricas da conspiração.

Quanto a Espanha ainda é mais simples explicar porque eles estão assim... Viagem de carro e constatem as dezenas de urbanizações desertas que existem. O crescimento espanhol dos últimos anos foi um crescimento baseado em princípios errados. O imobiliário faz crescer o PIB mas quando chega o momento de se vender as casas e não há dinheiro para as comprar, nem há quem empreste dinheiro para as compras, então o imobiliário estoura. É em parte isso que está a acontecer em Espanha.

A dívida existe porque nós a contraímos... Se estamos no poço em que estamos é por nossa culpa. A nossa culpa é dupla: por um lado elegemos os governantes errados, por outro lado não soubemos exigir rigor e transparência na gestão pública.

Quando autarcas comprovadamente corruptos ganham eleições então o problema é mesmo nosso!

TinaSol
Citação de: Inominado em 27 junho, 2012, 11:10
A nossa culpa é dupla: por um lado elegemos os governantes errados, por outro lado não soubemos exigir rigor e transparência na gestão pública.

Quando autarcas comprovadamente corruptos ganham eleições então o problema é mesmo nosso!

Certíssimo.

All
Caro Inominado, sem querer desprezar ou críticar o teu conhecimento bem como o que indicas-te no teu comentário, gostaria primeiro de dizer que não é possível explicar uma crise económica com base em fundamentos económico-sociais e vou indicar-te o porquê.

Percebo o que queres dizer quando indicas que abordei o assunto de forma incorreta, abordando a temática da crise com base em conspirações como tu disses-te, e percebo o porquê de dizeres que devia-se primeiro analisar os fundamentos económico-sociais desta crise. Contudo, pelo teu comentário (sem querer ofender) penso que não pesquisas-te nem estás por dentro daquilo a que as pessoas muito erradamente designam por "teorias da conspiração". Antes de mais só existe uma conspiração, e ela certamente não é uma teoria, só podendo ser compreendida com uma análise e pesquisa profunda de toda a história da humanidade desde a civilização Suméria até aos dias de hoje, nos seus múltiplos aspectos (religião, história, sociologia...)

Deixa-me dar-te apenas uns pontos quanto aos "fundamentos económico-sociais" desta crise.

1º Ponto: Antes de mais crise económica e financeira são faces da mesma moeda, uma crise financeira ocorre quando não existe moeda em circulação, ora a crise económica ocorre quando não se transacionam bens, e esses bens não são transacionados exatamente porque há menos moeda em circulação. Esta crise não "caiu do céu", bem como todas as crises económicas já observadas não acontecem por acaso e por este simples facto, crise é = pouca moeda em circulação e crescimento económico é = mais moeda em circulação. Existindo mais moeda existem mais transações, o que por sua vez leva à necessidade de mais produção para a oferta igualar a procura e desenrola-se toda a atividade economica por ai adiante, emprego etc.
A atual crise portuguesa, bem como aquela que se observa nos demais países da União Europeia são resultado desta excasses de circulação de moeda. Ora o fundamento económico-financeiro da crise está explicado.

2º Ponto: Está crise, que pelo que se diz ai paira pela Europa, é denominada por "crise das dívidas soberanas", isto é, a dívida soberana encontra-se tão elevada que aqueles que concedem crédito aos países pura e simplesmente cobram uma taxa de juro mais elevada pelo simples facto que desconfiam da possibilidade de o país conseguir pagar aquilo que deve quanto mais aquilo que ainda pede emprestado. Esta desconfiança é legítima quando um país possui uma dívida soberana superior ao próprio valor do PIB. Ora se a floresta está a arder atira-lhe com fogo para cima... É o caso doméstico. A Itália possui uma dívida soberana superior ao valor do PIB à imensos anos e no entanto ainda não necessitaram de um dito resgate financeiro! Por sua vez fala-se muito em Espanha e tudo mais no que diz respeito ao aumento das taxas de juros pelos empréstimo concedidos mas a Espanha possuí uma dívida pública inferior à Alemanha! Não vejo a Alemanha com problemas de "financiamento"... - uma pequena pista para suscitar reflexão

Piada dá quando se diz que a situação em que nos encontramos é culpa nossa, como se fossemos nós (povo português) que estivessemos a governar o país... Sim, é verdade que em ultima instância somos nós que os metemos a governar, mas nós não elegemos o primeiro ministro, tão pouco escolhemos quem são os nossos governantes de forma direta. Até o nosso suposto sistema político é uma fachada, mas isso não é assunto que importa agora referir.

Uma última questão para quem ler este comentário refletir é a seguinte, se uma pessoa ganha 1000 e gasta 1100 ela não sabe que mais tarde ou mais cedo "algo" vai acontecer?...

Os experts (economistas, professores etc) chamam de financiamento aquilo que na realidade é endividamento, e eu pergunto em que consiste o crescimento económico... sim, é mais moeda em circulação, precisamente o objetivo do dito financiamento. O crescimento económico é uma ilusão, de facto cresce-se mas por outro lado fica-se escravo (controlado) por aqueles a quem se deve o dito cujo... Quem faz circular moeda? Sim, os bancos...

Sem alongar mais (porque muito mais poderia ser dito) o deus do mundo atual, o crescimento económico, é a maior ilusão existente, e as pessoas não se apercebem (dai ser ilusão). Como dizia o Morfeus ao Neo no The Matrix "a verdade é que és um escravo neo, como toda a gente nasces-te num cativeiro, numa prisão que não consegues cheirar, sentir ou tocar, uma prisão para a tua mente", exatamente o mundo em que vivemos e que nos é imposto desde o momento em que nascemos.

A melhor forma para controlar alguêm é fazer com que essa pessoa pense que é livre...



Quando estamos à beira do abismo,temos de dar um passo em frente :laugh:

Inominado
Citação de: All em 27 junho, 2012, 14:35
1º Ponto: Antes de mais crise económica e financeira são faces da mesma moeda, uma crise financeira ocorre quando não existe moeda em circulação, ora a crise económica ocorre quando não se transacionam bens, e esses bens não são transacionados exatamente porque há menos moeda em circulação. Esta crise não "caiu do céu", bem como todas as crises económicas já observadas não acontecem por acaso e por este simples facto, crise é = pouca moeda em circulação e crescimento económico é = mais moeda em circulação. Existindo mais moeda existem mais transações, o que por sua vez leva à necessidade de mais produção para a oferta igualar a procura e desenrola-se toda a atividade economica por ai adiante, emprego etc.
A atual crise portuguesa, bem como aquela que se observa nos demais países da União Europeia são resultado desta excasses de circulação de moeda. Ora o fundamento económico-financeiro da crise está explicado.

Pelo teu comentário penso que a solução que propôs seria uma expansão monetária. Curiosamente, o FED tem aplicado quantitative easing (QE) para injetar dinheiro na economia e até agora os resultados não são duradouros, tanto é assim que já se fala num QE3... No Reino Unido esta a acontecer exatamente o mesmo: planeia-se um QE e à medida que o tempo passa fala-se em aumentar o volume de dinheiro a injetar pois o inicialmente previsto não se mostra suficiente. Tendo em conta, os precedentes que existem tantos nos EUA como no Reino Unido em que a expansão monetária não se tem mostrado eficaz, não considero que esse seja o caminho a seguir.

Citação de: All em 27 junho, 2012, 14:35
2º Ponto: Está crise, que pelo que se diz ai paira pela Europa, é denominada por "crise das dívidas soberanas", isto é, a dívida soberana encontra-se tão elevada que aqueles que concedem crédito aos países pura e simplesmente cobram uma taxa de juro mais elevada pelo simples facto que desconfiam da possibilidade de o país conseguir pagar aquilo que deve quanto mais aquilo que ainda pede emprestado. Esta desconfiança é legítima quando um país possui uma dívida soberana superior ao próprio valor do PIB. Ora se a floresta está a arder atira-lhe com fogo para cima... É o caso doméstico. A Itália possui uma dívida soberana superior ao valor do PIB à imensos anos e no entanto ainda não necessitaram de um dito resgate financeiro! Por sua vez fala-se muito em Espanha e tudo mais no que diz respeito ao aumento das taxas de juros pelos empréstimo concedidos mas a Espanha possuí uma dívida pública inferior à Alemanha! Não vejo a Alemanha com problemas de "financiamento"... - uma pequena pista para suscitar reflexão

A desconfiança advém do facto daquilo que se produz num determinado país e na sua capacidade de pagar as dívidas. A Alemanha cresceu porque tem uma industria pujante, produz máquinas, carros, produtos químicos, etc. A Espanha andou a crescer com base em que? No imobiliário, na especulação.

Uma caso mais curioso é o Japão com mais de 200% de dívida em relação ao PIB. Só não estoura porque o dinheiro que o estado japonês pede emprestado vem dos próprios cidadãos. Isto é, os japoneses são extremamente poupados, o que lhes permite ter imenso dinheiro para financiar o estado, não estando este dependente da disponibilidade de financiadores externos.

O caso português: a diminuição do dinheiro investido em certificados do tesouro e de aforro poderá fazer com que o estado português tenha necessidade de procurar mais financiamento externo ainda este ano. Tenho a certeza que se o estado português desse aos portugueses as mesmas condições que dá aos investidores estrangeiros, os portugueses seriam capazes de emprestar mais dinheiro ao estado, tornando-o menos dependente do estrangeiro.

Citação de: All em 27 junho, 2012, 14:35
Piada dá quando se diz que a situação em que nos encontramos é culpa nossa, como se fossemos nós (povo português) que estivessemos a governar o país... Sim, é verdade que em ultima instância somos nós que os metemos a governar, mas nós não elegemos o primeiro ministro, tão pouco escolhemos quem são os nossos governantes de forma direta. Até o nosso suposto sistema político é uma fachada, mas isso não é assunto que importa agora referir.

Não, não, esse é um assunto muito importante! E penso que a sociedade portuguesa devia refletir sobre esse assunto. De facto quando votamos, o nosso voto é condicionado pela seleção intra-partidária dos candidatos, isto é desde o início o voto está condicionado. Quando uma determinada pessoa chega ao governa talvez tenha de pagar os favores recebidos aquando da escalada na hierarquia dos partidos, só se assim se compreendem algumas atitudes permissivas.

Não somos nós que governamos. Assim como não somos nós que exigimos mudanças. Por exemplo foi preciso a Troika vir-nos mandar reduzir as rendas da energia e a despesa com as PPP. Alguma vez viste o povo a exigir estas alterações? Eu sempre que falo com colegas sobre isso, ninguém sabe do que falo, ninguém se interessa...

As PPP são um verdadeiro roubo! Um assalto ao erário público! Manifestações a exigirem a sua renegociação existem?

Outro exemplo do regabofe português e da nossa passividade: a compra dos submarinos, curiosamente submarinos alemães. Existem suspeitas de suborno. Na Alemanha investigou-se, os culpados foram encontrados e punidos. Em Portugal mais uma vez não se fez nada.

A culpa é nossa porque somos nós que deixamos que situações escandalosas aconteçam sem sequer levantarmos a voz.

TinaSol
Desculpem lá mas vocês, mais parecem analistas financeiros... ::)

All
Quanto ao sistema político não compreendo como se encontra em vigência... Nós, povo, votamos no partido que queremos que represente os nossos interesses no parlamento (o que é uma mentira porque eles representam os interesses deles enquanto partido e não o nosso e já digo porquê), e após um determinado partido vencer as eleições o Presidente da República deve nomear o Primeiro-Ministro nos termos do nº 1 do artigo 187º da Constituição (como indica o artigo 133º alínea f). Este artigo 187º diz no tal nº 1 que o Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República ouvidos os partidos representados na Assembleia e tendo em conta os resultados eleitorais.
O nº 2 deste artigo 187º da CRP diz que os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente sob proposta do Primeiro-Ministro. Por outras palavras o Primeiro-Ministro escolhe livremente os membros do seu Governo.

Ora a maior piada do atual sistema político-constitucional em que vivemos é exatamente o facto de o Governo não ser escolhido pelo povo, contudo a maioria da população vota como se estivesse a votar no Passos Coelho ou no António Seguro para Primeiro-Ministro, porque a propaganda que é realizada em época de eleições não é para a promoção do partido e defesa dos interesses do povo mas sim para a promoção das ideias do líder do partido enquanto possível governante de Portugal!! Mas que raio...

Quem beneficia com este atual sistema? Apenas o partido que ganha as eleições... Mesmo que não tenham a dita maioria absoluta que lhes permita atuar sem qualquer controlo parlamentar possível, eles já tem acordado antes dessas eleições a colaboraçao de outro partido...

Em resumo, o Parlamento encontra-se monopolizado pelo Governo, governo este que sai do próprio parlamento...
Não me vou alongar mais quanto a este assunto porque existe muita coisa a dizer e penso que seria necessário criar um tópico específico sobre este assunto para o poder tratar e trocar ideias e reflexões com a mínima coerência.


Quanto ao FED, esta instituição é tão estapafurdia que sinceramente nem vale a pena começar por falar nela... Aliás, todo o sistema financeiro atual é de uma enorme piada, basicamente basta escrever num computador, por exemplo, 78 mil milhões de euros e poof, fez-se magia e surge do nada 78 mil milhões de euros... - Moeda Fiduciária (fiat currency)
Por algum motivo o Reino Unido não aderiu nem pretende aderir à zona euro... pois, assim pode criar dinheiro através do ar e quanto mais moeda há em circulação... brincadeira de crianças.


Caro Inominado, a desconfiança é simples, o que dizem os tipos que pretendem encontrar justificações para o aumento das taxas de juro é que o país não apresenta condições para pagar e como tal é necessário cobrir tal risco no juro aplicável. Como tinha dito no último comentário que havia feito, atira gasolina para o incêndio que pode ser que ele se apague... O caso Japonês de facto é curioso, como bem indicas-te. É verdade que a sua dívida pública é de cerca de 200% do PIB e que 90 e tal % dessa dívida é uma dívida pública interna. Assim sendo as taxas de juro aplicáveis não são concerteza as taxas de juros de que o Japão seria alvo se essa dívida fosse externa...

Também tens razão quando dizes que a Alemanha cresceu, a piada é que cresceu à custa de endividamento tal como a maioria dos países do mundo, e, no âmbito da União Europeia, todos cresceram mas também aumentaram a sua dívida pública. Quando se cresce à custa do dinheiro dos outros é fácil, se eu for ao banco pedir 5000euros também cresci economicamente, tenho 5000euros a mais para andar a fazer o que bem me apetecer com eles, desde que os pague (amortizando esse montante em dívida bem como pague o respetivo juro) tudo vai correndo bem. O facto da Alemanha ter uma indústria muito forte é bom, é, principalmente se for um país exportador, mas desde o momento em que se vem apresentando um défice orçamental todos os anos não há padre que faça milagres. Défice é dívida e um país que apresenta défices todos os anos encontra-se a aumentar a sua dívida pública portanto encontra-se a cavar a sua cova...

O que separa a Alemanha de Portugal é o facto de a Alemanha conseguir cumprir as suas obrigações pois no seu orçamento ainda há receitas que permitam fazer face à maioria das despesas em que incorre, contudo ainda vai necessitando de recorrer a endividamento, quero dizer "financiamento".

Todo o "financiamento" é determinado de forma arbitrária por aqueles que emprestam o dinheiro, e é isto que importa ter a noção. São os grandes bancos que possuem o capital e são eles que escolhem quando colocar a corda no pescoço dos cidadãos, sim dos cidadãos, pois um governo tem como função governar a casa que é nossa e somos nós que pagamos com os desvairos em que os supostos governantes incorrem. Eles não governam o país em busca do interesse público, eles governam para servir o interesse privado...


A Espanha cresceu, tal como todos, à custa de endividamento/financiamento. As taxas de juro da Espanha de facto são muito superiores do que aquela que é aplicada à Alemanha. Contudo, quando olhamos para a dívida de ambos vemos que a de Espanha é bem inferior à da Alemanha (68%-81% em 2011).
Todo o sistema financeiro atual é especulação pura e simples, arbitrariedade daqueles que possuem o dinheiro e que podem escolher quem cai ou quem se mantem vivo.



Inominado
Eu ontem li uma informação que me deixou completamente abananado... Warren Buffett é acionista da Moody's. Tendo as decisões da Moody's impacto no mercado de capital, será que Warren Buffett tem aceso a informação privilegiada das decisões da agência de rating?

Mais a Capital Group que possuí participações da S&P e Moody's tem mais de 1 trilião de dólares sob gestão, tendo investimentos em mais de 36 países. Será que esses investimentos são realizados tendo em conta o conhecimento de decisões futuras dessas agências de rating?

É, All... Parece que afinal quem tem razão nisto és tu. Não adianta o que façamos, pois seremos sempre as ovelhas à merce dos lobos. E como bons lobos que são os "mercados" atacaram o rebanho, a Europa, começando pelos membros mais fracos, mas gradualmente vão a comer as ovelhas todas... Veremos no que isto vai dar.

TinaSol
#10
Citação de: Inominado em 29 junho, 2012, 15:55
Eu ontem li uma informação que me deixou completamente abananado... Warren Buffett é acionista da Moody's. Tendo as decisões da Moody's impacto no mercado de capital, será que Warren Buffett tem aceso a informação privilegiada das decisões da agência de rating?
Mas qual é a admiração? Quanto mais dinheiro se tem, maior o acesso a informação supostamente confidencial se tem acesso.
Vê-se pelo sigilo bancário, fartinhos de saber quem tem o quê sabem as credoras, só que não podiam era dizer.

Aos entendidos de Finanças, deixaria umas questões no ar:

A crise dos EUA, com o endividamento dos bancos, foi prevista por um economista (chatice que li o artigo, mas agora não consigo localizá-lo), a mesma crise era de prever na Europa, mas nada foi travado. Quando os créditos deveriam ter sido cortados/limitados, nenhuma medida se tomou, pelo contrário, as empresas e particulares fizeram foi por esgotar plafons bancários. Tendo a Europa seguido a mesma política dos EUA a nível bancário, não era de prever?

As agências financeiras, se não estou em erro são todas americanas...

A Alemanha assume-se agora como líder Europeia, mas após a 2ª guerra andou muitos anos a pagar as dívidas, foi recapitalizada pelos EUA e Rússia, fora o espólio da guerra e as fortunas dos desgraçados que mataram. Porque raio fazem tanta questão de sujeitar as pessoas a tanta austeridade, só para não produzirem mais euros e recapitalizar bancos, será só mesmo para não desvalorizar o euro ou para manter alguma espécie de supremacia ?

Aquando a nossa entrada no Euro tantos eram os subsídios que recebíamos, para não produzir, para não semear, para não pescar, para estabelecer limites, não era de prever que o país um dia ficaria auto-insuficiente?

Porque é que raio há para aí tantos corruptos assumidos, que têm dinheiro para recorrer e assim prescrever processos, não são punidos e chamados à responsabilidade?

Crescimento económico, não implica também as pessoas terem poder de compra para gastarem e fomentarem a nossa economia? não significa produzir e exportar?

Desculpem lá mas estou mesmo farta de viver num paraíso de corrupção e ainda receber vários e-mails por semana acerca de teorias da conspiração para virar os trabalhadores e os portuguesitos uns contra os outros ...

Olha, se calhar é como o outro... E o burro sou eu...




Inominado
Roubini em 2005 previu a crise do subprime americano... Ainda dizem que não há videntes  ;D

All
TinaSol o porquê de não ser emitida moeda pelo BCE não é pelo facto de a mesma vir a desvalorizar. O FED nos EUA está constantemente a financiar o governo norte-americano e no entanto não sofrem com problemas de hiperinflação ou coisa do gênero. Simplesmente se fosse emitida moeda esta "crise" (crise = menos moeda em circulação na economia) seria fortemente mitigada senão mesmo chegaria a um fim.

O problema é que as crises não surgem do nada, elas são criadas pelas poucas famílias que controlam este planeta. O Problema (crise) surge, as pessoas exigem respostas ( reação), aqueles que criaram a crise colocam a solução ( problema-reação-solução, recomendo pesquisarem o trabalho de David Icke). A solução é a integração política dos Estados-Membros da União Europeia, aliás este post tinha o objetivo de demonstrar o próprio presidente da Comissão Europeia a aludir a esta solução... O objetivo é assim a perda de soberania dos países europeus através da centralização do poder na denominada União Europeia.

Quem criou a crise? Sendo uma crise a menor circulação de moeda na economia uma crise só pode ser criada por aqueles que disponibilizam essa moeda/dinheiro. É o que aconteceu, deixa-se de emprestar dinheiro aos Estados a juros digamos razoáveis o que leva a que estes não consigam endividar-se mais a baixo custo (custo do empréstimo = juro). Dai o facto de Portugal, Grécia... terem de ser "resgatados" (para mim é um verdadeiro saque) já que não tem moeda em circulação na economia. Claro que este aumento de juros é justificado pelo excesso de endividamento dos Estados etc, mas como bem disses-te TinaSol tipos que andaram em grandes universidades e que supostamente sabem o que fazem não se aperceberam durante todos estes anos que o constante acumulamento de défices e etc não chegaria a um momento que faria "rebentar a bolha"? A minha resposta é que eles sabiam no que se metiam, mas a crise era necessária (problema) para terem a reação e darem a solução (centralização do poder). Dai a Merkel e o Hollande terem vindo falar de uniões orçamentais e etc, que levam na verdade à total perda de soberania e à tal centralização.

Este é apenas uma pequena sintese do porquê desta "crise" e do porquê de ainda não se ter feito nada...


Colega Inominado essa notícia não me surpreende nada...é claro que o Buffet é acionista da Moody´s, e sendo ele um grande investidor com poder para crashar os mercados já podes deduzir o que este senhor pode fazer... Aliás, se observares todos os acionistas das agências de rating de certeza que são na sua maioria, senão todos eles, pessoas com grande influência nos mercados financeiros. É claro que o Buffet tem informação priveligiada, ninguem investe biliões como ele sem saber qual será o resultado.

Os mercados financeiros são verdadeiros casinos, a regra é a do aumento do valor quando a procura é muito elevada e vice versa...Pois, um verdadeiro casino é o que é Wall Street, City of London e os demais grandes centros financeiros do mundo que destroem milhões de vidas à custa de um verdadeiro "jogo da roleta" (apesar de tipos como o Buffet saberem o que vai acontecer).
O David Icke aborda esta situação no livro The Biggest Secret, onde conta que um amigo dele que investia forte no mercado norte americano começou a estudar o comportamento/padrões de investimento das maiores empresas, bancos, seguradoras antes de ser realizada alguma declaração oficial do na altura presidente da reserva federal norte americana Alan Greenspan, e observou em todas as ocasiões que esse senhor ia fazer uma declaração oficial, uns dias antes estes "tubarões" compravam ou vendiam massivamente ações e etc de determinadas companhias que eram afetadas pela tal declaração oficial do Presidente da Reserva Federal (FED).


Mas o Buffet não é um dos chefões da cena! As verdadeiras pessoas que controlam este mundo não são os ditos bilionários!! São famílias como os Rothschield, Rockefellers e outras!
Eu costumo fazer a mim próprio muitas vezes esta pergunta (apesar de ter resposta para a mesma), se por exemplo os rockefeller, que eram donos da Standard and Oil, onde o barão da família John Rockefeller tinha no século 19 uma fortuna de 600 e tal biliões de dólares (a atual dita pessoa mais rica do mundo, o tal mexicano Carlos Slim, tem apenas 70 biliões!!) o que aconteceu a essa fortuna? Porque não é o David Rockefeller, atual barão da família, o homem mais rico do mundo? O avô dele tinha uma fortuna de 600 biliões de dolares!! Para onde foi tanto dinheiro, desapareceu?
As mesmas perguntas podem ser feitas quanto aos Rothschield, Windsor e outras famílias que no século 19 tinham biliões e biliões e no entanto não aparecem como os mais ricos do mundo atualmente...

Acontece que a riqueza dessas pessoas não é revelada... aliás encontra-se dispersa por offshores e muitas outras artimanhas. Uma fonte que li na internet (a qual não consegui ainda confirmar) dizia que existe uma lei na grã bretanha que impossibilita saber ao certo a fortuna da família real (os Windsor cujo nome era Saxe-Coburgo-Gota mas foi mudado pelas  reações que podia suscitar após a 1º guerra mundial, sim, a família real britânica tem descendência alemã...)


Os pontos conectam-se todos quando se abre os olhos e começasse a ver realmente o mundo em que vivemos, mas as pessoas chamam-nos "teóricos da conspiração"... pois, de teoria não há nada!!