A chuva

Gosto de tardes de chuva, especialmente quando não tenho de ir á rua... 

Chuva!
Esta que ás pingas cai
por cima do telhado que me cobre a cama,
enquanto meus olhos se perdem
no vácuo do nada e nada sou...

A chuva.
Que enquanto divago em minhas viagens,
lava do mundo os gritos dos homens
e trás aos ouvidos um eco profundo
do qual partilho a essência...

E quando chove.
A minha alma que é boemia,
e anda á chuva
Voa com vontade própria,
põe-se em fuga!

Leva-me dos recantos sombrios
ás cores da vida numa longínqua melodia
é grande como o mundo
e esquiva como a fina neblina.

Fora do meu corpo e do meu espaço temporal
vejo em tudo um ritmo próprio,
e o meu é só meu!

Esta chuva.
Que me leva enquanto perdida nos meus mundos,
a cair junto com ela... suavemente
e a entranhar-me na terra para fluir livremente
por rios e fluentes ao som do seu silencio!

Tcharámm inspiração de tarde de chuva 

Muito bom poema



Já tinha lido mas gostei de ler de novo.


Parabéns

Obrigado Templa  vindo de ti vale muito porque também já li os teus e gostei muito de como escreves