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  • Caso Shanti Devi
    Iniciado por Zühl
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O espíritismo é uma religião que acredita em reencarnação, e esse caso curioso que aconteceu na Índia é para eles uma prova da reencarnação. Um caso que a ciência não tem como contestar...



Shanti Devi nasceu em 1926, em Delhi.
Aos 3 anos começou a falar sobre o seu marido filhos. No inicio os pais gostaram porque acreditavam que ela via neles uma familia feliz, mas depois isso passou a preocupar os pais, pois Shanti não brincava como as crianças da sua idade.
A sua mãe então chamou-a para conversar, e a menina contou que o nome do seu marido era Kedarnath e morava em Mutra com os seus filhos.

A menina foi levada ao médico, que garantiu que ela era normal, e falou que ela inventava histórias como outras crianças para chamar a atenção.
Então o médico entrevistou a menina, que contou toda história com detalhes. Quando o médico questionou então porque é que ela era uma menina ela contou:
- Eu morri a, mais ou menos, 1 ano antes de nascer. O meu nome era Ludgi e morri a dar à luz a outro filho. Shanti deu detalhes da gravidez difícil e contou que o filho sobreviveu ao parto. A menina tinha resposta para todas as perguntas do médico.

Depois disso, o seu tio resolveu investigar o caso e mandou uma carta para a morada que a menina dizia, procurando por um homem chamado Kedarnath e que teria perdido a mulher em 1925.

Kedarnath existia mesmo e recebeu a carta. Assustado pediu a um primo que morava em Delhi para visitar Shanti e ver se aquilo tudo não era um golpe da família.
Chegando lá,a menina reconheceu o primo do marido, conversaram, o primo de Kerdarnath confirmou toda a história da menina e ficou decidido que Kerdarnath e os seus filhos iriam visitar Shanti em Delhi.

Quando chegaram lá, o filho de Kedarnath foi coberto de beijos pela garota e chamado pelos apelidos carinhosos que Ludgi chamava. Com Kedarnath, Shavi tratou ele como uma adulta, servindo-o, como uma esposa submissa faria. Kerdarnath chorou e foi consolado por Shavi com palavras que só Ludgi e ele conheciam.

O caso foi parar à imprensa e um grupo de cientistas e repórteres levaram Shanti até Mutra para ver se ela falava a verdade, ou se aquilo tudo era uma farsa para a imprensa.
Chegando a Mutra, Shanti reconheceu os pais do seu marido, e falou com eles no dialeto de Mutra, e não na lingua que ela aprendeu em Delhi. Depois indicou o caminho e levou os repórteres e cientistas até a antiga casa de Ludgi. Achou a casa, reconheceu-a, mas falou que quando ela era viva a casa era amarela e agora tinha sido pintada de branco.
Kerdarnath não morava mais ali, tinha se mudado com os filhos e os novos moradores não permitiram a entrada de Shavi na casa.

Depois, foi visitar a mãe de Ludgi, a velha ficou muito assustada com a menina que falava como Ludgi e sabia de coisas que só a Ludgi sabia, lembrando-se até do seu próprio funeral.
Quando questionada sobre alguma mudança na casa da mãe, ela falou de um poço que não tinha mais,nos fundos da casa. Escavaram o local e encontraram um poço que tinha sido fechado.

Kedarnath perguntou a Shanti sobre alguns anéis que Ludgi havia escondido, e ela falou que havia enterrado eles e algumas jóias no jardim da sua antiga casa.
A comissão de investigação encontrou as jóias no local indicado por Shanti.

Apesar de tudo, Shanti não podia assumir o papel de mãe de meninos mais velhos do que ela, e nem papel de esposa para Kedarnath, que sentia mais temor dela do que afecto, até porque não poderia sentir afecto por uma criança...

Shanti Devi viu que não podia viver em 2 mundos, e viver no passado seria mais difícil e doloroso do que viver no presente. Aceitando conselhos, com sofrimento, afastou-se da família antiga em Mutra e viveu a sua vida jovem em Delhi.

Em 1958, um repórter tentou reabrir o caso e encontrou Shanti levando uma vida discrecta como funcionária pública em Delhi. Quando foi falar com ela, ela disse que não queria mais reviver o passado. Tinha sido difícil esquecer a sua velha família e ela não queria mais sentir aquela dor.

Ficou provado que uma menina que nasceu em Delhi em 1926 sabia tudo da vida de uma mulher que morreu em 1925 em Mutra.

Fonte: Espiritismoasério
Believe to see...

DiogoM
Prova viva de como reencarna-mos... :-\

Este é um exemplo que demonstra porque não é suposto todos nos recordarmos de vidas passadas. O peso do passado seria opressivo.
Imagine-se que matámos alguém numa vida passada. Em vez de ultrapassarmos esse acto, passaríamos a vida numa depressão constante
originada pelos actos que cometemos noutras vidas. 
Por outro lado, em Terapias de Vidas Passadas feitas por bons profissionais, a pessoa vê apenas determinados pormenores de outras vidas, isoladamente, para ultrapassar um problema que a aflige.

Fiquem bem.

anokidas
ricar,

será que me poderia esclarecer uma duvida relativamente a reencarnação? se não nos lembramos da nossa vida anterior devido ao peso do passado,como poderemos pagar a divida ou resolver uma situação nesta vida?
Ou só quem tem acesso ao procedimento da terapia de vidas passadas é que poderá desfragmentar esta situação?
Desculpe as minhas perguntas serem um pouco descabidas mas é um assunto que me faz extrema confusão já que a reencarnação tem o propósito de um espírito evoluir também poderíamos ter hipóteses de remediar os erros nesta vida.Ou não será assim?

Obrigado


#4
Olá.

Após reler o meu post, percebo porque me coloca esta questão. Expliquei-me mal e poderei ter dado a impressão que a Terapia de Vidas Passadas (TVP) é uma espécie de "único caminho para a salvação". Não poderia estar mais longe do que realmente acredito.
Quando referi que "não é suposto todos nos recordarmos de vidas passadas. O peso do passado seria opressivo", a minha intenção era dissertar sobre uma questão frequente - não colocada neste tópico - muitas vezes referida na discussão sobre a existência de vidas passadas: Se existe reencarnação, porque não nos lembramos de vidas passadas? As razões que considero válidas foram dadas nesse post.

Começou a sua questão da seguinte forma: "será que me poderia esclarecer uma duvida relativamente a reencarnação?". Não tenho respostas concretas para lhe dar. Assim como não o teria se um tailandês me perguntasse: "como é viver em Portugal?".
Acredito que cada caso é um caso e não é possível generalizar. Também acredito que é por isso que existem tantas respostas diferentes por parte de diversas religiões. Não é portanto possível dizer com certeza como é o "lado de lá", ou como o Karma funciona em todas as situações, dada a extraordinária diversidade de situações originada por uma infinidade de vidas passadas diferentes.
A minha resposta, abaixo, reflecte o meu caso pessoal e o de pessoas conhecidas que passaram pela Terapia de Vidas Passadas feito por uma pessoa de família, da máxima confiança, com formação do Brian Weiss e formação formal em Psicologia. Dado que esta está a milhares de quilómetros de Portugal, não é possível fazer sessões aí, portanto, sinto-me muito mais à vontade para referir o seu trabalho sem sentir que estou a tentar angariar clientes.
Alguns dados: A TVP feita por Brian Weiss e transmitida aos formandos consiste, não num transe intenso, mas numa meditação assistida, guiada por diversas técnicas específicas. A qualquer momento, a pessoa pode abrir os olhos, mas geralmente não o faz. Quando está a passar por momentos difíceis, são utilizadas técnicas para sair daquela cena. Durante a sessão, tem sido muito frequente percepcionar guias espirituais e já aconteceu, uma mãe que perdeu a filha, conseguir comunicar com esta. As sessões têm assim, um cariz bastante ligado à espiritualidade, tal como Brian Weiss reflecte nos seus livros. Por outro lado, há pessoas que foram, não viram nada e nunca mais voltaram. Se estavam mesmo interessadas em tratar um problema, de certeza que o caminho de desenvolvimento pessoal/espiritual delas é outro, igualmente válido. Não é imprescindível ter acesso à TVP para evoluir, quebrar padrões, etc., mas há algumas pessoas que sentem que a TVP faz muito sentido. É para elas que a TVP existe. E elas encontram um bom terapeuta de TVP porque é suposto encontrarem-no naquele momento das suas vidas. Para muitas outras, o caminho é outro. Ninguém deve andar angustiado à procura de um terapeuta de "XPTO" porque leram que XPTO é muito bom e sentem que apenas XPTO pode salvar as suas vidas. Acredito que se a pessoa procurar activamente mudar os seus padrões de vida e procurar sinceramente obter respostas a nível espiritual, as ajudas chegam a si. Agora mais do que nunca, com a relativa facilidade de fazer o download de livros de diversos autores gratuitamente e após análise, verificar se algum nos faz sentido.

Posto isto, não me disperso mais e vou responder à pergunta segundo as minhas experiências pessoais. Colocou a pergunta: "se não nos lembramos da nossa vida anterior devido ao peso do passado,como poderemos pagar a divida ou resolver uma situação nesta vida? Ou só quem tem acesso ao procedimento da terapia de vidas passadas é que poderá desfragmentar esta situação?". Para responder, vou ter de generalizar (e generalizando, senão não seria possível responder), a generalidade das pessoas está exposta a padrões que se repetem ao longo da vida e ao longo de vidas. Alguns exemplos mais evidentes: padrões de violência, racismo,  sentimentos de que "todos que me querem tramar", ou "ninguém gosta de mim". É suposto reconhecer-se o padrão, de tão recorrente que é. Mas grande parte das pessoas, ao fim de décadas de vida, morre sem perceber que elas é que têm de mudar o padrão de percepção dos outros e de si. Este será um dos grandes objectivos das diversas vidas. Os padrões podem ter origem numa vida actual, a maior parte das vezes, na juventude ou pode vir, de forma inconsciente, de vidas passadas. Pode-se extrapular, dizendo que os padrões que "nascem" na infância têm a sua origem em vidas passadas. É suposto compreender o padrão que ocorre recorrentemente e mudar as acções nesta vida. Se o padrão não é mudado, permanece para uma próxima vida. Sem problemas. Há todo o tempo do mundo. Contudo, a pessoa continuará exposta a sentimentos de violência ou racismo, etc., durante diversas vidas.
Acredito que as pessoas vão melhorando a cada vida, por si só. Contudo, a TVP, a meditação ou outra técnica que ajude a pessoa a relacionar-se mais proximamente da sua espiritualidade, ajudam a perceber mais rapidamente os padrões, dado que aceleram processos de auto-compreensão. Caso a pessoa consiga percepcionar qual é o padrão a mudar através da meditação, TVP, etc., óptimo!! Mas no dia-a-dia vem a parte mais difícil: mudar o padrão. Parece fácil mudar o padrão logo após a TVP ou a meditação mas não é fácil mudar décadas de hábitos enraizados. Um exemplo extremo: se um muçulmano odeia um judeu, não é da noite para o dia que se muda esse padrão. É necessária muita perseverança.

Coloca-se agora a questão: é real, o que as pessoas vêem nas TVP? Não se pode garantir em grande parte dos casos. O que se pode verificar, é a mudança de padrão ou até mesmo, a cura de patologias, de forma permanente. E esse é, na sua essência, o objectivo da Terapia de Vidas Passadas.

Desculpe o testamento. Há algum tempo que queria expor no Portugal Paranormal (PP) a minha opinião sobre TVP e agora, olhe, veio tudo cá para fora.  :)
Acho que o PP é mais uma "ferramenta" que ajuda algumas pessoas a lidar com as suas questões. E acredito que essas pessoas são guiadas até ao PP, mas também aos tópicos e às respostas mais adequadas para elas. Deus está no nosso semelhante, mostrando-nos padrões que devemos mudar, mas também em situações menos óbvias, escrevendo posts em fóruns na internet que vão ao encontro das nossas perguntas.

Tudo de bom.

Isto não prova a reencarnação. Mesmo que tomemos isto por verdade tempos sempre de considerar varias hipóteses para este estranho episodio. Além disso era importante saber se a imprensa e cientistas que tomaram conta do caso são do Ocidente ou do Oriente. É que se for o segundo caso as duvidas aumentam ainda mais.

#6
Caro Antoine.

Este caso não prova a reencarnação. Mas se analisar Haraldsson, E. 2003. "Children who speak of past-life experiences: Is there a psychological explanation?" Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice 76: 55-67. (disponível na internet), encontra a análise de casos para os quais não foi possível encontrar qualquer explicação psicológica, fraude, etc. Note que a revista é uma publicação da British Psychological Society. O artigo também não comprova a existência de reencarnação, mas dado que há indícios da existência de reencarnação ainda não explicados pelos meios científicos actuais, é necessário assumir a possibilidade da sua existência.

Uma questão: de que forma é que, se os cientistas e jornalistas forem do Oriente, as dúvidas aumentam?

Tudo de bom.  

Citação de: ricar em 07 fevereiro, 2013, 09:14
Caro Antoine.

Este caso não prova a reencarnação. Mas se analisar Haraldsson, E. 2003. "Children who speak of past-life experiences: Is there a psychological explanation?" Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice 76: 55-67. (disponível na internet), encontra a análise de casos para os quais não foi possível encontrar qualquer explicação psicológica, fraude, etc. Note que a revista é uma publicação da British Psychological Society. O artigo também não comprova a existência de reencarnação, mas dado que há indícios da existência de reencarnação ainda não explicados pelos meios científicos actuais, é necessário assumir a possibilidade da sua existência.

Uma questão: de que forma é que, se os cientistas e jornalistas forem do Oriente, as dúvidas aumentam?

Tudo de bom.  

Concordo. Como disse no meu comentário anterior a possibilidade de reencarnação tem de ser vista assim, como possibilidade entre outras explicações. Quanto à questão da proveniência dos jornalistas isso é quanto a mim apenas uma questão de credibilidade. Claro que também podemos encontrar jornalistas duvidosos no Ocidente mas geralmente são as situações ocorridas no Oriente que mais duvidas causam devido à deficiente documentação e formação dos envolvidos. Isso claro que se manifesta mais nos jornalistas do que nos cientistas.

anokidas
Citação de: ricar em 07 fevereiro, 2013, 06:11
Olá.

Após reler o meu post, percebo porque me coloca esta questão. Expliquei-me mal e poderei ter dado a impressão que a Terapia de Vidas Passadas (TVP) é uma espécie de "único caminho para a salvação". Não poderia estar mais longe do que realmente acredito.
Quando referi que "não é suposto todos nos recordarmos de vidas passadas. O peso do passado seria opressivo", a minha intenção era dissertar sobre uma questão frequente - não colocada neste tópico - muitas vezes referida na discussão sobre a existência de vidas passadas: Se existe reencarnação, porque não nos lembramos de vidas passadas? As razões que considero válidas foram dadas nesse post.

Começou a sua questão da seguinte forma: "será que me poderia esclarecer uma duvida relativamente a reencarnação?". Não tenho respostas concretas para lhe dar. Assim como não o teria se um tailandês me perguntasse: "como é viver em Portugal?".
Acredito que cada caso é um caso e não é possível generalizar. Também acredito que é por isso que existem tantas respostas diferentes por parte de diversas religiões. Não é portanto possível dizer com certeza como é o "lado de lá", ou como o Karma funciona em todas as situações, dada a extraordinária diversidade de situações originada por uma infinidade de vidas passadas diferentes.
A minha resposta, abaixo, reflecte o meu caso pessoal e o de pessoas conhecidas que passaram pela Terapia de Vidas Passadas feito por uma pessoa de família, da máxima confiança, com formação do Brian Weiss e formação formal em Psicologia. Dado que esta está a milhares de quilómetros de Portugal, não é possível fazer sessões aí, portanto, sinto-me muito mais à vontade para referir o seu trabalho sem sentir que estou a tentar angariar clientes.
Alguns dados: A TVP feita por Brian Weiss e transmitida aos formandos consiste, não num transe intenso, mas numa meditação assistida, guiada por diversas técnicas específicas. A qualquer momento, a pessoa pode abrir os olhos, mas geralmente não o faz. Quando está a passar por momentos difíceis, são utilizadas técnicas para sair daquela cena. Durante a sessão, tem sido muito frequente percepcionar guias espirituais e já aconteceu, uma mãe que perdeu a filha, conseguir comunicar com esta. As sessões têm assim, um cariz bastante ligado à espiritualidade, tal como Brian Weiss reflecte nos seus livros. Por outro lado, há pessoas que foram, não viram nada e nunca mais voltaram. Se estavam mesmo interessadas em tratar um problema, de certeza que o caminho de desenvolvimento pessoal/espiritual delas é outro, igualmente válido. Não é imprescindível ter acesso à TVP para evoluir, quebrar padrões, etc., mas há algumas pessoas que sentem que a TVP faz muito sentido. É para elas que a TVP existe. E elas encontram um bom terapeuta de TVP porque é suposto encontrarem-no naquele momento das suas vidas. Para muitas outras, o caminho é outro. Ninguém deve andar angustiado à procura de um terapeuta de "XPTO" porque leram que XPTO é muito bom e sentem que apenas XPTO pode salvar as suas vidas. Acredito que se a pessoa procurar activamente mudar os seus padrões de vida e procurar sinceramente obter respostas a nível espiritual, as ajudas chegam a si. Agora mais do que nunca, com a relativa facilidade de fazer o download de livros de diversos autores gratuitamente e após análise, verificar se algum nos faz sentido.

Posto isto, não me disperso mais e vou responder à pergunta segundo as minhas experiências pessoais. Colocou a pergunta: "se não nos lembramos da nossa vida anterior devido ao peso do passado,como poderemos pagar a divida ou resolver uma situação nesta vida? Ou só quem tem acesso ao procedimento da terapia de vidas passadas é que poderá desfragmentar esta situação?". Para responder, vou ter de generalizar (e generalizando, senão não seria possível responder), a generalidade das pessoas está exposta a padrões que se repetem ao longo da vida e ao longo de vidas. Alguns exemplos mais evidentes: padrões de violência, racismo,  sentimentos de que "todos que me querem tramar", ou "ninguém gosta de mim". É suposto reconhecer-se o padrão, de tão recorrente que é. Mas grande parte das pessoas, ao fim de décadas de vida, morre sem perceber que elas é que têm de mudar o padrão de percepção dos outros e de si. Este será um dos grandes objectivos das diversas vidas. Os padrões podem ter origem numa vida actual, a maior parte das vezes, na juventude ou pode vir, de forma inconsciente, de vidas passadas. Pode-se extrapular, dizendo que os padrões que "nascem" na infância têm a sua origem em vidas passadas. É suposto compreender o padrão que ocorre recorrentemente e mudar as acções nesta vida. Se o padrão não é mudado, permanece para uma próxima vida. Sem problemas. Há todo o tempo do mundo. Contudo, a pessoa continuará exposta a sentimentos de violência ou racismo, etc., durante diversas vidas.
Acredito que as pessoas vão melhorando a cada vida, por si só. Contudo, a TVP, a meditação ou outra técnica que ajude a pessoa a relacionar-se mais proximamente da sua espiritualidade, ajudam a perceber mais rapidamente os padrões, dado que aceleram processos de auto-compreensão. Caso a pessoa consiga percepcionar qual é o padrão a mudar através da meditação, TVP, etc., óptimo!! Mas no dia-a-dia vem a parte mais difícil: mudar o padrão. Parece fácil mudar o padrão logo após a TVP ou a meditação mas não é fácil mudar décadas de hábitos enraizados. Um exemplo extremo: se um muçulmano odeia um judeu, não é da noite para o dia que se muda esse padrão. É necessária muita perseverança.

Coloca-se agora a questão: é real, o que as pessoas vêem nas TVP? Não se pode garantir em grande parte dos casos. O que se pode verificar, é a mudança de padrão ou até mesmo, a cura de patologias, de forma permanente. E esse é, na sua essência, o objectivo da Terapia de Vidas Passadas.

Desculpe o testamento. Há algum tempo que queria expor no Portugal Paranormal (PP) a minha opinião sobre TVP e agora, olhe, veio tudo cá para fora.  :)
Acho que o PP é mais uma "ferramenta" que ajuda algumas pessoas a lidar com as suas questões. E acredito que essas pessoas são guiadas até ao PP, mas também aos tópicos e às respostas mais adequadas para elas. Deus está no nosso semelhante, mostrando-nos padrões que devemos mudar, mas também em situações menos óbvias, escrevendo posts em fóruns na internet que vão ao encontro das nossas perguntas.

Tudo de bom.


Boa tarde
Alegra-me pensar que teve a oportunidade de determinar a sua opinião em relação à reencarnação pois o fórum é isso mesmo uma ferramenta útil para um debate de ideias e opiniões. Quanto ao analogismo do tema em questão subentendo então que necessito de acreditar na reencarnação para que a terapia de vidas passadas nutre o efeito desejado.
Mas neste âmbito coloco a questão: Como posso ter a hipótese de saber se o tratamento tem resultados se não posso comprovar a teoria da reencarnação?
Não quero que me interprete mal nesta minha observação pois terei que ir mais a fundo para perceber o que sabemos sobre alma e consciência humana para podermos debater a teoria da reencarnação.

Bom dia Anokidas.

Este tipo de temas não é de facto simples e tenho a certeza que não existe ninguém que tenha todas as respostas. Mas ao expor, sem medos, o que cada um acredita, revela-se a grande utilidade deste fórum. Estes assuntos não serão nunca, passíveis de satisfazer a febre positivista dos tempos actuais. Devem ser, na minha opinião, analisados numa perspectiva mais qualitativa. E é isso que estou a tentar aqui fazer.

Respeito a percepção da Anokidas em relação à necessidade de acreditar na reencarnação para que a terapia de vidas passadas nutra o efeito desejado. Porém, a minha percepção é que não é de todo, uma condição sine qua non. Conforme referi anteriormente, um bom terapeuta pode ir buscar uma possível razão de um problema à vida actual, muitas vezes à infância. E apenas extrapulei que os problemas da vida actual podem ter origem noutras vidas.
Os resultados pretendidos por um bom terapeuta consistem na melhoria do bem-estar da pessoa através do desaparecimento de patologias, sentimentos de baixa auto-estima, etc.
Não interessa se foram obtidos através de regressão a vidas passadas, regressão à infância, através de meditação orientada para a pessoa relativizar os seus problemas ou contactando familiares falecidos. Não interessa até, como referi anteriormente, se os envolvidos têm a certeza de que o que a pessoa viu, foi mesmo uma vida passada.
As sessões, idealmente, são conduzidas no seu core, pela pessoa. É a pessoa que descreve o que vê e o terapeuta toma a decisão de dizer à pessoa para  se aproximar, tentar contactar, ou afastar. Por isso, cada caso é um caso.
Como o processo de regressão passa sempre pela infância, Pode ser visualizado algo muito relevante aí. A seguir, ao pedir para ir a outra vida, a pessoa pode dizer que, pura e simplesmente, não vê nada ou vê imagens sem sentido. Nesse caso, trabalha-se apenas sobre a infância. E aí sobressai a importância de o terapeuta de TVP ser simultaneamente um psicólogo ou psiquiatra, embora considere pessoalmente que, em certos casos, algumas pessoas sem essa formação podem ser excelentes terapeutas.

Colocou a questão: Como posso ter a hipótese de saber se o tratamento tem resultados se não posso comprovar a teoria da reencarnação?
Posso ter percebido mal a sua pergunta e perdoe-me utilizar uma analogia para responder à sua questão. Mas parece-me que o tema pode ser transposto para o da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Será que acreditamos em vento nos rins? Em qi? Podemos comprová-los positivamente? Porém a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a utilidade da MTC em variados casos. Será necessário isolar qi ou vento dos rins ou sintetizá-los para assumir a sua existência e assim, reconhecer os benefícios da MTC? Eu diria que, felizmente para a OMS não foi necessário. Parece-me que o necessário é regular as diferentes terapias. Há artigos da fitoterapia chinesa que apresentaram valores alarmantes de metais pesados. Esses fabricantes devem ser assinalados. Eventualmente, há terapeutas de TVP que podem apresentar risco para o cliente. Não estou certo. Mas não sou eu que devo estar certo, é uma entidade reguladora. Há terapias que servem para umas pessoas, outras para outras. Caso não haja riscos associados, porque não experimentar diferentes terapias, com diferentes terapeutas?

Eu li, reli e tornei a ler.

VP é um assunto que mexe muito comigo, não descobri ainda bem porquê, talvez pelas leituras que fui tendo pelo caminho, pelas pessoas que fui conhecendo, pelas situações que fui presenciando.

Eu gosto de acreditar nisto. Porque me reconforta, porque me dá paz. (No entanto,acredito que paz deve ser a única coisa que esta moça não deve ter).

Houveram alguns livros que me marcaram, neste caso gostaria de referir o "Muitas vidas, Muitos Mestres" de Brian Weiss, são relatos de regressões a vidas passadas, feitas por um médico psiquiatra de renome, que tal como ele diz no prefácio do seu livro:

"Este livro representa a minha modesta contribuição para a evolução da investigação no campo da parapsicologia, especialmente o ramo que lida com as nossas experiências antes do nascimento e depois da morte. Tudo aquilo que o leitor irá ler é verídico. Não acrescentei o que quer que fosse e eliminei apenas as partes que eram repetitivas. Modifiquei levemente a identidade de Catherine com o único objectivo de garantir a sua confidencialidade."

Estou convicta que existe muito mais além da morte, que a vida tal como a conhecemos não acaba aqui, pode ser apenas uma crença disparatada, mas é aquilo em que acredito e que me leva a compreender algumas coisas que antes não poderia fazer.

Neste livro, a paciente Chaterine, recorda memórias de «vidas passadas», que provaram ser os factores causais dos seus sintomas. Também demonstra ser capaz de agir como receptor de informações de «entidades espirituais» altamente evoluídas, e através delas revelar muitos segredos de vida e de morte.

Se acredito que aconteceu? Não direi piamente, mas acredito, há medos, fobias e pensamento e até algumas recordações que não fazemos ideia de onde vêm, porque as temos ...
"É violência impor a verdade a criaturas não preparadas(..)"

Não sei como não vi este post antes, é muito bom.
reforça ainda mais a teoria da reencarnação.
É bom podermos comprovar estas coisas, nem tanto por causa dos outros, mas por nossa causa.
Para nos assegurarmos sobre aquilo que nos lembramos e sentimos.
Lembrar de vidas passadas pode ser muito positivo, mas só se tivermos presente que o que ficou lá atrás é para ver visto com sabedoria e respeito, sem ligação a sofrimento e dor, que possamos ter sentido nessa vida anterior.
Porque já custa lidar com o sofrimento de uma vida, quanto mais de várias... custa saber que esta senhora sofreu muito por causa disto.
lembrar de vidas passadas serve para ajudar a nos conhecermos melhor, assim como aos outros, não para sofrimento e autocomiseração, ok?  ;)

"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin