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  • Serial Killers-Capítulo 7-(O Canibal)Fritz Harmann
    Iniciado por MissTiny
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Já imaginou você estar sentado na sua mesa, comendo um apetitoso cachorro-quente e ver na televisão que um homem foi preso por, dentre assassinatos e estupros, vender carne humana como sendo carne de vaca ou porco, inclusive fazendo salsichas com a carne dos meninos assassinados?

Bem, na época não havia televisão, mas imagine o choque de pessoas que tiveram contato com a mercadoria vendida como carne de porco por Fritz Harmann na década de 20...


"No início do século XX pelo menos 24/27 assassinatos ocorreram na região de Hanover na Alemanha entre 1919 e 1924. Para os padrões de hoje pode ser considerado pouco matar menos de 30 mas para os anos 20... Após uma caçada desastrada descobriu-se que o responsável era o conhecido homossexual e informante da polícia Fritz Haarmann (1879 /1925). Apesar da aparência tranquila Haarmann era um assassino insano movido a reacções descontroladas. Durante o início da fase adulta havia sido um bom soldado ("a melhor época da minha vida" ele disse)que foi afastado por problemas físicos, depois tentou se acertar com uma mulher sem sucesso, foi condenado por roubo e finalmente quase foi internado pelo pai que só não o fez porque um médico lhe disse que o filho era somente "mentalmente incapaz". Quando foi questionado sobre sexo durante seu julgamento, Harmann não teve nenhum pudor em tocar a sua genitália. Pela crueldade ganhou os apelidos de "vampiro" e "lobisomem". Fora isso tinha maneirismos como "a voz de uma mulher velha", piscava nervosamente, estalava os dedos e adorava cozinhar enquanto fumava cigarros fortes. Isso antes de descobrirem que sua mãe o incentivava a brincar de boneca durante a infância e que ele odiava o pai alcoólatra, mulherengo e suspeito de assassinato. O nascimento deste sexto filho deixou-a tão mal que ela passou 12 anos na cama. Haarmann vivia tendo ataques epiléticos além de ter sofrido várias pancadas na cabeça(pode soar engraçado mas vários serial-killers foram machucados na área da cabeça). Suas vítimas eram escolhidas entre jovenzinhos e prostitutos, todos homens que rondavam a estação de trem. Ele os convencia a ir ao seu apartamento onde lhes mordia as gargantas num frenesi sexual. Depois jogava os ossos no rio Leine.

Em 17 de maio de 1924 umas crianças brincando à beira de um rio perto do castelo de Herrenhausen descobriram um crânio. 12 dias depois outro mais. Dia 13 de junho mais dois. Os legistas comprovaram que os crânios pertenciam a jovens entre 12 e 20 anos e que um instrumento cortante separou a carne totalmente do corpo. Ninguém sabia o que dizer ainda mais que estatisticamente quase 600 jovens haviam desaparecido no ano anterior. A população amedrontada se reuniu para cavar e achar mais evidências. Horrorizados descobriram mais de 500 partes de corpos.
Rumores afirmavam que Haarmann vendia a carne como se fosse de porco. Seu cúmplice, parceiro e ladrão Hans Grans vendia a roupa das vítimas. Quando começou a matar em 1918 a Alemanha atravessava um período terrível de inflação e fome. De certa forma podemos afirmar que as vítimas de Haarmann antecederam as de Hitler.

Antes desta sucessão de crimes a polícia o teve nas mãos mas o "sistema" o libertou. Em 25 de setembro de 1918 um garoto de nome Friedel Roth desapareceu de casa. Os amigos do desaparecido informaram à polícia que ele havia ido para a casa de alguém. Adivinhem quem? Quando um detetive invadiu o apartamento, Haarmann estava na cama com outro garoto. Foi condenado a 9 meses. Parece mentira mas ninguém vasculhou o recinto. 5 anos depois durante o julgamento Haarmann confessou que o crânio do garoto estava enrolado num jornal atrás do fogão.
Após essa prisão ele voltou à cena com o parceiro Grass para sobreviverem de espertezas como roubar roupas para revendê-las, viver de seguro desemprego e ganhar uma grana como informante da polícia. Chegou ao cúmulo de atender o anúncio de uma das famílias dos desaparecidos que ele mesmo havia matado para obter uma recompensa. Neste encontro as testemunhas disseram que ele riu histericamente. A sorte desta criatura um dia tinha que virar. Dois policiais de Berlin vieram para a cidade disfarçados para prender o assassino. Sabendo disso (afinal ele era informante da polícia) Haarmann se precaveu, mas uma noite discutiu com um garoto de 15 anos que ficara em sua casa por dias. Inconsequentemente, o "informante" para se vingar denunciou o menino por portar documentos falsos. Na delegacia o jovem acusou Haarmann de abuso sexual. Dessa ele não pôde escapar.




Durante o julgamento o "bom sujeito" alegou que havia denunciado o garoto pois assim ele estaria a salvo de sua crueldade. Quanta bondade... Ao ser condenado pediu: "Quero ser executado na praça e peço que coloquem uma placa com os dizeres: 'Aqui jaz o assassino de multidões Haarman' ". Pensou-se em interná-lo devido aos sinais de distúrbio mental, mas a pressão da imprensa e da sociedade foi tão grande que decidiu-se executá-lo. Fritz Haarmann foi decapitado. Mas uma reviravolta final salvou seu companheiro. Um carteiro de nome Albert Grans achou na rua uma carta de 4 páginas endereçada ao pai de Grans. Nela Haarmann confessava seus crimes e inocentava o amante. A carta foi escrita enquanto ele era levado em um carro da polícia.


Grans recebeu uma sentença de 12 anos. Veio a falecer em Hanover em 1980.

O filme "M, o vampiro de Dusseldorf" de Fritz Lang (com Peter Lorre) foi inspirado nesses crimes."


Fonte (imagens e texto): O Martelo

Já havia postado sobre envenenadores, assassinos de um passado distante, psicopatas esquartejadores, matadores nunca descobertos... ainda não havia postado um canibal. É muito comum as pessoas confundirem antropofagia com canibalismo. Embora ambas as práticas consistam na ingestão de carne humana, o segundo termo é usado também em casos em que animais de espécies diferentes consomem carne humana, enquanto canibalismo é usado apenas no caso de humanos que consomem carne humana.

Independente do termo, a loucura é injustificável da mesma forma.


Fonte:Carnival diablos