Olá a todos, decidi dar os meus dois cêntimos a esta maravilhosa comunidade e explicar como eu passei a ver com outros olhos o oculto e paranormal
Tudo começou quando andava eu ainda no ensino básico, minha mãe na altura trabalhava para uma família de lavradores abastados como empregada doméstica. Nessa altura minha mãe teve que lutar bastante para me manter feliz e em condições de estudar. Dada tanta dificuldade o certo é que minha mãe não conseguia juntar algum de parte.
Foi então que a família que a empregava decidiu então "emprestar" à minha mãe uma casa de lavoura antiquíssima que ainda existe aqui na terra onde sempre vivi e cresci. A casa de que vos falo pertenceu outrora aos antepassados da família dos patrões da minha mãe.
Eu e a minha mãe fomos então para a casa, ficamos alojados no lado ainda razoavelmente habitável da casa. Ainda me recordo de passar uns dias a ajudar a pintar as paredes com cal e de ajudar o electricista a colocar luz na parte onde íamos ficar pois não havia nenhuma electricidade.
Ficou decidido que meu quarto ficaria ao lado de uma outra divisória no 2º andar, que teria sido uma possível sala de estar ou estúdio. Minha mãe ficaria numa outra divisória ao lado de outra sala. Recordo que esta era uma casa antiga e naquela altura não havia quarto-de-banho dentro de casa, ou seja fiquei a conhecer o que é fazer necessidades à moda antiga  pelo menos enquanto um dos meu tios ficaria de fazer um quarto de banho.
Quando meu tio finalmente apareceu para se começar as obras, ele quis explorar a casa e pela primeira vez fiquei a conhecer o lado esquerdo total do 2º andar. A partir da entrada do meu quarto para a sala, eu e o meu tio começamos por simples curiosidade a coscuvilhar a enorme colecção de livros que estava nesta sala, grande parte deles eram sobre teologia e temas cujo nome não sei pronunciar visto que algumas contracapas estavam em latim ou demasiadas apagadas pelo tempo. Passamos então para o acesso onde tinha as escadas que desciam para a cozinha antiga de serviço, esta parte da casa era...estranha, na falta de melhores palavras para aquilo que eu sentia, o chão estava repleto de pedacinhos de folhas, que meu tio identificou ser obra de ratos a fazerem ninho, mas aquilo que eu sentia era medo, mas ao mesmo tempo não era medo que eu tinha, mas sim, como quando estamos acompanhados por alguém e esse alguém está com medo e nós conseguimos sentir. Achei estranho pois olhei para o meu tio e ele não me parecia com medo, pelo contrário ficou todo entusiasmado com um baú que estava num pequeno quarto. Eu permaneci nesse Hall que dava acesso às divisórias enquanto o meu tio via maneira de abrir o tal baú. Durante esse momento por simples curiosidade concentrei-me no medo que sentia conforme me ia virando sobre mim mesmo para cada uma das entradas. Para todo o meu espanto fiquei todo eriçado quando me virei para a sala por onde tínhamos entrado, nesse momento meu tio já a vasculhar o conteúdo do baú descobre um retrato antigo de um senhor com vestes pretas e um colarinho branco, no qual o meu tio por associação disse, "é, viveu aqui um padre". Nesse momento, dirigindo-me a ele, quando pus os olhos realmente na cara do retrato pedi ao meu tio para irmos embora dali, não sei porquê, mas foi como entrar em pânico, como que não devia de estar ali, tinha que sair dali.
Isto foi para mim o começo do ano, que considero, o mais bizarro da minha vida.

Boa, isto aqui está a aquecer bastante... A segunda parte e as outras é que vão ser boas...

interessante? tens mais relatos?

Badah, muito bom. Isso promete. Ficamos a aguardar  

Abraço

Bem, apesar de bom soube a pouco.

Já experimentas-te saber mais sobre o padre e esses livros que ele possui, ou perceber porque tiveste esse ataque de panico??
Que experiencias fantasticas foram essas que ficaram em suspence??

Boa história, e tenho poucos ou nenhuns motivos para duvidar da veracidade da mesma. É muito normal ter dificuldade em descrever a sensação que leva a querer sair de um lugar. Sabias que havia algo que não estava certo mas não te querias convencer disso.

Olá a todos novamente a todos, deixo aqui uma foto da casa tal como está neste momento

A janela acima da porta é onde estavam os livros que referi, do lado direito ficava um pequeno anexo ao meu quarto, onde tinha uma escrivaninha de metal onde estudava e a outra janela era o meu quarto.
Nas janelas gradeadas sem vidro ficava uma adega e outra zona onde se calcavam as uvas.
As janelas do lado esquerdo eram de quartos, vazios, com excepção do chão estar completamente cheio dos tais vestígios de papel das pequenas pestes.
Vou ver se hoje continuo a descrever as minhas outras experiências enquanto por lá vivi.

Um muito obrigado pelos vossos comentários e interesse,

Tiago Silva