Em cada batida do teu coração, ecoa o sussurro antigo dos que vieram antes.
A ancestralidade é o fio invisível que te liga ao teu passado sagrado. Os teus antepassados tecem à tua volta um manto de sabedoria e proteção.
Não estás sozinha – caminhas com a força de mil espíritos ao nosso redor, os teus antepassados são guardiões silenciosos que guiam teus passos no presente.

Foram homens e mulheres de carne e deixaram mais do que sangue e nome. Deixaram rituais, histórias e símbolos gravados nas camadas mais profundas do teu ser.
Honrá-los é mais que memória: é um ato de equilíbrio espiritual. É reconhecer que a harmonia interior só floresce quando enraizada nas origens.

A relação espiritual com os antepassados é um elo sagrado que atravessa o tempo. É através dessa ligação que recebemos orientação intuitiva, proteção energética e força interior.
Estar espiritualmente conectado aos teus antepassados é abrir um canal direto com o mundo invisível, onde o amor e a sabedoria não se desgastam com o tempo.

A ancestralidade deverá ser um altar interno, onde podes depositar as tuas dúvidas e de onde retiras as profundas respostas que necessitas.

No círculo da vida, a ancestralidade é um fundamental ponto de equilíbrio.
Quando nos alinhamos com os nossos mortos, os véus levantam-se, os caminhos abrem-se e iluminam-se as zonas internas de sombras.
Mas honrar os antepassados não é apenas o culto dos mortos. É sobretudo o culto dos vivos. A partilha de afectos e o beber do conhecimento dos antepassados vivos, traz-nos a bagagem necessária para os desafios de amanhã.

Cuidar, amar, acarinhar e conviver com os nossos velhos alimenta a nossa alma porque agrada aqueles que encontram repouso.
Recorda-te que aqueles que para ti são os teus velhos, para os teus antepassados mortos, são os filhos, os netos e bisnetos.
Aqueles que honram as suas raízes e cultivam o vínculo espiritual com os que vieram antes, jamais caminharão na escuridão.