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  • A imagem mais triste do dia
    Iniciado por BlackMiau
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BlackMiau
Andava a ver as novidades no Facebook e apareceu-me isto. Não penso que seja "só" a imagem mais triste do dia, mas de todo um conflito. Basta a imagem e a localização para contar toda uma história.

CitaçãoQuando começou a circular nas redes sociais a fotografia foi considerada por muitos a "imagem mais triste do dia". Na Síria, uma menina de tenra idade levantou os braços em jeito de rendição no momento em que um jornalista do Huffington Post se preparava para lhe tirar uma foto. O motivo? A criança agiu instintivamente depois de confundir a máquina fotográfica que o repórter carregava com uma arma.

O fotojornalista que imortalizou o momento queria retratar a realidade das crianças sírias num país oprimido pelo regime de Bashar al-Assad e a braços com escalada de violência do pós-Primavera Árabe. Conta o jornal online R7, que o repórter nunca imaginou que a criança pensasse que ele lhe estava a apontar uma arma.

O repórter, no entanto, acabou por captar numa única imagem o instinto de sobrevivência de alguém que, aparentemente, está habituado a viver com a violência da guerra. A imagem foi partilhada por Nadia AbuShaban, fotojornalista na Palestina, e tornou-se rapidamente viral.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que quase 14 milhões de crianças estão a ser afetadas pelo conflito na Síria e no Iraque. Um dado que esta imagem parece suportar. A menina, de quem se desconhece o nome, mostrou, num único gesto, que entende como funcionam as armas e que sabe como deve a agir para garantir que sobrevive. Pelo menos por mais um dia.
(fonte: observador.pt)


I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

sofiagov

Eu fiquei chocado quando ví a notícia :(
Se um rema e outro cruza os braços ou rema para outro lado... mais vale abandonar o barco e seguir sozinho.


Publicado hoje no Jornal de Notícias

CitaçãoA "imagem mais triste do dia" afinal é de um menino

A imagem considerada "a mais triste do dia", que se tornou viral nas redes sociais, afinal retrata um menino e não uma menina.

Lembra-se da fotografia daquela rapariga afegã de olhos verdes, refugiada no Paquistão, que vimos pela primeira vez na revista americana "National Geographic", em junho de 1985, e milhões de vezes nos últimos 30 anos? Crescemos sem saber o nome da menina que afinal se chamava Sharbat Gula, mas nunca mais esquecemos o nome do homem que a fotografou: Steve McCurry.

Gula foi ceifada de pai e mãe aos seis anos durante um bombardeamento soviético, invasor que se instalou no Afeganistão em 1979, matou dois milhões de pessoas e fez quatro milhões de refugiados. O Mundo nunca mais esqueceu o olhar dela mas no mundo dela pouco mudou. Sobreviveu apenas.

O menino que vê na fotografia pode ser a infeliz repetição da história. A imagem foi divulgada esta semana, mas é de 2012. Foi captada na fronteira da Síria com a Turquia pelo fotojornalista Osman Sagirli, e partilhada no Twitter pela fotógrafa paquistanesa Nadia Abu Shaban. A criança, de nome Hudek, teria então quatro anos, perdera o pai no atentado à bomba em Amã e a mãe e os irmãos fugiram para um campo na Turquia.

Dificilmente voltaremos a esquecer-nos do seu olhar assustado e dos seus curtos braços a renderem-se no ar confundindo uma câmara fotográfica com uma arma de fogo. "A imagem mais triste do dia", sentenciaram as redes sociais, onde a fotografia rapidamente haveria de tornar-se viral. Mas na Síria, onde uma guerra civil encetada há quatro anos já matou 215 mil pessoas (mais de dez mil crianças) e fez sete milhões de refugiados, nada parece estar à beira de melhorar.

Há dois anos, em agosto de 2013, quando a guerra passou a ser química - quem não se lembra das imagens de centenas de corpos amontoados, mortos por asfixia? -, aquele povo encheu-se de esperança: pensava que a partir dali o Mundo não poderia continuar mudo e quedo, e que a comunidade internacional teria de intervir para travar o massacre. O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou a anunciar a intervenção, mas até hoje nada aconteceu. Muitos alistaram-se no Estado Islâmico e os que ficaram alimentam-se de lixo e plantas. Onde estará Hudek daqui a 30 anos?

Fonte: Jornal de Notícias
Se um rema e outro cruza os braços ou rema para outro lado... mais vale abandonar o barco e seguir sozinho.

BlackMiau
É uma criança e pronto... que se tornou um símbolo involuntário de um conflito que parece não ter fim... :(

É inquietante, a forma como as crianças são expostas a estas realidades, quando deveriam estar a brincar sem preocupações.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

É mesmo triste pensar na vida destas crianças, triste mesmo... :(
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

O problema nem será tanto por ai... mas as experiências de stress pós-traumático posteriores... serão certamente adultos com muitos problemas, se bem que uma parte deles possa ser resiliente e seguir em frente, mas a maioria... coitados!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334