Mephisto e o pesar

A minha alma triste chora
Vive palavras de outro distante
Mas sinto-o em meu peito embora
Por tais palavras de dor tão cortante

Acaso é só este o dom do poeta?
Alcançar os outros, atravessar mares?
Todo tormento que à minha alma acarreta
Serão teus os sofrimentos, os pesares?

Vivo a dor de não saber quem és
A quem que embriagas porventura?
À alma danada renascendo qual espuma de marés
Ou alguma ficção impossível de receber ternura?

Como podes amar esta paixão?
Na brancura virginal transfigurar tua face
Esconder do mundo teu coração
Sendo tu muitos, não há quem eu abrace

E em teu disfarce seguindo vais
O mais sóbrio entre os viventes
Eu permaneço com meus ais
Por tuas palavras assaz contundentes

Epá... novamente estou sem palavras. Um imenso obrigado por estas palavras que me tocaram genuinamente. Estou mesmo sem palavras... 

Então nossas palavras têm algo em comum
Grata,

Palavras para quê ? Isto é só talento nestas bandas

Boas,

Vou correr o risco e vou-me repetir ...

Muito bom Sandra, a sério ...  

Abraço

Muito bem Sandra, vais no bom caminho 

Citação de: Seth em 25 setembro, 2012, 15:44
Boas,

Vou correr o risco e vou-me repetir ...

Muito bom Sandra, a sério ...  

Abraço

Se é para cair em repetição, vindo de você é grande elogio,
Grara

Citação de: Azarenta em 25 setembro, 2012, 16:04
Muito bem Sandra, vais no bom caminho 

Grata, Azarenta, é que não suporto a dor que sinto nas poesias de Mephisto, é um modo de extravasar

Citação de: Sandrareginabr em 25 setembro, 2012, 16:35
(...)
Grata, Azarenta, é que não suporto a dor que sinto nas poesias de Mephisto, é um modo de extravasar

Sandra, é uma pena que tais poesias lhe causem tanta dor e pesar. Porém, afianço-lhe que o homem que dá vida ao nick é um ser humano que abençoa a vida (dos que têm a fortuna de o conhecer) com alegria, coragem, optimismo, boa disposição e bem-aventurança (entre tanto mais! Até um bocado de "mau feitio escorpionês" e tudo  ). Toda a dor, pesar, sofrimento e fardos da impotência humana consagra-os à escrita...
Mas se tais poemas a fazem escrever poesias como as que nos tem aqui oferecido, doce Sandra, continue - apenas não se deixe atormentar tanto perante as emoções que as palavras em si despertam 

É uma notícia que muito me faz feliz, querida Ligeia,
Grata,