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  • Casas Assombradas Existem?
    Iniciado por lylybety
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CASAS ASSOMBRADAS EXISTEM?
Quando eu era bem menininha, aí pelos meus 4 ou 5 anos de idade, morávamos numa casa bastante esquisita e, da qual nunca me esqueci.
Lembro-me de que a minha mãe, ficou muito doente, e quando fomos com ela ao médico, este disse que ela teria de sair daquela casa ou morreria. Na altura como é de prever, não liguei muita importância, ou talvez ligasse, já que nunca mais me esqueci da expressão do Dr. Carlos Ferreira, assim se chamava ele.
Naquela casa, em cada noite havia um barulho diferente. Ora se ouviam passos que suponho seriam de cavalo, que tivesse sido desatrelado da carroça, digo isto porque junto com os passos, se ouvia o ruído que parecia ser de correntes a arrastar no chão...
Uma noite, ouvi bater a porta, e fui ver quem poderia ser. A porta tinha um postigo, que eu abri. Empoleirei-me numa travessa da dita porta para poder chegar ao postigo, embora a noite estivesse
Calma e com um lindo luar, a porta abanava, como se estivesse a ser sacudida. A custo me equilibrava nela, não vi nada, só sentia a porta.
Outras vezes, parecia que as telha se levantavam para dar passagem a alguém ou alguma coisa. Nessas ocasiões, a minha mãe soltava impropérios, e chamava nomes feios "àquilo". E ficávamos em sossego aí por uns 15 dias.
Em tempos aquela casa tinha sido um lagar, de quê não sei. Só sei que também se ouvia o som parecido com o lavar de barris.
Morávamos nessa casa, eu os meus pais e o meu tio e padrinho, que era irmão da minha mãe, e, que ainda era solteiro.

Era composta a casa, por uma cozinha, uma sala de entrada, 3 quartos, o do meu padrinho, ao lado do dos meus pais, o dos meus pais, e um outro que era chamado o quarto dos leilões, onde eu costumava brincar. Eu dormia no quarto dos meus pais.
Certa vez, ouvimos um enorme barulho, e a minha mãe, disse para o meu pai ir ver o que era. Ele respondeu que não valia a pena, deveriam ser os gatos.
Os gatos? Estranhou a minha mãe, cá em casa não há gatos, e a porta não tem gateira.
Para quem não saiba, gateira era um orifício, por onde os gatos entravam e saíam, feito na porta.

A coisa passou, e ninguém foi ver o que seria.
No dia seguinte, a minha mãe logo de manhã, sem ligar importância á casa foi costurar. Estava a fazer um vestido para mim. Era para eu levar na viagem a Lisboa, onde viviam os meus avós maternos.
Ouviu a voz da tia Ana, esta era tia do meu pai, e vendia peixe na praça, ia receber "os calotes das freguesas". A minha mãe pensou,
Vou fechar as portas do quarto, não precisas de saber se tenho as camas feitas ou por fazer. Se bem pensou melhor o fez. Mas... espanto dos espantos, a porta do quarto do meu padrinho, estava fora das dobradiças, e encostada á parede.
Parece-me ver ainda a minha mãe, com ar de espanto, a dizer:
- Esta agora, é que não é como as outras! Como é que a porta saiu dos "coicinhos"?- assim se diz na minha terra, para definir as dobradiças rsrsrs – e ela que não queria que vissem se tinha feito ou não as camas, chamou as vizinhas para irem ver aquele fenómeno. O Certo, é que o meu padrinho não dormiu em casa nessa noite, e os meus pais não se levantaram para ir ver o que tinha sido o tal barulho, mas a porta saiu do sitio.
Noutra altura, a minha mãe foi despejar o penico rsrsr, numa pia que havia, ao fundo do quintal, junto dum portão grande que dava para uns armazéns. Naquele tempo não havia casas de banho, e ter a tal pia já era um luxo. rsrsrsr
Eu fiquei á porta com o candeeiro na mão para ela ver o caminho, já era de noite, e ainda não havia luz eléctrica.
Subitamente, vejo a minha mãe, hirta, a andar muito devagarinho,
Na direcção da pia, chegada lá, despejou o penico, e ala que se faz tarde, volta quase a correr para casa, atirou com a porta e ficou ofegante, pálida como uma defunta.
Eu perguntei; - que foi mãezinha? – a gaguejar ela respondeu, ele estava lá, vestia um guarda pó cinzento, não lhe vi os pés, parecia suspenso.
Mas ele quem? – perguntei de novo – não sei, não conheci balbuciava ela.
Passados tempos, a sra. Carlota que era a dona daquilo tudo, adoeceu e fomos visitá-la. Ela estava acamada, num quarto escuro de que não gostei nada. Havia um quadro na parede com a fotografia de um homem, com o cabelo apertado num risco ao meio e uns grandes bigodes. Também não lhe achei piada nenhuma, e corri a sentar-me no colo da minha mãe.
Acho que a minha mãe nunca tinha ido ao quarto da sra. Carlota,
Porque olhou para o quadro, abriu muito os olhos, e quase gritou:
Foi este que eu vi, foi este que eu vi!
A sra. Carlota disse então: - ò cachupinha, tu não digas isso a ninguém, ele já morreu há mais de 30 anos, tu ainda não eras nascida.
Pois sim, respondeu a minha mãe, mas lá que o vi, vi!
Mais tarde vim a saber, que a pobre senhora, passava um martírio com o tal bigodudo, que todas as noites, lhe escondia a roupa, fazendo a pobre senhora, andar todas as manhãs á procura dela.
Agora eu pergunto, há ou não casas assombradas?
Lylybety





Muito bom relato  :)
Acho que com tudo o que te aconteceu,nem precisas fazer a pergunta que está no tópico  ;)
Believe to see...

É realmente um relato impressionante!

Mais uma vez, obrigado por partilhares lylybety.

heavens butterfly
     Um relato impressionante sem dúvida... mas assombrações... não me parece.
     Por aquilo que percebi, ou seja, os ruídos nocturnos associados à vida quotidiana das pessoas de há +ou- 40/50 anos atrás que trabalhavam n campo e nos lagares, não são mais que "A memoria dos lugares" (sim, certas casas guardam as memorias de acontecimentos lá passados, desde que tenham sido vividos com intensidade - cansaço, sofrimento, esperança, etc -).
    O facto da tua mãe ter visto o marido falecido da vossa senhoria também não é uma assombração, mas isso explico mais logo à noitinha, com mais tempo porque a explicação é um bocadinho complicada e comprida. Até o facto da porta ter saído do lugar tem uma explicação que não passa pela assombração; é um caso de influência do psiquismo sobre a matéria.
      Agora, actividade paranormal é o que não falta nessa zona da tua aldeia; a minha não é melhor, é pior, infelizmente mas isso já é outra história, também já não moro lá há muitos anos.
      Cá pelo norte é muito vulgar estes fenómenos acontecerem porque as pessoas são mais viradas para a espiritualidade e têm mais tempo para pensar nisso e, como naqueles tempos não compreeendiam (e ainda hoje) o que viam ou percepcionavam extra-sensorialmente, atribuiam essas "coisas" ao mundo dos mortos.
     Bem, isto para te dizer: Não há que ter medo, os mortos não voltam cá.
Vou tentar fazer uma analise completa do teu caso, para provar que o lugar não é assombrado, doentio talvez...
     Bem, fica bem e sem medo ;)

#5
Uma perspectiva diferente para um mesmo resultado, é o que me parece, heavens buterfly.

Um dia destes escrevi algo, já nem sei o quê, em que via o tempo como uma imensa máquina fotográfica. Já agora, como um imenso gravador, uma máquina de filmar,  etc. Talvez as pessoas que vêm e sentem tudo isto sejam apenas películas.... ;)
Templa - Membro nº 708

heavens butterfly
oui, é por aí...
vivi 10 anos numa casa assombrada, onde nunca morreu ninguem....
      A casa apenas foi construida numa zona com muita energia electro-magnética....daí estarmos sempre doentes e andarmos sempre a caír sem tropeçar... ou seja, a força de atrito ao extremo... e tinhamos uma medium que fazia a sua magia negra em casa; casa essa que era um pequeno anexo no nosso rés-do-chão.... posto isto, acho que está tudo dito...E levei anos de estudo para descobrir isto...
    E consegui, não eram fantasmas nem tão pouco é assombrada; por vezes temos é vizinhos "assombrados" e não sabemos...
     Quanto à casa da nossa amiga, tenho a certeza que após a morte da senhoria não se verificaram mais fenomenos desse tipo...
     A senhoria estando já com medo de iniciar a passagempara o outro lado, la estava com receio que ele viesse mesmo e acabou de materializar a imagem dele (visto que o falecido marido apareceu justamente quando ela estava doente e para morrer)e note-se: a imagem dele exactamente como no quadro para o qual a senhoria olhava todos os dias e não a imagem que o homem apresentava quando morreu; tanto que a mae da nossa amiga reconheceu a imagem do quadro...
Ou seja, a senhoria é que provavelmente provocava esses fenomenos...entao com bons condutores (de energia)perto e, saliente-se os condutores de energia nestes casos somos nós, ou alguns de nós...
   Isto é uma perspectiva, ainda que em cima do joelho,vista à análise da parapsicologia científica.
   um livro que aconselho: "A Face Oculta da Mente" do padre (psiquiatra e parapsicologo - um dos maiores do nosso tempo) Oscar Gonçalez Quevedo.