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  • Capela do Senhor da Pedra, Vila Nova de Gaia
    Iniciado por Moony
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so para verem como fica a capela do sr. da pedra quando o mar se enfurece.............


a foto nao fui eu quem a tirou.........

Ela aguentou as ultimas tempestades marítimas???
Be good or bad.... Your Call.

sim............como podes ver na foto.......agora nao sei se vai aguentar por muito tempo

Se aguentou estas ultimas Tempestades acredita que ela tão cedo sai dali...
Be good or bad.... Your Call.

-Olá

Nunca tive a oportunidade de ver essa capela de perto, mas parece ser um local magnífico, não esquecendo que o mar ainda dá mais mistério e outro ambiente, pelas fotos adorei mesmo esse lugar, dá-me a sensação de serenidade e talvez podemos sentir algo mais que não sentimos noutros lugares...

O mar para mim tem um significado especial, é tão bom ver o horizonte e o pôr do sol e certamente que esse lugar tem muitíssimas histórias interessantes e escondidas mas que foram esquecidas ao longo do tempo...

Deve ser um lugar mágico de certeza absoluta  ;D

Abraço :)
Torna-te aquilo que és ‐ Friedrich Nietzsche

Podes ter a certeza que sim JLuis! >:D >:D >:D >:D Agora tu ali podes encontrar de tudo!
Be good or bad.... Your Call.

Boas.
Nas últimas duas semanas visitei a capela por quatro vezes, chegando à conclusão que encontro no sítio uma grande tranquilidade, apesar de ser mais do que a óbvia a força que a capela tem em nós, por ser tão imponente e isolada de "tudo". Apenas na primeira vez vi velas acesas e algumas rosas espalhadas pelo perímetro (já agora, visitei a capela a uma terça, quinta, sexta e sábado).
Cumprimentos.

serrasagrada
#187
A capela do Senhor da Pedra foi construída em 1686, sobre um rochedo da praia de Miramar, na freguesia de Gulpilhares, Vila Nova de Gaia. O seu carácter simbólico trino manifesta-se através da sua forma hexagonal e da dedicação à Santíssima Trindade (iconografia e procissão).

Alguns dos relatos sobre a capela descrevem encontros noturnos e sessões de "bruxaria".
Nuno Novo, dono de um bar de praia em frente à capela, diz tratar-se de uma situação comum, da qual se se lembra desde pequenino: "Vê-se grupos grandes de pessoas vestidas de preto, por volta das cinco da manhã. Fazem, por norma, fogueiras em triângulo, com velas a arder, dão voltas à capela e ouve-se as lengalengas deles a rezar", conta. "Isso deve ser um dito bruxo que faz essa romaria uma vez por mês", explica, "às quintas, sextas e sábados, pela alvorada".

Ernesto Silva, varredor de lixo da praia de Miramar, diz que é frequente encontrar velas, ramos, moedas ou fotografias durante a limpeza da praia. Também já testemunhou as rezas noturnas e alguns "gritos", durante estas sessões de "bruxedo".

No entanto, a existência destes encontros não é consensual. Diamantino Domingues dos Santos, responsável pela confraria católica que gere a capela, afirma tratar-se de um "boato" da população, não negando, apesar disso, que o Senhor da Pedra é um local de excecional devoção católica, onde são feitas muitas promessas.

Manuela Ferreira, funcionária responsável pela venda de velas e figuras de ceraVer, rejeita, também, a existência de rituais noturnos, afirmando nunca ter ouvido falar em tais histórias. "Só trabalho das 8h às 18h, não vejo. Isso é mais boato. As pessoas passam aqui, compram as velinhas, levam a chave [da capela] e depois vêm-me entregar outra vez a chave", explica.

Nuno Novo afirma, no entanto, que durante as sessões noturnas as pessoas entram dentro da capela, apesar de não ser a confraria quem empreende os encontros: "Eles têm acesso à capela e a chave é dada pela confraria. Mas não convém que se saiba", esclarece.

Também Benedita Calheiros e Teresa Valente, duas jovens habitantes de Miramar, afirmam ter assistido, em várias ocasiões, às rezas, durante a madrugada. As fotografias, embora pouco nítidas, provam a existência destes encontros noturnos em torno da Capela do Senhor da Pedra.



Dissociados da prática católica, estes eventuais rituais de "bruxaria" oferecem espaço para especulação, alimentando o imaginário dos habitantes de Gulpilhares.

Etnograficamente, existem duas lendas que assistem a construção da igreja.

A primeira refere que a capela foi edificada em forma de agradecimento, na sequência de um milagre que salvara um grupo de pescadores "com dificuldades em regressar à costa" num dia de mar bravo. Também há quem refira a existência da pegada de um "boi bento" incrustada numa das rochas em torno da capela, animal esse com uma correlação simbólica com o presente na imagem do presépio cristão.

Fontes:
- JPN (Jornalismo Porto Net, jornal digital da Licenciatura em Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria, Multimédia da Universidade do Porto).
- Lusitânia Sacra, Revista do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, 2ª série, Tomo XXI, 2009
- Dicionário de símbolos, Jean e Alain Chevalier, Edições José Olympio, 1988






Apercebi-me, pelos comentários anteriores, que a questão da pegada do Boi-Bento continua a suscitar algumas dúvidas.
Para esclarecer essa questão, deixo um artigo do Doutor Luis Dias Costa.

Várias vezes tenho encontrado referências, tanto na revista cultural "Bracara Augusta" ( 1 ), como nos estatutos de velhas confrarias, que nas muitas procissões que em séculos passados eram obrigação da Câmara efectuar à sua custa, sempre à frente do cortejo religioso, seguia um boi, chamado então de "Boi Bento". Entre essas muitas estavam por exemplo a de Santa Isabel, a de São João Baptista, a de São Pedro e, com especial atenção a de "Corpus-Christi".

Tentando achar uma explicação para essa tradição, por mais que rebuscasse, jamais fui capaz de satisfazer a minha curiosidade. Nunca encontrei também alguém que fosse capaz de me elucidar. Assim vemos que o motivo do meu interesse é manifestado pela consulta no Boletim Cultural que, quanto à procissão de S. Pedro Mártir, ordenou a Câmara ( 1569 ), entre outras disposições que:
" (it 10), acordaram mais que haja um touro grande e formoso para ir na procissão do dito dia pelas cordas e o levarão os carniceiros de gado miúdo" bem como o mesmo se vê em 1572 e referido no it. também 10. E quanto à incorporação do boi bento na procissão do Corpo de Deus, a primeira referência que encontrei no referido boletim data do tempo do Arcebispo Dom Frei Bartolomeu dos Mártires, em que "no dia de terça-feira, seis de Maio de sessenta e um (1561) foram juntos em Câmara os senhores Henrique Sobrinho Juiz e o doutor Manuel Aranha, João Teixeira, vereadores, João de Reudoma Procurador do concelho e o doutor Pedro Alvares Juiz o qual não foi ao cabido", tendo nessa reunião ficado deliberado a ordem procissão: "(...it.47 – o boi das cordas que há-de ir na procissão do dia levaram os moços (?) muito a recado a ver que se não desmanchem nem façam desarranjo... )", e já na data ( 1575 ), pelo it. 47 ficamos a saber que: "o boi das cordas que há-de ir na procissão do dia diante levarão os de Nogueira muito aferrado (agarrado ?) que se não desmanche nem faça desarranjo na procissão e virá a dita freguesia pela manhã muito cedo com o Jurado para lhe entregarem e o Jurado notificará a dita freguesia e dará a fé da notificação e o Procurador do Concelho lhes dará para beberem 50 reis."

Mas andemos mais cerca de 150 anos, tempos do arcebispo Moura Telles, e vamos encontrar, segundo Albano Belino, (2) o mesmo costume : "A procissão levava na frente o "boi bento" com as pontas enfeitadas de fitas multicores e grandes folhos ao pescoço. Este boi era oferecido pelos marchantes e conduzido por um lavrador de Nogueira". E o mistério, para mim, do costume da incorporação do bovídeo na procissão, continuava aumentando a curiosidade até que, ao ler, numa colecção de "Mitos e Lendas da Galiza", publicado em 1993, pelo jornal diário espanhol "Faro de Vigo"me surgiu uma pequena luz que, talvez, me venha dar resposta, à tradição que me intrigava e que durante muitos anos se manteve nas procissões.

È sabido que os mouros que em 711, atravessaram estreito Gibraltar para divulgar a doutrina de Alá, há pouco surgida, e conquistar a Península. Na sua fúria avassaladora, quase conquistaram toda a Ibéria, exceptuando um pouco do abrupto território no Cantábrico, onde se refugiaram os restos dos exércitos cristãos. Os sarracenos tinham conseguido aterrorizar os povos de Allariz, pois estes não eram capazes de se defender contra a hordas tão excitadas e bem armadas. Perante tal mal estar, diz a lenda, apareceu um cavaleiro, montado num touro muito feroz, o qual arremeteu contra a chusma de infiéis, pondo-os em debandada. Esta lenda antiga, parece que foi depois aproveitada, no século XIV, para um fim semelhante. Neste século conviviam, o mais pacificamente que podiam, judeus e cristãos nas cidades e vilas da Hispânia. Os hebreus, laboriosos e aforradores, eram os senhores do dinheiro em quase todo o mundo. Os cristãos, muito embora os odiassem, tinham muitas vezes de recorrer a eles em casos de aperto de finanças. Viviam os filhos de Levi, na judiaria de Socastelo, pequena vila onde a população era de maioria cristã. Dado a reduzida dimensão da povoação, na festividade do Corpo de Cristo, o cortejo tinha de percorrer todas as poucas ruas, numa das quais se achava a judiaria. Quando Santíssimo exposto na Custódia, passava pela Sinagoga, os hebreus faziam mofa, e "censuras a eclesiásticos e meninos do coro, devotos e fiéis em geral, o que derivava em confrontos com efusão de sangue". Nada podiam fazer os cristãos senão aguentar os desvarios, até que aparece, não se sabe de onde, um cavaleiro de nome dom Xan de Arzúa, que por meio do ardil, já conhecido pela tradição oral, praticá-lo como no século oitavo o fez o cavaleiro alaricano contra as hordas de Maomé. Pediu um boi a um lavrador, atou-lhe na cornadura, uma larga soga, enfeitou-o e, ajudado por um par de valentes, colocou o boi à frente da procissão, nem sem antes, para o tornar mais furioso do que os berros da populaça o faziam, diz também a tradição, colocou "junto ao boi um saco com formigas negras, das que se enfurecem e mordem". Quando os hebreus em grande alarido provocavam os cristãos, soltavam o animal que com grande fúria arremetia contra os que o enfrentavam – os judeus. Com a expulsão dos levitanos da Espanha, pelos reis católicos – Fernando e Isabel – no século XV, as questões entre judeus e cristãos desapareceram, mas a tradição estava muito arreigada no espírito das gentes de Allariz, e o boi continuou, por muitos anos, a abrir a procissão do Corpus Christi.

Como sabemos que as tradições, os costumes, a cultura, as festas são muito comuns entre a Galiza e o Minho, teria o costume do boi bento nas procissões do final da Idade Média e princípios da Moderna, vindo da Galiza até aos nossos avoengos que passaram também a inclui-lo nos cortejos religiosos ?

Fontes:
- Bracara Augusta, vol.25/6, ano 1971/2, pag.469, - vol.27, 1973 pag.596 - vol.29, 1975, pag.423 – vol. 30, 1976,pag. 724 – vol. 27, 1973, pag.590
– Archeologia Christã, 1900, pag. 166
- Faro de Vigo, fas. 43-1993




Não é permitida a colocação de mensagens seguidas no mesmo tópico, em vez disso deve editar-se a anterior. Consultar  Regras Gerais do Fórum, alínea 20. Obrigado.










#188
Citação de: serrasagrada em 18 março, 2014, 02:58


Alguns dos relatos sobre a capela descrevem encontros noturnos e sessões de "bruxaria".
Nuno Novo, dono de um bar de praia em frente à capela, diz tratar-se de uma situação comum, da qual se se lembra desde pequenino: "Vê-se grupos grandes de pessoas vestidas de preto, por volta das cinco da manhã. Fazem, por norma, fogueiras em triângulo, com velas a arder, dão voltas à capela e ouve-se as lengalengas deles a rezar", conta. "Isso deve ser um dito bruxo que faz essa romaria uma vez por mês", explica, "às quintas, sextas e sábados, pela alvorada".

Ernesto Silva, varredor de lixo da praia de Miramar, diz que é frequente encontrar velas, ramos, moedas ou fotografias durante a limpeza da praia. Também já testemunhou as rezas noturnas e alguns "gritos", durante estas sessões de "bruxedo".

No entanto, a existência destes encontros não é consensual. Diamantino Domingues dos Santos, responsável pela confraria católica que gere a capela, afirma tratar-se de um "boato" da população, não negando, apesar disso, que o Senhor da Pedra é um local de excecional devoção católica, onde são feitas muitas promessas.

Manuela Ferreira, funcionária responsável pela venda de velas e figuras de ceraVer, rejeita, também, a existência de rituais noturnos, afirmando nunca ter ouvido falar em tais histórias. "Só trabalho das 8h às 18h, não vejo. Isso é mais boato. As pessoas passam aqui, compram as velinhas, levam a chave [da capela] e depois vêm-me entregar outra vez a chave", explica.

Nuno Novo afirma, no entanto, que durante as sessões noturnas as pessoas entram dentro da capela, apesar de não ser a confraria quem empreende os encontros: "Eles têm acesso à capela e a chave é dada pela confraria. Mas não convém que se saiba", esclarece.

Também Benedita Calheiros e Teresa Valente, duas jovens habitantes de Miramar, afirmam ter assistido, em várias ocasiões, às rezas, durante a madrugada. As fotografias, embora pouco nítidas, provam a existência destes encontros noturnos em torno da Capela do Senhor da Pedra.





Pergunto eu, a mentira também não é pecado??? >:D >:D >:D
Be good or bad.... Your Call.

serrasagrada

Citação de: azrael em 18 agosto, 2010, 23:59
O Olho da Providencia (cuja representaçao pode ser mais ou menos simplista ou mais ou menos elaborada consoante as diversas epocas e os respectivos autores, como acontece com quase todos os simbolos) representa a Entidade Divina (que tudo vê). Se associado a um triangulo ou piramide (em cima ou no seu interior) acrescenta a ideia de uma trindade. Nao està particularmente associado aos Illuminati (embora usassem o simbolo) nem à Maçonaria, mas sim a uma ideia de Deus/Trindade como entidades religiosas supremas. Parece que existe pelo menos desde o Sec. XVII.
Uma forma estilizada do mesmo existe nas notas de 1 Dolar americano (e, ao contrario de conhecidos best sellers, nao foi criado pelos illuminati, mas desenhado para representar uma naçao catolica e temente a Deus)
Existem muitas referencias crediveis na net sobre o simbolo.
Se alguem quiser acrescentar mais alguma coisa...
Abraços. 



Em Lisboa, mesmo no centro histórico, passando Por Alfama ou Mouraria, existem duas igrejas em ambos os bairros com gravações do Olho de Deus ou Olho Que Tudo Vê. Cheguei a assistir a uma discussão acesa entre um visitante da igreja e o rapaz que toma conta do sitio, só porque o senhor disse ao olhar para o altar " Olha, o olho Maçom.". Mas é algo existente em varias igrejas, capelas e afins.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Citação de: anacastrofc em 05 agosto, 2011, 21:23
Lá, na praia do Senhor da Pedra, num descampado já na rua, tem um descampado com um edifício abandonado... Tive a pesquisar e aquilo era uma estalagem... Alguém conhece aquilo?

Sim,eu já fui para lá andar de sk8 :p
tem uma enorme escadaria,e um colechao no meio das escadas,tem aquelas escadas em "v" enormes como se ve nos filmes.
Tivemos que sair de lá a correr pelas janelas,porque apareceu a policia :\
Não houvimos barulhos,só madeira a estalar..

É um lugar que eu utilizo muito. Tem uma energia muito peculiar, forte , chega a ser contagiante!! E é um lugar lindo elevando ainda mais a nossa força espiritual!

Em questão a pegadas de animais em pedras, sim existem. Basta ver o caso duma capelinha na Nazaré que tem a pegada de um cavalo se não estou em erro.

#194
Há poucos dias estive lá durante o dia pela primeira vez, tudo normal, capelinha catita, nada a acrescentar, na traseira restos de porcarias...pétalas de flores, rosas, cera derretida, ao que parece, estranhamente um livro entalhado na pedra, como que calcificado e mais abaixo outro livro embrulhado numa corrente e um pano ja meio apodrecido por cima, curiosamente, um detalhe que deixou todos os que estavam comigo com conversa para toda a tarde...um papelinho amarelinho tipo post-it, com três nomes escritos á mão e as suas datas de nascimento, pelos nomes (que estavam completos, tipico destes tipos de trabalhos encomendados) pareciam pessoas da mesma famílias, com o mesmo sobrenome e pelas respectivas datas de nascimento eram o pai, a mãe e o filho...so pensávamos em pesquisar no facebook e ver se encontrávamos algum deles a ver se lhe dizíamos o que tinhamos descoberto, algo com o nome deles num sitio de bruxaria, mas ninguém tirou de lá o papel e a coisa morreu por ali não fosse nos interferir com qualquer coisa e ainda sobrar para nos, o rapaz do papel era da minha idade, senti pena porque talvez estas três pessoas nem sabem do que são vitimas, ou então são estes os três responsáveis por algum feitiço a alguém, não sei, foi assustador ver que escrevem nomes em papelinhos de pessoas reais, que aquilo é mesmo propositado e destinado a alguém em concreto...