Caos

O dia luminoso escurece,
Sente-se uma rajada fria,
Sem dúvida já arrefece,
E se desvanece toda a alegria.

Por fim chega a noite escura,
Torna-se tudo tão tenebroso,
Criaturas andam na rua,
Todas com um aspecto horroroso.

Nesta dita normalidade,
Vive-se em hipocrisia,
Também em dor e maldade,
Dança-se numa ingénua alegria.

Mesmo vivos são devorados,
Esperam pela sorte,
Não estão mesmo enganados,
Esperam mesmo pela morte.

De uma forma metafórica, uma ligeira crítica à sociedade que está tao cheia de dogmas e aforismos, fazendo com que as pessoas nada mais sejam uns automatos e que se baile num bailado de máscaras onde a maior parte dos seus participantes não sabem que são intervenientes.

Elá que o meu querido Spectrum está a ganhar jeito na poesia. Está muito bom. De uma sinceridade brutal. A vida é um baile de máscaras onde todos querem dançar a mesma valsa e utilizar as mesmas máscaras. Há sempre aqueles que não sabem nem querem dançar e são postos de parte, observando no seu canto a dança ridícula e insolente daqueles que levam a vida inteira com a ideia de que tudo sabem sobre si e sobre os outros. Ao olharem para trás verão apenas um caminho que foi igualmente trilhado por quase toda a gente, um caminho igual a tantos outros, sem nada de novo, maculado pelas pegadas de milhares de seus iguais.

Gostei mesmo muito, tenho pena que não escrevas mais
Mas, sim, acho que está tudo dito...porcaria de sociedade em que vivemos...!

Gostei muito.
Pensa em escrever mais, pois está muito bom
Cmps 

muito bom,parabéns!