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  • Espíritos batendo na porta
    Iniciado por ricardo tavares
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Essa história aconteceu comigo há pouco tempo (2 anos atrás), e somente agora, sinto-me pronto para esse relato. Meu nome é Ricardo, sou Brasileiro , e a história a seguir é não só verdadeira, mas aterradora...

Há dois anos atrás, conheci uma mulher de nome Vera, com quem passei a me relacionar. Vera não era uma mulher bonita (muito pelo contrário), mas como aparentemente era uma mulher carinhosa, deixei passar em branco sua feiúra e namoramos.
No início notava em Vera uma atitude um tanto sinistra... muitas vezes, à noite, encontrava-a a perambular pela casa, e quando perguntava o que fazia acordada, ela nada dizia, e voltava para a cama. Várias vezes esse acontecimento sucedeu-se e eu sempre imaginei tratar-se de algum caso de sonambulismo, e não liguei para o fato. Quando tentava conversar pela manhã sobre o ocorrido, ela simplesmente dizia que não queria falar no assunto.  Mas o relacionamento prosseguiu e fora os episódios noturnos, nada verifiquei de estranho em sua conduta. Certa noite, porém, acordei com vozes vindas da cozinha... a voz de vera e a voz de outra pessoa sussurrando... confesso que fiquei um pouco temeroso, pois as luzes da casa estavam totalmente apagadas, mas resolvi vagarosamente aproximar-me do corredor que dava acesso à cozinha. Conforme pude ouvir do quarto, Vera realmente conversava com alguém, de forma sussurrada.   Naquele momento, não pude me conter e  chamei Vera pelo nome. No mesmo instante, as vozes calaram mas do corredor ainda pude ver uma sombra dirigindo-se para o outro lado da cozinha e quando acendi a luz, Vera estava quieta, sentada à mesa, olhando-me fixamente.  Quando lhe perguntei sobre as vozes, ela simplesmente levantou-se olhando-me fixamente e foi para o quarto. Acendi todas as luzes da casa e conferi todas as fechaduras das portas.... seria impossível que alguém tivesse saído pela porta em tão pouco tempo; verifiquei os armários, os compartimentos e nada. Não conseguindo dormir, tentei conversar com Vera que apenas abriu os olhos fitando-me atentamente, sem nada dizer. No dia seguinte fui ao trabalho normalmente. Senhores, a segunda parte, escreverei amanhã, pois hoje já não me encontro em condições tamanha a dificuldade que tenho em relatar tal caso.

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Bem, cá estou novamente neste sítio a fim de dar prosseguimento ao meu relato. Antes, porém, gostaria de apresentar-me melhor aos senhores(as) e certificá-los de  que sou pessoa idônea e  na posse de minhas faculdades mentais e profissionais. Meu nome é Ricardo  Tavares, sou brasileiro e resido no Brasil, onde exerço atividade profissional , infelizmente não poderei colocar  o link do meu site para visitação dos senhores, pois sigo estritamente as regras desse portal. Gostaria de também de desculpar-me aos moderadores pela falta de experiência e  possíveis faltas às regras, as quais progressivamente estou assimilando.

Aproveito também para  responder ao caro colega JDias em suas questões:
-conheci Vera em um bar aqui em são paulo, especializado em músícas de jazz. Não chegamos a  morar juntos, mas frequentemente eu dormia em sua casa (ela morava só), -no caso do telefone, não seria possível ela estar a falar nele, pois o mesmo encontrava-se no criado mudo do quarto, pois era seu costume deixa-lo lá.

Por fim, peço a paciência dos senhores, pois a história é longa e tenho de dividi-la em partes, tamanha sua complexidade, pois mesmo após Vera ter saído de minha vida, coisas e descobertas sucederam, mas vamos ao relato....

Após o episódio dos "sussurros na cozinha", nossa vida voltou ao normal. Íamos ao cinema, teatro, saíamos pra dançar e coisas assim... quando eu lhe perguntava sobre sua família, sempre dizia que tinha saído de  casa muito cedo e nunca mais vira seus pais cujos maus tratos fizeram-na sofrer imensamente em infância . Seus pais,  consideravam-na pessoa estranha à família, embora fosse filha legítima, e quando eu lhe perguntava o porquê de tal atitude, ela simplesmente calava e mudava de assunto. Disse-me também que sua história em São Paulo tinha sido de muito esforço e trabalho, até chegar a uma boa posição profissional (Vera era gerente de uma loja de automóveis). Confesso que sua aparente humildade fazia-me ter um sentimento terno em relação a ela, e embora eu não a amasse, fazia de tudo para dar-lhe um pouco de carinho. E a vida prosseguiu, normalmente... ao menos era isso o que eu imaginava, pois aquela mulher era tudo... menos normal...

Certo dia, quando passeávamos por um parque onde se vendem animais de todos os tipos,  tive a idéia de surpreendê-la com um gatinho; pedi-lhe que fosse comprar sorvetes e enquanto isso disse ao  vendedor que aninhasse um animalzinho para presente. Assim, com o pequenino em punho, fui até seu encontro e antes mesmo que pudesse concluir minha dedicatória, ela abriu a caixinha. Tudo foi tão rápido que confesso, não pude concatenar o que ocorria. Apenas  pude ver seus braços lançarem o pequeno violentamente em direção a uma mureta em cujo cal ficou marcada a presença do sangue. Os circundantes, diante de tal imagem, ficaram  aterrorizados começando a chamá-la de louca e em meio à confusão, ela fugiu deixando-me atônito  enquanto os transeuntes socorriam o animal. Recuperei o fôlego e corri atrás de Vera, mas não consegui encontrá-la. Percorri o parque em todas as direções, fui ao estacionamento, procurei-a pelos arredores e nada. Liguei incessantemente ao seu  telefone celular, que não atendia, e fui à sua casa, mas, se havia alguém em seu interior, não me abriu as portas. Esperei por longo tempo até que resolvi, (pois  tinha trabalho no dia seguinte, e já passavam das 9 horas),  voltar para casa, onde moro com minha velha mãe.

Ao recolher-me ao quarto, porém, tive uma experiência que introduziu a pior das fases em minha vida, e da qual consegui sair após muito esforço, dedicação e fé.  Naquela noite, (precisamente 9/9/2007)  fui acordado pela primeira vez (a primeira vez de um longo período) por algo que nunca pude identificar. Tenho o costume de dormir de bruços, com a cabeça voltada ao travesseiro, e naquela noite, fui acordado por uma  pressão em minha cabeça.  Assemelhava-se a uma  mão forte, forçando meu crânio contra o  travesseiro. Ao levantar-me atemorizado em meio à escuridão, simplesmente nada vi. Não havia ninguém, a não ser eu mesmo naquele quarto.

Senhores, mais uma vez terei de interromper o relato que é longo, embora possa ajudar a muitos que talvez,  neste momento, enfrentem o mesmo que sofri.  Peço desculpas ao senhores mais uma vez... amanhã continuarei.

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3

Esta noite, antes de prosseguir, gostaria de responder à questão do caro JDias e desde já agradeço pois a pergunta é de vital importância, pois explica todo o comportamento de Vera, como os senhores verão ao final do relato:

1-   Nunca conheci nenhum familiar de Vera, apenas uma foto mui antiga em que mal se podia vislumbrar o rosto dos pais.
2-   No bar, fui eu quem abordou Vera e apresentei-me. Lembro-me que naquela noite, ela estava com amigos do trabalho, e após alguns olhares, aproximei-me quando pude. Entre tantas mulheres, tinha que abordar justo essa...

Mas voltemos ao relato....

Após o incidente do parque e daquela noite, confesso que fiquei um tanto atordoado. Nunca em toda a minha vida, tivera tais experiências. Repito: sou um homem comum, que pouco ou nada entende de pessoas problemáticas e tampouco acreditava em crenças sobrenaturais. Resolvi portanto, agir de modo racional. Primeiro deveria terminar o relacionamento com Vera; depois esquecer o incidente sobrenatural que ocorrera em meu quarto. Contudo, não pude deixar de ligar os fatos: o comportamento sonambúlico, os sussurros na cozinha, a morte do gato e por fim a experiência em meu quarto. Tudo se constituía em um  cenário enigmático. Todavia, seguindo meus preceitos racionalistas, resolvi ligar para o trabalho de Vera a fim de esclarecer as coisas e terminar aquilo de uma vez por todas.

Sua voz ao telefone era desesperada. Disse-me que tínhamos que nos encontrar para falar pessoalmente após o expediente e assim foi feito. Marcamos em um bar em que ela dizia haver a tranqüilidade  exigida para a nossa conversa. Assim, dirigi-me ao local no horário combinado. Ao adentrar o  salão, observei-a numa mesa ao fundo a conversar com o  garçom. A gesticulação do homem e a atenção de Vera ao que ele dizia, denotavam que o teor da conversa não era sobre pedidos do cardápio, mas sobre algo que prendia a atenção da mulher. Aproximei-me e notei o olhar penetrante do homem e a feição constrangida de Vera, como que surpresa. Rapidamente porém, suas feições tornaram-se normais e ela fez seu pedido ao garçom que afastou-se e começamos a falar sobre o ocorrido no parque. Ela elencou-me uma série de motivos, a começar pela  infância de torturas , pelo temor incompreensível por felinos, enfim,  pelos traumas que lhe acometiam a psique.  Objetei que o incidente do parque fora muito grave, mas ela chorou, implorou que a ajudasse, que a compreendesse, e assim acabei por ceder aos sentimentos, abandonando  a convicção em romper a relação;. "Ela é só uma mulher que precisa de apoio", pensei. Ao fim de tudo, pediu-me que a levasse para casa. Antes porém de nos retirarmos, perguntei-lhe aonde tinha estado na noite anterior, posto que a esperara até muito tarde em sua casa ao que me respondeu ter  passado a noite em um hotel, devido ao stress daquele dia,  e que fora diretamente para o trabalho pela manhã.  Assim, satisfeito com a resposta, paguei a conta e levei-a para sua casa.


O ambiente era extremamente acolhedor aquela noite e sua casa parecia estar inexplicavelmente com outros ares. Confesso que meus pensamentos anteriores de desconfiança e de rompimento, esvaneceram-se por completo; assim,  beijamo-nos e fizemos amor, após o que  ela resolveu tomar banho deixando-me sozinho no quarto.  O cheiro dos lençóis limpos fizeram-me pensar em Vera como uma mulher que necessitava apenas de ajuda e carinho. Contudo,  nesse momento, percebi o quão errônea era a idéia. Os lençóis.... nesse ponto do relato, faz-se necessária uma pequena digressão:


Na véspera daquele domingo em que fomos ao parque, eu dormira em sua casa e  pela manhã fomos comprar alguns produtos para o almoço, após o qual saímos para a visita ao parque onde tudo ocorreu. Mas antes de sairmos, lembro que devido à pressa, deixamos a casa toda desarrumada, inclusive a cama. Como então, os lençóis poderiam estar trocados e sua casa arrumada, se na noite anterior, ela não dormira em casa? Havia mentiras na história. Quando Vera saiu do banho, olhei seus olhos acolhedores, mas no íntimo, tudo girava. Ela tinha estado em casa no Domingo à noite sim!... mas  por quê mentira? Talvez me traísse com outro homem... ou  talvez na noite fatídica não quisesse falar-me. Comecei a ligar fatos rapidamente. Se não esteve em casa, como poderia ter arrumado os lençóis? Certo que estivera em casa, mas porque a mentira? Não seria mais fácil dizer-me que devido ao epsódio traumático quisera ficar sozinha? A mentira amigos, sempre revela estados obscuros da alma,  especialmente quando não há razão lógica para ela.


Naquele instante, senti novamente uma onda de dúvidas percorrer minha mente. Dessa vez, porém,  resolvi calá-las. Como homem, havia uma curiosidade irrefreável e um instinto de  que algo soava muito estranho. Resolvi naquele instante que iria investigá-la. Se algo ou alguém tinha acesso àquela casa, se me traía, deveria fazê-lo em momentos em que eu não estivesse presente, por certo . No Domingo à noite, por exemplo, poderia ter recebido alguém e quando bati à porta, permaneceram em silêncio. Pode ser mesmo que justamente devido ao stress do ocorrido no parque, ela tenha chamado alguém para sua casa. Sim, eu deveria investigar o que ocorria em minha ausência naquela residência. Mas como?  Lembrei-me de um pequeno e silencioso gravador que possuía há muito e que ainda funcionava. Era minúsculo, do tamanho de uma fita k7 e que facilmente poderia ser encoberto por detrás de algum móvel para rápidamente ser recuperado posteriormente.  

Era esse instrumento que eu iria utilizar. Houvesse uma traição, ou qualquer outro fato, mesmo que sombrios, eu os  iria descobrir. Mas nem sempre a mente está preparada para ouvir e ver. Hoje arrependo-me amargamente por tal empreitada investigativa....

Senhores, continuarei amanhã, obrigado a todos mais uma vez pela paciência em me acompanhar até aqui. Boa noite.  


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4

Na semana em que me decidi pela investigação de Vera, fui acometido por  pesadelos terríveis, geralmente versando sobre perseguições à minha pessoa. Um deles marcou-me profundamente: estava eu numa imensa sala vazia cujas janelas mostravam que o imóvel ficava num dos últimos andares. Quando metia a cabeça para fora via apenas um vácuo como num grande cânion.  Ao voltar-me para trás, percebia um homem velho a fitar-me. Trajava um imenso sobretudo negro que lhe vinha aos calcanhares e sua face magra amparava a cabeleira branca e lisa. Embora o homem estivesse completamente parado, notei que mentalmente tentava fazer-me pular pela janela. Apavorado, lutava eu desesperadamente para acordar mas quando conseguia, percebia que não havia acordado, mas entrado em outro sonho, numa outra sala e com o mesmo homem a fitar-me. Desesperado, após várias tentativas, finalmente voltei à vigília e absolutamente apavorado .

Estes pesadelos, contudo,  não me dissuadiram da investigação pois à época eu os encarava como  frutos psiquicos de stress. Assim,  na primeira ocasião oportuna,  acondicionei o pequeno aparelho (que possuía acionamento automático por ruído) na extremidade inferior da pesada cortina do quarto de Vera, mais precisamente, no interior da bainha. Disse também a  Vera que estaria ausente naquele final  de semana para uma viagem a trabalho. Dessa forma, na semana seguinte pude recuperar o dispositivo e na solidão de meu quarto, a portas fechadas, pude ouvir o confuso registro sonoro da gravação.

No início ouvi apenas vozes de várias pessoas falando e rindo muito e ao mesmo tempo, inclusive  Vera, cuja risada era inconfundível. Não pude discernir o que falavam, pois eram MUITAS as vozes, como numa festa em que muitas pessoas falam e riem tumultuadamente. Aos poucos porém, o alarido foi tomando o rumo de gemidos e urros de homens. Não havia dúvidas, tratava-se de uma orgia. Subitamente um chiado se fez notar,  como que de tecido a roçar o microfone embutido e por fim o ruído metálico da ejeção da fita. O hiato de som, porém, foi mínimo pois retornou bem audível e em cenário novo. Agora, o som denunciava várias vozes em coro, numa espécie de invocação em língua totalmente estranha a mim. Após um curto período da ladainha, novamente o ruído metálico da ejeção da fita.

Não havia dúvidas, o gravador havia sido modificado de lugar por alguém que sabia de minha investigação e Vera, seja lá o que fosse, era uma mulher que se reunia em orgias sexuais. Mas o que dizer do coro naquela linguagem estranha? Confesso que nessa noite, e mesmo agora ao relatar o ocorrido, sinto-me como que perdendo o chão. Minha vida, tão normal e tranqüila, subitamente parecia entrar num labirinto obscuro e delirante. Cada vez mais espantado, perguntava-me como alguém poderia saber que havia um aparelho escondido se ninguém mais estava presente no quarto (e disso tenho absoluta certeza), quando o escondi? E por que, ao retirarem-no de seu esconderijo, permitiram a gravação do coro, e, mais enlouquecedor ainda, por que devolveram-no ao local? Seria um aviso a mim? Queriam então deixar claro que sabiam de minha investigação e que eu era ingênuo em imaginar que os estava investigando, quando na verdade o que ocorria era o contrário? E Vera? Por que me traía? Seria uma sacerdotisa de alguma seita demoníaca, ou somente uma desequilibrada? Seu comportamento, como disse aos senhores, sempre foi o de uma mulher problemática, mas os registros que acabara de ouvir denunciavam vileza de caráter, além do quê,  havia a estranheza daquele coro em linguagem a mim desconhecida. Estive naquela noite inteira a repetir aterrorizado aquela gravação, num misto de pavor, raiva por aquela mulher, e confesso, medo.

Tendo permanecido em claro durante a madrugada, vesti-me pela manhã e resolvi dar por fim definitivamente àquela relação, que se não fora perversa, seria no mínimo pavorosa. Naquela altura, fossem de quem fossem as vozes,  já sabiam que eu os investigava. Por certo teria sido Vera que retirou o gravador do esconderijo, mas como saber? Estava com raiva daquela mulher, pois sentia-me utilizado em algum tipo de jogo sujo. Dirigi-me então e sem aviso prévio ao seu trabalho para finalizar aquela situação. Quando cheguei ela parecia já estar à minha espera pois avistou-me de sua sala envidraçada e fez sinal para que eu entrasse. Recebeu-me de forma fria e olhava-me estranhamente, como se para algum desconhecido (hoje quando recordo-me daquele olhar, sinto até calafrios), e então passei a relatar-lhe minha inquietação mostrando a gravação e perquirindo-a quanto àquilo tudo. Sua  atitude foi de extremo desprezo. Disse-me que era louco e que não sabia do que se tratava aquela gravação. De maneira contida porém sádica, difamou-me com palavras de baixo calão as quais  nunca tinha ouvido de sua boca.  Disse-me também que eu deveria retirar-me dali e nunca mais voltar a vê-la pois sempre tivera ódio de mim.  

Quando tentei, atônito, responder-lhe, o segurança já se encaminhava em minha direção e embora eu não estivesse alterado e tivesse falado em tom baixo durante toda a conversa, resignei-me e saí dalí para nunca mais voltar. Já no carro, meus sentimentos eram de raiva, dúvida , e um certo temor pois embora não  fosse de maneira alguma apaixonado por aquela mulher, senti-me usado por toda a situação. Evidente que o comportamento de Vera era irracional e diria mesmo patológico, mas só ele não explicava todo o resto. Já muitas vezes ouvira falar de sociopatas, indivíduos dissimulados e incapazes de sentir culpa ou remorso por suas atitudes, enganando, mentindo e por vezes cometendo os homicídios mais bárbaros. Simulam  uma personalidade calma e pacífica, vivendo incólumes na vida social,  quando na verdade são capazes de ludibriar experientes profissionais de psicologia ou sofisticados aparelhos de detecção de mentiras. Talvez esse fosse o caso de Vera. Foi nesse momento que dei pela falta do gravador, que no incidente da loja, esquecera sobre a mesa.  Pensei em retornar para buscá-lo, mas confesso que a vontade era a de me afastar o mais rapidamente dali para nunca mais. De certa forma estava agradecido por me ver livre daquela mulher e daquela gravação. Mal sabia que o pior ainda estava por vir.  

Senhores, como de hábito, despeço-me para prosseguir amanhã. Boa noite a todos.

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5

Aqui começa a segunda parte desse relato, e todos os eventos seguintes ocorreram no período que vai de setembro de 2007 até aproximadamente o final de de 2008.  Procurarei ser tão sintético quanto possível a fim de poupar os que até aqui pacientemente prosseguem a leitura. Lembro-os porém que de maneira nenhuma pretendo causar pânicos. Os fatos relatados a seguir poderiam ocorrer a qualquer pessoa não ciente das forças oriundas do BEM  e do MAL, que hoje sei existirem. Por fim gostaria de declarar que o relato dessa história me é extremamente doloroso e se o faço é para que possa  auxiliar outros que eventualmente possam estar a enfrentar o mesmo. Eis o relato...

Diz um dito popular que o "Mal" não se declara de forma evidente mas pelo contrário insinua-se como uma serpente que, quando notada, já não nos pemite a fuga . O fato é que minha vida que era "abençoada" como diriam os Cristãos, foi-se tornando labiríntica, confusa e aterradora. Confesso que se sobrevivo hoje a relatar esse caso, devo-o a alguma proteção maior pois com absoluta certeza, as forças que contra mim se voltaram tinham apenas um objetivo: minha morte.

Os pesadelos que me acometiam, de esporádicos passaram a diários e portanto já não me era possível uma única noite de sono tranqüilo. Ouvia estampidos, passos na parte de fora da casa e várias vezes, quando estava prestes a adormecer era acordado com um sussurro chamando por meu nome. A mão que outrora forçara  minha cabeça , agora tornava-se constante e cada vez mais violenta na tentativa de me sufocar. Meus gritos ao acordar na madrugada faziam-se notar por minha velha mãe e mesmo por vizinhos. Uma coceira instalara-se por todo o meu corpo e forçava-me a vários banhos durante a noite na tentativa de poder dormir. As luzes do quarto que tradicionalmente eu sempre mantivera apagadas, agora permaneciam acesas pela noite adentro, mas não impedia  que  os ruídos,  sussurros, e pressões contra minha cabeça continuassem a se fazer presentes. As portas de meu automóvel cujo fechamento era diariamente conferido, mostravam-se abertas todas as manhãs.
Meu trabalho, obviamente, começou a ser prejudicado por erros constantes motivados pelo lapsos de sono no expediente, levando meus superiores a darem-me férias forçadas para tratamento. Procurei médicos especialistas em sono, procurei psicólogos, procurei igrejas e padres, procurei livros sobre espiritualismo, enfim, recorri a todos os expedientes que pude. A questão toda é que os fatos não eram vistos ou presenciados por ninguém a não ser eu mesmo. Quando por exemplo, minha mãe sugeriu dormir em meu quarto para auxiliar-me, nada ocorria. Porém, a cada vez que eu tomava uma iniciativa para colocar fim àquele problemas, procurando profissionais esotéricos ou mesmo lendo em voz alta versículos e salmos bíblicos, os ruídos, coceiras, sussurros etc, tornavam-se mas intensos. Por outro lado, comecei a receber estranhamente e-mails de Vera com anexos de fotografias suas. As imagens mostravam ambientes muito sofisticados (resorts, quartos de hotéis luxuosos) em que ela estava sempre luxuosamente vestida, ladeada por pessoas elegantes. Curioso, resolvi ligar para seu trabalho e perguntar por ela à recepcionista. Qual não foi minha surpresa em saber que Vera já não estava mais naquela loja, mas tinha sido promovida a diretora geral da empresa, fazendo viagens pelo país. Vera tinha sido promovida e sua vida financeira havia  sido modificada radicalmente e a minha vida, inversamente, afundava-se num fosso terrível e assustador.

Foi então que um último e terrível episódio me fez sentir que minha morte realmente não só estava sendo planejada mas estava  muito próxima. Em minhas buscas desesperadas por profissionais do esoterismo, li a entrevista de um famoso esoterista  aqui do Brasil (o qual, por motivos éticos chamarei por Antônio), e resolvi escrever-lhe. Era um esotérico sério e respeitado e com conhecimentos profundos. Na carta relatei com riqueza de detalhes tudo o que vinha ocorrendo em minha vida e qual não foi minha surpresa quando recebi uma resposta incitando-me a urgentemente ligar ao seu escritório para conversarmos o que  prontamente fiz . Assim foi marcada uma sessão em seu consultório de atendimento mas naquela noite, quando dirigia-me ao endereço do esoterista, o fatídico ocorreu. Um veículo na contramão veio em direção ao meu carro e bateu-me bruscamente fazendo-me acordar no hospital após um coma de um mês, deixando-me com  várias seqüelas que por sorte não comprometeram nenhum órgão vital tampouco minha locomoção, mas deixou um imenso rasgo na testa, a qual hoje, graças a um cirurgia, consegui reverter. O esoterista, porém, estranhamente foi ao hospital visitar-me, pois disse ter "visto" telepaticamente  o acidente e o hospital aonde fui internado. O homem estava ali e queria ajudar-me. Naquele momento, mesmo completamente imobilizado e fraturado, soube que o mal não é maior que o bem, e que os anjos, embora quietos, estão a nossa volta a nos proteger. Porém, os episódios que posteriormente iria enfrentar com aquele homem até hoje me soam á mente. Mas foi através da sua ajuda que pude enfrentar e compreender que o mal existe, e escolhe sutilmente suas vítimas e seguidores.

Senhores, despeço-me por hoje. Amanhã tentarei  finalizar. Obrigado a todos pela paciência e tenham uma boa noite.  

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6

No período anterior à alta que recebi do hospital, Antonio fez-me  visitas constantes nas quais esforçava-se por explicarassuntos como campo energético, chacras, controle mental,  poder das invocações,  natureza  quântica da realidade e demais assuntos que confesso, nunca ouvira falar em minha vida. Também falou-me sobre a natureza do BEM e do MAL, citando-me o "livro de Enoque", um texto apócrifo excluído dos evangelhos e que narra a gênese da expulsão de Lúcifer do paraíso e sua descida à terra. Antonio era Chileno e descendente de indígenas.  Além de Paranormal mediúnico desde o nascimento, era também profundo conhecedor da Cabala,   Xamanismo e Magia e sua sabedoria fazia com que paulatinamente eu fosse tomando conhecimento do esoterismo. Também deu-me vários livros, para que lesse no período de internamento. Quanto à Vera, disse-me ter consultado seus mentores espirituais e soubera que aquela mulher era  instrumento de seres do baixo astral que utilizavam-na para roubar a energia daqueles que dela se aproximavam. "Vampira energética seria o termo", disse-me ele. Explicou-me também que toda a ascensão profissional de Vera devia-se a pactos que havia feito com forças obscuras nessa e em outras vidas e que todo o meu campo energético fora sugado por aquela mulher e posteriormente vampirizado por forças sinistras que a acompanharam desde o seu nascimento.

Quando lhe perguntei se acreditava que Vera fosse uma Sociopata, assentiu com a cabeça dizendo-me porém que os Sociopatas são TODOS vampiros energéticos embora a Psicologia atual não atente para o fato. Sentia-me seguro por tudo o que Antonio me dizia e pela primeira vez após muitos profissionais a quem procurei,  aquelas palavras tinham uma força inabalável. Por fim, Antonio disse que deveríamos nos preparar pois assim que me fosse dada alta do hospital, faríamos um ritual de expulsão dos espíritos que rodeavam minha casa e meu campo energético, dizendo-me que se isso não fosse feito, o pior poderia acontecer. O mal, disse-me, tenta enfraquecer a vítima levando-a ao stress e confusão mentais, ou mesmo decadência material. Incitavam suas vítimas a sentirem  ódio (que é a negação da força suprema do universo: o AMOR),  pois assim encontravam brechas para atuar no campo energético Humano. Agiam  de maneira persistente e paciente, em muitos casos ficando no encalço da vítima até  sua morte. A arma contra isso seria a fé por um lado e a serenidade e poder espirituais por outro. Por isso,  alertou-me para a minha preparação, que era fundamental antes de realizarmos o ritual de expulsão em minha casa e fez-me também recomendações expressas para que eu iniciasse imediatamente um processo mental de perdão  a tudo o que Vera havia feito. Também advertiu-me que caso ocorressem novas manifestações daqueles espíritos ali no hospital, eu  NUNCA deveria tentar fazer contato.

Porém, essa recomendação não foi necessária pois  minha estadia no hospital foi tranqüila e pude descansar como há tempos não fazia, talvez devido às constantes visitas de Antônio com suas recomendações e exercícios de meditação. Mas o período de recuperação terminou e tive alta do hospital. Era preciso ir ao embate.

O ritual comandado por Antonio em minha casa foi demorado e cansativo. Não poderei relatar detalhes precisos nem o tipo de ritual ou materiais utilizados pois Antonio fez-me jurar que nunca contaria certos fatos a ninguém até a minha morte.  Notei que trouxera com ele cinco discípulos seus e afirmou que eram de sua inteira confiança. Notei também que a casa já estava preparada através das recomendações de Antonio a minha mãe, que se ausentara justamente para que o ritual se desse. Os cômodos estavam abolutamente limpos, com flores espalhadas pelos móveis e um perfume de incenso impregnava o ar.

O ritual aconteceria em meu quarto,  também inteiramente modificado com os móveis deslocados de lugar a fim de abrir espaço no centro e também havia um aparato de objetos necessários ao culto, os quais conforme meu juramento não poderei detalhar aqui.

Sentamo-nos em círculo demos as mãos. Antônio, após fechar a porta e as janelas, veio juntar-se à corrente. Antes porém de iniciar os trabalhos, olhou-me fixamente fazendo-me jurar na presença de seus assistentes que em HIPÓTESE ALGUMA eu iria soltar minhas mãos daquela corrente dizendo-me que se o fizesse, iria por em risco não só minha segurança mas também a de todos ali presentes. Confesso que fiquei assustado com o tom e a  maneira sombria com que Antonio dissera aquelas palavras mas humildemente fiz o juramento.  Assim, fechamos os olhos e Antonio iniciou a invocação dos  arcanjos Miguel, Rafael, e Gabriel, após o que todos nós oramos repetidas vezes em voz alta.  Antonio começou a recitar algo em uma linguagem que me era totalmente desconhecida e após isso  iniciou um cântico na mesma língua. Todo esse processo foi repetido dezenas, talvez centenas  de vezes e lembro-me  de que a luz vinda de fora rareou totalmente mostrando que anoitecera e assim ficamos  apenas à luz das velas presentes no ambiente.  Comecei a sentir-me exausto e confesso que ansiava para que tudo terminasse o mais rapidamente possível. Foi nesse  momento que os primeiros assombros ocorreram.    

No início ouvi passos vindos de fora do quarto,  possivelmente dos corredores da casa e poucas vozes, que gradativamente aumentavam. Lembrei-me imediatamente dos sons que havia gravado na casa de Vera, pois uma das vozes era claramente a dela. Assustado, abri os olhos e notei que um dos discípulos, o mais jovem, também o fizera, mostrando-se tão assustado quanto eu. Antonio porém, permanecia de olhos fechados e impassível, a repetir os cântico ritualísticos. As vozes, porém aumentaram e agora davam a impressão de que havia uma multidão fora do recinto. Depois ouvi por trás de mim a janela sendo forçada por várias pessoas além de chutes nas paredes, no início poucos, depois, milhares.  O medo começou a instalar-se em mim e foi preciso muita força para me controlar e continuar a seguir as orações do ritual.

Subitamente porém, houve um cessar completo de todo o alarido e assim, somente  nossas orações e os cânticos de Antônio eram ouvidos. Porém um sussurro chamando por meu  nome fez-me olhar para os lados. Assustado, quase dei um salto e pela primeira vez vi que Antonio fitava-me apertando muito fortemente minha mão. Aquilo me deu coragem para prosseguir. Os sons da multidão porém,  voltaram e dessa vez mais fortes do que nunca. Agora, além dos passos ouvíamos vozes próximas à porta. Antônio alteou a voz e continuou cada vez mais firme a entoar os cânticos e as invocações em língua estranha. Foi aí que o terror realmente se apoderou de mim.

As Batidas, como se quisessem arrombar a porta, fizeram-se ouvir por todo o ambiente. Olhei para os outros componentes do círculo e vi que todos, com exceção do esotérico, estavam tão apavorados quanto eu e embora Antônio seguisse firme o ritual, vi que suas roupas estavam encharcadas de suor e que  seu esforço era sobre-humano.

As batidas prosseguiam como canhões na porta. O barulho era tamanho que já não se podia ouvir nossas vozes no interior do quarto. Senti que Antônio apertou-me a mão fortemente mais uma vez, talvez querendo dizer que tínhamos que prosseguir com fé, dando-me confiança.  Mas  meu coração parecia querer pular para fora do peito, e sentia-me já a ponto de perder a consciência de tanto pavor. Nesse momento, comecei a delirar e ver imagens em minha mente do rosto de Vera , de  olhares sinistros, do gato morto no parque, etc, e quando olhei para Antônio já não pude vê-lo, mas sim outra pessoa, mais precisamente  a do velho de sobretudo negro com o qual tivera um pesadelo . Daí por diante, o cenário foi aterrador pois assustado, tentei desvencilhar-me das mãos de Antõnio e dos demais. Minha vontade era abrir aquela porta e fugir dali. Lembrei-me do juramento que fizera de não abandonar EM HIPÓTESE NENHUMA a corrente. Antônio dessa vez apertou-me a mão tão fortemente que chegou a machucá-la e em meio ao som aterrador das batidas  meus berros de pavor também se fizeram ouvir pelo quarto. Foi nesse momento que completamente atordoado perdi a consciência.

Acordei com o rosto de minha velha mãe a fitar-me. Disse que eu dormira por vinte e quatro horas ininterruptas e que Antônio a impediu de acordar-me. Também deu-me uma carta escrita por ele  na qual dizia que tudo estava acabado; o exorcismo havia obtido sucesso e que todas as batidas, vozes e assombros foram apenas ouvidas por nós, participantes daquele ritual. O processo, embora real, deu-se na mente de cada um de nós.

Também lembrou que diferentemente dos filmes, tudo está em nosso interior e os processos obssessivos e persecutórios do MAL atuam dessa forma pois nossa mente é o local em que tentam penetrar para daí começarem a manipular nossas atitudes. Isso explicaria o comportamento dos Sociopatas  e dos Criminosos Homicidas, etc. Despediu-se lembrando-me que não mais nos veríamos e que tinha motivos secretos para agir dessa forma. Por  fim abençoou-me  e sugeriu que eu começasse dali em diante vida nova.

Ao ler aquela carta, e mesmo nesse momento, ao relatar o episódio, lembro-me com saudades de Antônio e de tudo o que me ensinou. Foi necessário o hiato de um longo tempo porém,  para que eu tomasse coragem em relatar essa história aos senhores.

Gostaria então de despedir-me e lembrá-los de que se não fiz um relato mais pormenorizado foi primeiro por não querer fatigá-los com excessos e depois por ter jurado que vários episódios não iriam ser relatados a ninguém e que me acompanhariam até à morte que espero,  esteja  distante.


Quanto à Vera, soube que tempos depois foi demitida da empresa em que trabalhava,  passando por várias dificuldades financeiras e vindo a mudar-se de cidade. Talvez esteja em algum lugar a utilizar-se do "sangue" energético de outras pessoas, como é comum nos vampiros.


Despeço-me assim, agradecendo a todos pela paciência  dos senhores(as), nossos  irmãos Portugueses.

Boa Noite.








Título alterado devido à utilização excessiva de maiúsculas. Consultar Regras Gerais do Fórum, alínea 12. Obrigado.




Cá ficamos todos à espera ;)

Bjs

Templa
Templa - Membro nº 708

#2
Ricardo, só por curiosidade:
- Moras onde? Em Portugal ou no Brasil?
- A Vera, onde a conheceste, e em que situação?
- Alguém ta apresentou?
- Já conheceste alguém mais da família dela?
- Fiquei com a ideia que foram morar juntos... Foram para casa dela, ou para tua casa?

Já te ocorreu que ela podia estar a sussurrar ao telemóvel?
Relativamente à sombra que viste, podia ter sido a sombra dela a sentar-se, e assim a viste quando acendeste as luzes...
São apenas hipóteses...

Mas confesso que estou bastante curioso...

AndreiaLi
Muito estranho o teu relato... o que será que se passa com a Vera?

este relato deixou-me impressionada e muito curiosa

dark telma
sim , agora tb fiquei curiosa para saber como acaba ....

#6
Bastante estranha a Vera... quero saber mais

Só uma pequena curiosidade, os gatos são considerados em algumas religiões como os "guardiões" do outro mundo, se uma pessoa com forte poder espiritual ou mesmo com alguma grande maldição olhar nos olhos do gato consegue ver muitos horrores, so de chegar perto dava medo, ate mesmo um forte pânico a essas "tais" pessoas. cumps

pode ser só uma lenda mas é estranho porque bate certo.

Este relato está a deixar-me arrepiada e ainda não acabou.  :o
"Seja você quem for ou o que faça, quando quer com vontade alguma coisa, é porque esse desejo nasceu na alma do Universo." Paulo Coelho

https://www.facebook.com/rock.solarys

Este relato, na minha opinião, é o mais assustador que já li aqui... :)
Ricardo, no entanto, há duas perguntas que quero fazer:
Nesse bar alguém a apresentou-a a ti, ou tu a ela? Se sim, quem?
Parto do principio que nunca viste ninguém da família dela, correcto?

Cumps,

Raedon
Grande relato, irei acompanhá-lo com ansiedade. Cumprimentos

Bom relato, espero por novidades.
Considerações só no fim  :)

Dado os factos que relata, ficamos em suspense.

Estou ansiosa pelo resto....

E já estou a imaginar o que vai acontecer de seguida... :)

AndreiaLi
Ficarei também a aguardar mais.