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  • Conversas Contigo XVIII- A Religião, ciência, arte e beleza
    Iniciado por César Pedrosa
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A ciência moderna deixou a verdadeira religião – os ensinamentos de Jesus, como traduzidos nas vidas dos seus crentes – intocados. Tudo o que a ciência fez foi destruir as ilusões infantis das falsas interpretações da vida.
A ciência é uma experiência quantitativa, a religião é uma experiência qualitativa, no que concerne à vida do homem na Terra. A ciência lida com os fenômenos; a religião, com as origens, os valores e as metas. Designar causas como explicação de fenômenos físicos é confessar a ignorância das ultimidades e, no fim, apenas leva o cientista directamente de volta à primeira grande causa – o Pai Universal do Paraíso. A passagem violenta, de uma era de milagres para uma idade de máquinas, revelou-se como sendo de todo desconcertante para o homem. A engenhosidade e a habilidade das falsas filosofias do mecanismo desmentem as pretensões puramente mecanicistas. A agilidade fatalista da mente de um materialista contradiz, para sempre, as suas afirmações de que o universo é um fenômeno energético cego e sem propósito. O naturalismo mecanicista de alguns homens, supostamente instruídos, e o secularismo impensado, do homem nas ruas, estão ambos ocupados exclusivamente com as coisas; eles estão  desprovidos de todos os valores reais, das recompensas e das satisfações de uma natureza espiritual, assim como estão despojados de fé, de esperança e de certezas eternas. Um dos grandes problemas da vida moderna é que o homem pensa que  é ocupado demais para encontrar tempo para a meditação espiritual e para a devoção religiosa. O materialismo reduz o homem a um autômato sem alma e faz dele um mero símbolo aritmético, incluído, sem ter poder, na fórmula matemática de um universo pouco romântico e muito mecânico. Mas de onde provém todo esse vasto universo de matemáticas, sem um Mestre Matemático? A ciência pode discorrer sobre a conservação da matéria, mas a religião torna válida a conservação das almas humanas – ela preocupa-se com a experiência delas ligada às realidades espirituais e aos valores eternos. O sociólogo materialista de hoje observa uma comunidade, faz um relatório sobre ela e deixa o povo como o encontrou. Há dezanove séculos, alguns galileus pouco instruídos observaram Jesus dando a sua vida, como uma contribuição espiritual para a experiência interior do homem, e então saíram da Galiléia e viraram todo o império romano de cabeça para baixo. Os líderes religiosos, contudo, estão cometendo um grande erro quando tentam convocar o homem moderno para a batalha espiritual, com um soar medieval de trombetas. A religião deve prover-se de lemas novos e actuais. Nem a democracia, nem qualquer outra panacéia política tomarão o lugar do progresso espiritual. As religiões falsas podem representar uma fuga da realidade, mas com o seu evangelho Jesus conduziu o homem mortal à entrada de uma realidade eterna de progresso espiritual. Dizer que a mente "surgiu" da matéria nada explica. Se o universo fosse apenas um mecanismo e a mente uma parte da matéria, nós nunca teríamos duas interpretações diferentes de qualquer fenômeno observado. Os conceitos da verdade, da beleza e da bondade não são inerentes, seja à física seja à química. Uma máquina não pode conhecer, e muito menos conhecer a verdade, ter fome de rectidão, nem valorizar a bondade. A ciência pode ser física, mas a mente do cientista que discerne a verdade é de todo supramaterial. A matéria não conhece a verdade, nem pode amar a misericórdia nem se comprazer com as verdades espirituais. As convicções morais baseadas no esclarecimento espiritual, e com raízes na experiência humana, são tão reais e certas quanto as deduções matemáticas baseadas nas observações físicas, mas num nível diferente, mais elevado.
Se os homens não passassem de máquinas, eles reagiriam mais ou menos uniformemente a um universo material. Não existiria a individualidade, e muito menos a personalidade. A existência do mecanismo absoluto do Paraíso, no centro do universo dos universos, na presença da volição inqualificável da Segunda Fonte e Centro, (Filho Divino) torna para sempre certo que as causas
determinantes não sejam a lei exclusiva do cosmo. O materialismo existe, mas ele não é exclusivo; o mecanismo existe, mas ele não é inqualificável; o determinismo existe, mas ele não está só. O universo finito da matéria tornar-se-ia finalmente uniforme e determinista, não fosse a presença combinada da mente e do espírito. A influência da mente cósmica injecta constantemente a própria espontaneidade nos mundos materiais. A liberdade, ou a iniciativa, em qualquer reino da existência, é directamente proporcional ao grau de influência espiritual e de controle da mente-cósmica; e isto é, na experiência humana, o grau de realidade com que vós fazeis a "vontade do Pai". E assim, uma vez que vós começais a encontrar a Deus, esta é a prova conclusiva de que Deus já vos encontrou. A busca sincera da bondade, da beleza e da verdade conduz a Deus. E cada descoberta científica demonstra a existência tanto da liberdade, quanto da uniformidade no universo. O descobridor estava livre para fazer a descoberta. A coisa descoberta é real e aparentemente uniforme, ou então não poderia ter-se tornado conhecida como uma coisa. Quão tolo é, para o homem de mente material, permitir que teorias vulneráveis, como as de um universo mecanístico, privem-no dos recursos espirituais vastos da experiência pessoal da verdadeira religião. Os factos nunca contradizem a fé espiritual real; as teorias podem contradizer. Melhor seria se a ciência ficasse devotada à destruição da superstição, em vez de ficar tentando arruinar a fé religiosa – a crença humana nas realidades espirituais e nos valores divinos. A ciência deveria fazer materialmente, pelo homem, o que a religião faz por ele, espiritualmente: ampliar o horizonte da vida e torna a sua personalidade mais abrangente. A verdadeira ciência não pode manter uma disputa duradoura com a religião verdadeira. O "método científico" é meramente um padrão intelectual de avaliação, com o qual se medem as aventuras materiais e as realizações físicas. Mas, como é material e totalmente intelectual, ele passa a ser inteiramente inútil na avaliação das realidades espirituais e das experiências religiosas. A incoerência do mecanismo moderno é tal que: se o universo fosse meramente material e o homem apenas uma máquina, o homem seria completamente incapaz de se reconhecer como tal e, do mesmo modo, esse homem-máquina seria totalmente inconsciente do facto da existência de
um tal universo material. O desalento e o desespero materialista da ciência mecanicista fracassou por não reconhecer o facto de que a mente do cientista é residida por um espírito, e, que é, o discernimento supramaterial, mesmo, dessa mente, que está a formular tal conceito errôneo e auto-contraditório de um universo materialista. Os valores do Paraíso, de eternidade e de infinitude, de verdade, de beleza e bondade, estão ocultos dentro dos factos dos fenômenos do universo do tempo e do espaço. Mas é necessário o olho da fé, ao mortal nascido do espírito, para detectar e discernir esses valores espirituais. As realidades e os valores do progresso espiritual não são uma "projecção psicológica" – um merosonho diurno glorificado da mente material. Tais coisas são as antecipações espirituais do Ajustador residente, (centelha Divina em nós) o espírito de Deus vivendo na mente do homem. E que as vossas incursões, fraca e confusamente visualizadas dentro da teoria da "relatividade", não perturbem os vossos conceitos da eternidade e da infinitude de Deus. E, todas as vezes que fordes solicitados a respeito da necessidade da vossa auto-expressão, não cometais o erro de omitir a expressão do Ajustador, a manifestação do vosso eu melhor e mais real. Se esse fosse um universo apenas material, o homem material nunca seria capaz de alcançar o conceito do carácter mecanicista de uma existência, assim tão exclusivamente material. Esse conceito mecanicista do universo é, em si mesmo um fenômeno não material da mente, e toda a mente é de origem não material; não importando quão radicalmente ela possa parecer ser condicionada materialmente e controlada mecanicamente. O mecanismo mental parcialmente evoluído, do homem mortal, não é superdotado de consistência e sabedoria. A vaidade do homem frequentemente ultrapassa a sua razão e ilude a sua lógica. O próprio pessimismo do materialista mais pessimista é, em si e por si próprio, prova suficiente de que o universo do pessimista não é totalmente material. O optimismo e o pessimismo são, ambos, reacções conceituais numa mente consciente dos valores, tanto quanto dos factos. Se o universo fosse verdadeiramente o que o materialista considera que ele seja, o homem, como máquina humana, seria então desprovido de todo o reconhecimento consciente daquele facto. Sem a consciência do conceito de valor, dentro da mente nascida do espírito, o homem não poderia reconhecer de nenhuma maneira o facto do materialismo do universo, e os fenômenos mecanicistas da operação do universo. Uma máquina não pode ser consciente da natureza ou do valor de uma outra máquina. Uma filosofia mecanicista da vida e do universo não pode ser científica, porque a ciência reconhece apenas as coisas materiais e os factos, lidando apenas com eles. A filosofia é, inevitavelmente, supracientífica. O homem é um facto material da natureza, mas a sua vida é um fenômeno que transcende os níveis materiais da natureza, pois ela tem os atributos de controle da mente e as qualidades criativas do espírito. O esforço sincero do homem para transformar-se num mecanicista representa o fenômeno trágico do esforço fútil daquele homem para cometer o suicídio intelectual e moral. Mas ele não o
pode fazer. Se o universo fosse apenas material e se o homem fosse apenas uma máquina, não haveria a ciência para encorajar o cientista a postular essa mecanização do universo. Máquinas não podem medir, classificar, nem avaliar a si próprias. Uma tal obra do trabalho da ciência poderia apenas ser executada por alguma entidade que tenha um status supramaquinal. Se a realidade do universo é ser apenas uma imensa máquina, então o homem deve estar do lado de fora do universo e separado dele, pois só assim o homem pode reconhecer tal facto e tornar-se consciente e dono de um discernimento de uma tal avaliação. Se o homem é apenas uma máquina, por meio de qual técnica é que ele chega a acreditar ou a proclamar saber que ele próprio é apenas uma máquina? A experiência de uma avaliação autoconsciente, do próprio eu, nunca é um atributo de uma mera máquina. Um mecanicista autoconsciente e reconhecido é a melhor resposta possível ao mecanicismo. Se o materialismo fosse um facto, não poderia haver nenhum mecanicista autoconsciente. E também é verdade que antes de cometer actos imorais alguém deve ser primeiro uma pessoa moral. A própria pretensão do materialismo implica uma consciência supramaterial da mente, e que presume afirmar tais dogmas. Um mecanismo poderia deteriorar-se, mas nunca progredir. Máquinas não pensam, criam, sonham, aspiram, idealizam, anseiam pela verdade, nem têm sede de rectidão. Elas não motivam as suas vidas com a paixão de servir a outras máquinas, nem de escolher como meta própria de progresso eterno a tarefa sublime de encontrar Deus e de esforçar-se para ser igual a Ele. Máquinas nunca tomam posições intelectuais, emocionais, estéticas, éticas, morais ou espirituais. A arte prova que o homem não é mecanístico, mas não prova que ele é espiritualmente imortal. A arte é a morôncia do mortal, o domínio intermediário entre o homem, o ser material, e o homem, o ser espiritual. A poesia é um esforço para escapar-se das realidades materiais e aproximar-se dos valores espirituais. Numa civilização evoluída, a arte humaniza a ciência, enquanto, por sua vez, ela é espiritualizada pela religião verdadeira – o discernimento dos valores espirituais e eternos. A arte representa a avaliação humana e tempo-espacial da realidade. A religião é o abraço divino dos valores cósmicos e denota progresso eterno na ascensão e na expansão espiritual. A arte do tempo é perigosa apenas quando se torna cega para os padrões espirituais dos arquétipos divinos que a eternidade reflecte como sombras da realidade do tempo. A arte verdadeira é a manipulação eficiente das coisas materiais da vida; a religião é a transformação enobrecedora dos factos materiais da vida, e nunca cessa na sua avaliação espiritual da arte. Quão tolo é presumir que um autômato poderia conceber uma filosofia do automatismo, e quão ridículo seria supor que pudesse presumir formar o conceito de outros autômatos companheiros e irmãos! Qualquer interpretação científica do universo material torna-se sem valor, a menos que venha do devido reconhecimento ao cientista. Nenhuma apreciação da arte será genuína a menos que seja acompanhada do reconhecimento do artista. Nenhuma avaliação da moral vale a pena, a menos que inclua o moralista. Nenhum reconhecimento da filosofia será edificante, se ignorar o filósofo, e a religião não pode existir sem a experiência real do religioso que, nessa e por meio dessa mesma experiência, está buscando encontrar Deus e conhecê-lo. Do mesmo modo, o universo dos universos fica sem significado se separado do EU SOU, o Deus infinito que o fez e que
continuamente o administra. Os mecanicistas – humanistas – tendem a se alienar, junto com as correntes materiais. Os idealistas e os espiritualistas ousam usar os seus remos com inteligência e vigor para, aparentemente, modificar o curso puramente material das correntes da energia. A ciência vive por meio das matemáticas da mente; a música expressa o bater do tempo das
emoções. A religião é o ritmo espiritual da alma, em harmonia tempo-espacial com as medidas melódicas mais elevadas e eternas da Infinitude. A experiência religiosa é algo na vida humana que é verdadeiramente supramatemático. Para a linguagem, um alfabeto representa o mecanismo do materialismo, enquanto as palavras que exprimem os significados de mil pensamentos, grandes idéias e ideais nobres – de amor e ódio, de covardia e coragem –, representam as actuações da mente, dentro do escopo definido tanto pela lei material, quanto pela espiritual, dirigido pela afirmação da vontade da personalidade e limitado pelo dom inerente à situação. O universo não é como as leis, mecanismos e constantes de uniformidades que o cientista descobre e que acaba por considerar como sendo ciência. O universo é mais como um cientista curioso, pensador, que escolhe, que é criativo e que combina e discrimina e que, assim, observa os fenômenos do universo e classifica os factos matemáticos inerentes às fases mecanicistas do lado material da criação. O universo não é, também, como a arte do artista; mas é mais como o artista que pesquisa, sonha, aspira e avança e que busca transcender o mundo das coisas materiais, num esforço para alcançar uma meta espiritual. O cientista, não a ciência, percebe a realidade de um universo de energia e de matéria, que evolui e que avança. O artista, não a arte, demonstra a existência do mundo transitório moroncial, que se interpõe entre a existência material e a liberdade espiritual. O religioso, não a religião, prova a existência das realidades do espírito e os valores divinos que devem ser encontrados ao longo do progresso para a eternidade.

פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva  


(como pedido assim é feito)  
Bem hajam na luz e com a Luz  
P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.
Que a LUZ que nos une prevaleça sobre as trevas que nos afastam.
Bem Hajam