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  • Espiritualidade vs mediocridade [Manual parte 1]
    Iniciado por darksmile
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Tive a oportunidade de conhecer gente de vários países, culturas e religiões diferentes num curto lapso de tempo. Sim, os muçulmanos e os judeus não se odeiam, fica este à parte feito.

Muito se viraram para a religião depois de:

- Estudar todas as religiões ao detalhe e ver aquela que mais lhe convinham

- Problemas espirituais

Enquanto que a primeira cai no bom senso, a segunda já não. De vários casos vamos falar da ...Ana (nome fictício ).

A Ana pôs-se na espiritualidade, começou com cartas, tarots,  astrologia. Algo normal, dirão muitos, mas nem tanto. Ficou dececionada porque as cartas e passo a citar: "Diziam que tipo no domingo iria ganhar ao Euro milhões e afinal no domingo só me aconteciam m€rdas, ao ponto de passar a ser o pior dia da minha vida".

Comecemos pelo básico:

1 -Nenhum, e repito Nenhum oráculo dá tempos definidos. Se alguém te disser com qualquer oráculo que dia 7 de setembro vais ter algo de bom ou de mau, nem vale a pena pagar, pega nas tuas coisas e vai-te embora sem mais nem menos. FOGE.

2- Nada está escrito na pedra, a não ser a mudança.

O próximo ponto da Ana, que a fez virar religiosa (mas não extremista...) foi o facto de (vou vulgarizar senão nuca mais saimos daqui) tinha "más energias e afins" e sentiu que lhe disseram para rezar, rezou naquela noite e teve aquilo que chamamos de forma comum de "sintomas de limpeza", e a vida dela melhorou. Desde aí virou um pouco mais religiosa.

Entrar no mundo da espiritualidade requer um plano de ação físico e mental, um guia estruturado e lógico. Para usar um pleonasmo, nos jogos de vídeo, os feiticeiros não começam por fazer chover ou cair um meteorito na cabeça dos seus oponentes.

Para entrar no mundo da espiritualidade é preciso:

Um mental forte -> poderá ser exaustivo, cheio de dificuldades e o objetivo não é desistir na primeira dificuldade.

Ter um espirito crítico -> saber separar o joio do trigo, conseguir perceber se tem alguma lógica ou se estão apenas a tentar vender-te uma ideia, tal como a de "nunca se apaga uma vela acesa". Testar, saber ver se é verdade, se cabe na tua crença ou cultura, e se te é útil. Nunca irás ver um muçulmano a fazer reiki, por exemplo.

Ser céptico -> Pléonasmo, como dito tens de ser céptico ao que te dizem ou fazem acreditar, saber ter um recuo, averiguar, ponderar, pensar por ti mesmo e não como um "fenómeno cultural". Não é porque todos fazem "mesas" e te fazem acreditar que sem não és nem vales nada que é verdade. Aprende a diferenciar a espiritualidade de consumo e de bancada com a verdadeira espiritualidade. És capaz de ter surpresas, pois a espiritualidade é algo do dia a dia, não esporadicamente. Embora algumas coisas possam ser esporadicas, muita coisa é diária.

Prática, Prática, Prática -> Ter a teoria é "buéda fixe man, tásse bem?" mas a prátíca é que é realmente importante. Perceber o porquê do como é interessante, mas saber como fazer é melhor. Não te ponhas a fazer coisas que não entendas um mínimo, como por exemplo, um grande ritual no qual não entendes metade das palavras ou dos simbolos. Além de ser perigoso, seria contra produtivo.


Se, mesmo assim queres entrar no mundo das "energias" ou experimentar em total segurança, eis um exercício tirado da minha formação. No pior dos casos irás aprender a não ter frio durante o inverno, é uma variante do Toumo ,que para mim é uma bases de tudo:

Imagina um sol vermelho incandescente no teu peito cujo os raios se propagam para os braços e para as mãos. Con a prática suficiente, irás sentir diferenças nos braços e nas mãos, que irão começar a aquecer ou a picotar. O próximo passo será de propagar essa energia para todo o corpo, incluindo os pés.

Com isto dito, já não irão cometer tantos erros de iniciantes e já têm bases para começar a vossa jornada.

Fiquem bem.

Como uma pedra na água, como um pássaro no céu, Como uma criança para o seu pai, tu nunca perguntas "porquê", apenas segues a corrente até morreres.