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  • Sobre o Status de quem desenvolve trabalho espiritual
    Iniciado por Mestre Juremeiro
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Sobre o status de quem desenvolve trabalho espiritual.
Um curandeiro, uma bruxa, um tarólogo, uma astróloga, um xaman, mãe de santo, feiticeiro ou feiticeira, consultores holísticos, parapsicólogos ou magos serão sempre proscritos das sociedades em que vivem.
Quer usemos roupas caras ou baratas, quer nos desloquemos em carros topos de gama ou a pé, sejamos bonitos ou feios, ganhamos mais ou menos dinheiro, mais ou menos conhecidos, seremos sempre mais ou menos desconsiderados.
Trazemos entranhado na pele, o cheiro de quem mexe no desconhecido, com coisas difusas e que não se vêm. E que lhes dá medo.
Por isso, respondem às nossas saudações com educação mas ficam a falar de nós quando partimos.
Os conhecidos, comentam entre a inveja, o despeito e o medo que vivemos de expedientes. Que "são esquemas".
Os vizinhos registam as entradas e as saídas no livrinho da má-lingua e nas nossas costas falam desta forma de viver e trabalhar sem horários, nem fins de semana, nem feriados. De homens e  de muitas mulheres. Todos a entrarem e a saírem.
Os parentes afastados reforçam o preconceito e encontram definições para verbalizar raiva acumulada em gerações.
E porquê?
Porque, todos, repito todos, mais tarde ou mais cedo, acabam por recorrer ao nosso trabalho. Porque todos cá vêm bater a porta.
Chegam em momentos de fragilidade, de dor de profunda mágoa e decepção. Vêm pedir ajuda. E nós aqui estamos para ajudar.
Pagam quando podem o que podem. Ou não pagam, porque não aceitamos ou não pagam porque  ficam a dever.
Recuperam, levantam-se e vão à vida deles.
Depois, cada vez que nos cruzamos ou que são confrontados com a nossa existência e com o nosso trabalho, não é a nós que nos vêm... vêm-se a eles mesmos no momento da sua mais baixa autoestima. E fogem. Fogem de nós, fugindo da memória deles próprios.
É assim porque é assim.
Habituem-se.
As pessoas significativas permanecem.
Os amigos verdadeiros, aqueles que estão, estiveram e continuarão amigos, são os que respeitam, alguns mesmo não acreditando no que fazemos.
O status serve apenas como bengala para os homens e as mulheres inseguras poderem imaginar que desfilam em sociedade.
Nós, os bruxos e mágos, os proscritos, teremos os afectos dos poucos que realmente contam.
E a Lua.
Teremos sempre a Lua. Essa lua que hoje se enche para nos iluminar a noite.
Existem as coisas que podemos mudar.
Existem as coisas que não podemos mudar.
Sabedoria é mudar o que pudermos mudar e adaptar-nos ao que tivermos que nos adaptar.

Citação de: Mestre Juremeiro em 17 novembro, 2021, 10:24
Sobre o status de quem desenvolve trabalho espiritual.
Um curandeiro, uma bruxa, um tarólogo, uma astróloga, um xaman, mãe de santo, feiticeiro ou feiticeira, consultores holísticos, parapsicólogos ou magos serão sempre proscritos das sociedades em que vivem.
Quer usemos roupas caras ou baratas, quer nos desloquemos em carros topos de gama ou a pé, sejamos bonitos ou feios, ganhamos mais ou menos dinheiro, mais ou menos conhecidos, seremos sempre mais ou menos desconsiderados.
Trazemos entranhado na pele, o cheiro de quem mexe no desconhecido, com coisas difusas e que não se vêm. E que lhes dá medo.
Por isso, respondem às nossas saudações com educação mas ficam a falar de nós quando partimos.
Os conhecidos, comentam entre a inveja, o despeito e o medo que vivemos de expedientes. Que "são esquemas".
Os vizinhos registam as entradas e as saídas no livrinho da má-lingua e nas nossas costas falam desta forma de viver e trabalhar sem horários, nem fins de semana, nem feriados. De homens e  de muitas mulheres. Todos a entrarem e a saírem.
Os parentes afastados reforçam o preconceito e encontram definições para verbalizar raiva acumulada em gerações.
E porquê?
Porque, todos, repito todos, mais tarde ou mais cedo, acabam por recorrer ao nosso trabalho. Porque todos cá vêm bater a porta.
Chegam em momentos de fragilidade, de dor de profunda mágoa e decepção. Vêm pedir ajuda. E nós aqui estamos para ajudar.
Pagam quando podem o que podem. Ou não pagam, porque não aceitamos ou não pagam porque  ficam a dever.
Recuperam, levantam-se e vão à vida deles.
Depois, cada vez que nos cruzamos ou que são confrontados com a nossa existência e com o nosso trabalho, não é a nós que nos vêm... vêm-se a eles mesmos no momento da sua mais baixa autoestima. E fogem. Fogem de nós, fugindo da memória deles próprios.
É assim porque é assim.
Habituem-se.
As pessoas significativas permanecem.
Os amigos verdadeiros, aqueles que estão, estiveram e continuarão amigos, são os que respeitam, alguns mesmo não acreditando no que fazemos.
O status serve apenas como bengala para os homens e as mulheres inseguras poderem imaginar que desfilam em sociedade.
Nós, os bruxos e mágos, os proscritos, teremos os afectos dos poucos que realmente contam.
E a Lua.
Teremos sempre a Lua. Essa lua que hoje se enche para nos iluminar a noite.
Dizer-se bruxo também é status, mas é verdade para muitos que têm os momentos de mudança e solidão a Lua ou a terra é quem nos testemunha.