Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.426
Total de mensagens
369.467
Total de tópicos
26.918
  • O Universo pode ser fechado e estar num loop infinito...
    Iniciado por Paraphenomenal
    Lido 1.774 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
O Universo ainda é algo que a mente humana não consegue definir. Qual será o seu tamanho? Que aspeto tem? Bom, tudo o que pensamos saber sobre a forma do universo pode estar errado. De acordo com um novo estudo, em vez de ser plano como um lençol, o nosso universo pode ser curvo e fechado como um balão.

A análise de dados do Fundo Cósmico de Microondas (CMB), o fraco eco do Big Bang, deu algumas pistas, como foi publicado na revista Nature Astronomy.



Pese o facto de haver novas interpretações deste eco do Big Bang, não chegou para convencer alguns especialistas. Segundo as informações, as novas descobertas, baseadas em dados divulgados em 2018, contradizem ambos os anos de sabedoria convencional e outro estudo recente baseado nesse mesmo conjunto de dados do Fundo Cósmico de Microondas.

Mas o Universo, será curvo ou será plano? Será um loop infinito...

Se o universo é curvo, de acordo com o novo artigo, ele curva suavemente. Essa curvatura lenta não é importante para a movimentação das nossas vidas, ou do sistema solar, ou mesmo da nossa galáxia. Contudo, indo além de tudo isso, fora da nossa vizinhança galáctica, longe da escuridão profunda, e eventualmente – movendo-se em linha reta – poderemos dar a volta e voltar ao mesmo lugar onde começamos.

Segundo os cosmologistas, esta ideia é chamada de "Universo fechado". Apesar de se falar mais agora, este pensamento já existe há algum tempo. No entanto, as conclusões não se encaixam com as teorias existentes do seu funcionamento.

Por essa razão, a conclusão de um "loop infinito" deste Universo fechado, tem sido amplamente rejeitado em favor de um "Universo plano". Segundo os especialistas, este Universo estende-se sem limites em todas as direções e não circula em torno de si mesmo.



Anomalia revela o segredo...

Uma anomalia agora descoberta, detetada nos dados da melhor medição de sempre do CMB, oferece evidências sólidas (mas não absolutamente conclusivas) de que o universo está fechado afinal. Quem o afirma são os autores do estudo, Eleonora Di Valentino, cosmóloga da Universidade de Manchester, Alessandro Melchiorri, cosmólogo da Universidade Sapienza de Roma, e Joseph Silk, cosmólogo da Universidade Johns Hopkins.


"A diferença entre um universo fechado e um universo aberto é um pouco como a diferença entre um lençol plano esticado e um balão cheio."

Explicou Melchiorri à Live Science.

Apesar desta descoberta, é um facto que o Universo se está a expandir. Quando a folha se expande, há um afastamento de cada ponto dos outros pontos dessa linha reta. No mesmo sentido, quando um balão enche, cada ponto nesse espaço fica mais distante dos outros pontos. Contudo, a curvatura do balão torna a geometria desse movimento mais complicada.


"Isso significa, por exemplo, que se tivermos dois fotões e eles viajarem em paralelo num universo fechado, eles [eventualmente] encontrar-se-ão".

Referiu Melchiorri.

Num universo aberto e plano, os fotões não eram perturbados e viajariam ao longo dos seus percursos paralelos sem nunca interagir.



O que gerou a anomalia no Fundo Cósmico de Microondas?

O Fundo Cósmico de Microondas (CMB) é a coisa mais antiga que vemos no universo. Esta radiação é feita de luz ambiente de microondas que ocupa todo o espaço quando se bloqueia as estrelas, galáxias e outras interferências. É uma das mais importantes fontes de dados sobre a história e o comportamento do Universo, porque é tão antiga e tão espalhada pelo espaço.

De acordo com os últimos dados, há significativamente mais "lente gravitacional" no CMB do que o esperado. Assim, isso significa que a gravidade parece estar a dobrar as microondas do CMB mais do que a física existente pode explicar.

A_lens

Para explicar essas lentes "extras", os investigadores criaram uma variável chamada "A_lens" e incluíram-na no modelo de formação do Universo.

"Isso é algo que colocarmos lá à mão, para tentar explicar o que se vê. Não há ligação com a física. O que descobrimos é que podemos explicar A_lens com um universo positivamente curvado, que é uma interpretação muito mais física do que se poderia explicar com a relatividade geral."

Disse Melchiorri, esclarecendo que não há parâmetro A_lens na teoria da relatividade de Einstein.



Fiabilidade dos cálculos é contestada

Os próprios autores da proposta afirmam que esta proposta não é conclusiva. Os cálculos oferecem uma segurança de apenas 3,5 sigma, uma medida estatística que significa cerca de 99,8% de confiança de que o resultado não é devido ao acaso, distante do "padrão" de 5 sigma.

Não há consenso no meio científico

Pese o facto do trabalho ter sido elaborado com muito cuidado, alguns cosmólogos não têm tanta confiança assim nos resultados. Referem estes que há vários outros parâmetros que não foram tidos em conta.

Os especialistas referem mesmo que o modelo do universo fechado levantaria uma série de problemas para a física. Seguramente é um assunto que ainda irá levantar muitas questões nos próximos tempos e muita coisa pode mudar.

fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/o-universo-pode-ser-um-loop-infinito/




ILYM

Bom dia

A informação é interessante. No entanto são apenas teorias criadas pelo ser humano.
É dificil senão mesmo impossivel, ter uma percepção, por mais pequena que seja, da real forma do Universo.
Existem teorias que tenha existido um "Big Bang" que supostamente criou tudo... E se a teoria estiver errada?
O que teria sido o Universo antes do "Big Bang"? Como se criou um "Big Bang" onde supostamente não existia nada?
Tudo isto, leva-me a crer que o Universo é bem mais antigo que o "Big Bang".
Acredito que há um longo caminho de Milhões, Biliões, Triliões de anos luz que ainda ninguém descobriu.  :)
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein